Renascimento

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RENASCIMENTO
As obras
renascentistas
foram
marcadas pela
riqueza de
detalhes e a
reprodução de
traços
humanos.
Prof. Juliana Sena
O Renascimento foi um importante movimento de ordem
artística, cultural e científica que se deflagrou na
passagem da Idade Média para a Moderna. Em um
quadro de sensíveis transformações que não mais
correspondiam ao conjunto de valores apregoados pelo
pensamento medieval, o renascimento apresentou um
novo conjunto de temas e interesses aos meios
científicos e culturais de sua época.
A razão, de acordo com o pensamento da renascença,
era uma manifestação do espírito humano que colocava
o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua
capacidade de questionar o mundo, o homem
simplesmente dava vazão a um dom concedido por Deus
(neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras
renascentistas era o privilégio dado às ações humanas,
ou humanismo.
Tal característica representava-se na reprodução de
situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos
traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto
humanista inspirava-se em outro ponto-chave do
Renascimento: o elogio às concepções artísticas da
Antiguidade Clássica ou Classicismo.
Essa valorização das ações humanas abriu um diálogo
com a burguesia que floresceu desde a Baixa Idade
Média. Suas ações pelo mundo, a circulação por
diferentes espaços e seu ímpeto individualista ganharam
atenção dos homens que viveram todo esse processo de
transformação privilegiado pelo Renascimento. Ainda é
interessante ressaltar que muitos burgueses, ao
entusiasmarem-se com as temáticas do Renascimento,
financiavam muitos artistas e cientistas surgidos entre os
séculos XIV e XVI.
A aproximação do Renascimento com a burguesia foi
claramente percebida no interior das grandes cidades
comerciais italianas do período. Gênova, Veneza,
Milão, Florença e Roma eram grandes centros de
comércio onde a intensa circulação de riquezas e
ideias promoveram a ascensão de uma notória classe
artística italiana.
Mesmo algumas famílias comerciantes da época, como
os Médici e os Sforza, realizaram o mecenato, ou seja, o
patrocínio às obras e estudos renascentistas. A
profissionalização desses renascentistas foi responsável
por um conjunto extenso de obras que acabou dividindo
o movimento em três períodos: o Trecento, o
Quatrocento e Cinquecento. Cada período abrangia
respectivamente uma parte do período que vai do século
XIV ao XVI.
Durante o Trecento, podemos destacar o legado
literário de Petrarca: De África” e “Odes a Laura”
e Dante Alighieri: “Divina Comédia”
Na pintura de Giotto di Bondoni:“O beijo de
Judas”,“Juízo Final”, “A lamentação” e “Lamento ante
Cristo Morto”.
Já no Quatrocento, com representantes dentro e fora
da Itália, o Renascimento contou com a obra artística
do italiano Leonardo da Vinci (Mona Lisa) e as críticas
ácidas do escritor holandês Erasmo de Roterdã
(Elogio à Loucura).
Na fase final do Renascimento, o Cinquecento,
movimento ganhou grandes proporções dominando
várias regiões do continente europeu. Em Portugal
podemos destacar a literatura de Gil Vicente (Auto da
Barca do Inferno) e Luís de Camões (Os Lusíadas)
Na Alemanha, os quadros de Albercht Dürer (“Adão e
Eva” e “Melancolia”) e Hans Holbein (“Cristo morto” e
“A virgem do burgomestre Meyer”). A literatura
francesa teve como seu grande representante
François Rabelais (“Gargântua e Pantagruel”).
No campo científico devemos destacar o rebuliço da
teoria heliocêntrica defendida pelos estudiosos
Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e Giordano Bruno.
Tal concepção abalou o monopólio dos saberes
desde
então
controlados
pela
Igreja.
Ao abrir o mundo à intervenção do homem, o
Renascimento sugeriu uma mudança da posição a ser
ocupada pelo homem no mundo. Ao longo dos séculos
posteriores ao Renascimento, os valores por ele
empreendidos vigoraram ainda por diversos campos da
arte, da cultura e da ciência. Graças a essa preocupação
em revelar o mundo, o Renascimento suscitou valores e
questões que ainda se fizeram presentes em outros
movimentos concebidos ao logo da história ocidental.
Contexto:
- fim da idade média início da idade moderna
- grandes navegações
-“briga” burguesia/igreja
-Crítica aos valores medievais = domínio da religiosidade
pela igreja católica
-Renascimento dos valores da antiguidade clássica =
cultura greco-romana = Antropocentrismo
Arquitetura
Basílica de São Pedro, Vaticano.
