Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio, Córsega, em 1769. Foi tenente da artilharia do exército francês aos 19 anos e general aos 27 anos, saindo vitorioso em várias batalhas na Itália e na Áustria. Napoleão Bonaparte esteve no poder da França durante 15 anos e nesse tempo conquistou grande parte da Europa. Para os biógrafos, seu sucesso se deu devido a sua grande capacidade como estrategista, seu espírito de liderança e ao seu talento para empolgar os soldados com promessas de riqueza e glória após vencidas as batalhas Significado Histórico – Consolidação da revolução burguesa na França através da contenção dos inimigos internos (monarquistas e jacobinos) e a sua expansão para a Europa. CONSULADO 1799-1802 – CONSULADO TRIPLO – Napoleão, Sieyés e Ducos. Um mês após o Golpe do 18 Brumário de 1799 era posta em vigor uma nova Constituição. Estabelecia que Napoleão seria o primeiro Cônsul pelo prazo de 10 anos, com poderes ditatoriais e a quem caberia as decisões, enquanto os outros dois teriam apenas o voto consultivo. 1802-1804 – CONSULADO UNO: REALIZAÇÕES •Fundação do Banco da França, que controlaria a emissão do papel-moeda, reduzindo o processo inflacionário. Instituição de um novo padrão monetário: Franco •Criação da Sociedade Nacional de Fomento à Industria. •Fortalecimento do Ensino Público, a instalação de escolas públicas em cada aldeia ou cidade francesa e a criação de Liceus ( centros de preparação para professores ) . •Publicação do Código Civil Napoleônico: igualdade formal perante a lei; garantiu o direito de propriedade; ratificou a reforma agrária realizada pelos revolucionários; proibiu as greves operárias e a organização sindical => manteve o fim dos privilégios desfrutados pela Nobreza no Antigo Regime, mas favoreceu os privilégios conquistados pela Burguesia •O Sistema Tributário francês foi reformado, com a criação de uma nova moeda : o franco, e o aumento na arrecadação de impostos deu ocupação a milhares de desempregados através de um programa de construção de obras públicas, como alargamento de portos, construções de edifícios públicos, estradas, canais, pontes , drenagem de pântanos, etc. •Restauração da união Igreja - Estado, que havia existido antes da Revolução, visto que a religião poderia ser usada como instrumento de domínio político e social . Em 1801, o papa Pio VII e Napoleão assinaram a Concordata, estabelecendo que o governo francês nomearia os bispos e pagaria salários ao Clero. No plano externo, Napoleão conseguiu estabelecer a paz por meio de vitórias militares e de negociações diplomáticas, neutralizando os adversários da França. Nessa esfera, um dos pontos altos do governo foi o acordo de paz assinado em 1802 com a Inglaterra, que pôs fim a anos de conflitos, o que aumentou ainda mais seu prestígio. Em 1804, Napoleão, que dois anos antes tinha se tornado cônsul vitalício, foi autorizado, por meio de um plebiscito, a assumir o título de imperador. IMPÉRIO Obra de Jacques-Louis David, pintada entre 1805 e 1807, retrata a coroação de Napoleão Bonaparte. Perceba que a coroa está nas mãos de Napoleão e não nas do Papa, deixando muito claro que havia um novo poder na França pós-revolução. Um poder que não era religioso, mas econômico e político. As várias coligações européias foram sempre obra da diplomacia do mais obstinado adversário francês, a Inglaterra, onde o poder da burguesia estava consolidado havia mais de um século. Somente ali os setores dominantes da burguesia não nutriram simpatias pela Revolução Francesa. Para a Inglaterra, a luta contra os franceses tornava-se inevitável, pois sua Revolução Industrial já havia sido iniciada e a França afigurava-se como concorrente comercial e industrial nos mercados europeus. Além disso, o exemplo francês poderia instigar na Inglaterra o levante de camadas da população que, desde 1689, data da Revolução Gloriosa, mantinham se sujeitas ao controle da burguesia. Para as partidárias monarquias do Antigo absolutistas Regime e européias, defensoras dos privilégios aristocráticos, derrotar a França era uma questão de sobrevivência. Por esses motivos as coligações européias colocaram, lado a lado, a Inglaterra parlamentar e burguesa e a Europa absolutista e aristocrática unidas inimigo comum: a Revolução na França. contra o 