TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA Prof. Janete Acadêmicos: Karla Nayara Joselândio Samuel Sarah O termo tolerância imunológica refere-se a um estado de não-reatividade específica para determinado antígeno, e é induzida por prévia exposição à determinado antígeno. Tolerógenos Denominação dada aos antígenos capazes de induzir tolerância. Autotolerância É a tolerância aos antígenos próprios. (Impede que o organismo elabore um ataque contra seus próprios constituintes). A indução de tolerância imunológica pode ser explorada em abordagens terapêuticas para prevenir uma resposta imunológica indesejável. Promover tolerância a tecidos estranhos enxertados Tratamento de doenças alérgicas Controlar doenças auto-imunes. EX: Linhagem A Linhagem B Linhagem A Linhagem B Rejeita o enxerto da linhagem B MHC Foram injetadas células sanguíneas da linhagem B em A durante fase neonatal o Conceito: a exposição de antígenos estranhos aos linfócitos em desenvolvimento induz à tolerância. No tratamento de tumores, a capacidade de romper a tolerância periférica para um determinado componente próprio, poderia habilitar o organismo e elaborar uma resposta imune ativa que limitaria o crescimento do tumor. A tolerância imunológica é imunologicamente específica, e deve ser resultante da deleção ou inativação de linfócitos T ou B antígenoespecíficos. DESTINO DOS LINFÓCITOS APÓS ENCONTRO COM OS ANTÍGENOS Resposta imune normal + Micróbio Proliferação e Diferenciação _____ _______________________________________ _____ Anergia (sem resposta funcional) Autotolerância + Antígeno Próprio Deleção Edição do receptor Os mecanismos responsáveis pela indução e manutenção da tolerância nos linfócitos são de fundamental importância Determina o próprio e o não-próprio, E como o sistema responde a diferentes formas de antígenos estranhos. Os linfócitos imaturos ou em desenvolvimento são mais susceptíveis à indução da tolerância, do que as células maduras ou funcionalmente competentes. MANUTENÇÃO DA TOLERÂNCIA A persistência do antígeno tem uma papel fundamental no estado de tolerância in vivo. Se a tolerância é resultante de uma deleção clonal ou de uma anergia permanente, a recuperação é dependente do tempo necessário para a formação de novos linfócitos a partir da população de células-tronco. TOLERÂNCIA DOS LINFÓCITOS T TOLERÂNCIA DOS LINFÓCITOS T Tolerância dos linfócitos T Prevenir respostas ao próprio Resposta celular e humoral Tolerância Central e Periférica das Células T TOLERÂNCIA CENTRAL DAS CÉLULAS T CD4 Timo, células ligam fortemente são eliminadas; Dois fatores: [] do antígeno e afinidade dos TCR dos timócitos; Proteínas circulantes e as celulares Gene regulador auto-imune (AIRE) Funciona como fator de transcrição ou estimula a produção de MHC TOLERÂNCIA CENTRAL DAS CÉLULAS T CD4 Os timócitos que reconhecem o próprio sofrem apoptose; Deleção em células duplas; Seleção (-) mantém a não-responsividade das células maduras ao antígeno próprio. Ex: Síndrome Poliendócrina auto-imune (APS); AIRE com knockout; Não exibição de antígenos das supra-renais, paratireóides e ilhotas pancreáticas; TOLERÂNCIA CENTRAL DAS CÉLULAS T CD4 Células auto reativas Células T reguladoras TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DAS CÉLULAS T CD4 É um mecanismo pelo qual células T maduras reconhecem antígenos próprios e se tornam incapazes de responder a esses antígenos. Antígenos não encontrados no timo; Pode ser por anergia, deleção ou supressão das células; Modelos experimentais e atuação. TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DAS CÉLULAS T CD4 ANERGIA= Não-responsividade funcional. Exposição sem co-estimuladores ou imunidade natural=> não resposta. Controlada por processos químicos e genéticos Podendo ser: bloqueio da indução de sinais, degradação dos TCR e inibição por CD28 (CTLA4 e PD-1) TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DAS CÉLULAS T CD4 SUPRESSÃO= impedir resposta imune e manter autotolerância Linfócitos T reguladores (timo e OLP) Altos níveis de IL-2 Citocinas imuno supressoras IL-10 e TGF-beta inibem macrofagos, cél. dendríticas e linfócitos; TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DAS CÉLULAS T CD4 DELEÇÃO= autorreativos sofrem morte por apoptose. Ocorre por duas vias: 1. Via mitocondrial dependente de Bim, Normal: proteínas antiapoptóticas (Bcl-2, Bcl-x) CD4 Apoptose: proteínas pró-apoptose (Bim) 2. Via da co-expressão de Fas e FasL, Muitas ativações FasL é ativado Inicia uma cascata de cisteínas proteases TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DAS