[email protected] BIBLIOGRAFIA LEMOS FILHO,Arnaldo - JUNIOR, José Theodoro, As Ciências Humanas, in Lemos Filho, Arnaldo et alii. Sociologia Geral e do Direito. 6ª edição. Campinas, Ed. Alínea, 2014 LEMOS FILHO, Arnaldo. O surgimento da Sociologia como ciência , idem ibidem COSTA, Cristina, Sociologia, uma introdução à Sociedade. 4ªedição.São Paulo:Ed. Atual, 2010 OLIVEIRA, L. F.-COSTA, R. Sociologia para jovens do século XXI. Rio,2ª edição Ed. Imperial Novo Milenium, 2010 BRYM, Robert et alii. Sociologia, sua bússola para um novo mundo. São Paulo: Thomson Learning, 2007 SCHAEFER, Richard. Sociologia, 6ª edição. São Paulo: McGraw-Hill, 2006 GIDDENS, Anthony., 6ªedição. Porto Alegre: ArtMed, 2012 BOMENY, Helena e outros. Tempos Modernos, Tempos de Sociologia. Rio, Fundaçãop Getulio Vargas ,2010. [email protected] A Sociologia é a ciência da sociedade. Como a sociedade era conhecida antes do aparecimento da ciência? Toda ciência é conhecimento Todo conhecimento é um produto histórico Quais foram os fatores históricos que propiciaram o surgimento da sociologia? [email protected] adequação do conhecimento à realidade objetiva OBJETIVIDADE CONHE uma pretensão, uma ambição, uma intenção CIMENTO CIENTIFICO NEUTRALIDADE a não interferência dos valores, concepções religiosas e políticas e preconceitos Um mito ? [email protected] CIÊNCIA NATURAIS CIÊNCIAS HUMANAS SOCIAIS [email protected] LINGUÍSTICA HISTÓRIA SOCIOLOGIA ECONOMIA GEOGRAFIA HUMANA PEDAGOGIA HOMEM POLÍTICA ANTROPOLOGIA ADMINISTRAÇÃO PSICOLOGIA DIREITO [email protected] SOCIOLOGIA CIÊNCIAS SOCIAIS ANTROPOLOGIA POLITICA A Sociologia surgiu no processo de formação e desenvolvimento da sociedade capitalista. [email protected] “ A Sociologia não se afirma primeiro como explicação científica e, somente depois, como forma cultural de concepção do mundo. Foi o inverso o que se deu na realidade. Ela nasce e se desenvolve como um dos florescimentos intelectuais mais complicados das situações de existência nas modernas sociedades industriais” Florestan Fernandes [email protected] ANTES DO APARECIMENTO DA CIÊNCIA A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO DA SOCIEDADE AS CIÊNCIAS HUMANAS AS DIFICULDADES METODOLÓGICAS DAS CIÊNCIAS HUMANAS [email protected] Pré-História COSMOCENTRISMO ANTES DO APARECIMENTO DA CIÊNCIA TEOCENTRISMO A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA AS CIÊNCIAS HUMANAS ANTROPOCENTRISMO POSITIVISMO [email protected] Idade Antiga Idade Media Idade Moderna Sec. XIX Pré-História Mito Imaginação antes da escrita Idade Antiga Filosofia Razão Teologia Fé Do aparecimento da escrita até 476 d. C. Idade Média de 476 d. C. até 1453 Idade Moderna 1453 até ... Revolução Científica Ciências Humanas [email protected] Dados da Realidade ANTES DA FILOSOFIA PRÉ-HISTÓRIA SOCIAL IDADE ANTIGA MITO FILOSOFIA Ascensão da Burguesia Formação do Estado Nacional Descoberta do Novo Mundo (O QUE DEVE SER) IDADE MEDIA TEOLOGIA Revolução Comercial Reforma protestante Revolução Industrial SOCIOCULTURAIS Renascimento SECULOS XVI, XVII PARA FATORES Utopismo DETERMINANTES INTELECTUAIS XVIII Racionalismo Iluminismo Revolução Francesa RELATIVOS AO SISTEMA DE CIÊNCIA DEPOIS CIÊNCIA SOCIAL CIÊNCIAS HUMANAS (O QUE É) CIÊNCIAS NATURAIS Aplicação do método cientifico ao conhecimento da sociedade = POSIT IVISMO DIFICULDADES METODOLÓGICAS DAS CIÊNCIAS HUMANAS [email protected] Mito – Pré-História Histórias orais Mito Identidade cultural de um povo Concepção de mundo [email protected] Mito – Pré-História O IMAGINARIO COLETIVO: Quem somos nós? De onde viemos ? Para onde vamos? modelos antropomórficos e divinizados das relações humanas sobre os fenômenos naturais. a idéia da superioridade do homem sobre a mulher, como uma coisa natural e divina. o trabalho como castigo. [email protected] Mito – Pré-História O mito não é um estado de infantilidade da humanidade. O mito é o estado de consciência de um povo sobre si mesmo e sobre a realidade que o circunda Ele se manifesta como verdade , de origem intuitiva, préreflexiva, não havendo comprovações crítica e racionais Não pode ser apresentado como uma