Administração de Recursos da Internet / Extranet Roteamento em Redes e na Internet Moacyr Petzold RI - 1 Internet • Interconexão de duas ou mais redes distintas. • Os roteadores são os dispositivos utilizados para interconectar redes distintas. Internet Sub-rede A Sub-rede D Sub-rede C Sub-rede B Sub-rede E RI - 2 Roteamento na Internet • A Internet é muito mais complexa que a ilustração anterior. • Começou com a ARPANET em 1969, com uma rede composta de quatro computadores fazendo comutação de pacotes. • Hoje, ela é composta de milhares de roteadores, operados por diversos provedores de serviços (ISP - Internet Service Providers) e por organizações acadêmicas, de pesquisa, governamentais e comerciais. • Os roteadores são de diversos fabricantes utilizando uma variedade de hardware e software. • Em um ambiente como este, o roteamento além de ser um problema técnico, passa a ser também um problema de gerenciamento cooperativo. RI - 3 Endereços IP • Analisando um endereço IP, um roteador pode determinar se ele é um endereço unicast, multicast ou broadcast, conforme abaixo. Faixa de Endereço 1.0.0.0 a 223.255.255.255 224.0.0.0 a 239.255.255.255 240.0.0.0 a 255.255.255.254 0.0.0.0 255.255.255.255 Função Endereços unicast Endereços multicast Reservados para uso futuro Endereço desconhecido Endereço de broadcast local • Um host usa 0.0.0.0 como endereço de origem quando está tentando aprender o seu endereço através dos protocolos BOOTP ou DHCP. Se nesta origem, significa que o endereço origem é desconhecido, na tabela de roteamento, significa que a saída será pela porta default. RI - 4 Endereços IP • Pacotes enviados a um segmento de rede com o endereço de destino contendo 255.255.255.255 será recebido por todos os hosts e roteadores deste segmento. • O endereçamento IP é classificado como segue: 0 8 Classe A 0 Classe B 1 0 Classe C 1 1 0 16 NetId 24 31 HostId NetId HostId NetId HostId • Dessa maneira, oferece a seguinte faixa de endereços por classe, com respectiva quantidade de redes versus hosts. RI - 5 Endereços IP • Faixa de endereços por classe e quantidade de redes / hosts: Classe Endereço Mais Baixo Endereço Mais Alto A 1.0.0.0 126.255.255.255 B 128.0.0.0 191.255.255.255 C 192.0.0.0 223.255.255.255 RI - 6 Prefixo de endereços IP • Um segmento de rede TCP/IP, possui um prefixo de endereço unicast assinalado. Entendendo-se que segmento é entre um roteador e outro. • Por exemplo, um segmento de rede foi assinalado com a faixa de endereços 128.186.1.0 a 128.186.1.255, pode ser representado pelo prefixo de endereço 128.186.1.0/24 ( notação mais utilizada hoje). • O 24 indica que todos os endereços no segmento tem os mesmos 24 bits iniciais. • Pode também ser representado por [ 128.186.1.0 , 255.255.255.0 ]. • Todos os hosts e roteadores deste segmento devem possuir o mesmo prefixo. RI - 7 Prefixo de endereços IP • O maior endereço dentro de um prefixo é reservado para o endereço de broadcast neste segmento. No caso anterior, é o endereço 128.186.1.255. • Os roteadores IP roteiam os pacotes para segmentos de rede, ou melhor, para os prefixos de endereços. • As tabelas de roteamento mantém apenas os prefixos de redes e não os endereços individuais de hosts. • A maioria dos roteadores não podem manter prefixos de todos os segmentos da Internet. Em seu lugar, as informações de endereçamento dos segmentos são agregados em prefixos menores. • A figura seguinte ilustra um exemplo de agregação. RI - 8 Agregação de prefixos RI - 9 Agregação de prefixos • Exemplo de agregação de prefixos • O roteador G está agregando os endereços dos quatro segmentos que estão a sua direita e anunciando aos demais roteadores através de um único prefixo 128.1/16. • Isto significa que os roteadores A – F não enxergam os quatro segmentos individualmente. • Isto é, os roteadores A – F possuem uma