A EUROPA NO SÉCULO XIX As revoluções de 1830 e 1848 Projetos sociais existentes • Liberalismo: contrário as limitações impostas pelo absolutismo. • Nacionalismo: procurou unir politicamente populações de mesma origem e cultura. • Socialismo: pregava igualdade social e econômica mediante reformas radicais. NACIONALISMO O nacionalismo apresenta uma definição política mais abrangente: defesa dos interesses da nação antes de quaisquer outros e, sobretudo da sua preservação enquanto entidade, nos campos linguístico, cultural, contra processos de destruição identitária ou transformação. LIBERALISMO Doutrina cujas origens remontam ao pensamento de Locke (1632-1704), baseada na defesa intransigente da liberdade individual, nos campos econômico, político, religioso e intelectual, contra ingerências excessivas e atitudes coercitivas do poder estatal. SOCIALISMO As diferentes teorias socialistas surgiram como reação ao quadro de desigualdade, opressão e exploração que enxergavam na sociedade capitalista do século XIX. As revoluções de 1830 e 1848 Antecedentes: O governo de Napoleão. A reação conservadora. Os grupos políticos existentes: Os ultra-realistas : composto por nobres que haviam deixado o país depois de 1789, buscavam recuperar privilégios perdidos. Seu líder era o Conde Artois (irmão do rei). Os grupos políticos existentes: Os liberais, ou independentes, liderados por La Fayette, formados por republicanos e bonapatistas, que queriam preservar as conquistas revolucionárias. Os grupos políticos existentes: Os constitucionalistas, de centro, pretendiam a aplicação estreita da constituição. Eram liderados por Guizot. O governo de Carlos X Morte de Luís XVIII abre o espaço para Carlos X (ex Conde de Artois) e para os Ultrarealistas. O governo de Carlos X Aprovada lei que previa indenização para nobres que tiveram bens confiscados durante o processo revolucionário. Aprovada lei que punia com pena de morte a profanação de igrejas. Eleições de 1830 Vitória liberal na Câmara. Reação violenta de Carlos X: Suprimiu a liberdade de imprensa. Dissolveu a Câmara. Convocou novas eleições. Eleições de 1830 A contra-reação Desobediência da imprensa. Lutas de ruas foram instaladas (três dias gloriosos) Vitória do movimento. Fuga de Carlos X A monarquia de julho Os republicanos apesar do apoio popular, não tinham o apoio da burguesia que preferiam a monarquia constitucional à República democrática. Luís Felipe de Orleans (O Rei Burguês) Revoluções 1848 Situação da Europa no período: Entre 1846 e 1848 a Europa teve péssimas colheitas resultando na elevação dos preços dos produtos agrícolas e redução do poder de compra das camadas populares. Revoluções 1848 Situação da Europa no período: O empobrecimento da população refletiu-se na queda de produtos industrializados, como tecidos. Que por sua fizeram com que as fábricas dispensassem mais empregados. Revoluções 1848 Situação da Europa no período: Salários foram reduzidos enquanto preços dos alimentos aumentavam. Sem compradores, a indústria entra em crise de superprodução. Estagnação geral. A eclosão da revolta • • O regime de Luís Felipe só favorecia a burguesia financeira; Fez pequenas reformas para obter o apoio popular: Ampliou o poder de voto; Decretou a liberdade de imprensa. Aumentou o poder da guarda nacional. A eclosão da revolta Correntes políticas: LEGITIMISTAS: Defendiam que só um verdadeiro Bourbon poderia ocupar o trono; BONAPARTISTAS: Apoiavam Bonaparte para assumir o governo; Luís ORLEANISTAS: Defendiam os Orleans, partidários de Luís Felipe. O novo agente : O Socialismo Um novo agente com influência considerável neste momento e, sob outras roupagens, influenciará sobremaneira o cenário de movimentos posteriores: o socialismo. A Revolução de 1848 – Na França A revolução instaurou a Segunda República e uniu republicanos liberais, (Lamartine), e socialistas (Louis Blanc, Alphonse Blanqui e Ledru- Rollin). A Revolução de 1848 – Na França O Governo Provisório – composto por cinco moderados, dois independentes, dois radicais e dois socialistas – criou as Oficinas Nacionais, nestas o poder público tinha a obrigação de fornecer trabalho e, se necessário, uma pensão a todos os cidadãos que, privados das faculdades necessárias, não pudessem trabalhar. A Revolução de 1848 – Na França Instituiu-se o sufrágio universal