Folder O folder deverá conter: Capa: com ilustração e o nome do local escolhido pelo grupo A localização: mapa, como chegar, rodovias e outras informações Um texto de abertura do folder: chamando, convidando, incentivando o turista a ir no passeio As atrações turísticas que deverão aparecer no Folder: Todas as atrações devem vir acompanhadas de uma foto/ilustração A cidade de Iguape: falar da parte histórica do comércio – ouro/arroz/valo grande A cidade de Iguape e o turismo religioso: contar a história da estátua do bom Senhor Jesus de Iguape/milagres/romarias Ilha do Cardoso: Falar do transporte, da presença dos golfinhos, da preservação da natureza-é um parque estadual Turismo ecológico na Ilha: Descrever os ambientes: * costão rochoso, mata de restinga, mata atlântica e manguezal * Sempre convidando o turista!! Ilha comprida: Pode ter mapa de localização e falar sobre o transporte Apresentar o local como fonte histórica, onde há os Sambaquis e explicar o que são os sambaquis Cananéia: Falar do centro histórico e da cooperostra – explicar como funciona a cooperativa, com tratam as ostras antes de vendê-las, sempre convidando o turista ao passeio! Último texto Dar endereços de hotéis Indicação de restaurantes Um comentário final sobre a importância de se conhecer de perto a natureza para aprender a preservá-la Textos Iguape: Ainda no século XVI, foram descobertos os primeiros sinais de ouro na região. Devido a grande quantidade do material, a procura logo aumentou e a exploração do ouro de aluvião tornou-se a principal atividade econômica do município. Conta-se que nesse período a riqueza era tanta que as mulheres enfeitavam seus cabelos com ouro em pó. Para evitar o contrabando e intensificar a cobrança de impostos pela coroa portuguesa foi fundada por volta de 1630 a Casa de Oficina Real de Fundição de Ouro, que é considerada por alguns historiadores como sendo a primeira do gênero no Brasil.Com o esgotamento das minas e o descobrimento de ouro no interior do Brasil, especialmente em Minas Gerais, o município rapidamente entrou em declínio, voltando depois a crescer com o desenvolvimento da indústria de navegação e com a plantação de arroz. Com o aumento da produção de arroz, Iguape ressurgiu, no século XIX, com participação direta na economia regional. O Porto do Mar Pequeno passou a ser o único meio de escoamento do produto vindo das regiões ribeirinhas para ser explorado. A riqueza obtida com a exportação do arroz reverteu para a cidade, em construção de residências de grandes porte, engenhos, jornais, companhias de teatros, uma nova igreja Matriz, e outros melhoramentos. A era do arroz destacou a Vila de Iguape como uma das mais importantes do Império: seu porto um dos principais do país; sua sociedade elitizada e fina comparada à da Corte do Rio de Janeiro. No entanto em agosto de 1827 foi iniciada a abertura do Canal do Valo Grande. Até essa época todo o transporte de sacas de arroz era feito em canoas até o Porto do Ribeira e dali eram transportadas em carroças até o Porto de Iguape). Para facilitar o transporte das sacas e também reduzir as despesas com fretes decidiram abrir esse canal, quando então possibilitava acesso a uma canoa por vez. Com o tempo a obra se revelou fatal para a economia iguapense pois suas margens começaram a desbarrancar devido à força das águas do Rio Ribeira que passaram a entrar pelo canal e essa areia começou a ser depositada em frente ao Porto de Iguape o que aos poucos foi impedindo a entrada de navios. Depois de muitos anos de lutas o Valo Grande foi finalmente fechado com a construção de uma barragem nas imediações do Porto do Ribeira o que hoje também acarreta problemas sócio-ambientais ligados à pesca e à agricultura. Turismo Religioso: Pernambuco vivia sob domínio dos holandeses, conta uma das lendas que a imagem do Senhor Bom Jesus ia num navio português, que tinha saído de Portugal e rumava para o Brasil àquela altura dividido entre holandeses, franceses e portugueses. Ao se aproximar de Pernambuco, o navio foi abordado pelos