VCANs VÓRTICE CICLÔNICO DE ALTOS NÍVEIS encontrados na literatura como baixa fria, baixa desprendida e gota fria (esta última derivada do espanhol. VCANs São sistemas caracterizados por meteorológicos centros de pressão relativamente baixa, que se originam na alta troposfera e se estendem até os níveis médios, dependendo atmosférica. da instabilidade VCANs Eles se desprendem do escoamento atmosférico associado, estacionários, mas podem são quase deslocar-se lentamente tanto para leste quanto para oeste, com tempo de vida de vários dias. VCANs Características – Apresentam um centro relativamente frio; – Convergência de massa; – Movimentos verticais subsidentes no seu centro e ascendente na periferia; – Nebulosidade mais intensa, principalmente na direção de seu deslocamento. Características gerais Classificados em vórtices do tipo Palmer Originam-se nos trópicos Palmén Originam-se em latitudes extratropicais Tipo Palmer No Hemisfério Norte formam-se nos meses de primavera, verão e outono. características Originam-se acima de 9.000 m, são persistentes, crescem e intensificam-se durante a passagem para latitudes mais altas, deslocando-se para nordeste ou leste-nordeste no cinturão de 20° a 30° de latitude. Brasil VCANs de origem tropical atuam com mais frequência entre os meses de dezembro a fevereiro, durando em média de 4 a 11 dias. Norte/Nordeste do Brasil Os efeitos dos VCANs sobre a precipitação nessas regiões são bastante evidentes, principalmente originam sobre o continente. quando se Norte/Nordeste do Brasil Parte da região Nordeste apresenta nebulosidade e chuva (na periferia), e parte apresenta céu claro decorrente dos movimentos subsidentes existentes no centro (slide 4) . Interação com outros sistemas Alta da Bolívia (AB) Zona de Convergência do Atlântico do Sul (ZCAS) Interação com outros sistemas O conhecimento e o monitoramento desses três sistemas de tempo (VCANs, AB e ZCAS) são de extrema importância, pois modulam o ciclo hidrológico, o balanço de energia e o clima em grande parte do nosso continente. Alta da Bolívia (AB) É uma circulação anticiclônica de grande escala que ocorre na troposfera superior, centrada, em média, no platô boliviano. Alta da Bolívia (AB) No período de verão (dezembro a fevereiro), ela contribui para as chuvas que ocorrem principalmente nas regiões Norte, parte do Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Alta da Bolívia (AB) A manutenção aquecimento da AB continental está associada (calor latente ao de condensação) e ao escoamento nos baixos níveis. Deslocamento dos VCANs Os VCANs são mais intensos no deslocamento para oeste e estendem-se da alta até a média troposfera. Deslocamento dos VCANs Quando se deslocam para leste, o escoamento atmosférico apresenta uma configuração mais meridional e o cavado na vizinhança do NEB torna-se alongado na direção noroeste/sudeste. Deslocamento dos VCANs No deslocamento noroeste/sudeste, observa-se na alta troposfera um cavado de latitudes médias no Atlântico sudoeste. A medida que esse cavado se amplifica e se move para leste, a crista e o cavado corrente abaixo também se amplificam, formando um VCAN, e o escoamento torna-se bifurcado. Estrutura vertical Quando um VCAN se forma, movimentos descendentes são observados no centro do vórtice, o que proporciona o transporte de ar frio e seco dos altos níveis para os médios níveis da troposfera. Na periferia do VCAN, por sua vez, movimentos ascendentes favorecem o transporte de ar quente e úmido para os níveis altos, propiciando a formação de nuvens. Estrutura vertical Convergência no centro do vórtice na alta troposfera, movimentos verticais subsidentes no setor frio e divergência na baixa troposfera. Estrutura vertical Nos flancos leste e oeste, observam-se convergência movimentos coluna na baixa verticais dominada por troposfera, ascendentes ar divergência na alta troposfera. quente na e Estrutura vertical Em anos de El Niño, os VCANs apresentam maior extensão vertical, atingindo o nível de 500 hPa (+/- 5.500m). Em anos de La Niña, esse vórtices confinam-se na alta troposfera (+/- 12.000 m). Variabilidade sazonal e interanual dos VCANs De maio a agosto dificilmente ocorre formação de VCANs. No verão os VCANs ocorrem com maior frequência, principalmente em janeiro. Variabilidade sazonal e interanual dos VCANs Em média: – 46% dos VCANs ocorrem no verão; – 28% durante o outono; – 26% durante a primavera. Variabilidade sazonal e interanual dos VCANs O tempo de vida dos VCANs varia de 4 dias em junho a aproximadamente 11 dias em fevereiro. – Tempo médio de vida de 6,8 dias. – Em algumas situações foram detectados vórtices com até 18 dias de duração.