primeira forma de “ciência”, por ser de natureza pré-reflexiva. Mas é parte do saber acumulado de um povo, numa determinada época [email protected] Os mitos revelam uma forte carga pedagógica pois as narrativas contem ensinamentos sobre o modo como as pessoas vivem e concebem o mundo O MITO DE PANDORA [email protected] ADÃO E EVA Mito ou Realidade ? [email protected] Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) FIM DA ORGANIZAÇÃO TRIBAL – ORGANIZAÇÃO DAS CIDADES GREGAS o desenvolvimento do comercio o aparecimento da moeda a utilização da escrita a base econômica assentada no trabalho escravo Isto tudo criou condições para o aparecimento de pessoas ricas e liberadas do trabalho produtivo que podiam dedicarse, “dar-se ao luxo” à cultura letrada. [email protected] Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) 1. As formas míticas de representação não davam mais conta de “explicar” a complexa teia sócio-política-econômica da vida humana. A BUSCA DA EXPLICAÇÃO DA REALIDADE 2. O avanço dos conhecimentos matemáticos, astronômicos, criando modelos de racionalidade. 3. Nasce a Filosofia – no século V a. C., considerada pelos historiadores como a primeira forma de “ciência” (conhecimento). [email protected] Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) 1. foi um avanço em termos de de sistematização racional em face do antigo paradigma mítico, A FILOSOFIA GREGA 2. não permitiu, porem, uma verificação empírica, o que tornava as conclusões desprovidas de utilidade prática para o 3. A filosofia grega revela um conteúdo ideológico relativo aos costumes e interesses sociais da época ao refletir o desprezo pelo trabalho manual. 4. A base aristocrática e escravagista do “modus vivendi” das elites helênicas explica o porquê de a “ciência” da época ser voltada para a especulação teórica e não ter desenvolvido a técnica. [email protected] Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) 1. a filosofia propunha normas para melhorar a sociedade de acordo com seus princípios. A EXPLICAÇÃO DA SOCIEDADE 2. Os estudos sobre a vida social tinham sempre por objetivo propor formas ideais de organização da sociedade mais do que lhe compreender a organização real. 3. Eram normativos (buscavam estabelecer regras e normas) e finalistas (propunham uma finalidade para a organização social). [email protected] Filosofia – Idade Antiga (até 476 d.C.) Filosofia Platão (427/347 a.C.) Republica Aristoteles (384/322 a. C.) Política Esses estudos eram fragmentários e o fator político sob o domínio de um interesse puramente ético tinha prioridade sobre o fator social [email protected] Teologia – Idade Media 476 a 1453 Desagregação do Império Romano Invasão dos bárbaros SECULO V Fechamento da Europa sobre si mesma Economia de subsistência : os feudos [email protected] IGREJA CATÓLICA a instituição mais bem estruturada no período. Livros e artes reunidos e conservados em mosteiros MONOPÓLIO DO SABER [email protected] Teologia – Idade Média (de 476 à 1453) A “CIÊNCIA”(conheci mento) tornou-se TEOCÊNTRICA Tudo era interpretado à luz da fé Tudo o que não fosse ligado à fé era falso A Igreja era detentora da verdade [email protected] Noção grega de verdade Noção medieval de verdade Verdade logicoracional Verdade revelada pela fé [email protected] Teologia – Idade Média (de 476 à 1453) A“ciência”(conhecimento) continua distanciada da técnica e da experimentação As elites (nobreza e clero) levavam vida aristocrática, valorizavam o ócio, desprezavam as atividades práticas. O corpo era desprezado, castigado. A preocupação fundamental era a salvação da alma [email protected] Teologia – Idade Média (de 476 à 1453) Teologia Santo Agostinho (354/430) A Cidade de Deus : os homens viviam na cidade onde reinava o pecado e deveriam caminhar para a cidade da graça, a cidade de Deus. Santo Tomas de Aquino ( 1227/1274) A Suma Teológica : uma filosofia cristã, chamada filosofia escolástica, que estudava as relações do homem com Deus. [email protected] Tais como os estudos da Antiguidade eram também finalistas e normativos A Revolução Científica – Idade Moderna (1453) Séculos