Divisão Celular: Mitose e Meiose Professor : Cícero Matos. Capítulo: 8. Assunto : Divisão Celular. Divisão Celular O processo pelo qual uma célula se reproduz e origina células-filhas é denominado divisão celular. A divisão celular é a maneira que organismos unicelulares se reproduzem e as células dos organismos multicelulares se multiplicam, possibilitando o seu crescimento. Ciclo Celular Os biólogos denominam ciclo celular, o período que se inicia com o surgimento da célula, a partir da divisão de uma célula preexistente, e termina quando ela se dividi em duas células-filhas. Mitose: Divisão do núcleo Citocinese: Divisão do citoplasma Em geral a mitose mais citocinese duram menos de 1 hora e corresponde a cerca de 5% da duração total do ciclo celular. Os 95% do tempo restante, a célula permanece em Interfase. Interfase Durante a interfase , os filamentos cromossômicos permanecem descondensados no interior do núcleo, constituindo a cromatina. È nesse período que o DNA está em plena atividade. È também nesse período em que a célula cresce e que as moléculas de DNA se duplicam, preparando a célula para a próxima divisão. Subdivisão da Interfase A interfase é dividida em três fases: G1,S e G2 G1: Antecede a duplicação do DNA cromossômico. S: Período em que o DNA cromossômico está se duplicando. G2: Sucede a duplicação cromossômica. Mitose Na mitose, a divisão de uma “célula-mãe” em duas “células-filhas” geneticamente idênticas e com o mesmo número cromossômico que existia na célula-mãe. Uma célula n produz duas células n, uma célula 2n produz duas células 2n etc. Trata-se de uma divisão equacional. A mitose se divide em 4 fases: Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase. Prófase Os cromossomos se condensam, com isso ocorre o desaparecimento dos nucléolos. O fuso acromático começa se forma e a carioteca se desfaz. Metáfase È marcada pela desagregação da carioteca e os cromossomos condensados alinhados no equador da célula. Obs.: Cinetócoro é uma estrutura proteica que se localiza na região centrômero e que tem afinidade pelas fibras de fuso. Anáfase Nessa fase ocorre a separação das cromátides irmãs, pelo o encurtamento dos microtúbulos do fuso. Esse encurtamento ocorre pela a liberação de moléculas de tubilina nas extremidades dos microtúbulos associados ao cinetócoro. Telófase A telófase é a fase em que os cromossomos começam a se desespiralizar. A carioteca ou invólucro nuclear reconstrói-se, os cromossomas reúnem-se nos polos do fuso, os microtúbulos cinetocorianos desaparecem e o nucléolo reaparece. Há a formação de duas células diploides (2n) e ocorre a citocinese. De seguida, as duas células entram em estado de interfase. Meiose A meiose é o processo pela qual a célula-mãe vai originar quatro células-filhas que não são geneticamente iguais. Isso quer dizer que o número de cromossomos da mãe é reduzido pela metade. A meiose é um tipo de divisão celular em que uma célula diplóide produz quatro células haplóides, sendo por este motivo uma divisão reducional. Prófase I É a etapa mais marcante da meiose. Nela ocorre o pareamento dos cromossomos homólogos e pode acontecer um fenômeno conhecido como crossing-over (também chamado de permuta) Como a prófase I é longa, há uma sequência de eventos que, para efeito de estudo, pode ser dividida nas seguintes etapas: leptóteno,Zigóteno, Paquiteno, Diplótemno e Diacinese Leptóteno Inicia-se a espiralação cromossômica. É a fase de leptóteno (leptós = fino), em que os filamentos cromossômicos são finos, pouco visíveis e já constituídos cada um por duas cromátides. Zigóteno Começa a atração e o pareamento dos cromossomos homólogos; é um pareamento ponto por ponto conhecido como sinapse (o prefixo sin provém do grego e significa união). Essa é a fase de zigóteno (zygós = par). Paquíteno A espiralação progrediu: agora, são bem visíveis as duas cromátides de cada homólogo pareado; como existem, então, quatro cromátides, o conjunto forma uma tétrade ou par bivalente. Essa é a fase de paquíteno (pakhús = espesso) . Diplóteno Ocorrem quebras casuais nas cromátides e uma troca de pedaços entre as cromátides homólogas, fenômeno conhecido como crossing-over (ou permuta). Diacinese Os pares de cromátides fastam-se um pouco mais e os quiasmas parecem “escorregar” para as extremidades; a espiralação dos cromossomos aumenta. È a última fase da prófase I, conhecida por diacinese (dia = através; kinesis = movimento). Metáfase I Os cromossomos homólogos pareados se dispõem na região mediana da célula; cada cromossomo está preso a fibras de um só pólo. Anáfase I Anáfase I – o encurtamento das fibras do fuso separa os cromossomos homólogos, que são conduzidos para pólos opostos da célula, não há separação das cromátides-irmãs. Quando os cromossomos atingem os pólos, ocorre sua desespiralação, embora não obrigatória, mesmo porque a segunda etapa da meiose vem a seguir. Às vezes, nem mesmo a carioteca se reconstitui. Telófase No final desta fase, ocorre a citocinese, separando as duas células-filhas haplóides. Segue-se um curto intervalo a intercinese, que procede a prófase II. Meiose II Prófase II: Os cromossomos volta a se condensar e se torna mais curtos e grossos e os núcleos vão desaparecendo. Metáfase II: Os cromossomos se ligam ao fuso acromático e ficam na linha equatorial da célula. Anáfase II: Os microtúbulos sofre encurtamentos, e puxam as cromatídes-irmãs para os polos opostos. Telófase II: Nessa fase os cromossomos se descondensam os nucléolos e carioteca se reorganiza.