Sangue e Imunologia

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Sangue e Imunologia
Prof. Pablo Paim
Biologia
Primeiramente precisamos saber que o sangue
apresenta duas composições básicas, os elementos
figurados (hemácias, leucócitos e plaquetas) e o
plasma.
Elementos figurados correspondem a parte solida
do sangue 45%;
Plasma corresponde a parte líquida do sangue 55%.
Elementos figurados: são células ou partes celulares que
recebem denominação de acordo com suas principais
características e funções.
Plasma: constituído basicamente por H2O (90%), onde
estará dissolvido proteínas (7%), sais minerais (1%) e
vários compostos, como aminoácidos, ácidos graxos,
glicose, hormônios e vitaminas (2%).
As principais funções do sangue:
• Transporte de nutrientes, gases respiratórios,
hormônios e resíduos celulares;
• Defesa do organismo contra agentes invasores;
• Termorregulação uniforme do corpo;
• Equilíbrio hídrico e iônico entre H2O e sais
minerais.
Mas onde o sangue é produzido?
A produção dos elementos figurados do sangue é
realizado pelo tecido hematopoiético por meio da
hamatopoiese.
Essas células constantemente se renovam, essa
renovação ocorre por meio de uma linhagem
precursora hemocitoblastos (células-tronco) que
são células indiferenciadas e possuem a capacidade
de se diferenciar em qualquer um dos tipos de
células
sanguíneas.
Encontramos
os
hemocitoblastos na medula óssea.
Elementos figurados
Eritrócitos (hemácias) – 120 dias
Também chamados de glóbulos vermelhos,
apresentam-se anucleadas nos mamíferos e são
responsáveis pelo transporte de gases respiratórios
(hemoglobinas).
A quantidade média de
hemácias no sangue é de
5,5 milhões nos homens
e de 4,5 milhões nas
mulheres por ml.
hemoglobina+ O2= oxiemoglobina
Sendo que a quantidade
de hemoglobina também
varia de acordo com a
idade, a altitude e o
estado nutricional
hemoglobina+CO2= carboemoglobina
Poliglobulia
Anemia
A produção de hemácias é estimulada pelo
hormônio eritropoetina em resposta à diminuição
do fornecimento de O2. Esse hormônio é fabricado
pelos rins (90%) e fígado (10%) e estimula a medula
óssea vermelha a produzir eritrócitos.
Mas professor eu
quero ficar
bombadinho (a)!!!
Plaquetas (trombócitos)
São fragmentos celulares responsáveis pela
coagulação sanguínea (glóbulos brancos gigantes)
através da liberação de serotonina, provocando a
vasoconstrição -> formação de placas -> liberação
de protrombina -> trombina + fibrinogênio =
coágulo.
Causas que levam à diminuição da produção de
plaquetas na medula óssea: aplasia medular,
leucemia, quimioterapia.
O baço e as Plaquetas
Após um período de aproximadamente 5 dias em
que as plaquetas estão circulando pelo sangue, o
baço as retém e as elimina.
Problemas no baço ou a retirada do mesmo poderá
acarretar em um aumento do número de plaquetas
no sangue podendo ocorrer uma trombocitose
(alteração quantitativa de plaquetas).
Leucócitos (glóbulos vermelhos) – 6 a 8 dias
São células maiores e menos numerosas que as
hemácias. A função dos leucócitos é a defesa do
organismo, combatendo agentes patogênicos que
podem causar doenças e processos alérgicos.
Sendo que o processo de defesa ocorre de duas
maneiras, fagocitose ou produção de anticorpos.
Os leucócitos não são como as células normais do
corpo, agem como um organismo vivo
independente e unicelular, com capacidade de
locomoção e de capturar microrganismos por conta
própria.
Em uma pessoa “sadia” o número oscila entre 5 e 10
mil leucócitos por ml de sangue, já em um situação
de resposta a processos infecciosos esta quantidade
pode triplicar.
Classificação
Os leucócitos são classificados de acordo com a
granulosidade do citoplasma e a quantidade de
lóbulos nucleares. Sendo assim, são divididos em
dois grupos:
Granulócitos ( neutrófilos, eosinófilos e basófilos); e
Agranulócitos ( linfócitos e monócitos).
Neutrófilos
Os neutrófilos são móveis e fagocitários. São a
primeira linha de defesa do organismo, já que são
atraídos pela quimiotaxia até os microrganismos
patogênicos, destruindo-os.
Neutrófilos altos
Infecções;
Diabetes;
Hemorragia
Eosinófilos 50 a 500/microlitro de sangue
Móveis e fagocitários, atuam nos organismos
envolvidos por reações alérgicas e parasitárias. Os
eosinófilos liberam a hidrocortisona, um hormônio
que diminui essas reações alérgicas e a quantidade
de eosinófilos no sangue.
Eosinófilos altos
Alergias;
Asma;
Infecção parasitária;
Basófilos
Os basófilos são móveis e fagocitários, possuem
uma função que acredita-se ser a liberação da
heparina
no
sangue,
uma
espécie
de
anticoagulante. Isso supostamente estaria ligado a
processos
alérgicos,
inflamatórios
e
a
vasodilatação.
Linfócitos – 1500 a 5000/mm3 de sangue
Os linfócitos são um tipo de célula de defesa do
organismo, também conhecidos como glóbulos
brancos, que são produzidos em maior quantidade
quando existe uma infecção, sendo, por isso, um
bom indicador do estado de saúde do paciente.