XVI, XVII e XVIII Período de transição da progressiva substituição da concepção finalista e normativa da sociedade para uma representação positiva da vida social [email protected] A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...) Antecedentes Crise do sistema feudal (século XII) a estagnação da técnica e da agricultura, a falta de terras produtivas, o excesso de população nos feudos. misticismo religioso [email protected] CRUZADAS Transição : Seculos XVI, XVI e XVIII FATORES SOCIOCULTURAUS FLORESTAN FERNANDES FATORES INTELECTUAIS FATORES RELATIVOS AO SISTEMA DE CIÊNCIA [email protected] Transição Fatores socio-culturais: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Ascensão da Burguesia Formação do Estado Nacional Descoberta do Novo Mundo Revolução Comercial Reforma Protestante REVOLUÇÃO INDUSTRIAL [email protected] Transição: Fatores Socio-culturais Ascensão da Burguesia Rompimento com a formação social da Idade Media,constituída de sacerdotes, senhores feudais e servos, apresentando um novo quadro social, com a emergência de uma nova classe social. [email protected] Transição: Fatores Socio-culturais Formação do Estado Nacional Pacto da Burguesia com o Rei, quebrando o poder dos senhores feudais com o aparecimento de um poder central [email protected] ESTADO NACIONAL Para se manter unido precisa tem PODER IMPESSOAL EXÉRCITO do Vem dos Para se manter unido É formado por FEUDOS pelo REI NAÇÃO Unidos em torno CULTURA BURGUESES são COMERCIANTES [email protected] Transição: Fatores Socio-culturais Descoberta do Novo Mundo Abertura para uma nova realidade, diferente do mundo europeu, com novos modos de pensar e de organização social. [email protected] Transição : Fatores Socio-culturais Revolução Comercial Formação de grandes potências nacionais, grandes companhias de navegação e desenvolvimento do mercantilismo. [email protected] Transição : Fatores Socio-culturais Reforma Protestante Ruptura da unidade católica do Ocidente, rompendo com a concepção passiva do homem, entregue unicamente aos desígnios divinos [email protected] [email protected] Transição : Fatores Socio-culturais Sec. XVIII Revolução Industrial Desagregação da sociedade feudal consolidação da sociedade capitalista, com mudanças na ordem tecnológica, econômica e social, com um novo modo de produção e novas relações de produção [email protected] Revolução Industrial a produção agrícola destinada ao abastecimento de matérias primas Conseqüências: fluxo migratório para as cidades industriais, expulsão dos camponeses, Inchaço urbano,miséria,mendicância,prostituição, alcoolismo, promiscuidade, epidemias, [email protected] Revolução Industrial o aparecimento de uma nova camada social, o operariado, Conseqüências: a consciência de classe, a formação de associações e sindicatos, o enriquecimento da burguesia. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Nos modos de conhecer a natureza e a sociedade Mudanças nas formas de pensar Elaboração de um novo tipo de conhecimento baseado na objetividade e no realismo Separação entre [email protected] fé e razão Transição : Fatores Intelectuais 1. O Renascimento 2. O Utopismo 3. O Racionalismo 4. A Filosofia da História 5. O Iluminismo 6. A REVOLUÇÃO FRANCESA [email protected] Transição : Fatores Intelectuais DO TEOCENTRISMO PARA O ANTROPOCENTRISMO Renasci mento VALORIZAÇÃO DO CORPO VALORIZAÇÃO DO TRABALHO E NÃO DO ÓCIO SUPERAÇÃO DA RELIGIÃO QUE PROMETIA O PARAÍSO NO CÉU (CATOLICISMO) POR OUTRA QUE CONSIDERAVA A RIQUEZA TERRENA UMA BÊNÇÃO (PROTESTANTISMO). [email protected] Transição : Fatores Intelectuais O Renascimento inspirou-se no Humanismo , movimento de artistas e intelectuais que defendia o estudo da cultura greco-romana e o retorno a seus ideais de exaltação do homem. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Utopismo O florescimento de utopias (descrições de sociedades ideais aqui na terra). Exemplo : A Utopia, de Thomas Morus (1478/1535). [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Racionalismo O emprego sistemático da razão, como conseqüência de sua autonomia diante da fé. O Príncipe, de Maquiavel (1469/1527), estudo sobre a origem do poder. