Slide 1 - ABQ / PARÁ

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
130 EPEQ
APRESENTAÇÃO
Prof. Dr. Marivaldo José Costa Corrêa
ASSUNTOS:
» FITOQUÍMICA
» BIOTRANSFORMAÇÕES
» SÍNTESES
INTRODUÇÃO
Relação Homem-Planta – Qualidade de vida
Fotos: Alfredo K. O. Homma; Antônio Pedro S. Souza Filho; Célio A. P. Ferreira e Cláudio V. Araújo.
Fonte: Criação de bovinos de corte no Estado do Pará (EMBRAPA).
Atividade pecuária e a qualidade de pastagens.
OBJETIVOS
PLANTA : PASPALUM MARITIMUM
FITOQUÍMICA / BIOTRANSFORMAÇÃO
Geral
» Isolar e identificar metabólitos secundários das
partes aéreas da espécie Paspalum maritimum, isolar
e identificar fungos endofíticos associados a esta
espécie e obtenção da massa fúngica, reações de
sínteses, biotransformações e bioensaios alelopáticos.
Específicos
» Isolar e identificar metabólitos secundários das folhas de P.
maritimum;
» Isolar e identificar fungos endofíticos a partir de folhas, rizomas e
raízes jovens de P. maritimum;
» Obter a biomassa fúngica;
» Isolar e identificar constituintes presentes nos extratos fúngicos;
» Avaliar a habilidade de fungo(s) selecionado(s) em modificar
quimicamente cetonas aromáticas, chalconas e derivado.
» Avaliar o potencial alelopático do(s) constituinte(s) químico(s)
isolado(s) da planta, assim como dos extratos fúngicos e dos
produtos obtidos por biotransformações.
Estudo Químico da Planta
A espécie Paspalum maritimum Trin.
O presente trabalho trata do primeiro estudo químico da
espécie vegetal Paspalum maritimum trin, capimgengibre, família
Poaceae, sendo conhecida como uma espécie de planta daninha
que tem por principal característica a alta capacidade de invadir
áreas de pastagens cultivadas da região amazônica, com
tendências para formar estandes puros, dominando, em poucos
anos, tanto as espécies de plantas forrageiras como de outras
plantas encontradas nas áreas, como é o caso das plantas
daninhas.
Classificação Botânica
» Reino: Plantae
» Divisão: Magnoliophyta
» Classe: Liliopsida
» Ordem: Poales
» Família: Poaceae
» Subfamília: Panicoideae
» Tribo: Paniceae
» Gênero: Paspalum
» Espécie: Paspalum maritimum
Constituintes Químicos Isolados de P. maritimum
Os dados que constam na literatura, não se referem
ao estudo químico da espécie em estudo, sendo, portanto,
pela primeira vez objeto de estudo.
Atividade Biológica Relatada
Souza Filho (2006b) em estudo envolvendo os extratos aquosos
das folhas, raízes e solo sob cultivo de Paspalum maritimum,
capimgengibre, apresentou efeitos alelopáticos inibitórios
expressivos sobre a germinação de sementes e o
desenvolvimento do capim-marandu, da leguminosa forrageira
puerária e das plantas daninhas malícia e mata-pasto, o que
