Slide 1 - Universidade Castelo Branco

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
CURSO DE ENFERMAGEM
ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA
Profª. Alcinéa Cristina Ferreira de Oliveira
ONCOGÊNESE / NEOPLASIA
Carcinogênese ou oncogênese são
termos que designam o processo de
desenvolvimento de uma neoplasia,
desde as alterações mais precoces
no DNA, que supostamente ocorrem
em uma só célula ou em um pequeno
grupo delas, até a formação de um
tumor que pode destruir o organismo
hospedeiro.
A divisão celular, normalmente é controlada por fatores
reguladores, capazes de permitir a manutenção da
homeostase. No entanto, há circunstâncias especiais em que
este controle falha e as células passam a se dividir de forma
autônoma.
Esta capacidade de se dividir de forma autônoma, de se
libertar dos controles de crescimento, é a principal
característica da célula neoplásica (neo = novo; plasein =
formar). (SOUZA)
"Neoplasia é uma massa
anormal de tecido cujo
crescimento excede e
não está coordenado ao
crescimento dos tecidos
normais e que persiste
mesmo cessada a causa
que a provocou." (Rupert
Willis- Patologista inglês)
2
A Causa
Os eventos básicos da oncogênese são conhecidos em nível molecular. Resultam de
agressão ao genoma da célula, com alterações do DNA (mutações) ou expressão
anômala de genes normais.

Tais alterações levam à ativação ou inativação de genes que coordenam funções
essenciais da célula, como proliferaçãoe diferenciação.

O acúmulo de mutações nesses genes críticos leva à perda progressiva da
homeostase e ao aparecimento do fenótipo celular maligno.

Cerca de 70%-80% dos cânceres humanos estão relacionados a fatores ambientais.

Por exemplo, o hábito de fumar está associado à elevada incidência de câncer de
pulmão.
“Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, liberados pela combustão do tabaco,
exercem ação oncogênica não somente no trato respiratório, mas em outros
órgãos como esôfago, estômago e bexiga”.

3
Alguns fatores aumentam o risco de Câncer:















Câncer de Pulmão, Laringe e Bexiga:
à Cigarro
Câncer de Mama:
à História familiar de câncer de mama
à Mulheres que nunca engravidaram
à Mulheres que tiveram o primeiro filho após os 30 anos
Câncer de Colo de Útero:
à Vida sexual precoce e múltiplos parceiros
Câncer de Cólon e Reto:
à História familiar ou pessoal de câncer de intestino, pólipo ou colite ulcerativa.
Alguns hábitos alimentares associados ao risco de câncer:
Consumo excessivo de álcool e fumo.
Dieta rica em gordura
Conservantes químicos presentes em alimentos enlatados e "embutidos", como salsichas e
salames
Baixo consumo de vitaminas A e C
4
Surgimento do Câncer






As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana
celular, que é a parte mais externa da célula; o citoplasma, que constitui o corpo da
célula; e o núcleo, que contêm os cromossomas que por sua vez são compostos de
genes.
Os genes são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das
estruturas, formas e atividades das células no organismo. Toda a informação
genética encontra-se inscrita nos genes, numa "memória química" - o ácido
desoxirribonucleico (DNA). É através do DNA que os cromossomas passam as
informações para o funcionamento da célula.
Uma CÉLULA NORMAL pode sofrer alterações no DNA dos genes.
As células cujo material genético foi alterado passam a receber INSTRUÇÕES
ERRADAS para as suas atividades.
As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados protooncogenes,
que a princípio são inativos em células normais.
Quando ativados, os protooncogenes transformam-se em oncogenes,
responsáveis pela malignização das células normais.
5
As células alteradas multiplicam-se de maneira
descontrolada, mais rapidamente do que as
células normais do tecido à sua volta, invadindo-o.
Geralmente, têm capacidade para formar novos
vasos sangüíneos que as nutrirão e manterão as
atividades de crescimento descontrolado.
O acúmulo dessas células forma os tumores
malignos.
Adquirem a capacidade de se desprender do
tumor e de migrar. Invadem inicialmente os
tecidos vizinhos, podendo chegar ao interior de um
vaso sangüíneo ou linfático e, através desses,
disseminar-se, chegando a órgãos distantes do
local onde o tumor se iniciou, formando as
metástases.
6
O processo de carcinogênese, ou seja,
de formação de câncer, em geral se dá
lentamente, podendo levar vários anos
para que uma célula cancerosa prolifere
e dê origem a um tumor visível. Esse
processo passa por vários estágios
antes de chegar ao tumor.
7




