Diapositivo 1

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Federação dos Clubes
de Caça e Pesca
do Distrito de Viseu
Gestão de Zonas de Caça - II
Viseu
Julho-2006
Indíce
1. Coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus algirus)
1. 1. Gestão
1.1.1. Criação em cativeiro
(em semi-liberdade/parques de cria)
1.1.2. Parques de cria (custos de instalação)
1.2. Vacinação
1.3 Exemplo prático de captura e vacinação
2. Perdiz-vermelha (Alectoris rufa)
2.1. Gestão
2.1.1. Repovoamentos: (parques de fixação)
3. Rola-comum (Streptopelia turtur)
3.1. Locais artificiais de alimentação
3.2. Localização das portas
4. Federação dos Clubes de Caça e Pesca do Distrito de Viseu
4.1. Novas Instalações
Federação dos Clubes de Caça e
Pesca do Distrito de Viseu
1. Coelho-bravo
1.1 Gestão
1.1.2 Criação em cativeiro (em semi-liberdade – parques de cria)
A produção de coelhos em regime de semi-liberdade requer terrenos de, aproximadamente
3500 m2, dos quais 2500m2 são para a produção em si e os restantes para um cercado de apoio
(opcional). Se se deseja uma maior produção, aconselha-se a aumentar o número de cercados de
produção e de apoio mas mantendo estas medidas de forma aproximada. Cercados (parques de
cria) com uma superfície muito maior dificultam, consideravelmente, o maneio, especialmente as
capturas. Também é possível construir parques de cria de dimensões menores, reduzindo o número
de reprodutores.
Os cercados deverão estar protegidos dos predadores e de intrusos, sendo aconselhável a
vedação ter uma altura superior a 2m e pelo menos 0,5m de rede enterrada que poderá ser posta
em forma de T invertido para ser ainda mais eficaz contra as escavações, deverá ter duas fiadas de
arame farpado na parte superior e será ainda mais eficaz se aplicarmos duas fiadas de fio eléctrico
(ligado a uma bateria) sensivelmente a 1m e a 1,5m de altura para afugentar gatos e outros
predadores de pequeno porte. Também, se a predação por aves de rapina for importante na área,
dever-se-á cobrir o parque por cima com rede de nylon ligeira. O interior do parque é organizado de
forma a facilitar a captura dos coelhos (Fig.1). Divide-se em duas partes, uma de alimentação e
outra de refúgio/reprodução, separadas por uma vedação com pequenas passagens para os coelhos
que se podem bloquear sempre que se quiser. A zona de alimentação, ocupará 90% da área do
cercado, onde se deverá cultivar com cereais e/ou leguminosas,
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essencialmente espécies de baixo porte e com resistência ao “pastoreio”. Um
sistema de rega permitirá aumentar a produção de erva.
No parque terá que se instalar bebedouros e comedouros que servirão para
aplicar tratamentos através da água e da comida. Na zona de refúgio dever-se-ão
construir alguns morouços (abrigos artificiais).
Esta divisão (zona de alimentação e zona de refúgio) permite aproveitar o ciclo
de actividade dos coelhos, que se manterão na zona de refúgio durante o dia e
passarão á zona de alimentação durante a noite. Quando nos interessar capturá-los,
bloquearemos ao inicio da noite as passagens entre as duas zonas de forma a que
os coelhos fiquem isolados na zona de alimentação. Quando as pessoas
encarregadas da captura, entram no parque os animais fogem para os refúgios
provisórios lá colocados (labirintos-capturadouros), estes deverão permitir aceder
aos coelhos no seu interior (por ex., pequenos labirintos de tijolo com uma porta e
uma tampa amovíveis)
Nestas capturas, os animais adultos (os reprodutores), devolvem-se ao
cercado enquanto que os juvenis deverão ser preparados para a solta, marcando-os,
vacinando-os e desparasitando-os. Até ao momento da solta definitiva os coelhos
deverão ser mudados para um cercado de apoio de dimensões reduzidas (500m2 a
1000m2) com características semelhantes á zona de alimentação do cercado
principal (com culturas, comedouros, bebedouros e capturadouros). Este cercado é
importante, porque permite-nos realizar extracções do cercado principal de forma
regular, sem dependermos das possibilidades de levar a cabo as soltas nos locais
definitivos.