confirmou a hipótese de que a capacidade dessa espécie em
invadir e dominar áreas de cultivo pode estar associado à
produção de compostos químicos com tais propriedades.
Métodos
» Obtenção dos extratos brutos (fluxograma)
Folhas secas e
moídas
(2,5 Kg)
1-EXTRAÇÃO COM HEXANO
2- FILTRADO
3- C0NCENTRADO
Extrato hexânico
(48,5 g)
Resíduo
1-EXTRAÇÃO COM AcOEt
2- FILTRADO
3- CONCENTRADO
Resíduo
1-EXTRAÇÃO COM METANOL
2- FILTRADO
3- CONCENTRADO
Extrato MeOH
(87,5 g)
Extrato
AcOEt
(18,0 g)
Fracionamento do Extrato Hexânico (EH)
EH
78 Frações
8,50 g
CCVU, frações de 100 mL
1- HEXANO 100%
2- HEXANO/AcOEt
Frs.
(69 Frações)
Frs.
(1-9)
Sem análise
Fr. 26
Hex/AcOEt
10%
Fr. 33
Hex/AcOEt
15%
S6
13,1 mg
S7/S8
18,1 mg
Frs.37-39
Hex/AcOEt
20%
S8+S9
33,5 mg
Fracionamento do extrato AcOEt
Fracionamento do extrato MeOH
E MeOH
17,49 g
EAcOEt
3,5 g
1- CCVU
2- HEX/ AcOEt/ MeOH
3- 62 FRAÇOES (100 mL)
1- CCVU
2- HEX/ AcOEt/ MeOH
3- 76 FRAÇOES (100 mL)
Frs. 25-30
HEX/ AcOEt
15%
Frs. 42-45
AcOEt/ MeOH
5%
Frs. 27-32
HEX/ AcOEt
15%
S8 + S9
13,4 mg
S10
5,7 mg
S8 + S9
4,4 mg
Frs. 28-31
AcOEt/ MeOH
10%
S10
102,4 mg
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Constituintes químicos isolados de P. maritimum neste
trabalho
29
21
11
1
19
2
HO
9
18
12
4
22
20
23
17
8
14
H
26
21
11
27
2
15
HO
6
10
3
S6
2'
1
7
9
A
6
5 10
OH
O
2
C
3
4
O
S10
4'
OH
B
6'
4
9
H
5
12
18
OMe
20
22
8
7
H
6
15
25
23
17
16
S7, R = H
S8, R = Glu 22,23
S9, R = Glu, 
OMe
HO
19
1
7
5
29
25
16
10
3
24
27
26
Identificação estrutural dos constituintes químicos
isolados das folhas de P. maritimum
As propostas estruturais das substâncias isoladas e
identificadas dos extratos brutos de P. maritimum, foram
realizadas com base nos seus dados espectrais e em
comparação com os dados encontrados na literatura.
A substância S10: Flavona tricina (3’,5’-dimetoxi-7,5,4’triidroxiflavona
6'
8
HO
A
1
B
O
2'
C
6
3
OH
OMe
4' OH
O
OMe
OCH3
OH
6'
8
HO
O
2'
OCH3
3,87
3
6
OH
OH-5
12,06
OCH3
O
H2’/H6’
7,32
H3
6,99
H6 H8
6,56 6,20
Espectro de RMN 1H (300 MHz, , DMSO-d6) de S10
OCH3
OH
6'
8
HO
O
2'
OCH3
3
6
OH
O
C7
C9
C4
C2
C5
C3’C5’
C2’C6’ C10
C4’
C1’
2XOCH3
C8 C6
Espectro de RMN 13C (75 MHz, DMSO-d6) de S10
OCH3
OH
6'
8
HO
O
2'
3
6
OH
CH
OCH3
O
C2’/C6’;C3;C8;C6
CH3
Espectro de DEPT de S10
H6
H8
OCH3
OH
6'
8
HO
O
2'
3
6
OH
O
OCH3
OCH3
OH
6'
8
HO
O
2'
OCH3
3
6
OH
O
H8
6,20
H6
6.56
H3
6,99
H2’H6’
7,32
C2’C6’ C3
104,52103,82
C8
99,21
Espectro de HETCOR de S10
C6
94,58
OMe
H8
HO
H 2'
O
10
H6
OH
4
2
1'
H3
3'
4'
OH
' OMe
6' 5
H 6'
O
C4
C2
C1’
C10
C1’
C2’C6’
H3
H2’H6’
C2
C3’C5’
C4’
Expansão do espectro de HMBC de S10
OMe
H 2'
H8
HO
7
H6
6
9
8
O
OMe
H3
10
OH
OH
H 6'
O
H8
C9
C10
C6
Expansão do espectro de HMBC de S10
o
Isolamento de fungos endofíticos associados
ao P. maritimum
