Apresentação do PowerPoint - Governo do Estado de Pernambuco

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Geografia
Ensino Fundamental, 9º Ano
Os processos históricos e econômicos que
levaram a unificação europeia e a formação
de blocos econômicos
Geografia, 9º Ano, Os processos históricos e econômicos que levaram
a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
Formação e Evolução da UE
(1)
 A atual integração dos países europeus é resultado de um esforço que remonta
ao pós-guerra; Logo após o término da Segunda Guerra ficou claro que os
antigos aliados (Estados Unidos e União Soviética) tinham propostas
diferentes para a reconstrução europeia, sobretudo no lado oriental;
 A divisão da Alemanha, consolidada entre 1945 e 1949, marcou a grande
ruptura entre os aliados; O lado ocidental ainda se defrontava com a antiga
rivalidade entre a França e a Alemanha, situação que após a derrota nazista
ameaçava a coesão do bloco capitalista em ascensão;
 França e Alemanha historicamente disputaram não apenas a hegemonia no
cenário europeu, como ainda enfrentaram inúmeras contendas fronteiriças
envolvendo particularmente a rica região de ferro e carvão que lhes era
relativamente comum.
Geografia, 9º Ano, Os processos históricos e econômicos que levaram
a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
Formação e Evolução da UE
 O objetivo da proposta, entretanto, era mais
amplo, o que tornava ainda maior sua importância
histórica e geopolítica. Na prática, a proposta
viabilizou-se com a criação da Comunidade
Europeia de Carvão e Aço (Ceca), em 1951.
 O novo organismo foi aberto a todos os países
europeus que nele quisessem ingressar. Além da
França e da Alemanha, aderiram os três países do
Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo)
encaixados entre as duas potencias rivais e a Itália.
IMAGEM: CARVALHO, Marcos & PEREIRA, Diamantino.
Geografias do Mundo: Fronteiras. 8º ano. p. 149. São Paulo:
FTD, 2009;
 Em 1950 o ministro das Relações Exteriores da França, Robert Schumann
sugeriu que o carvão e o aço da França e da Alemanha fossem colocados sob
alta autoridade comum, estabelecendo a livre circulação dos produtores. A
ideia pela primeira vez instituía uma autoridade independente dos governos
nacionais envolvidos no acordo.
BENELUX (2)
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
Formação e Evolução da EU.
 Em 1957, os países integrantes da CECA assinaram o TRATADO DE ROMA,
que criava a COMUNIDADE ECONÔMICA EUROPEIA (CEE), mercado
comum de pessoas, capitais, serviços e mercadorias, e a COMUNIDADE
EUROPEIA DE ENERGIA ATÔMICA (CEEA);
 O período entre 1957 e 1970 foi marcado pela concretização dos dois principais
objetivos do tratado: uma Política Comercial Comum (PCC), que estabelecia
uma tarifa aduaneira uniforme entre a CEE e os demais países parceiros; e a
Política Agrícola Comum (PAC);





Nesse período, foram estabelecidas também outras políticas comuns:
Política dos Transportes;
Política da concorrência, impedindo a distorção das regras de mercado;
Política regional, buscando evitar os desníveis entre as várias regiões europeias;
Política de energia e de telecomunicações;
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Formação e Evolução da UE
 No plano de fortalecimento da união dos países europeus e da própria paz no
continente, um fator ainda era desestabilizador: o isolamento do Reino Unido.
Até esse momento a Grã-Bretanha não havia proposto a participar de uma
associação maior, em que fosse apenas mais um parceiro diante do
fortalecimento da integração a partir da criação da CEE, o país respondeu com
a criação da ASSOCIAÇÃO EUROPEIA DE LIVRE COMÉRCIO
(AELC), em 1959.
 Ao contrário da CEE, a AELC pretendia ser apenas uma zona de livrecomércio, ou seja, apenas de livre circulação de mercadorias, sobretudo para
facilitar as trocas comerciais com a CEE. Os países integrantes eram: Reino
Unido, Irlanda, os países nórdicos (Noruega, Suécia, Finlândia, Islândia e
Dinamarca), Áustria, Suíça e Portugal.
