Estrelas Bioticamente Adequadas por Marcelo Ferreira para o Grupo ViU Base de comparação • A Terra e o Sistema Solar são típicos? – Muitos aspectos ainda estão em aberto: • O que é vida? • Como procurar? • O que procurar? – Admitiremos que sim. Evolução da vida na Terra • Surgimento de um simples organismo unicelular dos materiais de nossa atmosfera primitiva e oceanos: – Algumas centenas de milhões de anos Eliminamos estrelas de tipo espectral anterior a A0 • O tempo de uma estrela A0 na seqüência principal: – aproximadamente quatrocentos milhões de anos. • Insuficiente para a evolução até um simples protozoário, por exemplo. Evoluindo até a vida inteligente • A seleção natural age sobre mutações ao acaso, que pela mais pura sorte possa vir a gerar seres mais evoluídos. • Seres evoluídos o suficiente para construir uma civilização: – 3 bilhões de anos na Terra. Eliminamos estrelas de tipo espectral anterior a F0 • Essas estrelas permanecem cerca de 4 bilhões de anos na seqüência principal. Rotação estelar descontinuidade no tipo F2 (declive na velocidade) Km/sec / Tipo espectral Oe, Be 0-50 0 O, B 21 A 22 F0–F2 30 F5–F8 80 G, K, M 100 50-100 100-150 150-200 200-250 250-300 300-500 0 51 24 50 20 0 0 20 22 15 0 0 1 6 22 4 0 0 3 2 9 1 0 0 18 0 1 0 0 0 78 0 0 0 0 0 Por que existe essa diferença? • Um sistema deve manter o seu momento angular. • Quando uma estrela possui planetas em sua órbita, ela tende a perder velocidade de rotação. Eliminamos estrelas de tipo espectral anterior a F2 • Essas estrelas não devem possuir planetas, enquanto que a maioria das de tipo espectral posterior a F2 deve ter. Sub - anãs • Essas estrelas, de primeira geração, contém elementos pesados e não devem ter planetas como a Terra em sua órbita. • Elas podem ter sistemas planetários de planetas gasosos. Planetas gasosos • A grande atmosfera de Júpiter em muito faz lembrar a atmosfera primitiva da Terra. • Acredita-se que Júpiter possui “exatamente as condições usadas nos experimentos da origem da vida na Terra”. • Não devemos dispensar a produção de moléculas orgânicas complexas e, até mesmo, vida nesses mundos. Galáxia povoada de planetas • 93% das estrelas da seqüência principal, no céu, são posteriores a F2. Nem todos os planetas são habitáveis • Mercúrio está próximo demais do Sol e possui altas temperaturas. Plutão está longe demais, com temperaturas de aproximadamente -200 ºC. – Obs: O frio é menos danoso que o calor. Conhecemos bactérias e vírus capazes de sobreviver num frio rigoroso. Quais planetas são habitáveis? • Cada estrela possui uma zona habitável, que depende da luminosidade estelar. • Exemplo: A zona habitável de estrelas M´s e K´s podem ser interiores a órbita de Mercúrio. Anãs-vermelhas: Podemos exluí-las? • Se as dimensões do Sistema Solar e as distâncias entre os nossos planetas forem típicos, uma anã-vermelha não possuirá nenhum planeta em sua zona habitável. Admitindo tipos espectrais entre F2 e K5 • Mesmo excluindo as anãs-vermelhas, algo entre 1% e 2% das estrelas da nossa galáxia satisfariam as condições vistas. Ou seja, pelo menos 1 bilhão de estrelas preenchem os requisitos de tempo de vida na seqüência principal, e possuir ao menos um planeta na zona habitável. Estrelas posteriores a K1 • Zona Habitável muito próximo a estrela. • O planeta pode vir a ficar preso numa rotação síncrona. • Planeta sem atmosfera: – face voltada para a estrela: muito quente – face escura: muito fria • Planeta com uma pequena atmosfera: – suficiente para aquecer a face escura, mantendo uma temperatura razoável. • Rotação síncrona não é única opção para estrela próxima, de órbita elíptica. Sistema múltiplos • Quase metade das estrelas pertencem a sistemas múltiplos. • Órbitas complexas. – Exemplos de sistemas binários: • Em certos momentos o planeta ficaria muito próximo à estrela. • Em outros ficaria muito longe. • Grande variação de temperatura: dificilmente haveria formação de vida. Reavaliação das órbitas complexas • Estudos vêem mostrando que órbitas planetárias periódicas são possíveis em sistemas múltiplos. Exemplo de sistema binário • Considerando o caso mais simples, com estrelas de massas iguais. A distância “a” entre elas é medida em U. A. e a luminosidade “l” de cada estrela é dada em função da luminosidade solar. Analizando cada caso • Primeiramente vamos destacar que quando a distância “a” for maior do que 13 l , cada estrela pode ser tratada separadamente, ignorandose o fato do sitema ser binário. • Quando “a” for maior do que 2 l , planetas habitáveis seriam possíveis na órbita interna da figura, passando pelo ponto L1. • Quando “a” for menor do que 0.4 l , planetas habitáveis seriam possíveis na órbita externa da figura, passando pelo ponto L2. Conclusão dos sistemas binários, quanto as suas órbitas • Apenas seriam excluídos os sistemas binários com: 2 l < a < 0.4 l • Obs: Resultados análogos podem ser obtidos para o caso mais comum de estrelas com massas diferentes entre si. Formação dos sistemas múltiplos • Acontece de tal forma que impede a formação simultânea de planetas. • Conclusão geral de sistemas binários: – Aparentemente, planetas orbitam apenas estrelas simples mas, em princípio, não podemos descartar a associação com sistemas múltiplos. Outro fator relevante • Para que as condições sejam propícias para a formação de vida, a luminosidade da estrela deve ser aproximadamente constante. As candidatas mais próximas Alpha Centauri A G2 4.3 anos-luz Alpha Centauri B K4 4.3 anos-luz - Epsilon Eridani K2 10.8 anos-luz 61 Cygni A K5 11.1 anos-luz - Epsilon Indi K5 11.3 anos-luz - Tau Ceti G8 12.2 anos-luz 70 Ophiuchi A K1 17.3 anos-luz Bibliografia • Intelligent Life in the Universe – I. S. Shklovskii – Carl Sagan • Astrophysics and Space Science 241: 3-24, 1996