Métodos
» Coleta do material botânico: as folhas, raízes e rizomas
foram coletadas em Belém-PA, no campo experimental da
EMBRAPA
» Esterilização do material vegetal e isolamento de endofíticos
folha
raiz
rizoma
Meio de Cultura
SABOURAUD
EXTRATO
MALTE
Identificação de fungos endofíticos isolados de
Paspalum maritimum Trin.
PARTE DA PLANTA
ISOLADOS
FEFLPM3A2
FOLHAS
FEFLPM3B2
FEFLPM3D1
FERZPM3B2
RAÍZES
FERZPM3C2
FERZPM3D2
RIZOMAS
FECPM3A2
Aspergillus flavus
CULTIVO
Meio líquido (Czapek)
Biomassa
Extratos fúngicos
S11, S12, S13 e S14
Meio sólido (Arroz)
Biomassa
Extratos fúngicos
S11, S12, S13 e S14
Constituintes químicos da biomassa produzida pelo fungo
endofítico Aspergillus flavus
21
12 18
11
HO
1
2
3 4
8
9
14
16
15
7
5
28
24
17
13
19
21
20 22
27
11
23
26
2
3
1
4
HO
5
7
6
14
20 22
17
16
15
O
O
S12
1
6
8
9
S11
H6
13
19
25
HO
6
12 18
O
4
2
3
OH
2a
OH
H3
HOH2C
OH
CH2OH
OH
OH
O
S13
S14
28
24
23
27
25
26
A substância S13: Ácido Kójico (5-hidróxi-2hidroximetil-ϒ-pirona).
1
6
HO
5
O
4
O
2a
CH2OH
2
3
1
H6
6
HO
5
O
4
2
3
2a
OH
H3
O
t, H3
t, OHa
d, 2Ha
H6
OH5
Espectro de RMN 1H (300 MHz, , DMSO-d6) de S13
1
H6
6
HO
5
O
4
2
3
2a
OH
H3
O
OH-2a
H-2a
H3
Expansão do espectro de RMN 1H (300 MHz, , DMSO-d6)
de S13
1
H6
6
HO
5
O
4
2
3
2a
OH
H3
O
C6
C2
C3
C2a
C5
C4
Espectro de RMN 13C (75 MHz, , DMSO-d6) de S13
1
H6
6
HO
5
O
4
2
3
2a
OH
H3
O
C2a
CH-6
CH-3
Espectro de DEPT de S13
H3
1
H6
6
HO
5
O
4
2
3
2a
OH-2a
OH
H3
O
Espectro de COSY de S13
H-2a
1
6 O 2
HO 5
4
2a
OH
H6
H3
3
O
C2a
C3
C6
Espectro de HETCOR de S13
H2a
1
6 O 2
HO 5
4
2a
OH
3
O
H2a
HO-2a
H3
H6
C3
C2
C2
C2
C4 C2
C2a
C5
C5
Espectro de HMBC de S13
C2a
REAÇÕES DE SÍNTESES
Através da síntese orgânica pode-se buscar o caminho
para a construção de moléculas orgânicas, independentemente
do seu grau de complexidade estrutural.
Obtenção de chalconas
As chalconas S1, S2, S3, S4 e o derivado S5 foram todas
obtidas através de condensação em meio básico.
Reações de obtenção das chalconas e derivado
R4
R3
R4
R3
R
R
+
H
CH3
R2
R1
O
R2
O
R1
O
S1; R = R1 = R2 = R3 = R4 = H
S2; R = R1 = H, R2 = R3 = R4 = OMe
S3; R4 = H, R = R1 = R2 = R3 = OMe
S4; R1 = H, R = R2 = R3 = R4 = OMe
2x
H
O
+
O
O
S5
Identificação estrutural das chalconas
As propostas estruturais das chalconas sintetizadas,
foram realizadas com base nos seus dados espectrais de RMN 1H
e 13C e em comparação com dados encontrados na literatura.
Reações de hidrogenação
As chalconas S2 e S3 foram utilizadas na reação de
redução de hidrogenação para a obtenção das respectivas
diidrochalconas S15 e S16 para que fossem comparados com os
dados obtidos nas reações de biorreduções utilizando o fungo
Aspergillus flavus.
Reação de hidrogenação da chalcona S2
OMe
OMe
OMe
OMe
6
OMe
H2