única entrada na tabela de roteamento contendo o prefixo 128.1/16 apontando para o roteador G. RI - 10 Classless Inter-Domain Routing (CIDR) • Antes de 1993, os prefixos eram de tamanhos pré-fixados, pois eram baseados em endereços de classes. • Atualmente não existe esta restrição, permitindo qualquer tamanho de prefixo. • Portanto, são possíveis agregações maiores, o que ajuda na • Conservação do espaço de endereços IP, e no • Retardamento do crescimento das tabelas de roteamento nos roteadores core. Hoje, eles tem aproximadamente 60 mil rotas na tabela de roteamento, graças a agregação de prefixos. • Roteamento usando tamanho arbitrário é conhecido como Classless Inter-Domain Routing (CIDR). • A notação prefixo/tamanho é conhecida como notação CIDR. RI - 11 Classless Inter-Domain Routing (CIDR) • Uma rede é denominada supernet quando o seu prefixo contém menos bits do que a máscara default da rede. • Uma rede de classe C 198.32.1.0, por exemplo, tem a máscara default de 255.255.255.0. • A representação 198.32.0.0/16, tem máscara menor do que a sua máscara natural (16 < 24), portanto é uma supernet. • A notação 198.32.0.0/16 permite juntar todas as rotas específicas de 198.32.0.0, isto é, 198.32.1.0, 198.32.2.0, etc., em uma única notificação conhecida como agregação de rotas. • Os termos agregação, blocos CIDR e supernet, são usados indistintamente para indicar que uma lista de redes IP foi sumarizada em uma notificação. RI - 12 Classless Inter-Domain Routing (CIDR) • Roteamento na presença de prefixos de tamanhos diferentes para um mesmo destino • Um roteador quando tem que decidir entre dois prefixos de comprimentos diferentes para uma mesma rede, sempre vai escolher aquele que tem resolução de máscara mais longa. • Supondo que um roteador tenha as seguintes entradas na sua tabela de roteamento: • 198.32.1.0/24 pelo caminho 1 • 198.32.0.0/16 pelo caminho 2. • Para chegar ao host 198.32.1.1, o roteador procura casar o destino com o prefixo mais longo, o mais específico, portanto, acaba escolhendo o caminho 1. RI - 13 Assinalamento de endereços IP • Hierarquia de Registros • Uma hierarquia de registros na Internet é responsável pelo assinalamento do espaço de endereçamento globalmente único na Internet. • No topo desta hierarquia está a IANA (Internet Assigned Number Authority), que aloca partes do espaço de endereçamento da Internet aos registros regionais de Internet. • Existem diversos registros regionais e um de controle superior. Por exemplo: • ARIN (American Registry for Internet Numbers) para as Américas; RI - 14 Assinalamento de endereços IP • Hierarquia de Registros • ... registros regionais e ... : • RIPE NCC (Research IP European Network Control Center) para a Europa e Oriente Médio; • APNIC (Asia Pacific Network Information Center) para a Ásia; • AFRINIC (African Regional Internet Registry Network Information Center) para a África; • InterNIC (Internet Network Information Center) como órgão superior a todos. RI - 15 Assinalamento de endereços IP • Blocos de endereços IP para provedores • Os Provedores de Serviços de Internet (ISP) obtém blocos de endereços IP destes registros regionais. • Os provedores, por sua vez, assinalam partes destes blocos de endereços aos seus clientes (empresas e pequenos ISPs). A distribuição dinâmica de endereços IP é feita pelo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol). • Este esquema de endereçamento permite a agregação de endereços. • O ISP pode agregar os endereços de seus clientes e anunciar apenas os prefixos deste blocos aos demais ISPs. • O problema deste esquema ocorre quando um cliente deseja mudar de ISP. RI - 16 Assinalamento de endereços IP • Endereços IP unicast específicos • O endereço 127.0.0.1 foi convencionado para endereço de Loopback (Local Host). Posteriormente todo o prefixo 127/8 foi reservado