Alteração no número de linfócitos
Linfócitos aumentados: é sinal de algum tipo de
infecção, podendo indicar problemas simples, como
alergia ou gripe, e até ser sinal de problemas mais
graves como hepatite viral, toxoplasmose ou
rubéola, por exemplo.
Linfócitos baixos: podem indicar problemas com a
medula óssea, como anemia aplástica ou leucemia,
por exemplo, ou ser sinal de doenças autoimunes
que atacam as células de defesa do organismo,
como no caso do HIV.
No entanto, qualquer uma destas alterações no
número de leucócitos pode ser provocada pela
ingestão de alguns tipos de remédios ou situações
de estresse. Por isso é recomendado consultar um
clínico geral para avaliar a causa e iniciar o
tratamento adequado, caso seja necessário.
Tipos de linfócitos
Existem 2 tipos principais de linfócitos no
organismo, os linfócitos B, que são células imaturas
produzidas na medula óssea e lançadas para a
corrente sanguínea para produzir anticorpos contra
bactérias, vírus e fungos.
E os linfócitos T, que são produzidos na medula
óssea mas que depois são desenvolvidas no timo
até se dividirem em 3 grupos:
Linfócitos CD4: ajudam os linfócitos B a eliminar
infecções, sendo o primeiro alerta do sistema
imune. Normalmente estas são as primeiras células
a serem afetadas pelo vírus do HIV, sendo que em
pacientes infectados o exame de sangue indica um
valor inferior a 100/mm3.
Linfócitos CD8: diminuem a atividade de outros
tipos de linfócitos e, por isso, encontram-se
aumentados em casos de HIV estando acima de
1000/mm3.
Linfócitos citotóxicos: destroem células anormais e
infectadas por vírus ou bactérias.
Os linfócitos são responsáveis pelas respostas de
base celulares, relacionadas à rejeição de enxertos.
Alguns linfócitos, em contato com um antígeno,
passam a fazer parte das células de memória
imunológica.
Monócitos – 90-900/mm3 de sangue.
Ativamente móveis, os monócitos saem da
circulação sanguínea para chegar ao tecido
conjuntivo, tornando-se macrófagos. São ativos na
fagocitose de microrganismos patogênicos (vírus e
bactérias).
Dependendo do tecido onde estão localizados,
recebem outros nomes:
Fígado: células de Kupffer;
Sistema nervoso: célula microglia;
Epiderme: células de Langerhans.
Monócitos altos:
Tuberculose;
Leucemia monocítica aguda;
Mieloma múltiplo;
Lúpus;
Febre; e
Artrite reumatoide
Monócitos baixos:
Anemia;
Leucemia aguda;
Infecções; e
Estresse
Imunologia
Os tecidos de transporte(linfático e sanguíneo) são
os responsáveis diretos pela eficácia do sistema
imunológico, porque realizam a condução dos
leucócitos às diversas regiões do corpo.
Uma bactéria, um agente patogênico, quando entra
em contato com o nosso organismo, por exemplo, a
nossa primeira linha de defesa entrará em ação para
eliminar esse agente estranho (fagocitose). Esse
mecanismo é eficaz na grande maioria das infecções.
Caso a bactéria não seja eliminada em poucas horas,
o organismo recruta as células que fabricam
anticorpos, produzindo uma resposta mais
elaborada e específica (leucócitos).
O funcionamento dos mecanismos de defesa ocorre
principalmente por meio de dois processos: resposta
fagocitária e resposta imunitária.
Resposta fagocitária
Indiferentemente da gravidade da infecção as células
fagocitárias são ativadas. Algumas células de defesa,
como os basófilos, além dos mastócitos, migram
para a região afetada, liberando uma substância
vasodilatadora: histamina.
Isso aumenta o fluxo sanguíneo na região tornandoa avermelhada e quente. Através da vasodilatação
os vasos ficam mais permeáveis, facilitando a saída
do plasma (edema), caracterizando o processo
inflamatório, que provoca a dor no local.
Através da permeabilidade dos vasos ocorre a
diapedese dos monócitos para o liquido extra
celular, e esses no interior dos linfonodos se
transformam em macrófagos que migram para a
região afetada. Dessa forma as células especializadas
macrófagos e neutrófilos estão prontas para
realizarem a fagocitose.
Em que consiste a formação do pus?
Após a fagocitose os lisossomos das células
fagocitárias degradam o invasor por meio de suas
enzimas hidrolíticas e as próprias células de defesa
morrem. O resíduo formado pelos microrganismos
(vírus, bactérias, protozoários) e células fagocitárias
mortas formam o pus.
Resposta imunológica
A imunidade consiste na capacidade do organismo
em resistir às doenças e infecções, por meio do
combate ao antígeno.
Existem dois tipos principais de respostas
imunológicas: imunidade humoral (linfócitos B), que
produz anticorpos específicos, e a imunidade
celular, em que participam os linfócitos T, sem
ocorrer a produção dos anticorpos.
Antígeno: toda e qualquer partícula estranha ao
corpo e capaz de ser reconhecida pelo sistema
imunitário. Os anticorpos reconhecem o antígeno e
formam o que chamamos de antígeno-anticorpo.
Essa ligação é reconhecida e geralmente fagocitada
pelos macrófagos.
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