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
Formação e Evolução da UE
 Apesar de em 1961 o Reino Unido ter formalizado sua intenção de ingressar
na CEE, sua proposta foi rebatida pela França em decorrência de suas
históricas rivalidades. O processo de integração da CEE e da AELC, porém
ampliou-se significativamente em 1992, quando foi criado o ESPAÇO
ECONÔMICO EUROPEU (EEE).
 O EEE começou a vigorar em 1994 e previa uma gradual eliminação das
barreiras alfandegárias de todas as mercadorias. Na prática, funcionava como
um estágio intermediário para um possível ingresso de outros países da AELC
na CEE;
 Um avanço importante da integração europeia ocorrera em dezembro de 1991,
com a assinatura do TRATADO DE UNIÃO EUROPEIA, mais conhecido
como TRATADO DE MAASTRICHT, nome da cidade holandesa onde foi
firmado;
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
Formação e Evolução da UE
 A comprovação do aprofundamento da integração pôde ser verificada pela
própria mudança da sigla do bloco. De CEE para CE – COMUNIDADE
EUROPEIA, em referência a uma maior integração econômica;
 Em 1993, quando o tratado entrou em vigor, a denominação foi substituída
por UE – UNIÃO EUROPEIA, com o objetivo de enfatizar também a
integração política;
 O TRATADO DE MAASTRICHT COMPREENDEU DOIS ACORDOS:
 Estabelecimento da União Monetária e Econômica, com a criação de uma
moeda comum para os seus países membros até o fim do século XX;
 União Política, com a instituição da Cooperação do Domínio da Justiça e dos
Assuntos Internos e da Política Exterior e de Segurança Comum.
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
 A importância desses acordos não está
apenas na ampliação da integração em
si, mas na necessidade de fortalecimento
do lado ocidental, no contexto de
desagregação do bloco socialista
europeu: reunificação alemã, fim dos
Regimes Socialistas no Leste e
desintegração da União Soviética.
UE: Países Ex-Socialistas (2008)
(3)
O Tratado de Maastricht representou o
acordo do pós-guerra fria na Europa.
 Em meados de 1997, a assinatura de um
novo acordo – o TRATADO DE
AMSTERDÃ – pelos países membros
da união Europeia modificou o Tratado
de Maastricht.
Fonte: ADAS, Melhem. p. 83. 2009.
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
 Os principais pontos firmados no TRATADO DE AMSTERDÃ foram:
 Eliminação dos controles de fronteiras entre os países, com o estabelecimento
de normas para a cooperação da política numa tentativa de conciliar liberdade
e segurança. Ficaram de fora Reino Unido, Irlanda e Dinamarca;
 Fim do poder de veto de cada nação, a não ser em assuntos constitucionais ou
de impostos;
 Busca conjunta de soluções para o problema do desemprego;
 Ratificação do Pacto de Estabilidade Econômica, a fim de preparar os países
para o lançamento de uma moeda única (o euro) a partir de 1º de janeiro de
1999.
 Inicialmente, o euro foi usado como índice de referência; na prática, era
utilizado apenas em transações bancárias. As notas e as moedas únicas
passaram a circular em 1º de janeiro de 2002. Reino Unido, Suécia e
Dinamarca não adotaram a moeda. A adoção de uma moeda única,
contudo, não eliminou as desigualdades existentes no interior do bloco.
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
IMAGEM: EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 83. São
Paulo: Editora Moderna, 2007;
(4)
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União Europeia
(5)
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A bandeira da União Europeia tem doze estrelas porque tradicionalmente este
número constitui um símbolo de perfeição, plenitude e unidade, por isso a
bandeira mantém-se inalterada, independentemente dos alargamentos da UE, o
círculo de estrelas douradas representa a solidariedade, a unidade e a harmonia
entre os povos da Europa.
(6)
Zona do Euro (7)
Imagem:- VESENTINI, William & VLACH, Vânia. Geografia
Crítica. 8ª série. p. 27. São Paulo: Ática, 2007;
Bandeira da UE
Fonte: VESENTINI, William & VLACH, Vânia. p. 28. 2007.