CÉLULAS T CD8 Pouco se sabe sobre isso; O processo de anergia acontece do mesmo modo que em CD4; Acredita-se que ocorra a deleção como em cel. T auxiliares. FATORES QUE DETERMINAM O GRAU DE TOLERÂNCIA Características dos antígenos determinam a ativação ou tolerância das células T; TOLERÂNCIA DOS LINFÓCITOS B Na tolerância central do linfócitos B os linfócitos B imaturos que reconhecem os antígenos próprios com alta afinidade na medula óssea são eliminados ou mudam a sua especificidade. Linfócitos B imaturos reconhecem antígenos próprios com alta afinidade na medula óssea. Reativação dos genes RAG1 e RAG2 que expressam uma nova cadeia leve de Ig ( edição de receptor). Perda da auto-reatvidade Inativação funcional (anergia) Deleção das células B imaturas TOLERÂNCIA PERIFÉRICA DAS CÉLULAS B Os linfócitos B maduros que reconhecem antígenos próprios nos tecidos periféricos na ausência de células T auxiliares específicas, podem se tornar funcionalmente em resposta ou morrer por apoptose. Linfócitos B maduros encontram antígenos próprios nos tecidos periféricos ( órgão linfóide, baço, linfonodo) na ausência de células T auxiliares. Se tornam inativas funcionalmente (anergia) Perdem a capacidade de migras para os folículos linfóides devido a diminuição do receptor de quimiocina CXCR5. Apoptose pela via mitocondrial. INDUÇÃO DE TOLERÂNCIA POR ANTÍGENOS PROTÉICOS ESTRANHOS Antígenos estranhos Respostas Imunes (com adjuvantes) Tolerância (altas doses,sem adjuvantes) ADJUVANTES: Estimulam a expressão dos co-estimuladores nas APCs Não havendo a estimulação, células T reconhecedoras de antígeno podem se tornar anérgicas. ANERGIA: Ausência de resposta à estimulação antigênica Tolerância Oral Administração oral de antígeno protéico ACENTUA Supressão das respostas imunes sistêmicas celulares e humorais à imunização pelo mesmo antígeno. IMPORTÂNCIA FISIOLÓGICA: Evita resposta imune aos antígenos alimentares e bactérias comensais do lúmen intestinal. Diferentes doses de antígenos Anergia nas células T antígeno-específicas Produção de citocinas, TGFβ Diferentes doses de antígeno Anergia em células t antígeno-específicas Produção de citocinas, como a TGF-β TGF-β: Produção de IgA nas mucosas Tolerância sistêmica- célula B para IgA, inibe proliferação de linfócitos. Potencial para tratamento Doenças auto –imunes (pouco eficiente) Inibição de respostas alérgicas. HOMEOSTASIA DO SISTEMA IMUNOLÓGICO: TÉRMINO DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA NORMAL A resposta imunológica a antígenos estranhos são auto-limitadas e desaparecem à medida que os antígenos são eliminados e o sistema imunológico vai retornando ao seu estado basal Constante produção de novos linfócitos e grande expansão durante respostas imunes. Equilíbrio no nº de células: HOMEOSTASE Morte e inativação de linfócitos Homeostase após ativação linfocitária Linfócitos B eT Linfócitos Antígenos = Diferenciam! X = Morrem! Antígenos, co-estimuladores e citocinas na resposta imune previnem a morte dos linfócitos por apoptose. COMO? Induzem expressão de proteínas antiapoptóticas, da família Bcl. A sobrevida dos linfócitos consiste em prelúdio para expansão e diferenciação clonal dos linfócitos em células T efetoras: Elimina o antígeno. A resposta imune inata é cessada. Linfócitos ativados por antígeno ficam privados de estímulo e morre por apoptose. Linfócitos de memória de vida longa persistem, quiescentes. Linfócitos estimulados por antígenos acionam mecanismos reguladores de fim da resposta imune Tolerância das células T periféricas Quando ativadas expressam CTLA-4, interagem com B7 e inibe a proliferação de linfócitos. Ou expressam receptores de morte, Fas e FasL. A interação resulta em apoptose A co-expressão de Faz e FasL é induzida sob repetida estimulação do antígeno Feedback de Anticorpos Respostas dos linfócitos B sendo controladas IgG secretado por células B formam complexo com o antígeno = Fcγ. Fcγ se liga aos receptores da célula B, inibindoas. Hipóte de Rede (Niels Jerne, 1970) Receptores de antígenos de linfócitos são muito distintos. Com sequências únicas que formam determinantes = idiótipos. Reconhecidos por linfócitos com especificidade complementar = antiidiótipos. Interações complementares entre idiótipos e antiidiótipos atingem a homeostase. Na presença de um antígeno exógeno, um ou poucos linfócitos respondem, seus idiótipos se expandem e acionam respostas antiidiótipas, que inativam linfócitos antígeno-específicos. Não é comprovado que essa rede atue na regulação fisiológica da resposta imune. Obrigado Sou Tolerante!!! Célula T