holandeses.Com receio de ter seus objetos profanados, a população lançou-o todos ao mar, inclusive a imagem do Senhor Bom Jesus.Nove meses mais tarde, na Praia do Una, dois índios avistaram algo entre as ondas. Como não conseguiam identificar os objetos resolveram entrar no mar e resgatá-lo. Perceberam que se tratava de uma imagem. Quando tentavam levá-la para a Praia do Uma, ela se tornava cada vez mais pesada, então perceberam que a estátua “queria “ permanecer em Iguape. As notícias dos acontecimentos miraculosos envolvendo a imagem transformaram Iguape num centro de peregrinação. A igreja Matriz do Senhor Bom Jesus de Iguape firmou-se na tradição de peregrinação à cidade, e hoje Iguape recebe muitos romeiros devotos do Bom Jesus numa demonstração de amor, emoção e fé. Na igreja a existe a sala dos “desvotos”, onde há fotos, cartas, de agradecimento aos milagres realizados. Cananéia: Cananéia tem no turismo e na pesca suas principais atividades e se destaca por dentro dos seus limites seis importantes unidades de conservação ambiental – o Parque Nacional da Ilha do Cardoso, além de ser um importante núcleo urbano tombado como Patrimônio Histórico pelo CONDEPHAAT, onde se preserva um Patrimônio de valor incalculável vistos através dos casarões restaurados e ruínas conservadas, marco junto ao descobrimento do Brasil. Ilha do Cardoso: Um dos mais importantes criadouros de espécies marinhas do Atlântico Sul, o Parque Estadual da Ilha do Cardoso. São mais de 22 mil hectares de cenários formados por costões rochosos, praias, braços de mar, estuários, barras, lagunas, restingas, mangues, rios, cachoeiras e montanhas cobertas de florestas. Um conjunto de ecossistemas onde já foram catalogadas quase mil espécies de plantas. Ambientes que são refúgios para animais ameaçados de extinção como os macacos bugio e mono-carvoeiro, a lontra, o papagaio-de-cara-roxa, o veado-mateiro, o jacaré-de-papo-amarelo e outros. Algumas espécies, como, por exemplo, o morcego Lasiurus ebenus, descoberta pelos pesquisadores em 1994, só existem em um lugar no Planeta: a Ilha do Cardoso. Possui uma população de 400 habitantes, moradores tradicionais da Ilha. Costão rochoso: É um ambiente litorâneo formado por rochas, situado no limite entre o oceano e o continente. Pode ser considerado um ecossistema, do qual faz parte uma grande diversidade de seres marinhos. O costão rochoso sofre influência das marés, dos embates das ondas e dos raios solares, obrigando as formas de vida a se adaptar a essas condições peculiares. Neste rico ecossistema convivem em harmonia comunidades de algas e inúmeros animais marinhos, que se fixam fortemente às rochas, bem como moluscos, como os mariscos, ostras e as cracas, crustáceos, peixes, tartarugas e outros animais que passam ali parte importante de suas vidas. O batimento constante das ondas, especialmente em ressacas, obriga muitos animais a se fixarem firmemente sobre as pedras ou a encontrar abrigo entre elas, como a lagosta. Na região mais profunda, onde o batimento é menos intenso, convivem animais adaptados ao fundo, como o peixe morcego e o peixe pedra. Mata de Restinga: Se encontra em solo arenoso, com alta salinidade. São espécies de plantas de pequeno porte, tendo como característica muitas espécies de bromélias. Mata Atlântica: Abriga mais de 20 mil espécies de plantas, das quais 8 mil são endêmicas, ou seja, espécies que não existem em nenhum outro lugar do Planeta. É a floresta mais rica do mundo em diversidade de árvores A pujante Floresta Atlântica, com vegetação arbórea em torno de 30 metros e árvores que ultrapassam o dossel, atingindo 40 metros de altura, apresenta intensa vegetação arbustiva no estrato inferior. É uma floresta de grande diversidade vegetal, com muitas samambaias, além de orquídeas terrestres e palmeiras, entre as quais se encontra a Euterpes edulis, com cerca de 10 metros de altura e de cujo tronco se extrai o palmito. O clima na Mata Atlântica é essencialmente tropical, com variações de acordo com a latitude. A Mata Atlântica também pode ser