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Frequência Cardíaca de Equinos de Concurso
Completo de Equitação durante Teste em Esteira
de Alta Velocidade e Prova de Cross country
Escola de Equitação do Exército
Chiara Oliveira Sirotsky1, Juliano Martins Santiago1, Fernando Queiroz de Almeida1
1Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro
Laboratório de Avaliação do Desempenho de Equinos - LADEq
INTRODUÇÃO
A melhor forma de avaliar a capacidade competitiva de um atleta é
durante uma competição. Porém, em algumas circunstâncias é
vantajoso determinar a capacidade atlética dos equinos através de
testes físicos, (Lindner & Boffi, 2007). A frequência cardíaca é muito
utilizada para avaliar a capacidade competitiva dos equinos,
entretanto existem poucos estudos onde realmente foi possível
diferenciar a capacidade competitiva de equinos utilizando este
parâmetro (Lindner & Boffi, 2007). O presente estudo teve como
objetivo comparar a frequência cardíaca de equinos de Concurso
Completo de Equitação (CCE) durante teste progressivo em esteira e
prova de cross country. O estudo teve como objetivo avaliar a
frequência cardíaca de equinos de Concurso Completo de Equitação
durante teste em esteira de alta velocidade e prova de cross country.
O experimento foi realizado no Laboratório de Avaliação do
Desempenho de Equinos localizado na Escola de Equitação do
Exército, no Rio de Janeiro.
Tabela 1. Valores médios da frequência cardíaca, expresso em
batimento por minuto (bpm), dos equinos antes e após teste físico e
prova de cross country e coeficiente de variação (CV) (n=10).
Basal
CV
FCMáx 15 min 30 min 60 min 120 min
(%)
Frequência cardíaca (bpm)
Teste esteira
34,4Af
216,8Aa 101,6Ab 80,1Ac 43,8Ad 38,8Ae
25,8
Cross country
31,6Af
206,8Aa
83,7Ab 66,9Ac 48,6Ad 40,2Ae
Médias nas colunas, seguidas por letras maiúsculas iguais, não diferem entre
teste e prova pelo Scott-Knott (p>0,05). Médias nas linhas, seguidas por letras
minúsculas iguais, não diferem entre os tempos pelo Scott-Knott (p>0,05).
MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizados 10 equinos, mestiços, na faixa etária de 5 a 17 anos,
com peso corporal entre 420 e 541 kg, utilizados pelos alunos do
Curso de Instrutor de Equitação na disciplina de CCE, competindo na
categoria preliminar (CC*). O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado em esquema de parcelas subsubdividas. O
primeiro grupo (n=5) foi formado por animais que durante teste em
esteira realizaram galope progressivo até a velocidade de 9 m/s,
tendo percorrido a distância de 1800 m em galope, e o segundo
grupo (n=5) formado por equinos que durante teste físico em esteira
realizaram galope progressivo até a velocidade de 10 m/s, tendo
percorrido distância de 2400 m em galope. Os mesmos equinos de
ambos os grupos foram submetido a uma prova de cross country,
sendo as parcelas constituídas pelo teste em esteira e pela prova de
cross country. Durante o teste a esteira foi utilizada com inclinação
de seis graus, sendo o protocolo de avaliação: aquecimento 3 min a
passo (1,7 m/s) e 5 min ao trote (4,0 m/s), 5 min de galope
progressivo, onde a velocidade foi aumentada em 1 m/s a cada
minuto, sendo utilizadas as velocidades de 6, 7, 8, 9 e 10 m/s e 15 min
de recuperação a passo (1,7 m/s). Finalizado o teste, foi realizado um
período adicional de recuperação de 15 minutos, sendo o animal
conduzido ao passo na guia. A prova de cross country teve um
percurso de 2400 m, com 18 obstáculos, a serem transposto em
tempo ideal de 6 min e 30 seg e velocidade ideal de 8,3 m/s. Durante a
prova foi registrada temperatura média de 24,2 °C e umidade relativa
de 88%. Durante o teste em esteira e a prova de cross country, os
equinos foram equipados com frequencímetro cardíaco com GPS,
possibilitando assim registro da frequência cardíaca, velocidade e
distância percorrida. Os resultados foram submetidos à análise de
variância e as médias comparadas pelo teste de Scott Knott a 5% de
probabilidade.
Teste em esteira de alta velocidade – Cateter e Frequêncimetro
Aferição da FC
Recuperação pós-exercício
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
A frequência cardíaca comportou-se de forma semelhante durante os
tempos avaliados, com maiores valores durante o exercício, seguido
de redução gradual no período de recuperação, atingindo valores
próximos aos basais duas horas após exercício (Tabela 1). A
freqüência cardíaca média máxima no teste em esteira foi de 216,8
bpm e de 206,8 bpm durante na prova de cross country. Não houve
diferença significativa nos valores da frequência cardíaca entre os
grupos durante o teste progressivo em esteira e a prova de cross
country. Não houve diferença significativa na frequência cardíaca
entre o teste progressivo em esteira e a prova de cross country.
A semelhança nos valores de frequência cardíaca apresentados
pelos equinos de Concurso Completo de Equitação durante teste de
esforço físico em esteira de alta velocidade e prova de cross country
possibilitam a avaliação física de equinos desta modalidade em
teste progressivo em esteira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LINDNER, A. E.; BOFFI F. M. Pruebas de ejercicio. In: BOFFI F. M. Fisiologia del Ejercicio en
Equinos. 1a ed., Inter-Médica. Buenos Aires, Argentina. Cap.17, p.243 – 254, 2007.
XI Conferência Anual da ABRAVEQ – São Paulo - 2010
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