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais O Leviatã, de Thomas Hobbes (1588/1679) que sustenta a necessidade de um poder absoluto para manter os homens em sociedade e que impeça que eles se destruam mutuamente. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Novum Organum, de Francis Bacon (1561 - 1626), que apresenta um novo método de conhecimento, baseado na experimentação. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Discurso sobre o método, de Descartes (1596/1650), afirmando que para conhecer a verdade é preciso inicialmente colocarmos todos os nossos conhecimento em dúvida: se eu duvido, eu penso, penso, logo existo. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Filosofia da Historia: A idéia geral de progresso dos filósofos da Historia influiu na concepção que o homem começou a ter do tempo: é o homem que produz a história [email protected] Transição : Fatores Intelectuais SÉCULO XVIII – SÉCULO DAS LUZES Iluminismo OS FILÓSOFOS PRETENDIAM NÃO SOMENTE TRANSFORMAR AS FORMAS DE PENSAMENTO MAS A PRÓPRIA SOCIEDADE AFIRMAVAM QUE À LUZ DA RAZÃO É POSSÍVEL MODIFICAR A ESTRUTURA DA VELHA SOCIEDADE FEUDAL. [email protected] FRONTISPICIO DA ENCICLOPEDIE FRANÇAISE -1772 Foi desenhado por Charles-Nicolas Cochin e ornamentado (engraved) por Bonaventure-Louis Prévost. Esta obra está carregada de simbolismo: A figura do centro representa a verdade – rodeada por luz intensa (o símbolo central do iluminismo). Duas outras figuras à direita, a razão e a filosofia, estão a retirar o manto sobre a verdade. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Condorcet (1772/1794) queria aplicar os estudos matemáticos ao estudos dos fenômenos sociais. [email protected] Montesquieu (1689/1755), em O Espírito das Leis, defendia a separação dos poderes do Estado, definia a idéia geral de lei (uma relação necessária que decorre da natureza das coisas) e afirmava que os fenômenos políticos estavam sujeitos às leis naturais, invariáveis [email protected] Transição: Fatores Intelectuais Rousseau (1712/1778), em O Contrato Social, expunha a teoria de que o soberano deve conduzir o Estado segundo a vontade geral de seu povo, tendo em vista o bem comum. [email protected] Adam Smith (1723/1790), em A Riqueza das Nações, criticou o mercantilismo, afirmando que a economia deveria ser dirigida pelo jogo livre da oferta e da procura. [email protected] Transição : Fatores Intelectuais Revolução Francesa (1789): mudanças na estrutura política. [email protected] novas relações de poder democracia CONSEQÜÊNCIAS liberdade, igualdade, fraternidade. cidadania, poder político à burguesia, Destruição dos fundamentos da sociedade feudal. [email protected] Quadros comparativos: Idade Media e Idade Moderna Em relação ao desenvolvimento econômico DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO FEUDALISMO A produção era restrita aos feudos Produção de excedentes com objetivos de mercado Propriedade : a terra Propriedade : o capital Servo: obrigações Trabalhador livre, mas vende a sua força de trabalho A produção sustentava o senhor feudal e a Igreja Produção com objetivo de lucro O povo vivia no campo Duas classes sociais : senhores e servos Desenvolvimento das cidades Duas classes : burguesia e assalariados [email protected] Em relação à organização política FEUDALISMO DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO Senhores feudais e Igreja dominavam os servos e camponeses Ausência de Estado e Nações Ausência de teorias políticas As teorias que justificavam o poder do senhor e da Igreja se baseavam na “vontade de DEUS” Surge o Estado Nacional patrocinado pela burguesia Aparecimento das Nações e da figura do Estado Surgem as teorias políticas que sustentavam a idéia de Estado Nacional Baseadas no Iluminismo, as teorias políticas ganham força e se tornam justificações para a existência do Estado e das leis [email protected] Em relação às mentalidades e conhecimento FEUDALISMO DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO Teocentrismo Antropocentrismo A verdade estava na