ESTÁGIO DE INICIAÇÃO - É o primeiro estágio da carcinogênese. Nele as células sofrem o
efeito dos agentes cancerígenos ou carcinógenos que provocam modificações em alguns de seus
genes. Nesta fase as células se encontram, geneticamente alteradas, porém ainda não é possível
se detectar um tumor clinicamente. Encontram-se "preparadas", ou seja, "iniciadas" para a ação
de um segundo grupo de agentes que atuará no próximo estágio.
ESTÁGIO DE PROMOÇÃO - É o segundo estágio da carcinogênese. Nele, as células
geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas", sofrem o efeito dos agentes cancerígenos
classificados como oncopromotores. A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma
lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado
contato com o agente cancerígeno promotor. A suspensão do contato com agentes promotores
muitas vezes interrompe o processo nesse estágio. Alguns componentes da alimentação e a
exposição excessiva e prolongada a hormônios são exemplos de fatores que promovem a
transformação de células iniciadas em malignas.
ESTÁGIO DE PROGRESSÃO - É o terceiro e último estágio e se caracteriza pela multiplicação
descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio o câncer já está instalado,
evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença.
“Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados
agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é um agente carcinógeno completo,
pois possui componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese.”
8
FIGURA: Estágios 1, 2 e 3.
Figura: Evolução de uma
célula cancerosa.
9
Defesa do Organismo





O sistema imunológico desempenha um importante papel nesse mecanismo de
defesa. Ele é constituído por um sistema de células distribuídas numa rede complexa
de órgãos, como o fígado, o baço, os gânglios linfáticos, o timo e a medula óssea, e
circulando na corrente sangüínea.
Esses órgãos são denominados órgãos linfóides e estão relacionados com o
crescimento, o desenvolvimento e a distribuição das células especializadas na
defesa do corpo contra os ataques de "invasores estranhos".
Dentre essas células, os linfócitos desempenham um papel muito importante nas
atividades do sistema imune, relacionadas às defesas no processo de
carcinogênese.
Cabe aos linfócitos a atividade de atacar as células do corpo infectadas por vírus
oncogênicos (capazes de causar câncer) ou as células em transformação maligna,
bem como de secretar substâncias chamadas de linfocinas.
As linfocinas regulam o crescimento e o amadurecimento de outras células e do
próprio sistema imune. Acredita-se que distúrbios em sua produção ou em suas
estruturas sejam causas de doenças, principalmente do câncer.
10
A cura



Em alguns casos, só tem cura se detectado no início.
Muitos tipos de câncer podem ser curados e outros,
incuráveis, podem ter tratamentos que proporcionam
uma vida relativamente normal.
Objetivo é a qualidade de vida
11
PREVENÇÃO






Os cânceres causados pelo tabagismo e pelo uso de bebida alcóolica podem ser
prevenidos em sua totalidade.
Muitos cânceres que estão relacionados à dieta também podem ser prevenidos.
Muitos cânceres de pele podem ser prevenidos pela proteção contra os raios
solares.
Exames específicos, conduzidos regularmente por profissionais da saúde podem
detectar o câncer de mama, cólon, reto, colo de útero, próstata, testículo, língua,
boca e pele em estádios iniciais, quando o tratamento tem grande chance de ser
bem sucedido.
Auto-exame de mama e pele podem também resultar no diagnóstico precoce de
tumores.
No que diz respeito à prevenção o exame de Papanicolaou e a mamografia,
respectivamente, na detecção do câncer do colo do útero e de mama, diferentes
estudos científicos têm mostrado sua utilidade no diagnóstico precoce desses
cânceres, embora o impacto da mamografia, sobre a mortalidade por câncer de
mama ainda seja objeto de investigações.
12

