Departamento de Geografia Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Universidade de São Paulo PROCESSO DE FORMAÇÃO DE NUVENS E DE CHUVA Prof. Dr. Emerson Galvani Laboratório de Climatologia e Biogeografia Tópicos a serem abordados 1. Processo de saturação em baixos níveis - Orvalho, geada, nevoeiro. - Nuvens – tipo de nuvens 2. Formação da precipitação - Processo de Colisão-coalescência, Bergeron. - Tipos de precipitação (convectiva, frontal, orográfica) 3. Medidas de precipitação - Pluviômetro, pluviógrafo. PROCESSO DE FORMAÇÃO DE NUVENS E DE CHUVA 1. PROCESSOS DE SATURAÇÃO EM BAIXOS NÍVEIS 1.1 ORVALHO E GEADA * Dependem do resfriamento radiativo noturno Temperatura do ponto de orvalho (acima de 0 oC) Temperatura do ponto de geada (igual ou menor do que 0 oC) 1. PROCESSOS DE SATURAÇÃO EM BAIXOS NÍVEIS 1.2 NEVOEIRO Nevoeiro é uma suspensão de minúsculas gotículas de água próximo a superfície. Nevoeiro Visibilidade horizontal no solo é inferior a 1 km Neblina Visibilidade horizontal no solo é superior a 1 km 1. PROCESSOS DE SATURAÇÃO EM BAIXOS NÍVEIS 2. NUVENS As nuvens são manifestações visíveis da condensação e deposição de vapor d’água na atmosfera. Podem ser definidas como conjuntos visíveis de minúsculas gotículas de água ou cristais de gelo, ou uma mistura de ambos. 2.1 FORMAÇÃO DE NUVENS * O ar deve estar saturado * Presença de núcleos de condensação. 1. PROCESSOS DE SATURAÇÃO EM BAIXOS NÍVEIS 2.1 CLASSIFICAÇÃO DE NUVENS * Nuvens Baixas (abaixo de 2000 m) Cumulus humilis www.inmet.gov.br Stratocumulus stratiformis translucidus www.inmet.gov.br 1. PROCESSOS DE SATURAÇÃO EM BAIXOS NÍVEIS 2.1 CLASSIFICAÇÃO DE NUVENS * Nuvens médias (entre 2000 a 6000 m) Altocumulus stratiformis perlucidus undulatus Altostratus undulatus radiatus translucidus www.inmet.gov.br 1. PROCESSOS DE SATURAÇÃO EM BAIXOS NÍVEIS 2.1 CLASSIFICAÇÃO DE NUVENS * Nuvens Altas (acima de 6000 m) Cirrus uncinus Cirrostratus fibratus www.inmet.gov.br 1. PROCESSOS DE SATURAÇÃO EM BAIXOS NÍVEIS 2.1 CLASSIFICAÇÃO DE NUVENS * Nuvens de desenvolvimento vertical Cumulonimbus Capillatus praecipitatio arcus Cumulonimbus calvus www.inmet.gov.br 1. PROCESSOS DE SATURAÇÃO EM BAIXOS NÍVEIS 2. FORMAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO * Embora todas as nuvens contenham água e gelo, por que algumas produzem precipitação e outras não? - Primeiro, porque as gotículas de nuvem são minúsculas, com diâmetro médio menor que 20 m. Evaporariam antes de atingir a superfície. - Segundo, as nuvens consistem de muitas destas gotículas, todas competindo pela água disponível; assim, seu crescimento via condensação é pequeno. 2. FORMAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO - Uma gotícula com 20 m de diâmetro teria uma velocidade terminal de 1,2 cm/s levando, portanto, cerca de 50 horas para cair de uma altura de 2200m. - Portanto, as gotículas de nuvem precisam crescer o suficiente para vencer as correntes ascendentes nas nuvens e sobreviver como gotas ou flocos de neve a uma descida até a superfície sem se evaporar. Para isso, seria necessário juntar em torno de um milhão de gotículas de nuvem numa gota de chuva. 2. FORMAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO a) O processo de colisão-coalescência ocorre em algumas nuvens quentes, isto é, nuvens com temperatura acima do ponto de congelamento da água (0 C). 2. FORMAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO b) O processo de Bergeron aplica-se a nuvens frias, que estão em temperaturas abaixo de 0° C. 2. FORMAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO Em função da forma como a parcela de ar se eleva e atinge a saturação existem três tipos de chuva. a) CHUVA CONVECTIVA OU DE CONVECÇÃO OU DE VERÃO - Ocorre no verão no final da tarde e início da noite. - Intensidades elevadas (volumes altos em curto intervalo de tempo). - Popularmente manga. - Grande problema em áreas urbanas. denominada de chuva de a) CHUVA CONVECTIVA OU DE CONVECÇÃO OU DE VERÃO 2. FORMAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO b) CHUVA OROGRÁFICA OU DE RELEVO - Resultado da elevação da parcela de ar quando, no seu trajeto, se apresenta uma elevação; - A elevação condensação; - Comum na vertente oceânica da serra do mar; - Os totais pluviométricos elevados do litoral de de SP é função, em grande parte, desse tipo de precipitação. produz resfriamento e b) CHUVA OROGRÁFICA OU DE RELEVO 2. FORMAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO c) CHUVA FRONTAL OU CICLÔNICA -Resultado do encontro de duas massas de ar com características diferentes de temperatura, umidade e pressão atmosférica. -A massa de ar quente sobe, o ar se resfria, aproximando-se do ponto de saturação, dando origem à formação de nuvens e conseqüente precipitação. - Chuvas que predominam nas regiões temperadas e subtropicais, principalmente no Inverno. - No Centro Sul do Brasil os totais de chuva do inverno são de origem frontal. c) CHUVA FRONTAL OU CICLÔNICA c) CHUVA FRONTAL OU CICLÔNICA Ar quente Ar frio www.master.iag.usp.br c) CHUVA FRONTAL OU CICLÔNICA www.dhn.mar.mil.br 3) MEDIDAS DE PRECIPITAÇÃO a) Pluviômetro Padrão - Fornece uma medida do total de chuva em mm (milímetros). -Diâmetro 20 cm no topo que recolhe a água da chuva. -1 mm de chuva é igual a 1 litro de água em um metro quadrado. 3) MEDIDAS DE PRECIPITAÇÃO b) Pluviógrafo - Fornece uma medida do total de chuva em mm (milímetros), assim como, o início e término da chuva (duração e intensidade); 3) MEDIDAS DE PRECIPITAÇÃO Gráfico do Pluviógrafo. 19h40min 10h20min Total=26,4 mm, Duração= 9h20min=9,3h, I = 2,8 mm/h 3) MEDIDAS DE PRECIPITAÇÃO Divisor de águas Área da bacia = 10 km2 10km2 = 10.000.000 m2 pluviômetro rios Total = 26,4 mm 1 mm = 1litro/m2 Qual o volume de água produzido na bacia? 26,4 litro--------------------1 m2 X --------10.000.000 m2 Volume total = 264.000.000 litros Total=26,4 mm, Duração= 9h20min Sítios interessantes para navegação www.master.iag.usp. www.cptec.inpe.br www.inmet.gov.br www.dhn.mar.mil.br E-mail: [email protected] Parabéns pela organização Grato pela atenção