Bíblia e na autoridade da Igreja A verdade obtida pela razão e pelos métodos científico A religião era tudo. A realidade era explicada pela “vontade de Deus” A realidade explicada a partir do que acontecia na terra entre os homens Qualquer mudança era contrária à “vontade de Deus” O progresso passou a ser o objetivo humano O conhecimento significava contemplar a realidade criada por Deus O conhecimento significava transformar a natureza e dominála. [email protected] FATORES RELATIVOS AO SISTEMA DE CIÊNCIA Revolução Comercial, ERA DAS REVOLUÇÕES Revolução Cultural, Revoluções Políticas Revolução Científica [email protected] A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...) Ciência A ciência vai aos poucos substituindo a filosofia e a teologia, na explicação dos fenômenos da natureza, constituindo as denominadas ciências naturais A burguesia, um novo modo social de viver, financiava os cientistas para o desenvolvimento da técnica, necessária para o desenvolvimento da economia. [email protected] Revolução Cientifica (séculos XVI e XVII) o uso da razão como meio de alcançar o conhecimento. O fundamento da ciência moderna consiste na afirmação da necessidade de observar todos os fatos e o fenômenos e demonstrar as explicações propostas para eles. Fica excluída qualquer possibilidade de especulação sem um experimento que comprove sua plausibilidade. A ciência moderna se caracteriza como um saber não dogmático, critico, aberto, reformulável, suscetível de correções ou refutações È um saber universal que utiliza provas (experiências) para que se possam testar resultados [email protected] Burguesia A origem da palavra remonta ao século XII: burguês era o habitante do burgo, povoação formada em torno de um castelo ou mosteiro fortificado. Burguesia era o conjunto de mercadores e artesãos que habitavam o burgo e desfrutavam de direitos especiais dentro da sociedade feudal. A partir do século XVIII, a palavra passou a ser gradualmente empregada para designar os empregadores do ramo da manufatura, do comercio e das finanças, que se consolidavam como nova classe dominante, concomitantemente ao declínio da nobreza. [email protected] ANTES o saber era desligado das questões práticas e era voltado para a contemplação teórica, AGORA As necessidades econômicas do capitalismo e a valorização do trabalho redirecionaram o conhecimento rumo à técnica [email protected] ANTES o critério da verdade limitava-se à coerência conceitual o saber continha concepções finalistas sobre o mundo AGORA deveria se submeter ao crivo da observação empírica à matematização e à comprovação experimental. o saber passa a ser descritivo e utilitarista. [email protected] ressaltam mais a historicidade do conhecimento (métodos experimentais e técnicos) refletem os valores empiristas OS MÉTODOS CIENTÍFICOS Refletem o modo de pensar (utilitarista) Expressam os interesses (produção e comercio) Desenvolvem uma cultura das novas classes dominantes [email protected] Fatores relativos ao sistema de ciência mudança da sociedade feudal para a sociedade capitalista. As revolu ções reaparecimento das cidades o surgimento das indústrias [email protected] transformações não apenas no mundo natural, mas também nas relações sociais Fatores relativos ao sistema de ciência Consequências das revoluções do Século XVIII Crises sociais Utilização dos método das ciências naturais, para explicá-las Desordens sociais Os fenômenos sociais podem ser classificados e medidos [email protected] A CRISE DAS EXPLICAÇÕES RELIGIOSAS O processo de secularização Razão Separada da Fé Anticlericalismo A Igreja como objeto de pesquisa A sacralização da ciência [email protected] GALILEU GALILEI 1564-1642 HELIOCENTRISMO EPPUR SI MUOVE [email protected] A Revolução Científica – Idade Moderna (1453 ...) Ciência A ciência vai aos poucos substituindo a filosofia e a teologia, na explicação dos fenômenos da natureza, constituindo as denominadas ciências naturais A burguesia, um novo modo social de viver, financiava os cientistas para o desenvolvimento da técnica, necessária para o desenvolvimento da economia. [email