O alto consumo de gordura de origem animal está entre os principais
fatores associados ao câncer colo-retal. Segundo dados do Instituto
Nacional do câncer, até o final desse ano serão registrados 2.500 novos
casos da doença somente no município do Rio de Janeiro. O fator
hereditário também é expressivo nos tumores que acometem esta região.
“Aproximadamente 50% dos descendentes de pacientes com histórico de
tumor no intestino desenvolverão a doença”, afirmou o médico Francisco
Lopes Paulo, membro da Sociedade Brasileira de Coloproctologia. A
colonoscopia, exame capaz de detectar lesões no intestino, é indicada para
pacientes com história familiar da doença, dificuldade para evacuar e
presença de sangramento nas fezes.
13
Terapias
A Quimioterapia mata as células
cancerosas. E cura. Mas também mata
células sadias e debilita o doente. Agora,
um novo remédio protege a parte boa do
organismo contra o ataque das drogas
anticâncer. (fonte: Super Interessante,
no. 10 – Outubro/1997)
14

A quimioterapia é o método que utiliza
compostos químicos, chamados
quimioterápicos, no tratamento de
doenças causadas por agentes biológicos.
Quando aplicada ao câncer, a
quimioterapia é chamada de quimioterapia
antineoplásica ou quimioterapia
antiblástica.
15
Mecanismos de ação e classificação das
drogas antineoplásicas
Os agentes utilizados no tratamento do câncer
afetam tanto as células normais como as
neoplásicas, porém eles acarretam maior dano
às células malignas do que às dos tecidos
normais, devido às diferenças quantitativas
entre os processos metabólicos dessas duas
populações celulares.
Os citotóxicos não são letais às células
neoplásicas de modo seletivo. As diferenças
existentes entre o crescimento das células
malignas e os das células normais e as
pequenas diferenças bioquímicas verificadas
entre elas provavelmente se combinam para
produzir seus efeitos específicos.
16
O ADN, material genético de todas as células, age como modelador
na produção de formas específicas de ARN transportador, ARN
ribossômico e ARN mensageiro e, deste modo, determina qual
enzima irá ser sintetizada pela célula. As enzimas são responsáveis
pela maioria das funções celulares, e a interferência nesses
processos irá afetar a função e a proliferação tanto das células
normais como das neoplásicas.
A maioria das drogas utilizadas na
quimioterapia antineoplásica interfere de
algum modo nesse mecanismo celular, e a
melhor compreensão do ciclo celular normal
levou à definição clara dos mecanismos de
ação da maioria das drogas
17
Foi a partir dessa definição que Bruce e col.(1969)
classificaram os quimioterápicos conforme a sua atuação
sobre o ciclo celular em:
• Ciclo-inespecíficos - Aqueles que atuam nas células que
estão ou não no ciclo proliferativo, como, por exemplo, a
mostarda nitrogenada.
• Ciclo-específicos - Os quimioterápicos que atuam
somente nas células que se encontram em proliferação,
como é o caso da ciclofosfamida.
• Fase-específicos - Aqueles que atuam em determinadas
fases do ciclo celular, como, por exemplo, o metotrexato
(fase S), o etoposídeo (fase G2) e a vincristina (fase M).
18
Tipos e finalidades da quimioterapia
A quimioterapia pode ser feita com a aplicação de um
ou mais quimioterápicos.
O uso de drogas isoladas (monoquimioterapia)
mostrou-se ineficaz em induzir respostas completas
ou parciais significativas, na maioria dos tumores,
sendo atualmente de uso muito restrito.
A poliquimioterapia é de eficácia comprovada e tem
como objetivos atingir populações celulares em
diferentes fases do ciclo celular, utilizar a ação
sinérgica das drogas, diminuir o desenvolvimento de
resistência às drogas e promover maior resposta por
dose administrada.
19


