UnG – Universidade Guarulhos Economia Profª. Nilza P r o d u ç ã o . e s t i m e n R e n d a C o n s u m o ECONOMIA: Uma forma de pensar. Ela (a economia) é um método e não uma doutrina, um instrumento da mente, uma técnica de pensar que ajuda, a quem possui, a tirar conclusões corretas. (John Maynard Keynes). ECONOMIA E OS NÚMEROS Tem se dito que os números governam o mundo; talvez. Eu tenho certeza de que são os números que nos mostram se o mundo tem sido bem ou mal governado. (Johan Wolfgang Goethe, 1830) A Palavra Economia... Vem do grego, “aquele que administra o lar” ECONOMIA É: a ciência que estuda a escassez. É o estudo das escolhas feitas por pessoas quando existe escassez. Escassez... • Significa que a sociedade tem menos a oferecer do que as pessoas desejam; • Administrar os recursos de uma sociedade é importante porque os recursos são escassos; • A sociedade não consegue produzir tudo o que os seus indivíduos desejam. Uma Casa e a Economia Enfrentam... • Decisões? • Decisões? • Decisões? • Decisões? Decisões • Quem vai trabalhar? • O que produzir? • Que insumos/ recursos utilizar? • A quem vender? Micro e Macroeconomia Microeconomia – é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de produtos, ou seja, o comportamento dos compradores (consumidores) e vendedores (produtores) de tais bens. Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. Preocupa-se com a determinação dos preços e quantidades em mercados específicos. Ex.: Evolução dos preços internacionais do café brasileiro. O nível de vendas no varejo, numa capital. Macroeconomia – é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento como um todo, procurando identificar e medir as variáveis ( agregadas ) que determinam o volume da produção total ( crescimento econômico ); o nível de emprego e o nível geral de preços (Inflação) do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia mundial. Ex.: Elevação da taxa Selic. Conceitos Básicos • Necessidade Humana • Bens e Serviços • Recursos Produtivos • Agentes Econômicos • Mercado Necessidades Humanas • Não há limites para as necessidades humanas, tanto em número quanto em variedade – Necessidades não-econômicas • Amor, sabedoria, o ar – Necessidades econômicas • Bens e serviços Bens e Serviços • Tudo aquilo que permite satisfazer às necessidades humanas. Quando é tangível chama-se de bem, e serviço quando é intangível. • Bens Livres – Existem em quantidade ilimitada (pelo menos por enquanto) e podem ser obtido com pouco ou nenhum esforço. Exemplo: o ar, a luz do sol, o mar, etc... • Bens Econômicos – são mais escassos, já que dependem do esforço humano para consegui-los, sua característica básica é o preço. Bens Privados e Públicos • Bens Privados – São produzidos e possúidos individualmente. Exemplo: ar condicionados, patinetes, bicicletas, etc... • Bens Públicos – São aqueles consumidos por vários indivíduos. Exemplo: segurança pública, escolas, bibliotecas, hospitais, etc... BENS E SERVIÇOS BENS Imateriais: Serviços Materiais: CAPITAL F I CONSUMO DURÁVEIS N A NÃO -DURÁVEIS I S INTERMEDIÁRIOS BENS E SERVIÇOS • CAPITAL: não atendem diretamente às necessidades dos indivíduos; • CONSUMO: destinam-se à satisfação direta das necessidades dos indivíduos: – DURÁVEIS: permitem uso prolongado – NÃO-DURÁVEIS: acabam com o tempo. BENS E SERVIÇOS • INTERMEDIÁRIOS: sofrem novas transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de capital; • FINAIS: já sofreram as transformações necessárias para seu uso ou consumo. Recursos Produtivos • São elementos, relativamente escassos, utilizados no processo de fabricação dos mais variados tipos de bens. RECURSOS PRODUTIVOS • TERRA: Solo, florestas, recursos minerais. • TRABALHO: Esforço humano despendido na produção de bens e serviços. • CAPITAL: Recursos financeiros ou em bens destinados a constituição das organizações. • COMPETENCIA EMPRESARIAL: A forma como administrador