4'
2

50%
O
S2
OMe
O
S15
As diidrochalconas S16 e S17 obtidas a partir das chalconas S2
e S3, respectivamnete, são substâncias inéditas.
Identificação estrutural da substância S16
OMe
OMe
6
6'
4'

2

2'
O
OMe
Identificação estrutural da substância S16
OMe
OMe
6
6'
4'

2
OMe

2'
O
H2/H6
Hα
H2’H6’
H3’H5’
H4’
Hß
Espectro de RMN 1H (300 MHz, CDCl3) de S16
OMe
OMe
6
6'
4'

2
OMe

2'
O
C-OMe
C2/C6
Cα
C=O
C3’/C5’
Espectro de RMN 13C (75 MHz, CDCl3) de S15
Cß
OMe
OMe
6
6'
4'

2

2'
OMe
H4’
H2’H6’
H3’H5’
Hα
O
Espectro de COSY de S15
Hβ
OMe
OMe
6
6'
4'

2
OMe

2'
H2’H6’ H4’ H3’H5’
O
H2H6
Cβ
Cα
C-OMe
C2C6
C2’C6’
C3’C5’
C4’
Espectro de HETCOR de S15
Hα
Hβ
OMe
OMe
6
6'
4'
DC1 #798 RT: 16,97 AV: 1 NL: 2,23E8
T: + c Full ms [ 41,00-450,00]

2

195,69
100
OMe
2'
O
90
80
Relative Abundance
70
300,79
60
50
105,53
40
181,68
77,50
30
20
164,67
10
51,53
78,58
121,59
148,63
225,70
0
50
100
150
200
m/z
253,74
285,77
250
300
312,82
341,01
350
Espectro de Massa (EM) de S15
OK
BIOTRANSFORMAÇÕES
Devido à grande habilidade que alguns microorganismos têm
de
modificar
quimicamente
alguns
compostos
orgânicos,
o
metabolismo do fungo Aspergillus flavus, excelente produtor de
aflatoxinas, vem sendo bastante pesquisado. Essas modificações
químicas
nas
estruturas
das
moléculas,
são
denominadas
biotransformações e são de grande importância por serem quimio,
regio e enantioseletivas, resolvendo assim, muitos problemas
sintéticos existentes na obtenção de compostos opticamente puros.
Substratos
As cetonas aromáticas acetofenona e a 4-nitroacetofenona
foram
apresentarem
as
selecionadas
características
neste
trabalho,
relacionadas
com
por
as
substâncias utilizadas em biotransformações já citadas na
literatura, não sendo nocivas aos microorganismos nas
quantidades previamente testadas.
R
R
Baeyer/Villiger
Hidrólise
O
O
R
CH3
R
O
*
OH
OH
En + S
enzi + subst.
→ [En-S]
Complexo enz-subst.
→
En +
P
enzima produto
Representação geral da reação de biotransformação.
As
chalconas
também
foram
selecionadas,
por
apresentarem perspectivas da formação de produtos quimioregio-enantiosseletivos, com possibilidade da obtenção de um
dos produtos em maior proporção.
R1
R2
R1
R2
R
R3
Biorredução
R
R3
R4
O
*
OH
R4
Há possibilidades de ocorrerem também reações de
biotransformações com a formação do epóxido, diol ou adição
de hidrogênios.
R1
R2
R
Epoxidação
R3
O
R4
O
R1
R1
R2
R2
Diol
R
R
HO
R3
R3
OH
R4
R4
O
O
R1
R2
Adição de H2
R
R3
R4
O
Substratos:Cetonas aromáticas e Chalconas (Derivado)
O 2N
O
O
ACETOFENONA
4-NITRO-ACETOFENONA
OMe
OMe
OMe
MeO
OMe
OMe
OMe
O
S1
O
O
S2
OMe
OMe
MeO
OMe
O
O
S4
S5
S3
Resultados e Discussão
1) Chalconas
1.1) Chalcona S1
Biorredução
O
O
Reação de biorredução da chalcona S1 e formação da
diidrochalcona S15
1.2) Chalcona S2
OMe
OMe
B
OMe
A
OMe
6
OMe
Aspergillus flavus
4'
A

