FISIOLOGIA DA TERAPIA MANUAL Como o tecido conjuntivo representa em torno de 70% dos nossos tecidos, pode ser considerado um modelo pertinente de globalidade funcional. Por meio dele tudo se encontra em continuidade, ou seja, o músculo deve ser considerado como um elemento constitutivo de um conjunto funcional indissociável > tecido conjuntivo fibroso (aponeuroses). FISIOLOGIA DA TERAPIA MANUAL Tecido conjuntivo: • Serve de sustentação aos epitélios. • É ricamente vascularizado e inervado. • É a sede das reações inflamatórias e trocas metabólicas. • Células : fibroblastos, plasmócitos, histiócitos, adipócitos, mastócitos, etc. • Fibras colágenas, elásticas, substância fundamental, líquido intersticial, etc. FISIOLOGIA DA TERAPIA MANUAL Conjunto aponeurótico dispõe de duas musculaturas: Musculatura fásica, dinâmica, voluntária, de contração rápida, para a realização dos movimentos. Musculatura tônica, estática, de contração lenta, usada para a manutenção da postura. FISIOLOGIA DA TERAPIA MANUAL A patologia do músculo fásico é a fraqueza (atrofia, perde força, fadiga) e a do músculo tônico é a retração/encurtamento muscular. Os músculos tônicos são os mais acometidos por problemas posturais. FISIOLOGIA DA TERAPIA MANUAL As duas funções, dinâmica e estática, são totalmente globais. Em todas as circunstâncias, fazem intervir o conjunto músculoaponeurótico (aqui está o conceito de globalidade). FISIOLOGIA DA TERAPIA MANUAL Frente a um desequilíbrio, o corpo reage suspendendose por meio de músculos que por sua localização e direção de suas fibras possam frear este desequilíbrio. Tais músculos são convocados à ação por meio do reflexo miotático, chamado também de reflexo postural de Sherrington ou de estiramento. FISIOLOGIA DA TERAPIA MANUAL Ao elevar seu tônus, cada músculo coloca em estado de tensão a aponeurose (fascia) de um ou mais músculos vizinhos, os quais por sua vez, elevam o próprio tônus. Progressivamente surge no corpo uma verdadeira cadeia de tensão miofacial (globalidade). FISIOLOGIA DA TERAPIA MANUAL Na função dinâmica, todos os nossos gestos são globais, recrutam o conjunto dos sistema locomotor e podem se resumir em duas grandes funções: - Deambulação, que parte da cintura pélvica e dos MMII. Aqui a cintura escapular equilibra a cintura pélvica, que lança o MI. FISIOLOGIA DA TERAPIA MANUAL Na função dinâmica, todos os nossos gestos são globais, recrutam o conjunto dos sistema locomotor e podem se resumir em duas grandes funções: - Preensão, que parte da cintura escapular e dos MMSS. Aqui a cintura pélvica serve de ponto de apoio aos movimentos do tronco e da cintura escapular, que lança o MS (permanecemos quadrúpedes em nossos gestos). FISIOLOGIA DA TERAPIA MANUAL Em cada função (deambulação/preensão), os movimentos das duas cinturas estão ligados por dois sistemas cruzados: Sistema Cruzado Anterior membro superior esquerdo – membro inferior direito Sistema Cruzado Posterior membro superior direito – membro inferior inferior FISIOLOGIA DA TERAPIA MANUAL • Na função estática, nosso corpo é um sólido ereto e articulado de segmentos uns sobre os outros. Se cada segmento deve equilibrar-se, esse equilíbrio será condicionado ao equilíbrio do segmento inferior. • Se um segmento inclina-se p/ um lado, coloca sob tensão o músculo oposto. O fuso neuromuscular reage a tensão ativando a contração tônica do músculo tensionado, que irá restabelecer o equilíbrio. ANATOMIA FASCIAL • Duas grandes fáscias envolvem em grande parte nosso corpo (invólucros corporais): • 1ª.) Fáscia superficialis (recobre região escapular, dorsal, abdominal posterior, abdômen anterior ao ligamento inguinal, ombro, região axilar, olécrano, antebraço, braço, triângulo femoral, região anterior da coxa, perna). ANATOMIA FASCIAL Dissecção subcutânea a fim de expor a fáscia temporal profunda ANATOMIA FASCIAL Faixa de fáscia temporal ANATOMIA FASCIAL Divisão da fáscia temporal ANATOMIA FASCIAL • 2ª.) Aponeurose superficial - É a mais importante, é o conjunto de todas as aponeuroses. Envolve o corpo e tem poucas inserções fixas (fíbula e clavícula). • Se apresenta como duas aponeuroses simétricas, que cobrem paralelamente cada metade do corpo. Se insere ao longo da coluna, sobre o esterno e a linha alba. ANATOMIA FASCIAL 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) Aponeuroses da cabeça; Aponeuroses do pescoço; Aponeuroses do tórax; Aponeuroses da da cavidade torácica; Aponeuroses do abdômen; Aponeuroses do membro inferior; Aponeuroses do membro superior. CADEIAS MUSCULARES • Grupos musculares com as mesmas características histológicas e fisiológicas interligadas por uma rede aponeurótica. Apresentam uma continuidade através da composição dada pelo tecido conjuntivo. (Souchard, P. E. 1995) CADEIAS ANTERO MEDIANAS Morfologia AM CADEIAS PÓSTERO MEDIANAS Morfologia PM CADEIAS PÓSTERO-ANTERIOR E ANTERO-POSTERIOR Morfologia AM MORFOLOGIA PA-AP CADEIA ANTEROLATERAL Morfologia AL MORFOLOGIA PA-AP CADEIA PÓSTEROLATERAL Morfologia PL MORFOLOGIA PA-AP Cadeia muscular posterior: plano superficial Cadeia muscular posterior: plano profundo CADEIA MUSCULAR ANTERIOR CADEIA RESPIRATÓRIA • PEITORAL MENOR • ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO • ESCALENOS • INTERCOSTAIS • DIAFRAGMA CADEIA MUSCULAR POSTERIOR • MUSCULATURA ANTIGRAVITACIONAL • MUSCULATURA PROFUNDA DA COLUNA • MÚSCULOS POSTERIORES DOS MMII TEMA DE CASA TEMA DE CASA