conduz sua organização, assumindo os lucros ou prejuízos advindos. • COMPETÊNCIA TECNOLÓGICA: a disponibilidade de recursos tecnológicos como vantagem competitiva Agentes Econômicos • Famílias – Detentoras dos recursos de produção. Fornecem às empresas esses recursos em troca de pagamento: aluguel, salário, juros e lucro • Empresas – Unidades encarregadas de produzir e/ou comercializar os bens e serviços • Governo – Produz os bens públicos e através de suas políticas Fiscal, monetária, cambial e social fornece os bens públicos. Mercado • Local ou contexto onde compradores e vendedores de bens, serviços ou recursos produtivos se encontram para comercializar. SISTEMA ECONÔMICO Receita Venda de bens e serviços Mercado de bens e serviços Firmas Insumos de produção Salários, aluguéis, lucro Consumo Compra de bens e serviços Indivíduos Mercado de fatores de produção Trabalho, terra, capital Renda SISTEMA ECONÔMICO Receita Venda de bens e serviços Consumo Mercado de bens e serviços Bens e serviços públicos e subsídios Firmas Compra de bens e serviços Bens e serviços públicos e subsídios Governo Taxas e impostos Insumos de produção Salários, aluguéis, lucro Indivíduos Taxas e impostos Mercado de fatores de produção Trabalho, terra, capital Renda COMPOSIÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO • SETOR PRIMÁRIO: Atividades que utilizam os recursos naturais, sem ocasionar transformações substanciais em seus produtos (agrícolas, pecuários, extrativistas, minerais, vegetais ou animais). • SETOR SECUNDÁRIO: É composto por unidades produtoras dedicadas às atividades industriais, através dos quais são transformados. Utilizam o fator capital sob a forma de máquinas e equipamentos. • SETOR TERCIÁRIO: Campo de atividades cujo produto não é tangível. Congrega vasta gama de serviços (transportes, escolas, justiça, bancos, etc.). FLUXOS DO SISTEMA ECONÔMICO • FLUXO REAL OU DO PRODUTO: é formado pelos bens e serviços produzidos no sistema econômico. • FLUXO NOMINAL OU MONETÁRIO: é formado pelo pagamento que os fatores de produção recebem durante o processo produtivo, também denominado renda. FLUXOS E ESTOQUES • Geralmente em economia, tratamos de coisas que podem ser mensuradas. • Definiremos como mensurável qualquer medida capaz de variar. • As variáveis de fluxo são medidas dentro de intervalos de tempo. As variáveis de estoque, por sua vez, são medidas em pontos ou momentos específicos do tempo. • Você ganha R$ 1.000,00 por mês. (variáveis de fluxo). • Em 31.12.2008, você possuía R$ 400,00 (variáveis de estoque). CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO • Consideremos uma fazenda com determinada • • • • extensão de terra, instalações, máquinas e número de trabalhadores; O que produzir? Soja? Milho? Os dois? Quanto de recursos serão necessários para cada um? Produzir quantidades iguais? Ou não? A eficiência produtiva somente ocorrerá dentro dos limites dos recursos produtivos. Qualquer aumento nas quantidades a serem produzidas demandará aumento dos recursos. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção Gráfico que mostra as várias combinações de produto que a economia pode produzir potencialmente, dados os fatores de produção e a tecnologia disponíveis. É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dado os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados. Curva (Fronteira) de Possibilidade de Produção Fronteira de Possibilidades de Produção 750 700 Qtd. Prod. Y Modelo: 2 Bens utilizando em conjunto todos os Fatores de Produção. 800 700 600 600 500 450 400 300 250 200 100 0 0 0 100 200 Qtd. Produzida de X 300 Fronteira de Possibilidades de Produção 750 Qtd. Prod. Y A – Capacidade Ociosa (Ineficiência) Neste ponto o custo de oportunidade é zero, pois não é necessário sacrifício de recursos produtivos para aumentar a produção de um bem, ou mesmo, dois bens. B,C – Não há como produzir mais, sem reduzir a produção do outro. (Nível de produto Eficiente / Pleno Emprego) D - Nível impossível de produção. Posição inalcançável no período imediato. D B 450 C 250 A 150 200 250 Qtd. Produzida de X Custo de Oportunidade É o grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um bem, em termos da produção alternativa sacrificada. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la. EXEMPLO B => C Fronteira de Possibilidades de Produção + Produto X - Produto Y Custo de Oportunidade Qtd. Prod. Y 750 B 450 C => B O custo de oportunidade de 200 unid. de Y é 50 de X. D C 250 A 150 200 250 Qtd. Produzida de X DESEMPREGO • Pode ocorrer que a fazenda esteja produzindo aquém de suas possibilidades. • Significa recursos ociosos (Desemprego). • Os recursos ociosos podem ser utilizados na produção de outro bem. • Ou mais soja, ou mais milho, dependendo da demanda. TIPOS DE ECONOMIA • Principais formas: • Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista) • Economia Mista • Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista) Sistema de Mercado Laissez-faire: O mercado resolve os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir), como guiados por uma mão invisível, sem a intervenção do governo. Mecanismo de Preço Promove o equilíbrio dos mercados Sistema de Mercado Excesso de oferta (escassez de demanda) Formam-se estoques Redução de preços Até o equilíbrio Existirá concorrência entre empresas para vender os bens aos escassos consumidores. Sistema de Mercado Excesso de demanda (escassez de oferta) Formam-se filas Tendência ao aumento de preços Até o equilíbrio Existirá concorrência entre consumidores para compra. Sistema de Mercado O QUE e QUANTO produzir ? (o que) Decidido pelos consumidores (soberania do consumidor). (quanto) Determinado pelo encontro da oferta e demanda de mercado. COMO produzir ? Questão de eficiência produtiva. Resolvido no âmbito das empresas. PARA QUEM produzir ? Decidido no mercado de fatores de produção (demanda e oferta de fatores de produção). Questão distributiva. Sistema de Mercado Base da filosofia do liberalismo econômico. (Advoga a soberania do mercado, sem interferência do Estado. Este deve responsabilizar mais com justiça, paz, segurança, e deixar o mercado resolver as questões econômicas fundamentais). Sistema de Mercado Críticas: - Grande simplificação da realidade; - Os preços podem variar não devido ao mercado mas, em função de: -força de sindicatos ( através dos salários que remuneram os serviços de mão-de-obra); -poder de monopólios e oligopólios na formação de preços no mercado; -intervenção do governo (impostos, subsídios, tarifas, política salarial, fixação de preços mínimos, política cambial); Sistema de Mercado - o mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos. Em países pobres, o Estado tende a promover a infra-estrutura básica, que exigem altos investimentos, com retornos apenas a longo prazo, afastando o setor privado; - o mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda, pois as empresas estão procurando a obtenção do máximo lucro, e não com questões distributivas. Sistema de Mercado Essas críticas justificam a atuação governamental para complementar a iniciativa privada e regular alguns mercados. Há muitos mercados, entretanto, que comportamse como um sistema de concorrência pura. Ex. hortifrutigranjeiro. SISTEMA DE MERCADO EQUILÍBRIO DE MERCADO • O preço de equilíbrio é aquele em que coincidem os planos dos demandantes ou consumidores e dos ofertantes ou produtores. • O preço de equilíbrio é aquele em que coincidem os planos dos demandantes ou consumidores e dos ofertantes ou produtores. O Equilíbrio de Mercado O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço Lei da Oferta e da Demanda O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a demanda desse bem (Mecanismo de Preço). Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda (qte que os consumidores querem comprar = qte que os produtores desejam vender). O Equilíbrio de Mercado O preço em uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela demanda. O equilíbrio se encontra onde as curvas de oferta e de demanda se cruzam. Ao preço de equilíbrio, a quantidade oferecida é igual a quantidade demandada (quantidade de equilíbrio). Preço do Bem Equilíbrio Oferta 80 60 40 20 00 Demanda 5 10 15 20 Quantidade do Bem. SISTEMA DE MERCADO O equilíbrio do mercado Preço p/ kg. Qtde. demandada. 10,00 7,00 4,00 2,00 1,00 20 50 80 110 130 Qtde ofertada 150 120 80 40 20 situação mercado excesso oferta excesso oferta equilíbrio mercado excesso demanda excesso demanda Sistema de mercado misto O papel econômico do governo Séc. XVIII - XIX Predominância : Sistema de mercado, próximo ao da concorrência pura. O mercado sozinho não garante que a Início do Séc. XX economia opere sempre com pleno emprego dos seus recursos. Necessitando de maior atuação do Setor Público na economia. Evitar as distorções alocativas e distributivas De que forma ? Sistema de mercado misto Atuação do setor público: -Atuação sobre a formação de preços, (via impostos, etc.); -complemento da iniciativa privada (infra-estrutura, etc.); -fornecimento de serviços públicos; - fornecimento de bens públicos (não vendidos no mercado. Exemplo: educação, segurança, justiça, etc.); - compra de bens e serviços do setor privado. Economia Centralizada Agência ou Órgão Central de Planejamento decide a forma como resolver os problemas econômicos fundamentais. Meios de produção Estado Matéria-prima, residência, capital. Meios de sobrevivência Indivíduos Carros, roupas, televisores, etc. Economia Centralizada Características: Processo Produtivo: os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o controle da eficiência das empresas (não há desembolso monetário); Distribuição do Produto: os preços dos bens de consumo são determinados pelo governo; Repartição do lucro: Governo, investimento da empresa e o restante dividido entre os administradores e os trabalhadores. Sistemas Econômicos - Síntese Mercado Centralizada Propriedade Privada X Propriedade Pública Problemas econômicos fundamentais resolvidos pelo mercado pelo orgão central Maior eficiência alocativa Maior eficiência distributiva CARACTERÍSTICAS DOS MERCADOS CARACTERÍSTICAS No. DE EMPRESAS PRODUTO CONTROLE DE PREÇOS INGRESSO Concorrência Muito grande Homogêneo Rigidez Sem barreiras Monopólio Só há uma empresa Sem substitutos próximos Empresa com poder Há barreiras para as novas Oligopólio Pequeno Homogêneo ou diferenciado Poder com Interdependência Há barreiras para as novas Concorrência monopolística Grande Diferenciado Pouca margem de manobra Sem barreiras Perfeita ADAM SMITH (1723-1790) • Adam Smith foi considerado o pai da economia. Das suas observações sobre a causa das riquezas das nações, publicou em 1776 o livro a Riqueza das Nações, em que admitia a não intervenção do Estado na Economia afirmando que “A mão invisível do mercado não só designa as tarefas, mas também dirige as pessoas na escolha da profissão, fazendo com que se leve em conta as necessidades sociais. Admitia que os países deveriam se especializar nas tarefas que têm mais competências, chamando isso de vantagens absolutas. DAVID RICARDO (1772-1823) • David Ricardo nasceu em Londres, estudou na Holanda, preparando-se para os negócios da corretora de valores de seu pai. Interveio na bolsa de valores e aos 19 anos amealhou grande fortuna. Atraído pelo livro a Riqueza das nações, de Adam Smith, dedicou-se à economia. Deslocou o centro de gravidade da produção para a distribuição, sua melhor contribuição foi a teoria do valor-preço comparativo, como justificativa do comércio internacional. JOHN MAYNARD KEYNES (1883-1946) • Nasceu na Inglaterra, como Adam Smith e David • • • Ricardo, estudou em Cambridge, sendo seu professor Alfred Marshall. Seus princípios foram: Existe uma importante relação entre a renda nacional e os níveis de emprego. Os determinantes diretos da renda e do emprego são os gastos com consumo e investimento; Quando o gasto em consumo e investimento é insuficiente para manter o pleno emprego, o Estado deve aumentar o fluxo de renda por meio de gastos financeiros por déficit orçamentário; O sistema de mercado livre ou laissez faire ficou antiquado e que o Estado deve fomentar o pleno emprego. METAS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA • Pleno emprego de recursos • Estabilidade de preços • Distribuição de renda socialmente justa • Crescimento econômico INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS MACROECONÔMICAS • POLÍTICA FISCAL Refere-se aos instrumentos de que o governo dispõe para a arrecadação de tributos e controle de suas despesas, respectivamente política tributária e de gastos. Além disso, a política fiscal também é utilizada para inibir ou estimular gastos do setor privado em consumo e investimento. • POLÍTICA MONETÁRIA Refere-se à atuação do governo em relação à quantidade de moeda, de crédito e das taxas de juros. Tendo como instrumentos para tanto: Emissões, reservas compulsórias, compra e venda de títulos públicos, redescontos (empréstimos do Banco Central aos Bancos Comerciais) e regulação sobre crédito e taxa de juros. INSTRUMENTOS DE POLÍTICAS MACROECONÔMICAS • POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL Atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia. Onde a política de câmbio refere-se ao controle do Governo sobre a taxa de câmbio (câmbio fixo; flutuante, etc.). E a política comercial diz respeito aos instrumentos de incentivo às exportações e/ou estímulo ou não às importações, sejam fiscais (crédito-prêmio ICMS e IPI, etc.), creditícios (taxas de juros subsidiadas), e por estabelecimento de cotas (via tarifas e barreiras quantitativas sobre importações), etc. • POLÍTICA DE RENDAS Refere-se ao controle de preços e salários, através do controle e congelamento de preços. DESEMPREGO E INFLAÇÃO • A prosperidade ocorre quando os preços das coisas que você vende estão subindo; a inflação ocorre quando os preços das coisas que você compra estão subindo. A recessão ocorre quando outras pessoas estão desempregadas; a depressão ocorre quando você está desempregado. (Autor desconhecido) INFLAÇÃO • Inflação: Aumento contínuo e generalizado no nível de preços. • Inflação de DEMANDA: Excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. Ocorre principalmente quando a economia estiver em pleno emprego. • Inflação de OFERTA. O nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e são repassados aos preços dos produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio (de certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima da elevação dos custos de produção. O que é o PIB? • Produto Interno Bruto é um indicador que expressa monetariamente o conjunto da produção de bens e serviços de um País num determinado período. Geralmente, o PIB é divulgado anualmente, tanto em termos monetários quanto na variação. • A estimativa de crescimento do PIB brasileiro no ano de 2008 é de 4,8%. RENDA PER CAPTA • A Renda Per capta, é um indicador encontrado a partir da divisão do PIB do país pelo conjunto da população. • No entanto, essa renda não representa a realidade de países com desigualdades sociais como o Brasil DISTRIBUIÇÃO DE RENDA • O Brasil possui uma das piores distribuições de renda do planeta, fruto da má remuneração da força de trabalho, dos altos lucros e de juros praticados na economia; • 10% dos mais ricos recebem 48% da renda nacional, enquanto os 10% mais pobres possuem menos de 1% dessa renda. • Desde a década de 60 , 80% da população vem diminuindo sua participação na renda enquanto os 20% mais ricos vem aumentando. DISTRIBUIÇÃO DE RENDA • HOJE CONVIVEMOS COM 50% DA POPULAÇÃO QUE VIVE ABAIXO DO NIVEL DA