para endereço de loopback. • Para internets privativas, isto é, que não estão conectadas com a Internet pública, foram reservados faixas de endereços. Entretanto, as internets privativas podem ser interconectadas na Internet pública através de dispositivos denominados NAT. Prefixo 10/8 127/8 172.16/12 192.168/16 Faixa de endereço 10.0.0.0 a 10.255.255.255 127.0.0.0 a 127.255.255.255 172.16.0.0 a 172.31.255.255 192.168.0.0 a 192.168.255.255 Endereços reservados Internet privativa Loopback Internet privativa Internet privativa RI - 17 Sub-endereçamento • Máscara de sub-rede Endereço IP normal Máscara Número da rede 11111111 11111111 Número do host 11111111 00000000 Número da sub-rede Núm. do host da sub-rede parte default Endereço de sub-rede Número da rede RI - 18 Sub-endereçamento • Máscara de sub-rede • RFC 950 “Internet Standard Subnetting Procedure” diz que: • Os bits que definem a sub-rede devem ser contíguos e colocados nos bits mais significativos do endereço de host. • Um número de sub-rede com todos os bits em 0 e com todos os bits em 1 não podem ser assinalados como endereços de sub-rede. RI - 19 Sub-endereçamento • Variable Length Subnet Masks (VLSM) • Numa rede tradicional apenas uma máscara pode ser aplicada para todas as sub-redes. • Qualquer divisão que aloca bits suficientes para representar um grande número de sub-redes pode não deixar bits suficientes para representar um número grande de hosts. • Nas redes que utilizam VLSM, aplicam máscaras diferentes em sub-redes diferentes dentro de uma mesma rede. • Máscaras curtas que permitem mais hosts, mas menos subredes. • Máscaras longas que permitem mais sub-redes, mas poucos hosts por sub-rede. RI - 20 Sub-endereçamento • Variable Length Subnet Masks (VLSM) • VLSM fornece níveis adicionais para a hierarquia de endereçamento IP. • Uma rede é dividida em sub-redes, e algumas destas subredes são ainda divididas em mais sub-redes. • Isso permite que a informação detalhada de roteamento em uma sub-rede fique escondida dos roteadores de outras subredes. • Permite mais flexibilidade na elaboração de resumo de rotas (summary routes). RI - 21 Roteamento • Roteamento Direto • Hosts de origem e de destino estão na mesma rede. • Um host, numa dada rede, pode transmitir um datagrama para outro host diretamente sem auxílio de um roteador. • Roteamento Indireto • Hosts de origem e de destino não estão na mesma rede. • O host origem precisa identificar um roteador para enviar o datagrama. • O roteador precisa de informações de roteamento adequadas para transportar o datagrama em direção à rede de destino. RI - 22 Roteamento • Tabela de Roteamento • Todos os protocolos de roteamento tem meios de descobrir os prefixos de endereços IP que podem ser alcançados. • Para cada prefixo, o endereço IP do próximo roteador (next hop) é que deve ser usado para atingir este prefixo. • A medida que ocorre mudanças na rede, • Os protocolos de roteamento reavaliam os prefixos que podem ser alcançados e os próximos passos a serem usados para cada prefixo. • O processo de encontrar o próximo passo após uma mudança na rede é denominado convergência. RI - 23 Roteamento • Tabela de Roteamento • A tabela de roteamento diz ao roteador para onde deve enviar os pacotes. • O roteador usa o endereço IP de destino contido no datagrama para consultar a tabela. • A consulta retorna a entrada da tabela que mais combina com o endereço de destino, isto é, retorna o endereço IP do próximo roteador e a interface de saída. • Existe uma entrada para cada prefixo de endereço que o roteador conhece. • As entradas nas tabelas de roteamento são conhecidas como rotas. RI - 24 Roteamento • Tabela de Roteamento RI - 25 Roteamento • Exemplo: • Tabela de roteamento do roteador C da figura da página 8. Prefixo Próximo passo 128.1/16 128.2/16 128.2.4/24 128.3.7/24 