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(8)
EURO: “A Moeda Única”da UE
(9)
As moedas nacionais costumam trazer
imagens que simbolizam a história e
as paisagens dos Estados. A moeda
europeia não poderia fazer isso, pois a
Europa não é um Estado, mas uma
comunidade de nações. O nome
escolhido para a nova moeda também
devia refletir a ideia da unidade,
acima das nações. Euro foi o nome
selecionado.
Fonte: MOREIRA, Igor. p. 117. 2006.
Pela primeira vez na história , uma dúzia de países – sem guerra nem
violência – abandona parte essencial de sua soberania para criar uma moeda
única visando ao bem-estar coletivo. (Revista Veja, 16/01/2002, p. 22).
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(10)
Os Impactos da Integração
 Com os acordos de livre-comércio, a eliminação das barreiras alfandegárias
propiciou a intensificação das trocas entre os países membros; Contudo as
desigualdades econômicas existentes entre os membros da União Europeia
ainda são expressivas. Ainda são as empresas das economias mais fortes (como
a alemã, a francesa, a inglesa) as mais competitivas;
 Um dos objetivos da unificação monetária é justamente ampliar a capacidade
de competição da Europa no âmbito mundial; Uma das consequências foi o
grande número de fusões de empresas europeias do mesmo ramo ou de
segmentos afins, com destaque para as áreas farmacêutica, de seguros,
bancária, editorial, siderúrgica, de alimentos e de bebidas;
 Já nos países menos desenvolvidos, como Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda,
intensificaram-se os investimentos exteriores, ou seja, a ampliação direta de
capital nos setores secundário e terciário, ou na aplicação indireta, como no
mercado de ações;
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
Geopolítica Atual
(11)
 Com o avanço da democratização em vários países do Leste a partir de 1991, o
bloco europeu estreitou relações com as economias mais avançadas da Europa
centro-oriental, particularmente a Polônia, a Hungria e a República Tcheca;
 Os critérios considerados para que esses países fossem aceitos foram antes de
tudo econômicos, pois com a integração monetária o bloco não sobreviveria
com membros fracos. E alguns pontos em conjunto: balanços econômicos em
geral, renda per capita, inflação em queda, elevados níveis de produtividade e
baixos índices de desemprego;
 Porém, não há como negar que a integração europeia foi pensada como um
clube de países com economia industrial avançada. Além de já contar com
expressivos desníveis regionais, o ingresso dos países do Leste da Europa
nesse bloco tende a aprofundar as desigualdades existentes entre países ricos e
pobres;
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Desigualdades na UE
Entre os países-membros da UE existem desigualdades socioeconômicas.
UE: Taxa de Desemprego (2008) (12)
Fonte: ADAS, Melhem. p. 85. 2009.
UE: PIB per capita (2006)
(13)
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As tabelas abaixo mostram as diferenças entre os indicadores socioeconômicos
dos países Ex-socialistas dos países altamente industrializados do bloco.
País
População
(milhões)
Polônia
Rep. Tcheca
Hungria
Eslováquia
Lituânia
Letônia
Eslovênia
Estônia
Romênia
Bulgária
38,2
10,2
10,0
5,4
3,4
2,3
2,0
1,3
21,6
7,7
País
População
(milhões)
Alemanha
Reino Unido
França
Itália
Países Baixos
Bélgica
Suécia
Áustria
82,7
60,0
60,9
58,2
16,4
10,5
9,1
8,2
Luxemburgo
0,477
IDH
Indicadores Socioeconômicos – Países Ex-Socialistas da UE
PIB (Bilhões
PIB per
Mortalidade
Esperança de
de US$)
capita (US$)
Infantil* (%0)
Vida (anos)
Exportação de
Mercadorias (bilhões
US$)
0,870
303,2
7.160
6,4
75,2
109,7
0,891
124,4
11.200
3,4
75,9
95,1
0,874
109,2
10.070
6,3
72,9
73,7
0,849
46,4
7.950
7,2
74,2
41,5
0,852
25,6
7.210
6,8
72,5
14,1
0,836
15,8
6.770
7,8
72,0
5,1
0,904
34,4
17,440
3,7
77,4
21,0
0,853
13,1
9.060
5,4
77,2
9,5
0,813
98,5
3.910
15,0
72,1
32,3
0,824
26,6
3.450
10,4
78,4
15,0
Indicadores Socioeconômicos – Países Desenvolvidos Altamente Industrializados da UE
IDH
PIB (Bilhões
PIB per
Mortalidade
Esperança de
Exportação de
de US$)
capita (US$)
Infantil* (%0)
Vida (anos)
Mercadorias (bilhões
US$)
0,935
2,8 tri.
