Portfólio de Matemática: um instrumento de análise do processo de

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ALFABETIZAÇÃO EM
TECNOLOGIAS DIGITAIS E
MATEMÁTICA VIA
PORTFÓLIOS.
Aline De Bona ([email protected]) e
Marcus Basso ([email protected])
PPENSIMAT- IM-UFRGS/ Maio/2010
Motivação da Pesquisa:
Portfólios de Matemática
Necessidade de compreender as
dificuldades dos estudantes.
 Criar mecanismos para incentivar os
estudantes a estudarem matemática.
 Respeito à realidade e conhecimento de
cada um.

È uma Pesquisa-ação:




Escola Pública Estadual de POA/RS.
290 alunos entre Ensino Fundamental – 7ª e 8ª
séries e Ensino Médio – 1º ,2º e 3º ano.
Dados gerados 3 vezes por ano.
Produto Final da Pesquisa: modelo –
categorias/indicadores segundo processos
metacognitivos demonstrados pelos estudantes
na construção dos portfólios.
Metacognição
 Conhecimento
que o estudante
possui sobre o seu próprio
conhecimento.
Aspectos afetivos também são contemplados.
O Portfólio de Matemática?

È um instrumento de avaliação reflexiva para o
estudante e professor,segundo sua autonomia e
responsabilidade, e não apenas uma “pasta de
materiais” pois:
Estudante: deve ser capaz de explicar o que
aprendeu baseando-se em evidencias escolhidas
por ele.
Professor: é um “perguntador”, que não controla
mais o processo de aprendizagem.
Objetivo do Portfólio de Matemática:

Espaço de demonstrar os conteúdos
aprendidos.
A possibilidade de expressar suas
certezas/incertezas e reconstruí-las é uma
condição para o estudante aprender a
aprender,aprender a pensar
(Basso, 2003).

Relevância/Justificativa

Avaliação

Significado do aprendizado de matemática
verificado pelo próprio estudante.

Tecnologias: os estudantes se apropriam
das mesmas de forma natural, pois faz
parte do contexto!(Basso,2003).
Tecnologias: Alfabetização?
Um dos objetivos é permitir que o estudante
vá além do proposto pelo
professor/escola,melhorando a qualidade
do seu processo de aprendizado, do
ensino e das aulas dos professores,pois o
conteúdo passa a ser objeto de
necessidade o estudante.
A tecnologia ainda contribui...

Na criação de um ambiente mais favorável
para aprendizagem.
Interdisciplinaridade.
Interação entre todos.
Novos contextos de aprendizagem.
Respeito ao tempo e limites de cada um.

Inclusão.




Ah...e o Professor....
Aulas diversificadas!
 Conhecer o grupo de estudantes.
 Explorar a participação dos estudantes.
 “O importante não “é fazer como se” cada
um houvesse aprendido,mas permitir a
cada um aprender”
(Perrenoud,1999,p.165)

Como os estudantes compreendem a
proposta do portfólio de matemática?
Portfólio: Uma pasta onde se guarda seus
melhores trabalhos, comentados para
serem apresentados. No meu portfólio
falarei um pouco sobre as atividades e
avaliações. Comentarei sobre o que
aprendi, e por fim uma autoavaliação
(N300)
 No meu portfólio contem parte do que eu
aprendi neste ano, e como eu aprendi e
faço, tudo numa ordem cronológica (N80)

Como ocorre a comunicação entre
estudantes, estudantes com o professor e
o estudante consigo mesmo?

S300:

“A Primeira Prova estava na Medida para
quem estudou, Eu e o N300 (colega da
turma) no domingo anterior a prova
estudamos pelo MSN refizemos exemplos
e correções tudo pela internet, rascunho e
comentários na conversa.”(D300)
Como os estudantes se apropriam das
tecnologias?
RECURSOS QUE EU USEI NO MEU PORTFÓLIO FORÃO
VARIOS:
NO PRIMEIRO EU USEI: PAINT=EU FIZ DEZENHO NO PAINT
EM FORMA DE ESTORIA EM QUADRINHOS COM A FALA DOS
PERSONAGEMS EM BALÃOES.
NO SEGUNDO: PAINT E O WINDOWS MOVIE MAKER= USEI O
PAINT PARA FAZER UMA HISTORIA EM QUADRINHOS E
MOVIE MAKER PARA FAZER A HISTORIA EM QUADRINHOS
VIRAR UM PEQUENO VIDEO DE QUADRINHOS.
NO TERCEIRO: EU UZEI WORD PAD PARA ESCREVER E
ACABEI CONSEGUINDO USAR O PAINT PARA FAZER
ALGUNS DEZENHOS DE GEOMETRIA.
TENTEI EXPLICAR+OU--O QUE USEI E O QUE FIZ COM CADA
PROGRAMA UTILIZADO NOS MEUS PORTFOLIO.