128.5.2/24 128.5.6/24 Roteador G Roteador D Roteador A Roteador D Direto Roteador B • Os roteadores D e G escondem um certo número de segmentos. RI - 26 Roteamento • Tabela de Roteamento • Se um endereço de destino se enquadra na faixa de endereços descritos por uma das entradas da tabela, dizemos que esta entrada casa com o prefixo do endereço de destino. • Se o roteador recebe um pacote com endereço de destino que não casa com nenhuma entrada, ele descarta o pacote e envia uma mensagem ICMP de destino não alcançável para a origem. • Se o destino casa com duas entradas da tabela, a entrada com o maior prefixo é selecionada como melhor casamento. • Uma das formas de ocorrer múltiplos casamentos é quando estiver usando o modelo de endereçamento de provedor: RI - 27 Roteamento • Tabela de Roteamento • ... formas de ocorrer múltiplos casamentos ... : • Uma empresa adquire um bloco de endereços de um ISP e mais tarde muda para um novo provedor, mantendo os mesmos endereços. • O novo ISP notifica para cima uma rota mais especifica para uma parte do espaço de endereçamento do antigo provedor. RI - 28 Roteamento • Exemplo de Algoritmo para Rotear Pacotes • Extrair endereço IP destino (D) do pacote e computar prefixo de rede (N); • Se N coincide com qualquer endereço diretamente conectado, entregue o pacote para D sobre esta rede (resolva o endereço, por ARP, encapsule o pacote e envie-o no frame); • senão Se a tabela contém uma rota para D, envie o pacote para o next hop especificado; • senão Se a tabela contém a rota para a rede N, envie o pacote para o next hop especificado; • senão Se a tabela contém uma rota default, envie o pacote para o roteador default; • senão declare um erro de roteamento! RI - 29 Roteamento • Rotas Default • Muitos roteadores possuem uma rota default na sua tabela de roteamento. • Esta entrada é indicada pelo prefixo 0/0. • Esta rota é usada quando o destino não casa com nenhuma das rotas mais específicas. • Se a intranet de uma organização tem um roteador conectado a Internet, todos os roteadores da empresa podem usar uma rota default apontando para a conexão com a Internet. RI - 30 Roteamento • Tabelas de roteamento na Internet • Cada roteador possui uma tabela diferente, refletindo sua posição única dentro da Internet. • A medida que se aproxima do core, os endereços vão sendo agregados formando prefixos menores. • Os roteadores que estão nas pontas da Internet usam bastante rotas default, com poucas rotas específicas. • E os roteadores core da Internet possuem cerca de 60.000 entradas, sem nenhuma rota default. RI - 31 Roteamento • Roteamento Estático • As tabelas de roteamento são criadas e mantida manualmente pelo administrador da rede. • Não há troca de informações entre os roteadores. • Quando ocorrem mudanças de topologia, as rotas precisam ser alteradas manualmente. • Erros de configuração podem ser difíceis de detectar. • Rotas estáticas, entretanto, ainda são bastante usadas, devido a questões de segurança. RI - 32 Roteamento • Roteamento Dinâmico • As tabelas de roteamento são construídas pelos próprios roteadores, usando protocolos de roteamento. • Os roteadores divulgam agregados, assim como prefixos específicos que são capazes de alcançar usando um protocolo roteamento. • Mudanças de topologia ou condições de uso das linhas causam mudanças automáticas nas tabelas de roteamento. RI - 33 Arquitetura de roteamento na Internet • Sistemas Autônomos • A Internet é organizada em regiões denominadas Sistemas Autônomos (AS – Autonomous System). • Cada AS consiste de uma coleção de roteadores sob o controle de uma única entidade administrativa. • Exemplos de AS: todos os roteadores pertencentes a um ISP, corporação ou universidade. • Os AS são organizados de uma forma hierárquica. • Quanto mais perto do topo da hierarquia - core da Internet - mais rotas aparecem dentro de um AS e ao mesmo tempo, os prefixos individuais dentro das tabelas de roteamento ficam menores. RI - 34 Arquitetura de roteamento na Internet • Sistemas Autônomos • Na Internet o roteamento é feito entre um AS e outro AS. • Os AS core não usam rotas default. São denominados default free zone. • Os AS não core usam rotas default para as hierarquias superiores, tendo em suas tabelas apenas um sub-conjunto das rotas da Internet. • Os AS que fornecem serviços de interconexão com a Internet são denominados Provedores de Serviços de Internet (ISP). • As interconexões entre os ISP são feitas via operadores de rede. • Cada AS é assinalado com um número único de 16 bits. RI - 35 Arquitetura de roteamento na Internet • Organização da Internet em Sistemas Autônomos RI - 36 Arquitetura de roteamento na Internet • Relação entre Sistemas Autônomos (Provedores) • Quando dois provedores se interconectam, eles estabelecem uma relação denominada peer agreement. • Se eles estiverem no mesmo nível da hierarquia, a relação pode ser um simples acordo para trocar informações de roteamento. • Se um AS for de nível inferior na hierarquia, este AS mantém uma relação cliente - provedor de nível superior. • Neste caso o provedor superior irá: • Divulgar os endereços que estão no nível inferior para o resto da Internet; e • Encaminhar os pacotes vindos do nível inferior, servindo de trânsito para os provedores de nível inferior. RI - 37 Arquitetura de roteamento na Internet • Assinalamento de prefixos na Internet • Os prefixos na Internet são assinalados para obter a melhor agregação sob CIDR. • Os grandes provedores possuem seus próprios prefixos, conhecidos como blocos CIDR. • Os provedores menores e seus clientes usam endereços dos blocos CIDR do provedor superior. Entretanto, muitas empresas ainda usam endereços assinalados antes do advento de CIDR. • Portanto, estes endereços aparecem nas tabelas de roteamento junto com os endereços de classe C. RI - 38 Arquitetura de roteamento na Internet • O núcleo (core) da Internet • Inicialmente, o núcleo (core) da Internet era a rede ARPANET. • Em 1985, passou para NSFNET, constituído de roteadores baseados em LSI-11 (Lucent) interconectados através de linhas de 56Kbps. • Em 1987, estes roteadores foram substituídos por IBM-RT (IBM) interconectados via linhas T1 (1,5Mbps). • Em 1992, estas linhas foram trocadas para T3 (45Mbps). • A NSFNET como core durou até 1995. • Atualmente, o core da Internet consiste de provedores comerciais de Internet, como UUNET, MCI, Sprint, etc. RI - 39 Arquitetura de roteamento na Internet • Network Access Point (NAP) • Através de várias facilidades espalhadas pelo mundo, um ISP pode colocar um roteador e estabelecer uma relação com outros ISP. • Estas facilidades são conhecidas como Network Access Point (NAP), Metropolitan Area Exchanges (MAE) ou Commercial Internet Exchanges (CIX). • Fisicamente estes pontos de interconexão (exchanges) são implementados usando combinações de FDDI/Ethernet ou como sub-redes ATM. • Vários provedores podem se conectar em um único ponto. RI - 40 Arquitetura de roteamento na Internet • Network Access Point (NAP) • Os NAP mundiais, MCI, Sprint e Pacific Bell, se interligam e oferecem conexão a provedores menores, como a Embratel. • Os NAP promovem a comutação de vários servidores na Internet. RI - 41 Arquitetura de roteamento na Internet • Servidores de Rotas • Alguns pontos de interconexão (exchanges) possuem roteadores especiais para facilitar a distribuição de informações de rotas entre os provedores conectados. • Este roteadores são denominados Servidor de Rotas. • Em vez de cada roteador estabelecer uma sessão de protocolo de roteamento com os demais, um provedor estabelece uma única sessão com o Servidor de Rotas. • O Servidor de Rotas recebe as