Resumo: Iluminismo, Ilustração ou Século da Luzes

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Resumo: Iluminismo, Ilustração ou Século da Luzes (Século XVII e XVIII).
O Iluminismo foi uma filosofia que combatia o Antigo Regime ( Absolutismo e
Mercantilismo), e pregava a liberdade econômica, a liberdade política e a igualdade jurídica.
Seus ideais conquistaram principalmente a burguesia e influenciaram importantes
acontecimentos como a independência dos Estados Unidos, a Revolução Francesa, e no Brasil,
a inconfidência Mineira e a Conjuração dos Alfaiates.
Os filósofos iluministas foram influenciados pelo renascimento, pois os pensadores
renascentistas valorizavam a razão, a experimentação, observação e a investigação na
produção do conhecimento. Assim baseado nas concepções de René Descartes, ou nas
descobertas do físico Isaac Newton, os iluministas negavam que a natureza era regida por
Deus. Para eles, as forças da natureza eram regidas por leis físicas. Os iluministas valorizavam
as ciências e combatiam o fanatismo e as crenças religiosas.
1.Principais Características do Iluminismo:
Racionalismo
Liberdade
Anticlericalismo. É importante lembrar que a oposição ao clero se dava, pois a igreja
sustentava o poder absoluto dos reis, e que era negado pelos iluministas.
2. Principais representantes do Liberalismo Político.
Voltaire: Combatia a ignorância, a supertição e, o fanatismo religioso. Teceu duras
críticas ao clero religioso.
Montesquieu: Escreveu o “ O Espírito das Leis”. Nesse livro, o pensador criticou a
monarquia absolutista e defendeu a tripartição dos poderes: Executivo, Legislativo e judiciário.
Rousseau: Pregava que a propriedade privada era a razão das desigualdades sociais.
Escreveu a obra “O Contrato Social”, no qual defendeu uma sociedade democrática, baseada
na igualdade entre os indivíduos e no respeito ao que chamava de “vontade geral”.
Diderot e D’Alembert: Foram os responsáveis pela Enciclopédia, obra na qual reuniram
o conhecimento produzido no período.
3. Liberalismo Econômico:
Os iluministas condenavam a intervenção do Estado na economia. Pregavam a
liberdade econômica e a formação de um mercado livre. Para os iluministas a intervenção do
Estado na economia limitava o desenvolvimento das atividades econômicas.
Os primeiros economistas a adotar essas idéias foram os fisiocratas (governo da
natureza). Dentre os principais fisiocratas podemos destacar Quesnay e Gournay ( laissez faire,
laissez passer: deixai fazer, deixai passar.)
Outro economista que foi fortemente influenciado pelas idéias iluministas foi Adam
Smith, que escreveu “A Riqueza das Nações”. Nessa obra, Smith defendeu que o trabalho era a
base de toda a riqueza. O economista ainda era favorável ao trabalho livre, assalariado e
contrario ao protecionismo, ao sistema colonial e a excessiva intervenção do Estado na
economia.
4.Despotismo Esclarecido.
Com o crescimento das idéias absolutistas, muitos reis passaram a governar adotando
os princípios dos iluministas. Contudo, esses reis continuaram a ser centralizadores, e não
abandonaram totalmente as práticas mercantilistas. O despotismo foi adotado nos países da
Europa Oriental, Portugal e na Espanha. Por exemplo, em Portugal, o representante do
despotismo foi o Marques de Pombal.
Resumo: A Revolução Francesa (1789)
1.A França antes da Revolução:
No final do século XVIII, a economia francesa ainda era essencialmente
agrícola, e 80% da sua população residia no campo.
Em 1778, uma profunda crise econômica se abateu sobre os franceses. A crise
econômica estava relacionada aos gastos do governo francês com guerras (Guerra dos
Sete Anos, Guerra da Independência dos Estados Unidos), com a extensa burocracia, e
aos gastos da corte do rei Luis XVI. Além disso, neste ano, os franceses enfrentaram um
violento inverno, que destruiu as plantações, acarretando o aumento dos preços dos
alimentos, e, portanto, agravando mais ainda a fome e, a miséria do povo francês.