34.870
4,4
79,2
969,8
0,946
2,2 tri.
37.740
5,0
78,9
382,7
0,952
2,1 tri.
34.600
4,0
79,9
460,1
0,941
1,7 tri.
30.250
5,0
80,4
367,2
0,953
624,2 bi
39.340
4,0
78,9
402,4
0,946
370,8 bi.
36.140
4,0
79,5
334,3
0,956
357,6 bi.
40.910
3,0
80,7
130,1
0,948
306,0 bi.
37.190
4,0
79,6
123,9
0,944
36,4 bi.
58.050
5,0
78,9
18,3
Importação de
Mercadorias (bilhões
US$)
124,1
93,1
76,5
45,6
19,3
8,6
23,0
13,0
51,0
23,0
Importação de
Mercadorias (bilhões
US$)
773,8
510,2
497,8
379,7
359,0
318,6
111,2
126,1
21,7
* De crianças menores de 1 ano.
Fontes: Banco Mundial, Indicadores do Desenvolvimento Mundial 2007. Disponível em <www.wordbank.org>. Acesso em nov. 2008;
Pnud-ONU. Relatório do Desenvolvimento Humano 2007/2008. Disponível em <http://hdr.undp.org/en/media/HDR_20072008_PT_complete.pdf>. Acesso em nov. 2008; Calendário Atlante De Agostini
2008. Novara: Instituto Geográfico de Agostini, 2008.
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
UE: Regionalização segundo critérios históricos e o nível de industrialização (2008)
Fonte: ADAS, Melhem. p. 83. 2009.
(19)
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
As Instituições da UE
(20)
 CONSELHO EUROPEU – Encarrega-se de definir as políticas gerais da
União. É formado pelos chefes de Estado e de governo dos países-membros, e a
presidência é conferida a um país da UE por seis meses.
 COMISSÃO EUROPEIA – Órgão encarregado de colocar em prática as
políticas comunitárias. Com sede em Bruxelas, na Bélgica, a Comissão é
formada por vinte representantes escolhidos de comum acordo entre os 28
membros da UE.
 PARLAMENTO EUROPEU – Controla a Comissão Europeia e aprova
pressupostos comuns. É composto por mais de 600 representantes, eleitos pelos
cidadãos da UE a cada quatro anos. Tem sede em Estrasburgo, na França.
 TRIBUNAL DE JUSTIÇA – Assegura o respeito às leis comuns e à aplicação
dos tratados. Também atua como arbitro dos conflitos dentre os órgãos da UE e
entre os Estados-membros. Tem sede em Luxemburgo.
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
 COMITÊ ECONÔMICO E SOCIAL – Responsável por prestar consultoria às
propostas da Comissão Europeia. Busca, também, a ampliação das dimensões do
mercado consumidor interno (e externo).
Intercâmbio de Mercadorias na Europa (21)
Mesmo com a ação das
instituições da UE, os
antigos países socialistas
da Europa centro-oriental
permanece com menor
fluxo de mercadorias,
constituindo a periferia do
bloco.
Já a Alemanha funciona
como centro de gravidade
do espaço europeu.
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Políticas Sociais da UE
(22)
Os países europeus desenvolveram um sistema de proteção social que, apesar de
questionado por seu elevado custo, tem garantido aos cidadãos um padrão de vida
elevado e diminuído as desigualdades sociais.