informações atualizadas dos muitos roteadores da Internet e redistribui essa informação adquirida para todos os provedores (roteadores) interligados neste exchange. RI - 42 Protocolos de Roteamento • Interior e Exterior Gateways • Dentro de um Sistema Autônomo, identificam-se dois tipos de roteadores: • Interior Gateways (IG), ou Interior Routers. • Exterior Gateways (EG), ou Exterior Routers. • Dois roteadores são IG quando pertencem a um mesmo AS. • Dois roteadores são EG quando pertencem a diferentes AS. • Os roteadores de borda (Border Gateways), rodam ambas as funções e, portanto, são os mais carregados. RI - 43 Protocolos de Roteamento • IGP e EGP • Os protocolos de roteamento executados entre EG, são denominados Exterior Gateway Protocol (EGP). • Passam informações de alcance das redes de um AS ao outro. • Os protocolos de roteamento executados entre IG, são denominados Interior Gateway Protocol (IGP). • São de propriedade de Sistemas Autônomos. • Uma coleção de roteadores rodando um IGP comum é muitas vezes denominado de domínio de roteamento. • Um AS pode consistir de múltiplos domínios de roteamento. RI - 44 Protocolos de Roteamento • IGP e EGP RI - 45 Protocolos de Roteamento • Protocolos de Roteamento IGP: • Routing Information Protocol (RIP) • Open Shortest Path First (OSPF) • Interior Gateway Routing Protocol (IGRP) • Protocolos de Roteamento EGP: • Exterior Gateway Protocol (EGP) • Border Gateway Protocol (BGP) • Exterior Gateway Routing Protocol (EGRP) • Exterior Interior Gateway Routing Protocol (EIGRP) • Intermediate System – Intermediate System (IS-IS) RI - 46 Protocolos de Roteamento • A tabela de roteamento é atualizada como resultante da execução de um Algoritmo de Roteamento. • Os algoritmos de roteamento obtém informações sobre possíveis rotas através de protocolos de roteamento. • O protocolo de roteamento determina a forma pela qual os roteadores devem trocar informações necessárias para execução dos algoritmos de roteamento. • Existem basicamente dois tipos de algoritmos de roteamento: • Distance Vector • Link-State • Path Vector é um terceiro tipo, sendo uma adaptação do Distance Vector. RI - 47 Protocolos de Roteamento • Algoritmo Distance Vector • Determina o melhor caminho para um destino baseando-se na sua distância (número de hops). • O nome Distance Vector vem da informação enviada periodicamente, que consiste de uma lista de pares (V, D), onde V identifica o destino (vetor) e D, a distância até este destino. • Algoritmo Link-State • Determina o melhor caminho para um destino baseando-se em um valor que é assinalado para cada link de comunicação de cada rota. RI - 48 Protocolos de Roteamento • Algoritmo Link-State • Este valor pode representar delay, velocidade de linha, ou qualquer coisa que o administrador de rede queira usar. A definição é que o resultado é inversamente proporcional ao parâmetro escolhido. • A rota é determinada examinando estes valores. • Área de estudos: Área Protocolos Algoritmo IGP RIP OSPF Distance Vector Link-State EGP BGP Path Vector RI - 49 Protocolos de Roteamento • Algoritmo Distance Vector • Cada roteador envia ao seu vizinho a sua lista (V, D). • Assim, cada roteador aprende a distância para cada rede existente. • A menor distância vai ser utilizada. • Vantagens: • É bastante simples e conhecido; • Exige menos processamento. • Desvantagens: • O tráfego pode ser alto em redes grandes; • Convergência lenta; • Difícil detectar roteadores com problemas. RI - 50 Protocolos de Roteamento • Algoritmo Link-State • Cada roteador calcula a topologia inteira antes de escolher o caminho mais curto. • As mensagens enviadas contém apenas o estado de cada uma das linhas conectadas. • Vantagens: • Cada roteador mantém uma mesma base de dados; • Fica mais fácil detectar roteadores defeituosos; • A convergência é muito mais