14 de janeiro de 1809 - Aliança entre Inglaterra e Espanha para lutar contra Napoleão, cujas tropas haviam invadido a Espanha. A França, por seu lado, teria de arrebatar os mercados consumidores europeus, até então sob controle inglês, ao mesmo tempo em que precisava consolidar sua revolução internamente, o que somente seria possível com a expansão para os países aristocráticos. Dessa maneira, a paz francesa só viria com a disseminação das instituições burguesas sobre o restante da Europa – a estabilização da ordem burguesa na França tinha como contrapartida necessária a destruição dos regimes aristocráticos europeus. Diante de interesses antagônicos da Inglaterra e das nações absolutistas de um lado e da França do outro, apenas a força das armas despontava como solução. Em 1803 formou-se a TERCEIRA COLIGAÇÃO antifrancesa (Inglaterra, Rússia e, em 1804, também a Áustria) à qual se opôs a Espanha que apoiou a França. Em outubro de 1805, a marinha franco-espanhola foi dizimada na Batalha de Trafalgar, na qual os ingleses foram comandados pelo Almirante Nelson. Em terra, porém era clara a superioridade francesa nas Batalhas de Ulm e Auterlitz, Napoleão derrotou as tropas austríacas e russas. Uma das raras peças que sobreviveu ao sangrento confronto foi a bandeira toda furada de bala e conforme alguns exagerados, cheirando a pólvora. Num leilão em que se travou outra verdadeira batalha ela foi arrematada por um colecionador anônimo. O ‘martelo foi batido’ por 320 mil euros. Em 1806, o Imperador francês suprimia o que restava do Sacro Império Romano-Germânico e criava a Confederação do Reno, reunindo a maioria dos Estados alemães e nomeando a si próprio “protetor”. Formou-se, então, a QUARTA COLIGAÇÃO (Inglaterra, Rússia e Prússia), mas a Prússia foi rapidamente derrotada na Batalha de Iena e os russos caíram em 1807 nas Batalhas de Eylau e Friedland, assinando o Tratado de Tilsit, pelo qual se tornavam aliados dos franceses. CARTOGRAPHIE LATITUDE – ADAP. O IMPÉRIO (1804-1814) Derrotada a quarta coligação, Napoleão tornou-se o grande senhor da Europa Continental. Os territórios que não eram diretamente dominados pelo Imperador estavam entregues a aliados e familiares – seus irmãos José, Luís e Jerônimo tornaram-se, respectivamente, rei de Nápoles, Holanda e Vestfália. Em cada local por onde seus exércitos passavam, a velha ordem era destruída, implantando-se constituições, divulgando-se o Código Civil Napoleônico e modernizando- se a estruturas econômicas. A jovem nação burguesa impunha-se às velhas nações aristocráticas; as instituições burguesas substituíam as arcaicas estruturas feudais. Do outro lado do Canal da Mancha, entretanto, protegida por suas esquadras, a Inglaterra mantinha-se incólume. Para atacá-la, a França, tendo perdido boa parte de suas forças marítimas em Trafalgar e impossibilitada de derrotar militarmente os ingleses, decidiu tentar asfixiar economicamente o reino britânico. Napoleão promulgou em Berlim o decreto que estabelecia o Bloqueio Continental, proibindo os países europeus de adquirirem produtos ingleses. BLOQUEIO CONTINENTAL A linha azul delimita as zonas da Europa que aderiram a este bloqueio. Como se pode observar, Portugal não acatou a ordem de Napoleão. QUEDA DO IMPÉRIO NAPOLEÔNICO O declínio do Império Napoleônico se dá gradualmente de 1808 a 1815 e é explicado por vários motivos conjuntos: Bonequinhos que eram usados pelo imperador francês Napoleão Bonaparte para montar suas estratégias de guerra, expostos no Museu de Arte Brasileira, em São Paulo, em 2003 a) O nacionalismo das nações conquistadas – Napoleão cometeu um grave erro político ao difundir instituições francesas por toda a parte, ignorando as tradições e o sentimento nacionais dos vários povos europeus. A burguesia dos países dominados, que antes recebera os exércitos napoleônicos como libertadores, voltou-se mais tarde contra os franceses, que assumiam, na prática, o papel de opressores estrangeiros. A Espanha, antiga aliada, levantou-se quando Napoleão colocou no trono espanhol seu próprio irmão José Bonaparte. Organizando-se sob a forma de guerrilha, os espanhóis destruíram o mito da invencibilidade francesa, derrotando-a em 1808, na Batalha de Baylem. O exemplo espanhol alastrou-se O exército de Napoleão em Moscou. TIFO