Clima e relevo mundiais Qual é a importância de um ano dedicado ao Planeta Terra? Qual é a importância do clima da Terra em nossas vidas? Como o relevo terrestre interfere em nosso ritmo de vida? Para responder a essas perguntas, observaremos detalhes sobre a Terra ... Observe os diversos climas da Terra Tempo e clima O que é clima? É a sucessão dos estados de tempo. Qual a diferença entre tempo e clima? Tempo e o clima são conceitos usados em Meteorologia para se entender o comportamento da atmosfera em diferentes "intervalos de tempo". O tempo em uma determinada região do planeta, pode ser considerado como a soma da ação de diversas variáveis atmosféricas (por exemplo: chuva, sol e vento) num limitado e curto período. O clima de uma região é o comportamento médio da atmosfera por um longo período de tempo, que podem ser meses ou anos. Qual é a influência do clima em nossas vidas? A cada dia que passa, a influência do clima se expande mais , pois a economia gira em torno de situações climáticas, e nós somos muito dependentes dela. Por que existem tantos climas na Terra?... Observe as zonas climáticas: Zonas climáticas da Terra são áreas diferenciadas do planeta que, graças ao movimento da Terra, são expostas ao calor do Sol de tal forma que não recebem a mesma proporção de radiação solar. Isso leva à ocorrência de três grandes zonas climáticas no globo terrestre - a zona intertropical ou tropical, as zonas temperadas e as glaciais ou polares. A zona intertropical ou zona tropical é limitada pelos trópicos de Câncer e de Capricórnio. Abrange as regiões atingidas mais diretamente pelos raios solares durante o ano todo, sendo, por isso, a faixa mais quente e iluminada do planeta. As zonas temperadas localizam-se entre os trópicos e os círculos polares. Como recebem os raios de sol mais inclinados, são menos aquecidas e iluminadas. Nessas zonas, as quatro estações do ano são facilmente percebidas, pois cada uma apresenta características que as diferenciam nitidamente umas das outras. As zonas polares ou glaciais situam-se nos extremos Norte e Sul da Terra e são limitadas pelos círculos polares Ártico e Antártico. Estas zonas recebem os raios solares muito inclinados, insuficientes para aquecê-las, e, por esse motivo, são muito frias, ocorrendo nelas a formação de grandes geleiras. As zonas climáticas e o movimento da Terra em torno do sol As estações do ano são diferentes no hemisfério Norte e Sul devido ao movimento de translação da Terra: Fatores que interferem no clima: Cada região tem seu próprio clima, isto porque os fatores climáticos modificam os elementos do clima. Os fatores climáticos são: - Latitude Quanto mais nos afastarmos do Equador, menor a temperatura. A Terra é iluminada pelos raios solares com diferentes inclinações. Quanto mais longe do Equador, a incidência de luz solar é menor. - Altitude Quanto mais alto estivermos, menor será a temperatura. Isto porque o ar se torna rarefeito, ou seja, a concentração de gases e de umidade, à medida que aumenta a altitude, é menor, o que vai reduzir a retenção de calor nas camadas mais elevadas da atmosfera. Há também o fato de o oceano ou continente irradiar a luz solar para a atmosfera, ou seja, quanto maior a altitude, menos intensa será a irradiação. - Massas de ar Apresentam características particulares da região em que se originaram, como temperatura, pressão e umidade, e se deslocam pela superfície terrestre. As massas podem ser polares, tropicais ou equatoriais. - Continentalidade / maritimidade A proximidade de grandes quantidades de água exerce influência na temperatura. A água demora a se aquecer, enquanto os continentes se aquecem rapidamente. Por outro lado, ao contrário dos continentes, a água demora irradiar a energia absorvida. Por isso, o hemisfério Norte tem invernos mais rigorosos e verões mais quentes, devido à quantidade de terras emersas ser maior, ou seja, sofrer influência da continentalidade. - Correntes Marítimas São massas de água que circulam pelo oceano. Tem suas próprias condições de temperatura e pressão. Tem grande influência sobre o clima. As correntes quentes do Brasil determinam muita umidade, pois a ela estão associadas massas de ar quente e úmido que provocam grande quantidade de chuva. - Relevo O relevo pode facilitar ou dificultar as circulações das massas de ar, influindo na temperatura. No Brasil, por exemplo, as serras no Centro-Sul do país formam uma “passagem” que facilita a circulação da massa polar atlântica e dificulta a da massa tropical atlântica. - Vegetação A vegetação impede a incidência total dos rios solares na superfície. Por isso, com o desmatamento, há diminuição de chuvas, visto que a umidade diminui e a temperatura aumenta na região. O vento é o ar em movimento e resulta do deslocamento de massas de ar, derivado dos efeitos das diferenças de pressão atmosférica entre duas regiões distintas. Ao deslocarem-se (das altas para as baixas pressões), os ventos