A quimioterapia pode ser utilizada em combinação com a cirurgia e a
radioterapia. De acordo com as suas finalidades, a quimioterapia é
classificada em:
• Curativa - quando é usada com o objetivo de se conseguir o controle
completo do tumor, como nos casos de doença de Hodgkin, leucemias
agudas, carcinomas de testículo, coriocarcinoma gestacional e outros
tumores.
• Adjuvante - quando se segue à cirurgia curativa, tendo o objetivo de
esterilizar células residuais locais ou circulantes, diminuindo a incidência
de metástases à distância. Exemplo: quimioterapia adjuvante aplicada em
caso de câncer de mama operado em estádio II.
• Neoadjuvante ou prévia - quando indicada para se obter a redução
parcial do tumor, visando a permitir uma complementação terapêutica
com a cirurgia e/ou radioterapia. Exemplo: quimioterapia pré-operatória
aplicada em caso de sarcomas de partes moles e ósseos.
• Paliativa - não tem finalidade curativa. Usada com a finalidade de
melhorar a qualidade da sobrevida do paciente. É o caso da quimioterapia
indicada para carcinoma indiferenciado de células pequenas do pulmão.
20


Toxicidade dos quimioterápicos
Os quimioterápicos não atuam exclusivamente sobre as
células tumorais. As estruturas normais que se renovam
constantemente, como a medula óssea, os pêlos e a
mucosa do tubo digestivo, são também atingidas pela ação
dos quimioterápicos.
No entanto, como as células normais apresentam um
tempo de recuperação previsível, ao contrário das células
anaplásicas, é possível que a quimioterapia seja aplicada
repetidamente, desde que observado o intervalo de tempo
necessário para a recuperação da medula óssea e da
mucosa do tubo digestivo. Por este motivo, a quimioterapia
é aplicada em ciclos periódicos.
21


Os efeitos terapêuticos e tóxicos dos quimioterápicos
dependem do tempo de exposição e da concentração
plasmática da droga. A toxicidade é variável para os
diversos tecidos e depende da droga utilizada. Nem todos
os quimioterápicos ocasionam efeitos indesejáveis tais
como mielode-pressão, alopécia e alterações
gastrintestinais (náuseas, vômitos e diarréia).
As doses para pessoas idosas e debilitadas devem ser
menores, inicialmente, até que se determine o grau de
toxicidade e de reversibilidade dos sintomas indesejáveis.
22
Exemplos de efeitos tóxicos dos
quimioterápicos, conforme a época em que se
manifestam após a aplicação.

Precoces de 0 a 3 dias
Síndrome da toxicidade precoce (Delgado 1983)
• Náuseas
• Vômitos
• Mal estar
• Adinamia
• Artralgias
• Agitação
• Exantemas
• Flebites
23
Imediatos de 7 a 21 dias

• Mielossupressão granulocitopenia
plaquetopenia anemia
• Mucosites
• Cistite hemorrágica devida à
ciclofosfamida
• Imunossupressão
• Potencialização dos efeitos das radiações
devida à actinomicina D, à adriamicina e
ao 5-fluoruracil
24
Tardios
(meses)

• Miocardiopatia devida aos antracícliclos e
outros
• Hiperpigmentação e esclerodermia
causadas pela bleomicina
• Alopecia
• Pneumonite devida à bleomicina
• Imunossupressão
• Neurotoxidade causada pela vincristina,
pela vimblastina e pela cisplatina
• Nefrotoxidade devida à cisplatina
25
Ultra-tardios – meses ou anos

• Infertilidade
• Carcinogênese
• Mutagênese
• Distúrbio do crescimento em crianças
• Seqüelas no sistema nervoso central
• Fibrose/cirrose hepática devida ao
metotrexato
26