Seguindo estas indicações poder-se-á obter, de um parque com estas
características até 300 coelhos por ano, com a vantagem se tratarem de animais de
grande qualidade permitindo uma maior eficácia dos repovoamentos (quando
acautelados os restantes factores de risco).
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1.1.3. Parques de cria (custos de instalação)
Preço de rede de fora: (200mx3m)x3.60€=2160€
Preço de rede de cobertura: (2500m2)x0.45€=1125€
Postes de ferro galvanizado (3m): 250m/5=50x7,50€=375€
Escavadora: 250mx1,5€ = 375€
Preço do 1º parque: 4035€
Preço de rede de fora: (150mx3m)x3.60€=1620€
Preço de rede de cobertura: (2500m2)x0.45€=1125€
Postes de ferro galvanizado (3m): 150m/5=30x7,50€=225€
Escavadora: 150mx1,5€ = 225€
Preço do 2º parque: 3195€
Esquema de um parque de cria (duplo)
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TOTAL do parque duplo (5000m2): 7230€
TOTAL:
7230€/13,75€ = 525 coelhos (com esta produção fica
pago o investimento principal
Parques de 2500 m2
Custos (para parques sem rede de cobertura)
Preço de rede de fora:
(200mx3m)x3.60€=2160€
Postes de ferro galvanizado (3m):
250m/5=50x7,50€=375€
Escavadora: 250mx1,5€ = 375€
TOTAL: 2910€
Esquema da vedação dos parques
Nota: Os valores são aproximados, com preços de
fornecedores para a Federação, nesta data.
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Exemplo de uma vedação do parque de cria (em terreno rochoso):
Parque de cria com rede de cobertura (para protecção contra predadores):
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1.2. Vacinação
Perante a virulência das principais doenças que afectam o coelho (Mixomatose e
Doença Vírica Hemorrágica), torna-se imprescindível a vacinação dos animais com mais de
4 semanas de idade com o intuito de controlar a sua propagação.
De seguida faremos uma apresentação das duas vacinas selecionadas, neste
momento, para o combate às referidas doenças sendo a POX-LAP para a Mixomatose e a
CYLAP®HVD para a Doença Vírica Hemorrágica do coelho, que segundo os fabricantes
permitem uma imunidade a 100% para a vida económica do coelho.
CYLAP®HVD + POX-LAP
Administração:
Aplica-se por via subcutânea, qualquer que seja a idade e o peso do coelho. Os
reprodutores devem ser vacinados a partir dos 2½-3 meses de vida.
Os animais deverão apresentar-se em boas condições sanitárias e com uma única
dose, consegue-se imunidade para toda a vida.
Precauções:
Para evitar infecções no ponto de inoculação, deverão vacinar-se os animais com a
pele seca e limpa. Em caso algum se deve utilizar as mesmas agulhas para diversos
animais sem estas terem sido previamente esterilizadas.
Conservação:
Conservar entre 2ºC e 8ºC ao abrigo da luz. Não congelar.
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A mecânica operativa consiste em segurar o coelho com a mão esquerda pela pele do dorso
mantendo-o suspenso e introduzindo a agulha na pele previamente afastada do músculo, uma de cada
lado do dorso.
As vacinas têm, obrigatoriamente, que ser obtidas com receita médica. O veterinário da Federação
(Dr. Manuel Florindo) fará todo o acompanhamento sanitário, sempre que solicitado.
Procedimentos:
As vacinas destinam-se para uso exclusivo em coelhos, aplicar-se-á por via subcutânea em animais
de 4 ou mais semanas;
Precauções:
Uma vez iniciada a extracção do conteúdo do frasco, este deverá ser utilizado sem interrupções.
Conservação:
O produto deve ser conservado entre os 3ºC e os 5ºC garantindo-se assim a sua efectividade
durante todo o seu período de validade.
1.3 Exemplo prático de captura e vacinação
De seguida apresentamos uma demonstração prática de uma captura e vacinação de coelhos realizada
nas instalações de um dos nossos associados:
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Vacinação de coelhos (pelo Veterinário da Federação)
Vacinado o coelho dever-se-á de seguida desparasitá-lo com um acaricida não
tóxico procurando não molhar a zona onde foi picado nem as mucosas nasais.