são desviados da sua trajetória. Chama-se a este desvio o Efeito de Coriólis. Se os ventos se deslocarem no hemisfério Norte, sofrem um desvio para a direita. Se os ventos se deslocarem no hemisfério Sul, sofrem um desvio para a esquerda. Ventos constantes: Alíseos e contra alíseos Os ventos podem ser diferenciados em constantes, como os alíseos e os contra-alíseos, e os periódicos, como as monções e as brisas, também chamadas de ventos diários: Constantes: Alíseos e contra-alíseos Os ventos alíseos ocorrem durante todo o ano nas regiões tropicais e são o resultado da ascensão de massas de ar que convergem de zonas de alta pressão anticiclonais, para zonas de baixa pressão ciclonais no Equador, formando um ciclo. São ventos úmidos, provocando chuvas nos locais onde convergem. Por essa razão, a zona equatorial é a região mais úmida da Terra Os contra-alíseos são ventos secos e os responsáveis pelas calmarias tropicais secas que geralmente ocorrem ao longo dos trópicos. Os maiores desertos da Terra encontram-se junto a essas zonas atravessadas pelos trópicos. Ventos periódicos: Monções As monções são causadas devido à terra se aquecer e resfriar mais rapidamente que a água. No verão, o continente está mais quente que a água do mar, o ar quente que está sobre a terra tende a subir. Isso cria uma área de baixa pressão atmosférica, que por sua vez, produz um vento constante que sopra do mar para terra. A chuva associada ao fenômeno é causada pelos ventos úmidos que sopram do mar, que ao atingir as montanhas, resfria e provoca sua condensação. Durante o inverno, a terra se arrefece rapidamente, mas a água do mar retêm o calor por mais tempo. Ao subir, o ar quente sobre o oceano forma uma zona de baixa pressão e produz uma brisa que sopra da terra para o mar. Ventos periódicos: brisas Ventos periódicos ou diários: Brisas As brisas são exemplos simples dos efeitos da temperatura no mar e na terra. O Sol aquece a água de maneira desigual. Sobre os mares e lagos, a maior parte da energia é consumida na evaporação ou é absorvida pela água. O ar não é muito aquecido. A terra, no entanto, absorve metade do calor que a água absorve, porém evapora menos. Assim, o ar sobre a terra recebe mais calor do que o ar sobre a água. O ar aquecido expande e fica mais leve. Isso começa a acontecer logo após o nascer do sol. O ar sobre o mar não se esquenta rapidamente e permanece mais pesado do que o ar da terra. Como é mais pesado, começa a fazer pressão sobre o ar mais leve da terra e, assim, ocorre a brisa. À noite ocorre o inverso. O ar da terra esfria mais rapidamente e, durante um certo tempo, a brisa sopra em direção do mar. Ventos perigosos... Ciclone: é o nome genérico para ventos circulares como tufão, furacão, tornado e willy-willy. Caracteriza-se por uma tempestade violenta que ocorre em regiões tropicais ou subtropicais, produzida por grandes massas de ar em alta velocidade de rotação. Os ventos os superam 50 km/h. Furacão: vento circular forte, com velocidade igual ou superior a 108 km/h. Os furacões são os ciclones que surgem no mar do Caribe (oceano Atlântico) ou nos EUA. Os ventos precisam ter mais de 119 km/h para uma tempestade ser considerada um furacão. Giram no sentido horário (no hemisfério Sul) ou anti-horário (no hemisfério Norte), e medem de 200 km a 400 km de diâmetro. Sua curva se assemelha a uma parabólica. Tufão: é o nome que se dá aos ciclones formados no sul da Ásia e na parte ocidental do oceano Índico, entre julho e outubro. É o mesmo que furacão, só que na região equatorial do Oceano Pacífico. Os tufões surgem no mar da China e atingem o Leste Asiático. Ventos perigosos... Tornado : é o mais forte dos fenômenos meteorológicos, menor e mais intenso que os demais tipos de ciclone. Com alto poder de destruição, atinge até 490 km/h de velocidade no centro do cone. Produz fortes redemoinhos e eleva poeira. Forma-se entre 10 e 30 minutos e tem, no máximo, 10 km de diâmetro. O tornado é menor e em geral mais breve que o furacão, e ocorre em zonas temperadas do hemisfério Norte. Willy-willy : nome que os ciclones recebem na Austrália e demais países do sul da Oceania. Classificação dos climas temperados Clima Temperado Mediterrânico Este clima situa-se entre as latitudes de 30º e 40º.O clima mediterrânico é o único onde a estação fria está associada à estação das chuvas. Os invernos são caracterizados por temperaturas amenas, devido às correntes marítimas quentes. É no inverno que conseguimos observar algum índice de precipitação, sendo que no verão a precipitação é quase nula. Os verões são quentes e secos, devido aos centros barométricos de alta pressão. Nas áreas costeiras os verões são mais frescos devido às correntes frias do oceano. Clima Temperado Marítimo Os Climas temperados marítimos situam-se entre as latitudes de 45º e 55º. Estão, normalmente, ao lado dos climas mediterrânicos. No entanto, na Austrália, encontra-se ao lado do subtropical úmido e a uma