Escultura
Principais Características
- Buscavam representar o homem tal como ele é na
realidade
- Proporção da figura mantendo a sua relação com a
realidade
- Profundidade - perspectiva - e proporção geométrica
- Independência da obra
- A figura humana era representada nua
- Figuras com dinâmica de movimento
Pietà Michelangelo
Pintura
- Predominância de uma interpretação científica do
mundo
- Estudos da perspectiva segundo os princípios da
matemática e da geometria
- Utilização do claro-escuro = áreas com iluminação e
outras com sombra – atribuindo mais realidade à obra
- Jogo de contraste proporcionando aparência de volume
Última Ceia – da Vinci -1495-1497 - O trabalho se encontra no
convento de Santa Maria delle Grazie - Milão
É uma obra simétrica, tendo como ponto central, ponto de fuga, JESUS CRISTO. O
centro é estático o os apóstolos são figuras que apresentam ritmo à obra. Cristo
está numa posição formando um Triangulo (3). Este número se repete na
composição dos apóstolos, formando grupos bem visíveis de 3 pessoas. As
janelas de luz, ao fundo também são 3, tornando a obra simétrica.
Podemos notar também que as vigas do teto, as linhas superiores das tapeçarias nas
paredes, tudo converge para a testa do Cristo.
As obras renascentistas são caracterizadas pelo
naturalismo e retratam o dinamismo comercial
do período. O Renascimento modificou as formas
de produção das artes. Na Idade Média
valorizavam-se obras religiosas, geralmente
abordadas em um plano (reto). Nas artes
(pinturas e esculturas), os artistas do
Renascimento basearam-se na observação do
mundo e nos princípios matemáticos e
racionais
como
harmonia,
equilíbrio
e
perspectiva.
ARTISTAS DO RENASCIMENTO
Leonardo da Vinci
Rafael Sanzio
Michelangelo
Botticelli
LEONARDO DA VINCI
Dama com arminho
Homem Vitruviano
Monalisa
Leonardo da Vinci, 1452 – Itália.
Foi um dos mais importantes pintores do Renascimento
Cultural. É considerado um gênio, pois mostrou-se um
excelente anatomista, engenheiro, matemático músico,
naturalista, arquiteto, inventor e escultor. Seus trabalhos
e projetos científicos quase sempre ficaram escondidos
em livros de anotações (muitos escritos em códigos), e
foi como artista que conseguiu o reconhecimento e o
prestígio das pessoas de sua época.
Leonardo da Vinci fez estágio no estúdio de Verrochio
(importante artista da época), na cidade de Florença.
Viveu uma época em Milão, onde trabalhou para a corte
de Ludovico. Até 1506, realizou trabalhos principalmente
em Florença e tudo indica que nesta época tenha
pintado sua obra mais famosa: a bela e enigmática
Gioconda. Trabalho para o rei Francisco I da França,
onde realizou belos trabalhos. Faleceu na França no ano
de 1519.
Principais características das pinturas de Da
Vinci: utilização da técnica artística da perspectiva,
uso de cores próximas da realidade, figuras humanas
perfeitas, temas religiosos, uso da matemática em
cálculos artísticos, imagens principais centralizadas,
paisagens de fundo, figuras humanas com com
expressões de sentimento, detalhismo artístico.
Principais trabalhos de Da Vinci:
Pintura Gioconda (Mona Lisa) , Leda, Dama do
Arminho, Madonna Litta, Anunciação, A Última Ceia,
Ginevra de Benci, São Jerônimo, Adoração dos Magos,
Madona das Rochas, Retrato de Músico, São João
Batista, Madona do Fuso, Leda e o Cisne
* Leonardo da Vinci é considerado o pai da técnica do
sfumato. Esta técnica consiste em criar gradientes
perfeitos numa pintura, criando luz e sombra.
Trabalhos de invenções: máquina voadora, máquina
escavadora, isqueiro, paraquedas, besta gigante sobre
rodas, máquina a vapor, submarino.
Trabalhos Científicos: homem vitruviano, anatomia do
tronco, estudo de pé e perna, anatomia do olho, estudo
da gravidez, estudos e embriões.
Projetos de Arquitetura: Projeto arquitetônico de uma
cidade, projeto de um porto, templo centralizado.
MICHELÂNGELO
Teto da Capela Sistina
Madona dos degraus
Davi
Miguel Ângelo di Lodovico Buonarroti Simoni,, Itália,
1475.
Como grande parte dos pintores e escultores da época,
Michelangelo começou a carreira artística sendo
aprendiz de um grande mestre das artes. Seu mestre,
que lhe ensinou as técnicas artísticas, foi Domenico
Girlandaio. Após observar o talento do jovem aprendiz,
Girlandaio encaminhou-o para a cidade de Florença,
para aprender com Lorenzo de Médici.
Foi morar em 1492 na cidade italiana de Bolonha, logo
após a morte de Lorenzo. Em 1496 recebeu um convite
do cardeal San Giorgio para morar em Roma. San
Giorgio tinha ficado admirado com a escultura em
mármore “Cupido”, que havia comprado do artista. Nesta
época, criou duas importantes obras, com grande
influência da cultura greco-romana: Pietá e Baco. Ao
retornar para a cidade de Florença, em 1501, cria duas
outras obras importantes: Davi e a pintura a Sagrada
Família.