Para além da vacinação e desparasitação dos animais, é importante desinfectar
(fumigar) a entradas das tocas dos coelhos, com insecticidas para pulgas, carraças e
mosquitos, a fim de evitar a propagação de doenças através destes vectores de
transmissão. É importante ter atenção aos produtos utilizados quanto ao seu grau de
toxicidade para não afectar os próprios coelhos e nunca realizar estas desinfecções
durante o período forte de reprodução nem em dias com condições climatéricas adversas
(muito frios, muito quentes, ventosos e/ou chuvosos).
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Utilização de furão (disponível através da Federação):
O que se pretende é que os coelhos criados e vacinados todos os anos, sejam postos na
zona de caça em locais estratégicos (luras), para no caso de ocorrer um surto de doenças
(Viríca Hemorrágica ou Mixomatose) estes coelhos possam garantir a reprodução para o
ano seguinte.
Captura dos coelhos com redes:
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Colocação em caixas próprias (arejadas):
Os animais devem ser guardados em caixas bem arejadas e resguardados da
visibilidade humana para diminuir o stress.
Recolha de sangue para análise (sempre que necessário):
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Tipo de seringas aconselháveis para a vacinação dos coelhos
contra a Mixomatose e Doença Vírica Hemorrágica:
Podem-se utilizar outros tipos de seringas ou pistolas, no entanto ao aconselhar-mos
estas, estamos a ter em conta que o número de coelhos a vacinar de cada vez será
aproximadamente de 20, 40 ou 60.
Os coelhos depois de vacinados devem ser marcados com alicate de números ou brinco
para se poder fazer o controle em vacinações futuras.
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2.1.3. Repovoamentos: (parques de fixação)
- A técnica de repovoamento a aplicar consiste na utilização de gaiolas (pequenos parques
vedados) onde se colocam pequenos grupos de perdizes, que ficaram sujeitas a um curto
período de aclimatação (4 a 5 dias). Posteriormente serão abertas as gaiolas tendo o cuidado
de fornecer alimentação suplementar (cereais) perto da área das largadas para permitir uma
adaptação progressiva.
Esta técnica só poderá ter sucesso se previamente for efectuado um rigoroso controlo de
predadores nas áreas escolhidas.
De seguida apresentamos as condições e os tipos de repovoamento possíveis:
3. Rola-Comum (Streptopelia turtur)
3.1. Efectuar locais artificiais de alimentação
Gradar ou frezar o solo no local seleccionado para efectuar os locais artificiais de
alimentação.
Cobrir o terreno com palha de fardo, em faixas de largura variável entre 1 a 2 metros e
com intervalos de 4 metros aproximadamente, onde é espalhada a semente de forma
uniforme, que deverá ser reposta conforme vai sendo consumida, quer no que respeita à
quantidade, quer ao tipo de semente utilizada.
NOTA: De finais de Julho em diante, há quem aplique sal grosso directamente no solo (de
preferência já utilizado para outros fins, como por exemplo para salgar o peixe), na proporção
aproximada de 1 kg de sal por cada 1000 m2 de terreno, com resultados francamente
positivos.
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3.2. Localização das portas
Esquema representativo de um local
artificial de alimentação.
As portas deverão estar distanciadas, obrigatoriamente,
pelo menos 100 metros de pontos de água e de locais
artificias de alimentação (artigo n.º 101º do Decreto-Lei n.º
202/2004, de 18 de Agosto).
É aconselhável que estas estejam afastadas 50 metros,
aproximadamente, entre si e o mais camufladas possível,
tendo em conta o tipo de tiro e a entrada ou passagem das
aves.
É aconselhável o aproveitamento dos sulcos do terreno
com vegetação arbustiva ou a construção de abrigos com a
vegetação que exista no local, colocados da forma mais
natural possível.
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Abrigo para a caça às rolas e pombos
Nota da Direcção:
A Direcção da Federação tudo fará para que os seus associados possam conseguir
equilíbrios de populações cinegéticas dentro das zonas de caça de que são gestores.
Terá ainda em conta todas as necessidades logísticas técnicas e jurídicas e
administrativas que permitam aos clubes/associações levarem a cabo a tarefa de
transformar o Distrito de Viseu numa região cinegética apetecível para os caçadores
oriundos de outras regiões do País e do estrangeiro.
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4.1 Novos Escritórios
A Federação possui agora novas Instalações Sociais, mais modernas, melhor localizadas e que permitirão servir melhor os nossos associados.
Localização das novas Instalações:
Imagens da nova sede social:
Exterior e Interior
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