POBREZA. • DEVEMOS SILENCIAR SOBRE ISSO? • DEVEMOS FAZER DE CONTA QUE O PROBLEMA NÃO É NOSSO? Crescimento X Desenvolvimento • CRESCIMENTO ECONÔMICO: Crescimento contínuo da Renda per capita ao longo do tempo. • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: Conceito qualitativo. Ocorre quando há melhoria nos indicadores de bemestar econômico e social (pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, nutrição, educação e moradia) . RELAÇÕES INTERNACIONAIS • É certo que não produzimos tudo o que consumimos. Como resolver esse problema? • Especialização, ou seja produzir apenas o que produzimos de melhor. • Evidentemente isso ocorre em todos os países, criando os centros de excelência. RELAÇÕES INTERNACIONAIS • As relações internacionais existem porque essas necessidades humanas nem sempre podem ser satisfeitas no país; • É a partir da combinação desses fatores que surge a divisão internacional do trabalho, a especialização das nações; • Diversos são os fatores que impelem as economias a se inserirem no mercado internacional; RELAÇÕES INTERNACIONAIS • A necessidade de complementação da oferta nacional. Ex. O Japão que não possui solos férteis nem jazidas minerais, assim como a Inglaterra são obrigados a importar grande quantidade de alimentos e matérias primas; • O tamanho do mercado nacional. Devido ao avanço tecnológico e às necessidades técnicas ele se torna especializado e exporta suas competências; • A integração regional. Proporciona maior grau de desenvolvimento econômico, como o mercado comum europeu – MCE, Associação Norte Americana de Livre Comércio – NAFTA, Mercado Comum do Sul – Mercosul. RELAÇÕES INTERNACIONAIS E O TERCEIRO MUNDO • Com a Revolução Industrial, a Inglaterra, dedicou-se a produção industrial, passando a importar matérias primas e alimentos; • A Inglaterra passou a exercer forte colonialismo. A Alemanha e a Bélgica conseguiu um avanço industrial e ameaçou a Inglaterra; • Esse colonialismo iniciou-se na metade do século XIX, assim como a Inglaterra, França,Alemanha, Bélgica e Itália, acabaram loteando África, Ásia, além de Indochina e China. RELAÇÕES INTERNACIONAIS E O TERCEIRO MUNDO • Essa colonização vai até a crise de 1929, desorganizando a oferta nacional de manufaturas e importação de produtos primários, o que provocou grande queda dos preços; • A crise de 1929 fez com que países se tornassem relativamente auto-suficientes como Brasil, Argentina e México. Cresceram na tecnologia e industrialização. A GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS A globalização já existia desde quando os piratas cruzaram os sete mares. Podemos dividi-las em dois grupos: • Globalização financeira – que resultou da expansão financeira internacional, graças a: • Modernas telecomunicações; • Grandes empresas e bancos saíram de seus países em busca de ganhos atrativos, temporário e especulativo. A GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS • Os países nacionais facilitaram o trânsito de capitais de curto prazo (capital motel); • A globalização de financeira de curto prazo é prejudicial porque o dinheiro das ações, por exemplo, não chegam às empresas; • A globalização financeira de longo prazo proporciona melhoria do fluxo de caixa das empresas. A GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS • A globalização produtiva - consistiu na reestruturação econômica, técnica, administrativa, comercial e financeira. • A globalização deve-se à terceira revolução industrial quando se desenvolveram as fibras óticas, novas ligas metálicas e sintéticas a química fina etc. • A globalização é restrita a alguns países, como o Brasil, Argentina e México. A GLOBALIZAÇÃO E AS POLÍTICAS NEOLIBERAIS Muitas críticas são feitas à globalização: • Aumento do desemprego; • Aumento das mega fusões (Cofap e Metal Leve, Ambev etc); • Países emergentes não conseguem competir com as transnacionais, por não possuírem tecnologia