rápida. • Desvantagens: • Mais ciclos de processamento e memória; • Configuração é mais difícil. RI - 51 Protocolos de Roteamento • Roteamento usando Distance Vector • A tabela de roteamento armazena uma entrada para cada rede conectada. • Cada entrada contém: • Endereço IP da rede de destino; • Número de hops até a rede de destino (o alcance); • Endereço IP do primeiro roteador para a rota; • Contador. • Periodicamente (30 segundos), cada gateway envia uma cópia de sua tabela, por meio de broadcast, para todos os gateways conectados diretamente. RI - 52 Protocolos de Roteamento • Roteamento usando Distance Vector • Ao receber uma tabela, o gateway compara com sua própria tabela e modifica as entradas, se: • Reconhecer um caminho mais curto para uma sub-rede existente; • Reconhecer uma sub-rede não conhecida; • Reconhecer que um novo valor para uma entrada foi apresentado pelo gateway criador, mesmo que ele seja maior. • Na atualização, se o gateway emissor reporta uma distância N, a entrada atualizada deve ser N+1. • O algoritmo é simples e fácil de implementar. RI - 53 Protocolos de Roteamento • Roteamento usando Distance Vector • Entretanto, em ambientes dinâmicos, a informação de roteamento se propaga lentamente e, durante esse período, alguns gateways ficam com informações inconsistentes. • Além disso, as mensagens de atualização tornam-se enormes. • Todos os gateways devem participar, senão o algoritmo não converge. • Problemas com algoritmos Distance Vector • Os roteadores e linhas de comunicação estão sujeitas a falhas. • O algoritmo exige que os roteadores avisem os vizinhos sobre as mudanças. Se um roteador para de funcionar, deixa de avisar os seus vizinhos. RI - 54 Protocolos de Roteamento • Roteamento usando Distance Vector • A solução adotada pelos algoritmos que usam Distance Vector é remover as entradas velhas usando timeout (contador). • Roteamento usando Link-State • Neste algoritmo, cada roteador deve conhecer a topologia completa da rede. • Isto é feito descrevendo os roteadores interconectados entre si por links. • Existe um enlace entre dois gateways se ambos puderem comunicar-se diretamente, ou seja, estão conectados na mesma rede física. RI - 55 Protocolos de Roteamento • Roteamento usando Link-State • Cada roteador exerce duas funções, entre outras: • A primeira é testar continuamente o estado dos enlace com os roteadores vizinhos. • A segunda é enviar a informação dos estados dos seus enlaces a todos os roteadores da rede. Este envio é feito por flooding, sendo periódico para a condição de sem alterações e imediato para a condição de com alteração. • O teste de estado é feito enviando mensagens curtas que exigem resposta. Se houver uma resposta, o enlace está ativo, senão, está inativo. • Se estiver ativo, é possível a comunicação entre os roteadores. RI - 56 Protocolos de Roteamento • Roteamento usando Link-State • As informações são em geral enviadas em modo flooding. Se a tecnologia de rede não permitir o modo flooding, o envio é feito para cada roteador individualmente. • Ao receber uma informação de estado, o roteador atualiza o seu mapa da rede ativando ou desativando os enlaces em questão e recalcula as rotas para todos os destinos possíveis usando o algoritmo Shortest-Path-First (SPF). • Em relação ao algoritmo Distance Vector, o SPF possui diversas vantagens: • O cálculo das rotas é realizado localmente; e • O tamanho das mensagens depende do número de roteadores diretamente conectados. RI - 57 Protocolos de Roteamento • Algoritmo Shortest-Path-First (Dijkstra) - exemplo RI - 58 Protocolos de Roteamento • Algoritmo Shortest-Path-First (Dijkstra) - exemplo RI - 59 Protocolos de Roteamento • Algoritmo Shortest-Path-First (Dijkstra) - exemplo RI - 60 Protocolos de Roteamento • Algoritmo Shortest-Path-First (Dijkstra) - exemplo RI - 61