6'
B
2

2'
O
S2
O
S16
Reação de biorredução da chalcona S2 e formação da
diidrochalcona S16
OMe
1.3) Chalcona S3
5
6
5
B
MeO
6'
4'
OMe
A
2'
6
OMe
MeO 4'
Aspergillus flavus
A

6'

OMe
2'
O
S3
OMe
B
OMe
OMe
O
S17
Reação de biorredução da chalcona S3 e formação
da diidrochalcona S17
A chalcona S4 e o derivado α,β-insaturado S5 quando
utilizados como substratos nas reações de biotransformações,
não ocorreu a biorredução prevista. Nas figuras abaixo pode ser
observado que o fungo Aspergillus flavus não se desenvolveu no
meio de cultivo.
S4
S5
Identificação estrutural das diidrochalconas S15,
S16 e s18
DiIdrochalcona S18
O
Espectro de RMN 1H (300 MHz, CDCl3) de S15 + S1
OMe
H2’H6’
H3’H5’
H4’
H2H6
Hα
Hβ
Espectro de RMN 1H (300 MHz, CDCl3) de S16 + S2
5
OMe
6
MeO
4'

6'
OMe

OMe
2'
O
Hα
Hβ
Espectro de RMN 1H (300 MHz, CDCl3) de S17 + S3
Identificação estrutural da
diidrochalcona S17
5
OMe
6
MeO
4'

6'
OMe

2'
O
OMe
5
OMe
6
MeO
4'

6'
OMe
OMe

2'
O
OMe
H3’H5’
H6
H2’H6’
H5
Hα
Hβ
Espectro de RMN 1H (300 MHz, CDCl3) de S16
5
OMe
6
MeO
4'

6'
C2’C6’
130,3
C1’
C3’C5’
OMe

C-OMe
OMe
2'
O
C6
Cα
C5
C3
C2
C=O
C4’
Espectro de RMN 13C (75 MHz, CDCl3) de S16
Cβ
5
OMe
6
MeO
4'

6'
OMe

OMe
2'
O
Cα
C3’C5’
C6
C5
C-OMe
Espectro de DEPT de S16
Cβ
5
OMe
6
MeO
4'

6'
OMe

2'
OMe
H2’H6’
H-OMe
H6
H5
O
Cβ
Cα
C-OMe
C5
C3’C5’
C6
C2’C6’
Espectro de HETCOR de S16
Hα
Hβ
5
OMe
6
MeO
4'

6'
OMe

OMe
2'
O
C3
H5
C4
H6
H3’H5’
H2’H6’
C1
C4’
C2’C6’
Espectro de HMBC de S16
5
OMe
6
MeO
4'

6'
OMe

OMe
2'
O
C2
Hβ
C=O
C1 C6
Cα
C1
Hα
Expansão do espectro de HMBC de S16
Cβ
5
OMe
6
MeO
4'