No ano de 1503, o artista recebeu um novo convite vindo
de Roma, de Júlio II. Foi convocado para fazer o túmulo
papal, obra que nunca terminou, pois constantemente
era interrompido por outros chamados e tarefas. Entre os
anos de 1508 e 1512 pintou o teto da Capela Sistina
no Vaticano, sendo por isso comissionado por Leão X.
Neste período também trabalhou na reconstrução do
interior da Igreja de São Lourenço em Florença.
Entre os anos de 1534 e 1541, trabalhou na pintura O
Último Julgamento, na janela do altar da capela Sistina.
Em 1547 foi indicado como o arquiteto oficial da Basílica
de São Pedro no Vaticano.
Morreu em 1564, aos 89 anos de idade na cidade de
Roma. Até os dias de hoje é considerados um dos mais
talentosos artistas plásticos de todos os tempos.
Principais obras de Michelangelo:
Afrescos do teto da Capela Sistina
A criação de Adão
Julgamento Final
Martírio de São Pedro
Conversão de São Paulo
Cúpula da Basílica de São Pedro
Esculturas: Davi, Leda, Moisés e Pietá
Retratos da família Médici
Livro de poesias: Coletânea de Rimas
A Madona dos degraus (relevo)
RAFAEL
"Retrato de Júlio II"
São Sebastião
"São Miguel esmagando
o demônio"
Rafael Sanzio –Italia,1483/1520
Aos seis anos de idade, o pai de Rafael o levou para ser
aprendiz no estúdio de Pietro Perugino (importante pintor
italiano).
Em 1501 termina sua primeira obra, um altar para a
Igreja de San Nicola da Tolentino.
Em 1504, Rafael pinta sua principal obra de sua primeira
fase artística: O Casamento da Virgem.
Foi morar na cidade de Siena no ano de 1504. Logo
após, foi morar na cidade de Florença, onde passou
quatro anos.
Em Florença, recebeu grande influência artística de
Bartolomeu e da Vinci.
Em 1508, o papa Júlio II contratou os serviços artísticos
de Rafael para que fizesse a decoração dos
apartamentos do papa no Vaticano.
Entre 1513 e 1517 produziu muitos retratos, desenhos
de tapeçaria, cenografias e decorações sacras.
Principais obras de Rafael
- Bandeira de procissão com a Santíssima Trindade
- Ressureição de Cristo
- Deus Pai
- Abençoada Virgem Maria
- Anjo
- A Virgem com o Menino
- São Sebastião
- Retrato de um Homem
- A Coroação da Virgem
- A Anunciação
- Adoração dos Magos
- A Apresentação no Templo
- Madona Connestabile
- Madona com o Menino
- O Casamento da Virgem
- São Jorge e o Dragão
- As Três Graças
- Visão de um Cavaleiro
- Madona e o Menino no Trono com Santos
- São Miguel
Botticelli
O Castigo dos Rebeldes
O nascimento de Vênus
A Primavera
Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, ou Sandro
Botticelli,Italia, 1445/1510.
Desenvolveu um estilo personalíssimo, caracterizado
pela elegância do seu traçado e pela força expressiva de
suas linhas. Botticelli está entre os grandes inovadores
do Renascimento, e está incluído entre um grupo de
pintores inclinados a um estilo baseado na delicadeza,
graça e certo sentimentalismo. Um deles foi Filippo Lippi,
mestre e inspirador da obra de Botticelli. Este começou
sua trajetória artística com obras de temática religiosa.
Desde jovem, dedicou-se à pintura mostrando grande
talento para as artes. Em suas obras seguiu temáticas
religiosas
e
mitológicas.
Resgatou, de forma brilhante, vários aspectos culturais e
artísticos das civilizações grega e romana. Chegou
também a fazer retratos de pessoas famosas (príncipes,
integrantes da burguesia e nobres) da época. As pinturas
de Botticelli são marcadas por um forte realismo,
movimentos suaves e cores vivas.
Em 1470, Botticelli, que já tinha seu próprio
atelier, conheceu a família Médice, mecenas
florentinos, para os quais realizou suas obras mais
famosas. Um primo de Lourenço, o magnífico, Pier
Francesco de Médice, encomendou-lhe A Primavera,
O Nascimento de Vênus, Palas e o Centauro.
Naquela época, foi uma grande novidade realizar obras
com formato grande que não tivessem cunho religioso,
isto se deve ao vínculo de mecenas com a
filosofia neoplatônica, cujo caráter simbólico deveria
reproduzir as obras encomendadas. Baseadas nelas
foram formuladas diversas e complexas interpretações,
que vão muito além de sua graça evocadora.
Principais obras de Botticelli
- O Nascimento de Vênus
- A Primavera
- A Adoração dos Magos
- O Castigo dos Rebeldes
- A Tentação de Cristo
- Retrato de Dante Alighieri
- A Coroação da Virgem
- O Inferno de Dante
- Virgem com o Menino e dois Santos
- As provações de Moisés
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