Critérios para aplicação da quimioterapia
Para evitar os efeitos tóxicos intoleráveis
dos quimioterápicos e que eles ponham
em risco a vida dos pacientes, são
obedecidos critérios para a indicação da
quimioterapia.
Esses critérios são variados e dependem
das condições clínicas do paciente e das
drogas selecionadas para o tratamento.
27







requisitos ideais para a aplicação da quimioterapia:
Condições gerais do paciente:
• menos de 10% de perda do peso corporal desde o início da doença;
• ausência de contra-indicações clínicas para as drogas selecionadas;
• ausência de infecção ou infecção presente, mas sob controle;
• capacidade funcional correspondente aos três primeiros níveis, segundo os índices
propostos por Zubrod e Karnofsky.
Contagem das células do sangue e dosagem de hemoglobina. (Os valores exigidos
para aplicação da quimioterapia em crianças são menores.):
Leucócitos > 4.000/mm³
Neutrófilos > 2.000/mm³
Plaquetas > 150.000/mm³
Hemoglobina > 10 g/dl
Dosagens séricas:
Uréia < 50 mg/dl
Creatinina < 1,5 mg/dl
Bilirrubina total < 3,0 mg/dl
Ácido Úrico < 5,0 mg/dl
Transferasses (transaminases) < 50 Ul/ml
Ressalte-se que esses critérios não são rígidos, mas devem ser adaptados às
características individuais do paciente e do tumor que o acomete.
28

Principais drogas utilizadas no tratamento
do câncer
Os agentes antineoplásicos mais empregados no
tratamento do câncer incluem os alquilantes
polifuncionais, os antimetabólitos, os antibióticos
antitumorais, os inibidores mitóticos e outros.
Novas drogas estão sendo permanentemente
isoladas e aplicadas experimentalmente em
modelos animais antes de serem usadas no
homem.
29
Tipos de Câncer
Segundo o site do INCa (Instituto Nacional do Câncer www.inca.gov.br, são mais de 20 tipos de câncer.
•Câncer Anal
•Câncer de Boca
•Câncer Colo-retal
•Câncer do Colo do Útero
•HPV
•Câncer do Esôfago
•Câncer do Estômago
•Câncer de Fígado
•Hepatoblastoma
•Câncer Infantil (particularidades)
•Câncer de Laringe
•Orientações aos pacientes laringectomizados
•Câncer de Pele
30
•Melanoma
•Não Melanoma
•Câncer de Mama
•Câncer do Pâncreas
•Câncer de Pênis
•Câncer de Próstata
•Câncer de Pulmão
•Câncer de Ovário
•Câncer de Testículo
•Leucemia
•Linfoma de Hodgkin
•Linfoma de Não-Hodgkin
•Tumores de Ewing (Tumor de Askin)
31
Câncer
Anal
.
Tumores no canal anal são mais freqüentes no sexo feminino e
tumores na margem anal (parte externa do ânus) são mais
freqüentes no sexo masculino. Esses tumores exibem diferentes
tipos histológicos, sendo o tipo carcinoma epidermóide aquele que
ocorre em cerca de 98% dos casos.
O
câncer anal é raro, correspondendo apenas a 4% de todos os
tipos de câncer que acometem o intestino grosso.

Fatores de Risco
Alguns aspectos infecciosos, como o HPV e o HIV, estão
relacionados com o desenvolvimento do câncer anal. Uma dieta
pobre em fibras, a prática de sexo anal, o alto consumo de produtos
do tabaco, e a fístula anal crônica (doença caracterizada pela
presença de um trajeto entre o canal anal e a margem do ânus com
secreção purulenta) são outros fatores de risco.
32


Câncer de Boca
O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de
lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro,
língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais
freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no
lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões
da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam
quando o tabagista é também alcoólatra.
Fatores de Risco
Os fatores que podem levar ao câncer de boca são idade superior
a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de
álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias malajustadas.
33



Câncer do Colo do Útero
Fatores de Risco
Vários são os fatores de risco identificados para o câncer do colo
do útero, sendo que alguns dos principais estão associados
às baixas condições sócio-econômicas, ao início precoce da
atividade sexual, à multiplicidade de parceiros sexuais,
ao tabagismo (diretamente relacionados à quantidade de cigarros
fumados), à higiene íntima inadequada e ao uso prolongado de
contraceptivos orais.
Estudos recentes mostram ainda que o vírus do papiloma humano
(HPV) tem papel importante no desenvolvimento da neoplasia das
células cervicais e na sua transformação em células cancerosas.
Este vírus está presente em mais de 90% dos casos de câncer do
colo do útero.
34