masculino, restabeleceram-se as liberdades de imprensa e de associação, concedeu-se anistia a presos políticos, legitimou-se o direito de greve e, finalmente, foi abolida a escravidão nas colônias francesas. A Revolução de 1848 – Na França A burguesia unida internamente – no âmbito da própria classe – e externamente – a setores reacionários – venceu as eleições de 23 de abril, e iniciou a interrupção da trajetória à esquerda que a revolução tomara. A Revolução de 1848 – Na França A Revolução de Junho, representa um momento crucial da história da luta de classes, o momento em que se operou a “grande virada”. Ali, naquele momento, estava uma classe nascida da nova ordem industrial – o proletariado – A Revolução de 1848 – Na França A Assembléia considerou e concedeu poderes excepcionais ao general, Cavagnac, que comandando o exército matou cerca de 16 mil revolucionários. Outros 4 mil foram banidos da França, estava assim finalizada a Revolução de Junho. A Revolução de 1848 – Na França A república burguesa moderada, alinhouse aos setores de direita, preferia-os a admitir que pressões sociais vindas de baixo ameaçassem sua posição, assumiu de vez uma posição reacionária. A Revolução de 1848 – Na França As eleições levaram Luís Bonaparte, o preferido dos bonapartistas, à condição de presidente. Este, que deveria ficar no poder por 4 anos, imitou o falecido tio, dando um golpe em 1851, implantando o império e, em dezembro de 1852, assumindo o título de Napoleão III. UNIFICAÇÃO ITALIANA E ALEMÃ SÉCULO XIX SÍNTESE DO PROCESSO O nacionalismo foi a ideologia [ideia motivadora] que justificou a unificação; O Estado-nação se apropriou do nacionalismo a fim de construir a identidade nacional; A escola moderna e o exército foram as instituições que contribuíram com a construção da identidade nacional; A unificação da Itália foi semelhante à da Alemanha: as primeiras tentativas de ambas, fracassadas, foram em 1848, e as duas só conseguiram a unificação em 1870-1871; a da Itália deu-se em torno de Piemonte-Sardenha, enquanto a da Alemanha foi liderada pela Prússia. • • • 1. A maior interessada na unificação italiana era a alta burguesia, pois a unificação garantiria a continuidade de desenvolvimento interno e lhe permitiria concorrer no mercado exterior. a) Para a alta burguesia italiana a unificação tinha um significado apenas liberal: o nacionalismo servia-lhe somente instrumento. b) A média burguesia e o proletariado urbano que iriam em Estado nacional democrático: preferiam que a unificação fosse feita em termos republicanos. Giuseppe Garibaldi O herói de dois mundos (RS – Revolução Farroupilha); Camisas Vermelhas - nacionalismo Questão Romana Papa Pio IX não aceita a anexação de Roma (território de São Pedro), muito menos a transformação dela em capital da Itália Solução da questão romana: criação do Vaticano - 1929 Tratado de Latrão – reconhece o Vaticano como país independente. Assinado por Benito Mussolini e Papa Pio XI Formação de uma nação potente Zollverein: união econômica (aduaneira) = crescimento econômico e industrial; Liderança da Prússia; Derrota da França de Napoleão III – Batalha de Sedan Tomada da Alsácia e Lorena (Tratado de Frankfurt= humilhação da França); Potência ameaçadora Revolta em Berlim (1848) Como não havia consenso entre os Estados alemães a favor da unificação, a melhor saída foi a guerra contra a França, em 1870/1871 A inteligência diplomática de Bismarck Napoleão III, que foi conivente com Bismarck no início da Guerra Austro-Prussiana, pensando tirar vantagens, viu-se em má situação com a rápida vitória de Bismarck, pois a unificação alemã punha em risco a supremacia da França na Europa. Em 1870, Bismarck conseguiu armar uma intriga contra Napoleão III e fazer com que a França declarasse guerra à Alemanha. A vitória alemã foi fulminante: o Império de Napoleão III desapareceu, surgindo em seu lugar a III Republica Francesa. Ao mesmo tempo despontava o Império Alemão, proclamando na Sala dos Espelhos do palácio de Versálhes, em 1871. Começava a hegemonia da Alemanha na Europa continental; a França foi obrigada a aceitar o humilhante Tratado de Frankfurt e perdeu a Alsácia-Lorena. Proclamação de Guilherme I da Prússia como imperador da Alemanha em Versalhes, o antigo palácio dos reis da França (Janeiro de 1871) A Alemanha após a unificação