chamada de costeira, pois acompanha o conjunto de serras localizadas ao longo do litoral. É muito úmida graças aos ventos carregados de vapor de água que sopram do mar. O ar ao subir, esfria e se condensa, provocando as elevadas precipitações, sob a forma de chuva ou nevoeiro. Em conseqüência do predomínio da decomposição química do material rochoso, os solos são profundos e argilosos. Ao se decompor pela ação de microorganismos, a mistura de restos de animais e vegetais transforma-se em húmus, que se incorpora ao solo e forma uma cobertura capaz de alimentar bilhões de plantas. Manguezal: O Brasil tem uma das maiores extensões de manguezais do mundo. Origina-se a partir do encontro das águas doce e salgada, formando a água salobra As águas trazidas pelos rios contêm grande quantidade de argila e matéria orgânica em suspensão.O contato com a água salgada resulta na aglutinação desse material que vai se depositando sucessivamente e formando um solo lodoso, muito mole, úmido, salgado e pouco oxigenado. Os manguezais são conhecidos como berçários, porque existe uma série de animais que se reproduzem nestes locais. O mangue é composto por apenas três tipos de árvores – mangue-vermelho– mangue-seriba ou seriúba – e – manguebranco que podem chegar a até 20 metros de altura em alguns lugares do país. Nesse ambiente também encontramos os habitante característicos – os caranguejos . Os manguezais são ecossistemas de grande importância no equilíbrio ecológico, sendo um berçário favorável para o desenvolvimento de muitas espécies de animais e plantas. Pelo menos 2/3 das espécies de peixes explorada economicamente dependem desse ecossistema para a sua existência. A grande quantidade de detrito vegetal, como folhas, galhos e frutos das árvores, produzida por esse ecossistema constitui-se de alimento energético rico em proteínas para diversos componentes da fauna estuarina e marinha ,a estrutura das raízes de mangue, formando emaranhados, oferece proteção para espécies da fauna marinha, durante os primeiros estágios de vida, contra seus predadores, formando um refúgio para diversas espécies animais ameaçadas de extinção, principalmente aves marinhas. Cooperostra: Cooperativa dos produtores de ostras de Cananéia, onde a população caiçara, produz, coleta, trata, armazena e vende as ostras produzidas na região. Os produtores respeitam o ambiente, não retiram as ostras na época da reprodução, garantindo a perpetuação das espécies e deixam os animais por 24h em água filtrada, eliminando o perigo de contaminação. Hoje o selo da cooperostra indica qualidade, e gerou emprego a centenas de moradores da região. Sambaqui: São enormes montanhas erguidas em baías, praias ou na foz de grandes rios por povos que habitaram o litoral do Brasil na Pré-História. Eles são formados principalmente por cascas de moluscos - a própria origem tupi da palavra sambaqui significa "amontoado de conchas". Mas essas elevações também contêm ossos de mamíferos, equipamentos primitivos de pesca e até objetos de arte, num verdadeiro arquivo pré-histórico. Os arqueólogos calculam que existam milhares de sambaquis espalhados pela costa do país. Não se sabe ao certo o que levou nossos ancestrais a construírem essas curiosas montanhas. Durante muito tempo, pensou-se que elas eram formadas apenas por restos de alimentos, uma espécie de lata de lixo da pré-história. Mas uma investigação mais detalhada revelou que, além de vestígios de comida, havia muitos esqueletos nos sambaquis, levando especialistas a acreditarem que boa parte deles era também cemitério. O tamanho das elevações mostra ainda que os sambaquis serviam como monumentos para identificar o grupo que habitava uma determinada região. Estudando essas construções, os pesquisadores conseguem montar um retrato dos homens pré-históricos do litoral brasileiro. "Os restos de peixes e moluscos indicam que eles eram pescadores e coletores. E, como certos sambaquis eram erguidos ao longo de mil anos, descobrimos que a maioria dos grupos era sedentária e não nômade, como se pensava antes.