Nesse período, a sociedade francesa era estamental, isto é, dividida em estados
ou ordem. Vejamos a seguir como a sociedade estava organizada:
1º Estado ou Ordem: composta pelo clero.
2º Estado ou Ordem: composta pela nobreza.
3º Estado ou Ordem: composta pela burguesia, pelos sans cullotes (trabalhadores
urbanos, desempregados, os miseráveis de Paris.), e pelos camponeses. A burguesia não
era um grupo social homogêneo, mas estava organizada em alta (banqueiros, donos de
manufaturas), media (profissionais liberais) e baixa burguesia (artesãos, pequenos
comerciantes).
O clero e a nobreza possuíam muitos privilégios e, não pagavam impostos ao
governo francês. Eram proprietários de terras no campo, exploravam os camponeses,
cobrando impostos feudais, como a talha e a corvéia. Na verdade, o pagamento dos
impostos na França recaia somente ao Terceiro Estado, era a burguesia e o povo que
sustentava as guerras e o luxo de Luis XVI.
Essa situação provocou muitos descontentamentos entre os elementos do
Terceiro Estado, principalmente a burguesia, que inspirada nos princípios do
iluminismo, desejava romper com o absolutismo de Luis XVI.
Muitas tentativas foram realizadas para contornar a crise financeira, contudo os
ministros do rei não conseguiram alterar a situação econômica. Os ministros Turgot,
Necker, Callone, Brienne defendiam que a solução para a crise econômica era a
cobrança dos impostos do clero e da nobreza.
Diante dessa situação, Luis XVI resolveu convocar a Assembléia dos Estados
Gerais com o objetivo de resolver a crise francesa. Os Estados Gerais era uma espécie
de parlamento formado por representantes do Primeiro, Segundo e Terceiro Estado, que
não se reunia desde 1614.
2. O Inicio da Revolução.
Na reunião dos Estados Gerais realizada no Palácio de Versalhes, surgiu entre os
representantes do Primeiro, Segundo e Terceiro Estado, um impasse; a votação.
O clero e a nobreza queriam que os votos fossem contados por ordem; já o
Terceiro Estado defendia que os votos deveriam ser contados por cabeça.Se a opção
fosse o voto por ordem, o clero e a nobreza votariam juntos e nada mudaria, mas se
fosse por cabeça, como o Terceiro Estado tinha mais representantes, sairia vitorioso da
Assembléia dos Estados Gerais. As discussões se prolongaram por um mês, e nada foi
resolvido.
O Terceiro Estado composto principalmente por elementos da burguesia
resolveu separar-se dos Estados Gerais, e formar uma Assembléia Constituinte para dar
a França uma constituição, e ao mesmo tempo extinguir os privilégios do clero e da
nobreza.
Enquanto a Assembléia se mantinha reunida em Versalhes, o povo se agitava
pelas ruas de Paris. A população queria defender a Assembléia Constituinte de uma
possível agressão feita pelos soldados do rei.
Desta maneira, em 14 de julho de 1789, o povo tomou a prisão da Bastilha em
busca de armas e munições. A Bastilha representava o absolutismo, a opressão de Luis
XVI. Iniciava-se assim a Revolução Francesa.
A notícia das revoltas populares que aconteciam pelas ruas de Paris chegou ao
campo, e com isso, os camponeses aderiram á revolta atacando as propriedades da
nobreza. A França, em conseqüência das revoltas populares, vivia um período chamado
de Grande Medo.
Em virtude destes acontecimentos, muitos nobres e padres atemorizados
resolveram a abandonar a França, refugiando-se em países vizinhos.
O Terceiro Estado reunido na Assembléia Constituinte resolveu abolir os
resquícios feudais (talha e corvéia) e aprovar a Declaração dos homens e dos Cidadãos.