Estratégias de Prevenção
A prevenção primária do câncer do colo do útero pode ser realizada
através do uso de preservativos durante a relação sexual. A prática do
sexo seguro é uma das formas de evitar o contágio pelo
HPV, vírus que tem um papel importante no desenvolvimento de lesões
precursoras e do câncer.
A principal estratégia utilizada para detecção precoce da lesão
precursora e diagnóstico precoce do câncer (prevenção secundária) no
Brasil é através da realização do exame preventivo do câncer do colo
do útero (conhecido popularmente como exame de Papanicolaou).
O exame pode ser realizado nos postos ou unidades de saúde que tenham
profissionais da saúde capacitados para realizá-los.
35






É fundamental que os serviços de saúde orientem sobre o que é e qual a
importância do exame preventivo, pois a sua realização periódica permite
reduzir a mortalidade por câncer do colo do útero na população de risco.
O INCA tem realizado diversas campanhas educativas, voltadas para a
população e para os profissionais da saúde, para incentivar o exame
preventivo.
O exame preventivo
O exame preventivo do câncer do colo do útero (exame de Papanicolaou)
consiste na coleta de material citológico do colo do útero, sendo coletada
uma amostra da parte externa (ectocérvice) e outra da parte interna
(endocérvice).
Para a coleta do material, é introduzido um espéculo vaginal e procede-se
à escamação ou esfoliação da superfície externa e interna do colo através
de uma espátula de madeira e de uma escovinha endocervical.
Mulheres grávidas também podem realizar o exame. Neste caso, são
coletadas amostras do fundo-de-saco vaginal posterior e da ectocérvice,
mas não da endocérvice, para não estimular contrações uterinas.
A fim de garantir a eficácia dos resultados, a mulher deve evitar relações
sexuais, uso de duchas ou medicamentos vaginais e anticoncepcionais
locais nas 48 horas anteriores ao exame. Além disto, exame não deve ser
feito no período menstrual, pois a presença de sangue pode alterar o
resultado.
36




Quem e quando fazer o exame preventivo
Toda mulher que tem ou já teve atividade sexual deve submeter-se a
exame preventivo periódico, especialmente se estiver na faixa etária dos
25 aos 59 anos de idade.
Inicialmente, um exame deve ser feito a cada ano e, caso dois
exames seguidos (em um intervalo de 1 ano) apresentarem resultado
normal, o exame pode passar a ser feito a cada três anos.
Vacinação
Recentemente foi liberada uma vacina para o HPV. No momento está em
estudo no Ministério da Saúde o uso pelo SUS. É importante enfatizar que
esta vacina não protege contra todos os subtipos do HPV. Sendo assim, o
exame preventivo deve continuar a ser feito mesmo em mulheres
vacinadas. Saiba mais sobre HPV.
Sintomas
Existe uma fase pré-clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, em
que a detecção de possíveis lesões precursoras é através da realização
periódica do exame preventivo. Conforme a doença progride, os principais
sintomas do câncer do colo do útero são sangramento vaginal, corrimento
e dor.
Tratamento
O tratamento adequado para cada caso deve ser avaliado e orientado por
um médico.
37
Câncer de Mama


Sintomas
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio,
acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir alterações na pele
que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto
semelhante a casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos
palpáveis na axila.
Fatores de Risco
História familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama,
especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã)
foram acometidas antes dos 50 anos de idade. Entretanto, o câncer de
mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total
de casos de cânceres de mama. A idade constitui um outro importante
fator de risco, havendo um aumento rápido da incidência com o aumento
da idade. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a
menopausa tardia (instalada após os 50 anos de idade), a ocorrência da
primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos),
constituem também fatores de risco para o câncer de mama.
Detecção Precoce
As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o
exame clínico da mama e a mamografia.
38


O Exame Clínico das Mamas (ECM)
Quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode
detectar tumor de até 1 (um) centímetro, se superficial. O Exame
Clínico das Mamas deve ser realizado conforme as recomendações
técnicas do Consenso para Controle do Câncer de Mama.
A sensibilidade do ECM varia de 57% a 83% em mulheres com
idade entre 50 e 59 anos, e em torno de 71% nas que estão entre
40 e 49 anos. A especificidade varia de 88% a 96% em mulheres
com idade entre 50 e 59 e entre 71% a 84% nas que estão entre
40 e 49 anos.
39
Ações de enfermagem
Na prevenção:
 Orientar sobre o perigo da exposição solar
 Orientar sobre a alimentação balanceada
 Orientar o auto-exame das mamas e pele
 Orientar sobre os riscos do tabagismo
 Orientar exames periódicos com
profissionais de saúde.