6'
OMe

OMe
2'
O
Espectro de Massa (EM) de S16
ok
2) Cetonas aromáticas
2.1) Acetofenona
5
5
6
4
6
4
8
3
CH3
1
Aspergillus flavus
8
3
1
*
CH3
2
2
O
OH
S18
Ocorreu a biorredução, formando o produto
Feniletan-1-ol (S18)
5
5
6
4
6
4
8
3
Aspergillus flavus
3
CH3
1
8
1
*
CH3
2
2
OH
O
CH3
CH3 (8)
H (C*)
Espectro de RMN 1H (300 MHz, CDCl3) de acetofenona + S18
2.2) 4-Nitro-acetofenona
O 2N
Aspergillus flavus
O
NÃO OCORREU BIORREDUÇÃO
5
O2N
6
8
3
CH3
1
2
O
Espectro de RMN 1H (300 MHz, CDCl3) de 4-nitroacetofenona
ATIVIDADE ALELOPÁTICA
ALELOPATIA
A alelopatia é o fenômeno que ocorre pela
interferência que uma planta exerce no desenvolvimento
de outras plantas. Esta interferência ocorre, dentre outros
fatores, pela produção de substâncias químicas, que são
liberadas
para
o
meio
ambiente
por
volatilização,
exsudação radicular e decomposição de resíduos de
plantas (Rice, 1984).
Análise da atividade alelopática
A substância isolada da planta, flavona tricina (S10) e
a substância isolada da biomassa produzida pelo fungo
Aspergillus flavus , ácido kójico (S13), foram submetidas a
análise da atividade alelopática (sendo a tricina avaliada
também em relação a variação de pH).
Espécies receptoras: malícia (Mimosa pudica), mata-pasto
(Senna obtusifolia) e a leguminosa forrageira puerária
(Puerária phaseoloides).
Bioensaios
Bioensaio de germinação de sementes
A germinação foi monitorada durante dez dias, com
contagens diárias e eliminação das sementes germinadas.
O bioensaio foi desenvolvido em câmara de germinação,
em condições controladas de 25
0C
de temperatura
constante e fotoperiodo de 12 horas. Cada placa de Petri,
de 9,0 cm de diâmetro, recebeu 30 sementes. Foram
consideradas
sementes
germinadas,
aquelas
que
apresentavam extensão de 2,00 mm de raiz primária
(Tabela 1).
Bioensaios de desenvolvimento da radícula e
do hipocótilo
O bioensaio foi desenvolvido em câmara de
germinação, em condições controladas de 25 0C de
temperatura e fotoperiodo de 24 horas. Cada placa de
Petri de 9,0 cm de diâmetro recebeu três sementes
pré-germinadas, com aproximadamente dois dias de
germinadas, e ao final de período de 10 dias de
crescimento, mediu-se o comprimento das radículas e
do hipocótilo (Tabela 1).
RESULTADOS
Tabela 1- Efeitos alelopáticos da tricina sobre a germinação de
sementes e o desenvolvimento das plantas malícia, mata-pasto e
puerária. Dados expressos em percentual de inibição em relação
ao tratamento testemunha, água destilada.
Bioensaio
Germinação
Radícula
Hipocótilo
Concentração
Espécie receptora
(mg L-1)
Malícia
Mata-pasto
Puerária
200
32,0Ba
15,0Bb
15,0Bb
300
47,0Aa
35,0Ab
30,0Ac
200
36,0Ba
24,0Bb
22,0Bb
300
63,0Aa
40,0Ab
34,0Ac
200
28,0Ba
20,0Bb
18,0Ab
300
43,0Aa
38,0Ab
20,0Ac
Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas na coluna e minúsculas na linha,
dentro de cada bioensaio, não diferem pelo teste de Tukei (5%).
Efeitos do pH na Atividade Alelopática
da flavona tricina
Tabela 2- Variações na atividade alelopática do aleloquímico
tricina, na concentração de 200 mg L-1, em diferentes
condições de pH. Dados expressos em percentual de
germinação
Espécie
Receptora
Valores de pH
3,0
6,0
9,0
Malícia
77,0Aa
72,0Bb
45,0Cc
Mata-pasto
80,0Aa
78,0Aa
68,0Ab
Puerária
76,0Aa
73,0Ba
55,0Bb
Médias seguidas de letras iguais, maiúsculas na coluna e minúsculas na linha, não diferem
pelo teste de Tukei (5%).
Atividade Alelopática do ácido kójico
« A Metodologia empregada foi a mesma em se realizaram os
bioensaios para a substância a tricina, e os resultados obtidos
estão representados nas tabelas 3, 4, e 5, demonstrando que a
substância majoritária isolada da biomassa produzida pelo
fungo endofítico Aspergillus flavus, não contribui para a
atividade
alelopática
maritimum apresenta.