Esse documento se baseava nos ideais iluministas, e estabeleceu a liberdade de
expressão, a igualdade entre os cidadãos perante a lei e defendeu a propriedade privada.
A seguir, a Assembléia aprovou a Constituição Civil do Clero, na qual os bens do clero
foram confiscados e os padres passaram a ser funcionários do governo.
Luis XVI resolveu fugir da França, contudo, nas proximidades da cidade de
Varennes foi reconhecido e preso, sendo conduzido para a cidade de Paris.
Em 1791, a Assembléia Constituinte aprovou uma nova Constituição que
instituiu na França uma Monarquia Constitucional. Assim cabia a Luis XVI somente o
poder executivo, enquanto o poder legislativo seria exercido pela Assembléia e o
Judiciário por juízes eleitos. Desta forma chegava ao fim a monarquia absolutista de
Luís XVI.
Luis XVI e Maria Antonieta passaram a conspirar contra a revolução. A
Inglaterra, Portugal, Espanha, a Aústria, Prússia e Rússia formaram a Primeira Coalisão,
declarando guerra a França. A Assembléia mandou prender Luis XVI e a rainha,pois
desconfiava que eles conspiravam contra a revolução.
Com a prisão do rei, a Assembléia realiza uma eleição para escolher os
deputados que formariam a Convenção.
3. A Convenção.
A Convenção decidiu proclamar uma república na França, modificou o
Calendário, e se organizou em partidos; os girondinos, jacobinos e o Pântano ou
Planície.
Os girondinos eram os representantes da rica burguesia, os jacobinos da pequena
burguesia e sans cullotes, enquanto o Pântano, por elementos da burguesia que
mantinham uma neutralidade e se jogava entre os girondinos e os jacobinos. Entretanto,
a disputa pelo poder se dava entre os girondinos e os jacobinos.
Em 1793, os jacobinos liderados por Robespierre deram um golpe, assumiram o
poder e passaram a governar a França.
4. O Período do Terror
Com a subida de Robespierre ao poder, ocorreu a radicalização da Revolução.
Muitas pessoas foram guilhotinadas, pois foram acusadas de trair a revolução. Muitos
nobres e padres morreram na guilhotina, e até mesmo jacobinos que não concordavam
com o encaminhamento da revolução, como o jacobino Danton.
Para administrar a França, e cuidar da política externa foi criado o Comitê de
Salvação Pública, e para julgar os suspeitos de traição, o Tribunal Revolucionário.
Em 1794, os girondinos derrubaram os jacobinos do poder. Era a Reação
Termidoriana. Os jacobinos foram perseguidos, e a morte de Robespierre na guilhotina,
encerrou o Período do Terror. Com a mudança política, uma nova Constituição foi
aprovada na França.
4.O Diretório
Com a nova constituição iniciou-se a fase do Diretório. A França passou a ser
governada por cinco diretores, que representavam os interesses da rica burguesia. Era o
momento de finalizar a revolução. No entanto, a crise econômica continuava, a inflação
era alta e a corrupção tomava vários setores do governo.
No Campo, eclodiu varias revoltas, como por exemplo, a Conspiração dos
Iguais, liderada por Graco Babeuf. Os rebeldes reivindicavam terra e a desejavam
derrubar a burguesia do poder. A revolta camponesa foi reprimida pelo Diretório e
Graco Babeuf foi levado a guilhotina.
Em meio a crise, os lideres burgueses recorreram a Napoleão Bonaparte, que
através de um golpe (19 do Brumário), em 1799 derrubou o Diretório, e subiu ao poder.
Napoleão tornou-se Cônsul, posteriormente imperador dos franceses, governava a
serviço da burguesia francesa.
A Revolução Francesa assinalou o fim da Idade Moderna e o início da Idade
Contemporânea, eliminou os vestígios feudais e o Antigo Regime acelerando o
capitalismo na França.
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