latitude mais baixa. Estes climas são dominantes ao longo do ano. Os verões são frescos e nublados. Os invernos são amenos, ao contrário de outros climas, a uma latitude semelhante. Temperado Subártico Tal clima acontece mais perto dos pólos que os climas temperados marítimos e está limitado ou a estreitos litorais da parte ocidental dos continentes, ou a ilhas de tais litorais, especialmente no hemisfério Norte. Clima Temperado Continental Este clima é próprio das regiões do interior dos continentes em latitudes superiores a 45º. Se caracteriza por uma relativa escassez de chuvas, sobretudo no inverno, devido à distância que as separa das áreas de influência marítima, e por uma notável amplitude térmica estacional, com as temperaturas de verão bastante altas que contrastam fortemente com os invernos muito frios. A temperatura média anual é inferior a 10 ºC. Características dos climas quentes Clima tropical É considerado como transição entre o clima equatorial e o desértico. Apresenta temperatura elevada o ano inteiro. Tem duas estações bem definidas: verão, em que ocorre as chuvas, e inverno, ameno e seco. Clima equatorial Ocorre na zona climática mais quente do planeta, faixa Equatorial. A temperatura média anual é superior a 24°C. As chuvas são abundantes, cerca de 2000mm, com pequena amplitude entre o dia e a noite. Clima subtropical Ocorre entre os climas tropicais e temperados. Apresentam chuvas abundantes, verões quentes e invernos frios. É característico das médias latitudes. Clima desértico Os desertos possuem baixo índice pluviométrico, cerca de 250mm por ano. É comum uma temperatura acima de 42°C durante o dia, mas à noite pode chegar a menos de 0°C, principalmente no inverno. Algumas áreas de desertos são: África do Norte (Saara) e Ásia Ocidental (Arábia). Clima semi-árido Apresenta poucas chuvas, sendo mal distribuídas durante o ano. São climas de transição, encontrados tanto em regiões tropicais como em zonas temperadas. Noções de tectônica de placas A idéia da deriva continental foi proposta pela primeira vez por Alfred Wegener, em 1912, que propôs a teoria, com base nas formas dos continentes de cada lado do Oceano Atlântico, que pareciam se encaixar. A teoria explicava bem a distribuição dos fósseis, o ajuste das linha de costa e as dramáticas mudanças nos climas observadas em ambos os continentes. Explicava também a presença de sedimentos de origem glacial em locais onde hoje temos desertos, no caso da África. A pergunta fundamental que Wegener não conseguiu responder foi: “que tipo de força conseguiria mover tão grandes massas em tão grandes distâncias?” A deriva continental e os atuais continentes... Atualmente, existem seis continentes, sendo eles: América, África, Ásia, Oceania, Europa e Antártica. A teoria de Wegener propunha a existência de uma única massa continental chamada Pangéia, que começou a se dividir a 200 milhões de anos atrás. Esta idéia foi complementada na época por Alexander Du Toit, professor sul-africano de Geologia, que postulou que primeiro a Pangéia se separou em duas grandes massas continentais: Laurásia ao Norte e Gondwana no Sul. Posteriormente, estas duas massas teriam se dividido em unidades menores e constituído os continentes atuais e as diversas placas tectônicas, que se movimentam em diferentes direções. Formação do relevo O relevo da Terra é influenciado pela ação de vários agentes que são responsáveis pela sua formação, desgaste e modelagem. Alguns agentes são internos, e outros externos. Os principais são: Agentes internos: vulcanismo, tectonismo, abalos sísmicos. Agentes externos: intemperismos, erosões e ações dos seres vivos Agentes responsáveis pela formação e transformação do relevo terrestre Agentes internos Agentes externos O vulcanismo ocorre em Intemperismo é o processo pelo qual as rochas da superfície terrestre são alteradas ou levadas a se desintegrar pela ação do vento, da água, do clima, ou ainda, por reações químicas ou biológicas. Pode-se dividir o intemperismo em três formas: Intemperismo mecânico ou físico , químico e biológico. formações geológicas diversas, mas quase sempre em regiões de contato entre as placas rígidas que compõem a litosfera. Por vulcanismo entendem-se os vários processos e fenômenos associados ao derrame superficial de rocha fundida – lava – ou de água quente e vapor. Tectonismo é o movimento das placas tectônicas que submete as rochas da litosfera a esforços de compressão ou de tracionamento, fazendo com que se deformem ou mesmo com que se rompam. Os maiores terremotos acontecem onde as forças de compressão atuam com mais intensidade: as zonas de subducção. Nelas, as bordas das placas se chocam e uma placa mergulha sob a outra, arrastando-se contra ela. O terremoto de 26 de dezembro de 2004 ocorreu numa zona de subducção. Erosão é o desgaste do solo através do transporte de material ou substâncias fragmentadas de um local para outro. As principais formas de relevo da Terra...