CLASSE CEPHALOPODA CLASSE CEPHALOPODA • Lulas gigantes 20m (incluindo tentáculos) • Lulas pequenas – 1m Sepia sp • • • • • • • • • • • Comprimento máximo do manto: 45cm (30 cm em águas subtropicais). Peso: 4kg (2kg em zonas subtropicais). Época de reprodução em Portugal: Primavera e Verão, mas foi também registadas épocas de reprodução Invernais em zonas com influência mediterrânica (onde os Invernos são menos rigorosos). Local de postura: águas pouco profundas (os adultos realizam uma migração horizontal para junto da costa para se reproduzir). Dimensão das posturas: as fêmeas podem depositar entre 200 e 550 ovos. Os ovos são colocados em invólucros gelatinosos oblongos e fixos em diversos materiais, como plantas, animais sésseis, redes. O comprimento dos ovos varia entre 2,5 e 3cm. Duração do desenvolvimento embrionário: Depende diretamente da temperatura e salinidade. Tem a duração de 40-45 dias a 20ºC e 80-90 dias a 15ºC. A salinidade terá de ser superior a 28. Eclosão: medem entre 5 e 9 mm. Os juvenis são capazes de se enterrar no substrato arenoso e evitarem ser arrastados pelas correntes. Alimentação: Seres bentónicos: isópodes, anfípodes, bivalves, poliquetas. Seres nectobentónicos: Gobídeos, pleuronectiformes, cefalópodes, crustáceos Seres planctónicos: copépodes Polvos gigantes (Japão) = 10 a 15m Polvos (Pacífico) – 36cm (corpo) Octopus sp Nautilus CONCHA – Diversidade e Evolução Cephalopoda Ectococleados (concha externa) Endococleados (concha interna – lulas; ausente-polvo) REGIÕES DO CORPO concha gonoda coração • pé, cabeça e massa visceral; Cavidade manto estômago • manto, cavidade do manto, rádula, brânquias; esôfago cérebro brânquia Gl. salivar rádula sifão mandíbula • braços ou tentáculos com ventosas; • sifão ou funil; • Concha da Lula • Lulas, Sépias – concha reduzida a uma placa interna. •Polvos – concha ausente ou presente apenas um vestígio. • Nautilóides – concha externa presente. • Concha dividida em septos transversais ⇨ câmaras internas e última corpo animal; • septo perfurado ⇨ abriga sifúnculo ⇨ protuberância da massa visceral; Sifúnculo bomba osmótica ⇨ remove líquido e secreta gás no interior das câmaras vazias ⇨ a concha flutue; MORFOLOGIA INTERNA capuz coreáceo rádula gônodas coração Funil nefrídios Cavidade do manto brânquias SISTEMA DIGESTÓRIO Rádula ⇨ par mandíbulas ⇨ glândulas salivares⇨ esôfago muscular ⇨ estômago ⇨ glândula digestiva ⇨ intestino ⇨ ânus NUTRIÇÃO • Predadores – dieta carnívora • Presa localizada pelos olhos bem desenvolvidos ⇨ capturada braços ou tentáculos • Nautilus • cerca de 90 tentáculos ⇨ ao redor da boca ⇨ função táteis, quimiossensoriais outros para trazer o alimento; • sem ventosas ou discos adesivos, mas têm crostas transversais; • Lula e Sépia⇨ 5 pares ao redor da cabeça • 4 pares braços curtos e fortes e 1 par tentáculos maior - lado dorsal; • superfície interna recoberta com discos adesivos em forma de taça; Sépia • Polvos ⇨ só tem 8 braços com ventosas; • Bentônicos rastejante ⇨ usam propulsão a jato somente para fuga e natação intermitente. Ventosas LOCOMOÇÃO • Nadam através jato d’água ⇨ produzido expulsão ⇨ cavidade do manto através do funil; • Nautilus – nadador lento ⇨ força gerada⇨ contração do funil e retração do corpo; • Geração do jato ⇨ contração da parede do manto possibilitando força e velocidade maiores. SISTEMA NERVOSO • alto grau de desenvolvimento; • grande cefalização – grande parte do cérebro está envolto por um crânio cartilaginoso; • gânglios fundem-se ⇨ cérebro circunda o esôfago ⇨ partem nervos; • centro de comando do sistema ⇨ de fibras nervosas motoras gigantes ⇨ esses neurônios são disparados por impulsos provenientes de órgãos sensoriais. • Comportamento de fuga rápida – neurônios gigantes ÓRGÃOS SENSORIAIS • olhos bem desenvolvidos – formam imagens CROMATÓFOROS, GLÂNDULA DE TINTA E BIOLUMINESCÊNCIA • Coloração causada presença de cromatóforos no tegumento interno; • Sistema controlado por hormônios e estímulos nervosos. - Lulas ⇨ bioluminescentes - possuem fotóforos - células luminescentes - Sépias apresentam luminescência ⇨ bactérias simbióticas. Bioluminescência - é a produção e emissão de luz fria por um organismo vivo, Resultado de uma reação química onde energia química é transformada em energia luminosa Substrato da proteína luciferina é oxidada por uma enzima, denominada luciferase. A luciferase oxida a luciferina e a molécula de luciferina excitada libera esse energia química na forma de energia luminosa. Glândula de tinta (lulas e polvos) • Complexo do saco de tinta ⇨ formado por glândula de tinta, saco de tinta e ducto do saco de tinta ⇨ origina-se divertículo da parede retal abre-se no reto atrás do ânus; • Secretado fluído marrom ou negro com alta concentração de melanina e muco⇨ armazenado reservatório ⇨ animal ameaçado ⇨ libera líquido através do ânus. • A natureza alcalóide da tinta pode desagradar os predadores ou anestesiá-los. REPRODUÇÃO • gonocóricos; • gônoda única; • Macho ⇨o esperma é conduzido do testículo pelo vaso deferente para uma vesícula seminal. Vesícula seminal • Na vesícula seminal os espermatozóides são envolvidos por um espermatóforo. • Os espermatóforos passam para um grande saco de armazenamento, saco de Nedham, que se abre ao lado esquerdo da cavidade do manto. Testículo Saco de Nedahm Vaso deferente • Fêmeas ⇨ ovário, oviduto e glândula do oviduto. • O ovário único ocupa a parte posterior da cavidade do manto. • Todos os cefalópodes tem glândula ovidutal, cujo número corresponde ao número de ovidutos. FERTILIZAÇÃO • Externa - cavidade do manto ou mar; • Interna – transferência espermatozóide por braço do macho modificado ⇨ órgão intromissor – HECTOCÓTILO (varia entre espécies); • Antes cópula o macho realiza variadas exibições. Postura ovos – individual ou grupos na água ou permanece nos braços; Polvos saindo do ovo Loligo opalescens (ovos Lula) • Postura ovos Argonauta nodosa • Fêmea secreta concha ⇨deposita ovos ⇨carrega como câmara incubadora. – Controle hormonal realizado pelas glândulas ópticas – os hormônios produzidos: • regulam produção de espermatozóides e ovócitos; • e após desova fazem, com que a fêmea pare de se alimentar e cuide dos ovos. • A reprodução determina o fim do ciclo de vida de Octopus vulgaris (polvo comum), as fêmeas, morrem depois de efetuarem a postura e cuidarem dela (em algumas espécies). • Machos atingem a senilidade depois do período de cópula, que pode durar cerca de 40 dias.