avançada; • Imposição de políticas neo-liberais (redução do poder do Estado). AS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS • A primeira revolução industrial mecanizou as indústrias; • A segunda revolução industrial foram as descobertas científicas como a metal-mecânica, eletroeletrônica, química etc; • A terceira, atual é a automação micro-eletrônica, a robótica, a engenharia genética, a biotecnologia e a inteligência artificial. AS EMPRESAS TRANSNACIONAIS Não se deve confundir empresas transnacionais com empresas multinacionais. • As empresas transnacionais estão implantadas em diversos continentes; • As empresas multinacionais estão em países da mesma região continental; • No Brasil não há diferença as duas denominações são entendidas como empresas multinacionais. AS EMPRESAS TRANSNACIONAIS • Funcionam como destacamentos avançados do sistema capitalista central na busca da valorização do capital. • Possuem estratégia mundial de atuação: nos campos produtivos, comerciais, de gestão e tecnológicos; • Objetivo central da internacionalização da produção, aproveitar-se das melhores disponibilidades nacionais, em termos de matérias primas e mão-deobra. AS EMPRESAS TRANSNACIONAIS • Existem atualmente perto de 37 mil multinacionais e transnacionais no mundo; • No entanto, as que contam realmente são as 100 maiores; • O patrimônio dessas empresas é maior que o PIB da maioria das nações do mundo, indicador do poder de barganha delas. RISCO BRASIL • O risco país (ou risco Brasil) mede a desconfiança do investidor estrangeiro em relação à capacidade de pagamento da dívida do País. Ele é calculado pela diferença entre o rendimento pago pelos títulos da dívida brasileira e o rendimento pago pelos títulos norte-americanos, considerados "livre de risco". • Exemplo: Risco país De 400 pontos. Como os investidores internacionais utilizam os títulos do tesouro americano como aplicação de referência, por serem os mais seguros do mundo, logo 400 pontos para os títulos do Brasil, significa na prática, que para os investidores internacionais os títulos emitidos pelo Brasil, só compensaria os riscos, se negociados a uma taxa de 4,0 pontos acima de um título do tesouro americano. O QUE É A TAXA SELIC? • É a taxa usada pelo Banco Central nos empréstimos a instituições financeiras, regula os níveis de juros de toda a economia e é, por isso, considerada a taxa básica. E o que ela tem a ver com sua vida? • Como é a taxa de referência do mercado, ela baliza todas as outras taxas de juros da economia: do cheque especial, do crediário, dos cartões de crédito. É por isso que quando ela cai, fica a expectativa que essa redução seja repassada pelos bancos, pelas lojas, pelas administradoras de cartões ao consumidor. SUPERÁVIT PRIMÁRIO • É a economia que o governo faz para pagar juros. • Para obter o superávit primário o governo tem dois caminhos. O primeiro é aumentar a arrecadação de impostos. O segundo método costuma ser o mais viável, que é o corte nos gastos públicos, ou o denominado "aperto fiscal". SUPERÁVIT PRIMÁRIO • O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o esforço fiscal para 2009 continua sendo de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB), assim como neste ano. Segundo o ministro, esse esforço representa um superávit primário (antes do pagamento de juros da dívida) das contas do setor público de 3,8% do PIB mais uma reserva de 0,5% para o Fundo Soberano do Brasil. Na prática, portanto, será feito um superávit primário de 4,3%. BIBLIOGRAFIA: NOGAMI,Otto, PASSOS, Carlos Roberto Martins,Princípios de Economia,São Paulo, Pioneira Thomson Learning, 2001; TROSTER,Roberto Luis, MORCILLO, Francisco Mochón.Introdução à Economia, São Paulo, Makron Books, 1999. VASCONCELOS, Marco Antonio e GARCIA, Manoel. Fundamentos de Economia. Ed: Saraiva. São Paulo, 2002. VICTOR, Luiz S.; SIQUEIRA, Nilza A.S., Apostila de Economia, S.P.,2005.