Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica Instrumentação Eletrônica Professor: Luciano Fontes Aluno: Hudson Pinheiro de Andrade Sensor de velocidade Instrumentação Eletrônica – Sensor de velocidade 1 Formas de medição - Tacogerador: Transforma diretamente a grandeza mecânica em uma grandeza elétrica. - Encoder: Consegue medir com precisão o deslocamento e associado a algum outro dispositivo capaz de medir o tempo calcula-se a velocidade. Instrumentação Eletrônica – Sensor de velocidade 2 Tacogerador O tacogerador nada mais é do que um gerador DC de ímã permanente acoplado mecanicamente no eixo em que se deseja medir a velocidade. Este gerador DC gera uma tensão de saída que é proporcional a velocidade do seu eixo. Instrumentação Eletrônica – Sensor de velocidade 3 Encoder Encoder é um dispositivo eletromecânico que conta ou reproduz pulsos elétricos a partir do movimento rotacional do eixo, ele gera um pulso para um determinado incremento de rotação (encoder rotativo), ou um pulso para uma determinada distância linear percorrida (encoder linear). Uma vez que medindo a distância total percorrida (através da contagem dos pulsos na saída do encoder) e o tempo necessário para esta distância ser percorrida, consegue-se calcular a velocidade. Os encoders ópticos operam por meio de um disco com ranhuras ou aberturas transparentes, que se move entre uma fonte de luz (seja visível ou infravermelha) e um detector. Este disco é acoplado mecanicamente em um eixo. À medida que o eixo começa a girar o disco passa entre a fonte e o detector, fazendo com que o feixe de luz seja interrompido quando encontra uma parte fechada e seja novamente liberado quando passar por uma abertura transparente, gerando assim uma onda pulsante. A fonte de luz pode ser um Diodo Emissor de Luz (LED), um diodo infravermelho ou uma pequena lâmpada incandescente. Instrumentação Eletrônica – Sensor de velocidade 4 Na prática, dois fotodiodos são usados, organizados para produzir sinais com 180° de diferença de fase para cada canal, as duas saídas dos diodos são subtraídas para cancelar o offset DC Esta saída quase senoidal pode ser usada direta sem processamento, porém mais freqüentemente esta saída passa por um circuito eletrônico onde é amplificada ou usada para produzir uma onda quadrada Instrumentação Eletrônica – Sensor de velocidade 5 Instrumentação Eletrônica – Sensor de Velocidade 6 Sensor Óptico Eletrônico de Velocidade O sensor de velocidade desenvolvido é composto por um sensor óptico do tipo reflexivo e um circuito eletrônico digital. Constitui o sensor reflexivo, um emissor infravermelho formado por um foto-diodo e um receptor infravermelho constituído por um foto-transistor. O emissor e o receptor são encapsulados em um mesmo conjunto. O circuito eletrônico tem como objetivo isolar galvanicamente o sensor óptico do circuito do controlador, evitando eventuais danos. Outra função deste circuito é converter o nível de tensão do sensor (normalmente 5 v) em um nível industrial padrão (12 v ou 24 v). Instrumentação Eletrônica – Sensor de velocidade 7 Princípios de Funcionamento Na lógica DARK ON, a saída fornece um sinal lógico “1” (Vcc) quando nenhum feixe de infravermelho chega ao receptor e gera um sinal lógico “0” (Gnd) quando algum anteparo reflete o feixe fazendo com que este chegue ate o receptor. Já na lógica LIGHT ON, o processo se inverte. Visando uma maior flexibilidade de funcionamento projetou-se o circuito para atender os dois tipos de lógica de saída. O circuito deve ser ligado em 5 v para alimentar o sensor óptico e também deve ser ligado na mesma fonte do controlador (24 v no caso de PLC). O circuito tem como entrada os sinais de saída dos sensores ópticos e gera como saída os sinais que serão ligados no cartão de entrada digital do controlador. Este circuito realiza uma isolação galvânica entre o sensor e o controlador. Esta isolação é realizada através do foto acoplador TIL 111. Quando a parte clara do eixo do motor passar pelo sensor, a saída do mesmo (5 V no sensor LIGHT ON e 0 V no sensor DARK ON) irá gerar uma corrente de aproximadamente 16 mA que circulará pelo foto diodo do TIL 111 Instrumentação Eletrônica – Sensor de velocidade 8 Instrumentação Eletrônica – Sensor de velocidade 9 A corrente (16mA) gera um feixe de infravermelho suficiente para saturar o foto transistor, e conseqüentemente uma tensão próxima da tensão do controlador (24 v no caso do PLC) aparece no pino de saída. Quando a parte escura do eixo do motor passar pelo sensor, a saída do mesmo (0 V no sensor LIGHT ON e 5 V no sensor DARK ON) irá interromper a corrente que circulava pelo foto diodo, cessando assim o feixe de infravermelho e conseqüentemente levando o foto transistor à região de corte. Uma vez cortado, uma tensão de 0 v irá aparecer na saída devido ao pull down realizado com o resistor de 2K2. Colocou-se o resistor de 1M na base do foto transistor (pino 6 do TIL 111) apenas por solicitação do fabricante. À medida que o eixo do motor vai girando o foto transistor vai cortando e saturando seqüencialmente gerando assim uma onda quadrada na saída do circuito. Instrumentação Eletrônica – Sensor de velocidade 10 Dado o período do sinal T em segundos, a rotação (velocidade) do motor será: f=1/T N = f x 60 Onde: f = freqüência em Hz N = Velocidade em rpm (rotações por minuto) O processo descrito anteriormente para o cálculo da velocidade pode ser implementado em controladores através do uso de contadores e temporizadores. Instrumentação Eletrônica – Sensor de velocidade 11 Placa de circuito impresso Instrumentação Eletrônica – Sensor de velocidade 12