So ftw a re s d e Ma te m á tic a
Depois da professora mostrar softwares livres de
Matemática, enquanto redigia o Portfólio baixei o
GraphMAT era 2:1 0 da manhã eu abri ele e executei
algumas contas presentes nas listas, achei muito
interessante a transição de formula para gráfico que
o programa usa.
Ale m do GraphMAT go ste i do
Po ly Pro
que ge ra só lido s de smo ntáve is
na sua inte rface
Presença de aspectos cognitivos, afetivos,
metacognitivos, “escrita matemática” e a apropriação
tecnológica em portfólios de matemática:
Como eu resolvo?
a)
•
•
•
•
•
•
•
observo a figura;
Somo os catetos;
Faço regra de três;
Divido e multiplico;
Depois simplifico;
Isolo o cateto;
Divido e obtenho o resultado
do cateto a e depois o do b);
b)
• Faço o tio pit;
• Isolo a hipotenusa e divido
onde obtenho o resultado;
• Depois multiplico base x
altura e divido por dois.

Eu acho a matéria de Trigonometria muito difícil,
porque ela exige muito raciocínio, atenção e muito
calculo, o meu maior problema era interpretar a
questão que estava sendo pedida e montar a conta,
muitas vezes eu nem sabia por onde começar (G201)

Como já comentei em vários outros portfólios vejo
matemática em muitas coisas que pessoas acham
impossíveis de ser vista, também já comentei sobre o
caso do ônibus sobre dois adultos conversando sobre
determinantes que pode até não parecer mais fiquei
muito entusiasmada com aquilo pois fiquei contente
em ver que os adultos também vem um futuro
melhor para eles estudando (E201).
V is u a lG
É o Programa que eu utilizei no curso para aplicar Lógica de Programação, consiste
no seguinte ele trabalha com Portugol que é a linguagem de programação simples em
português, serve para a construção de algoritmos, utilizado para desenvolver
raciocínio e estudo aplicado.
Esse print é o pro grama
se ndo utilizado no P C ,ali
e u fiz o algo ritmo da fo rmula
da áre a do trap é zio .
De no mine i 4 variáve is
se ndo e las:
- Base maio r
- Base me no r
-Altura
-Áre a
Escre vi a simp le s função :
(B+b).h/2
E assim fiz e le e xe cutar a
fo rmula do trap é zio co m
valo re s simp lificado s
Certezas Provisórias...


O professor não tem o controle sobre o uso dos
recursos tecnológicos e suas associações com a
disciplina de matemática, nem sobre sua
diversidade de portfólios apresentados.
A necessidade de valorizar a tecnologia é
uma estratégia da prática docente para
despertar o interesse do estudante para o
“estudar”, assim como a escrita é muito
importante para o estudante comunicar-se
como professor e colegas explicando como
entende matemática, sendo assim capaz
de solucionar suas dificuldades.
Mais resultados...



O contexto tecnológico que os estudantes estão
inseridos tem contribuído tanto para a
apropriação autônoma desses recursos quanto
para o processo de aprendizagem de conceitos de
matemática de forma contextualizada.
Avaliações mais positivas, tanto em notas, e o
ensino/aprendizagem de conceitos que vão além
do esperado pelo currículo mínimo da escola.
Numa sociedade letrada é importante dormar um
cidadão critico e capaz de buscar com autonomia
seu aprendizado,além de saber superar suas
dificuldades, e superar a ideia de que matemática
é apenas para “alguns”!
Muito Obrigada!
Algumas Referências:
BASSO, M.V.A. Espaços de aprendizagem em rede: novas orientações na formação
de professores de matemática. Tese (doutorado). UFRGS – Programa de PósGraduação em Informática na Educação. Porto Alegre: UFRGS, 2003.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
GARDNER, H. Inteligências Múltiplas. A teoria na prática. Porto Alegre, Artmed, 1995.
LAFORTUNE,L;SAINT-PIERR,L. A afectividade e a metacognição na sala de aula.
Horizontes Pedagógicos.Lisboa: Instituto Piaget,1996.
NEVES, A., CAMPOS, C., CONCEIÇÂO, J. M., & ALAIZ V. Avaliar é aprender: O novo
sistema de avaliação (Cadernos de Avaliação - 5). Lisboa: IIE, 1992.
PAPERT, S. A Máquina das crianças. Porto Alegre: Artmed, 1994.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre
duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999.
PIAGET, J. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1976.
PINTO, J. Avaliação pedagógica: Um instrumento de gestão “provável”. In Avaliação
pedagógica: Antologia e Textos. Setúbal. ESSE Setúbal, 1992.
RIBEIRO, C. Metacognição: um apoio ao processo de aprendizagem. São Paulo:
Psicologia, Reflexão e Crítica, 2003.
SANCHO, J.M.G.; HERNANDES, F. El portafolio: la evalucion como reconstruccion del
processo de aprendizaje. M.O.T., p.01-09, 1998.
VYGOTSKY, L. S. Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1998.
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