protected] VOLTAIRE 1694/1778 FEURBACH 1804-1872 NIETZSCHE 1844-1900 Deus criou o homem à sua imagem e este lhe pagou na mesma moeda Não foi Deus que criou o homem mas o homem que criou Deus. O cristianismo é uma religião de escravos. Deus está morto. [email protected] As Ciências Humanas O Renascimento e o Iluminismo O desenvolvimento das ciências da natureza As Revoluções do século XVIII As crises e desordens sociais Necessidade de compreender o que ocorria na sociedade, para controlála e modificála [email protected] Utilização do método científico POSITIVISMO A QUESTÃO METODOLÓGICA NAS CIÊNCIAS HUMANAS [email protected] Os resultados das ciências humanas são realmente científicos ou não passam de opiniões particulares dos cientistas? [email protected] As Ciências Humanas Crise das Ciências Humanas Inadequação do método das ciências naturais Busca de cientificidade Conceito de verdade [email protected] Dificuldades Metodológicas das Ciências Humanas Ciências Naturais têm como objeto coisas materiais que são exteriores ao universo humano OBJETO Ciências Humanas têm um objeto que se identifica com o próprio sujeito do conhecimento, o que torna difícil a objetividade. [email protected] Nas Ciências Naturais é relativamente fácil isolar e Ciências delimitar é relativamente seuNaturais objeto de Nas Nas Ciências Naturais conhecimento, relativamente fácil isolar fácil isolar e delimitar seu objeto de delimitar seu objeto conhecimento conhecimento, DELIMITAÇÃO DO OBJETO Para as Ciências Humanas tal recorte é, muitas vezes, inviável, porque os fenômenos humanos são imensamente complexos: não há como separar o psíquico do histórico, o econômico do social, do político, do cultural, etc. [email protected] é e de Nas Ciências Naturais, o controle das interferências ideológicas do cientista é facilitado pela exatidão do método EXATIDÃO DO MÉTODO No campo das Ciências Humanas tal controle é impossível por causa da inserção social do cientista no próprio fenômeno estudado: a sociedade. [email protected] Outra grande dificuldade consiste no problema da experimentação, viável nas Ciências Naturais, que conseguem isolar situações de laboratorio EXPERIMENTA ÇÃO Tal procedimento é inaplicável e, não raras vezes, inútil para as Humanidades porque as reações e motivações das pessoas diante dos eventos da vida social são variáveis, subjetivos, imprevisíveis. [email protected] Há ainda o problema da linguagem científica. As Ciências Naturais se caracterizam pelo rigor e exatidão dos conceitos. LINGUAGEM CIENTÍFICA Entretanto os fenômenos humanos não são redutíveis a quantificações e cálculos em razão de sua forte carga valorativa, simbólica, psíquica, etc. [email protected] DETERMINISMO A busca de causalidades é procedimento típico das Ciências Naturais para explicar os fenômenos da natureza porque estes são regulares, constantes, repetitivos, denotando determinismo. Já os fenômenos complexos e livres. [email protected] humanos são As Ciências Humanas Necessidade da construção de uma metodologia própria. Tendência humanista das ciências humanas As relações humanas passaram a ser concebidas não mais como objeto em si ou como fato, mas sim como um fenômeno dotado de totalidade, complexidade e significado. [email protected] Não é um objeto delimitável, isolável, quantificavel e verificável Fenômeno Humano Mas algo vivo, complexo, histórico e dinâmico [email protected] Fenômeno Humano A noção de verdade se afasta dos ideais gregos e latinos que pressupõem a verdade como algo absoluto. Tem como verdade o consenso da comunidade científica, sempre provisória e precária que durará até que o curso histórico do próprio conhecimento promova a sua superação. [email protected] Ciências Naturais Ciências Humanas Distinção entre sujeito e objeto Identificação entre sujeito e objeto Isolamento,quantificação e delimitação do objeto Complexidade do objeto Linguagem científica exata Linguagem simbólica e significativa Determinismo absoluto Determinismo relativo Necessidade Liberdade Constância Probalidade Previbilidade Previsilidade com uma dose de imprevisibilidade [email protected]