40

No processo curativo:

Orientar sobre o tratamento quimioterápico e/ou
radioterápico.
Buscar a parceria do cliente em seu tratamento.
Embasar-se cientificamente para atuar com segurança
junto ao cliente.
Trabalhar em equipe.
Ser um ouvinte para os membros da família
Estabelecer uma relação de confiança com os membros
da família.
Determinar a compreensão da família em relação às
causas da doença.






41











Orientar a população para:
• proteger-se das superfícies refletoras: areia, neve, concreto e
água.Nestas condições, sentar-se à sombra não garante total
proteção;
Ter cuidado especial com as crianças, pois sua pele é mais
sensível.
Usar bloqueador solar, ensinando-as a se protegerem do sol;
• usar hidratantes, benéficos após exposição ao sol;
• evitar substâncias que possam aumentar a sensibilidade ao sol,
como as existentes no limão, laranja e outros.
ensino e orientação sobre a realização regular do auto-exame de
pele
• realização do exame clínico de pele
• agendamento de pessoas de alto risco para consultas periódicas;
• encaminhamento para consulta médica caso seja observada
qualquer
lesão suspeita.
42
Fonte: Arquivo pessoal de Carlos Eduardo e
Dorival Lobão.
Figura 3.13 - Ceratose actínica.
Fonte: Arquivo pessoal de Carlos Eduardo e
Dorival Lobão.
43
Instituir medidas que protejam e dêem conforto ao cliente;
• avaliar o nível de consciência e ansiedade do cliente;
• monitorar os sinais vitais;
• observar ferida operatória quanto ao sangramento, presença de sinais
flogísticos, presença de área de tensão e integridade da sutura;
• manter curativos de sítio operatório, jejunostomia, esofagostomia e
drenos limpos e secos;
• avaliar e anotar quantidade e aspecto das drenagens. Atentar para
sangramento, presença de sinais flogísticos e realizar curativos dos ósteos
dos drenos;
44










• reduzir ou eliminar os fatores causais do déficit de volume;
• observar presença, aspecto e quantidade dos vômitos, duração e sua
freqüência e intervir com antieméticos prescritos;
• observar distensão gástrica;
• avaliar presença de enfisema subcutâneo nas regiões cervicais e torácica.
A mobilização e a deambulação precoce são importantes para a
recuperação
do paciente, pois favorece a drenagem, diminui os riscos de úlcera de
pressão e infecções. O paciente deverá ser encaminhado ao banho de
aspersão
normalmente após 48h de pós-operatório.
O primeiro curativo deve ser feito pela enfermeira, para avaliação da ferida
cirúrgica para o planejemento do cuidado.
45

Enfermagem Oncológica
•
Principais intervenções de enfermagem
Manutenção de dispositivos para acesso venoso
Controle do Ambiente: Conforto
Administração de Analgésicos
Redução da Ansiedade
Ensino: processo de Doença
Controle da quimioterapia
Monitoração nutricional
Toque terapêutico
Controle de medicamentos
Controle hídrico
Interpretação de dados laboratoriais
Grupo de apoio
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Referências
www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=82 - 10k
www.oncomedoncologia.com.br/web/cancer/tipos/ - 9k
Instituto Nacional de Câncer - Ministério da Saúde"Ações de
Enfermagem para o Controle do Câncer", disponível em
http://www.inca.gov.br/enfermagem/index.asp
McCLOSKEY, Joanne e BULECHEK,Gloria M. Clasificação das
Intervenções de \enfermagem (NIC). 4ª ed. Artemed. Porto Alegre.
2008.
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