que
a
espécie
vegetal
Paspalum
Tabela 3- Efeitos do ácido Kojico sobre a germinação de sementes
de plantas de áreas de pastagens cultivadas. Dados expressos
em percentual de germinação em relação ao tratamento
testemunha água destilada.
Concentração
Espécies receptoras
(mg L-1)
Malícia
Mata-pasto
Puerária
10
1,0Ab
1,0Bb
5,3Ba
30
1,0Ab
3,0Ab
7,4ABa
50
1,0Ab
4,5Ab
12,4Aa
Médias seguidas de letras iguais, maiúscula na coluna e minúscula na linha, não diferem
pelo teste de Tukey (5%).
Efeitos do ácido kójico sobre o desenvolvimento da radícula das
plantas malícia, mata-pasto e puerária. Dados expressos em
percentual de germinação em relação ao tratamento testemunha
água destilada.
Concentração
Espécies receptoras
(mg L1)
Malícia
Mata-pasto
Puerária
10
3,0Ba
2,0Aa
0,0Ba
30
5,0Ba
2,5Aab
1,0Ab
50
9,0Aa
3,0Ab
3,0Ab
Médias seguidas de letras iguais, maiúscula na coluna e minúscula na linha, não diferem pelo
teste de Tukey (5%).
Efeitos do ácido kójico sobre o desenvolvimento do hipocótilo das
plantas malícia, mata-pasto e puerária. Dados expressos em
percentual de germinação em relação ao tratamento testemunha,
água destilada.
Concentração
Espécies receptoras
(mg L1)
Malícia
Mata-pasto
Puerária
10
1,0Aa
2,0Aa
1,0Aa
30
2,5Aa
3,0Aa
2,0Aa
50
3,0Aa
4,0Aa
3,0Aa
Médias seguidas de letras iguais, maiúscula na coluna e minúscula na linha, não
diferem pelo teste de Tukey (5%).
CONCLUSÕES
« O presente estudo químico, embora preliminar, é o primeiro a ser
realizado com a espécie objeto de pesquisa e apresentou duas
classes majoritárias presentes nos extratos brutos analisados,
esteróides e flavonóide.
« Estudo do isolamento de fungos endofíticos das folhas, raízes e
rizomas de Paspalum maritimum Trin. produziu sete linhagens
fúngicas (Aspergillus flavus).
«A interação entre a planta Paspalum maritimum Trin. e o fungo
Aspergillus flavus isolado como endofítico das folhas, aparentemente
não apresentaram correlações com a atividade alelopatica que esta
espécie
apresenta,
secundários
em
isolados
virtude
quando
dos
metabólitos
utilizados
apresentarem resultados totalmente diferentes.
nos
majoritários
bioensaios,
A utilização do microorganismo Aspergillus flavus na reação de
biorredução de chalconas evidenciou principalmente a redução da
dupla ligação entre os carbonos C-α e C-ß das chalconas
originais, indicando um caminho seguro para a obtenção de
dihidrochalconas
Trabalhos divulgados em Congressos e
submetidos à análise em revistas.
CORRÊA, M. J. C.; SANTOS, L. S.; GUILHON, G. M. S. P.;
SAMPAIO, L. S.; RIBEIRO , W. S.; FONSECA, R. R.; BORGES; F.
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folhas de Paspalum maritimum Trin. 32a Reunião Anual da
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SAMPAIO, L. S.; RIBEIRO , W. S.; FONSECA, R. R.; BORGES;
F. C.; SOUZA FILHO, A. P. S. Investigação do potencial de
microorganismos endofíticos associados às folhas, raízes
e rizomas de Paspalum maritimum Trin.(Poaceae), na
produção de moléculas bioativas. 32a Reunião Anual da
Sociedade Brasileira de Química – SBQ- 2009, Fortaleza/CE.
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CORRÊA, M. J. C.; SANTOS, L. S.; GUILHON, G. M. S. P.;
MARINHO, P. S. B.; MARINHO, A. M. R.; RIBEIRO , W. S.;
SOUZA FILHO, A. P. S. . Efeito Alelopático da Flavona Tricina
sobre plantas invasoras de pastagens. 33a Reunião Anual da
Sociedade Brasileira de Química – SBQ- 2010, Águas de
Lindóia/SP. PN-168.
CORRÊA, M. J. C.; SANTOS, L. S.; GUILHON, G. M. S. P.;
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CORRÊA, M. J. C.; PINHEIRO, E.A.A., SANTOS, L. S.; GUILHON, G. M.
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AGRADECIMENTOS
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