O Estado de Bem-Estar-Social
Alguns países europeus desenvolveram um sistema de proteção social, conhecido
como Estado de Bem-Estar Social (Welfare State). Outras denominações usadas são
Estado-previdência e Estado social de direito. São exemplos de políticas de
proteção social típicas desses países:
Seguro-desemprego, previdência social, sistemas públicos de saúde e educação
eficiente, crédito acessível para a compra de imóveis, atendimento a pessoas
idosas, políticas de integração de portadores de necessidades especiais
Geografia, 9º Ano, Os processos históricos e econômicos que levaram
a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
Crise do Modelo Social Europeu?
 Com as altas taxas de desemprego atuais, os países europeus têm desenvolvido
esforços para assegurar maior assistência aos desempregados. Outro tipo de
proteção social praticado é o rendimento mínimo garantido aos cidadãos mais
desfavorecidos, que lhes oferece condições de vida minimamente dignas.
 Faz mais de uma década que esse modelo social apresenta problemas, em razão
do baixíssimo crescimento demográfico no continente. Os europeus vivem cada
vez mais anos, e não nascem crianças em número suficiente para equilibrar o
crescimento vegetativo. Desse modo, os governos são obrigados a destinar cada
vez mais recursos aos gastos sociais, ao mesmo tempo que as receitas da
previdência social mínguam.
 As elevadas taxas de desemprego dificultam a adoção de políticas mais
favoráveis à imigração. Os imigrantes que entram na UE muitas vezes são
forçados a viver na clandestinidade.
Geografia, 9º Ano, Os processos históricos e econômicos que levaram
a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
(23)
Prioridades das Políticas Sociais da UE
Entre as políticas sociais europeias, há duas principais de grande impacto para a
população: a do EMPREGO e a da SEGURANÇA PÚBLICA
 Vale ressaltar que as políticas sociais europeias são financiadas por meio de uma
série de impostos e taxas cobrados das sociedades. Embora cada país tenha
independência na política fiscal, a UE estabelece diretrizes gerais, parte de um
imposto comum em toda a Europa, IVA (Imposto sobre Valor Agregado), é
destinada ao financiamento das instituições europeias;
 Atualmente as empresas europeias, com o objetivo de se tornarem mais
competitivas e aumentarem seus lucros, têm pressionado os governos a diminuir
a carga de tributos paga por elas. Se essa redução ocorrer, outros segmentos da
sociedade terão de pagar mais impostos, o que torna a questão fiscal uma
polêmica das políticas sociais no continente.
Geografia, 9º Ano, Os processos históricos e econômicos que levaram
a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
Políticas Comuns da UE
(24)
Desde o tratado de Roma, em 1957, as barreiras comerciais entre paísesmembros da UE haviam sido eliminadas e políticas comuns foram construídas. As
principais são:
 PAC – POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM – É a base da política agrícola
dos países-membros. Seus objetivos são: manter os nível de vida dos
agricultores por meio da garantia de preços mínimos de venda dos produtos;
evitar a competição de produtos agrícolas estrangeiros. Graças à PAC, a UE
consegue tirar do mercado interno grandes quantidades de alimentos, e parte
desse excedente é destinada à exportação.
 POLÍTICA PESQUEIRA – Compreende acordos com outros países para
explorar suas fronteiras marítimas e incentivos à modernização tanto da frota
de pesca como da indústria de navegação. Essa política incrementou o volume
da pesca, mas agravou o desemprego, por provocar o fechamento de pequenas
empresas pesqueiras.
Geografia, 9º Ano, Os processos históricos e econômicos que levaram
a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
 POLÍTICA REGIONAL – Voltada a reduzir as diferenças de desenvolvimento
econômico entre os países e entre as regiões de alguns deles. Para isso, foram
criados fundos de desenvolvimento – o FSE (Fundo Social Europeu) e os
Fundos de Coesão – que financiam programas de construção de infraestruturas
para instalação de indústrias nas regiões menos desenvolvidas, e outras políticas
de fomento à educação, à saúde e à igualdade de oportunidades dos cidadãos.
 POLÍTICA INDUSTRIAL – Implica o incentivo à modernização das empresas
e dos setores em crise da UE, concedendo subvenções aos setores mais
modernos, buscando novos mercados e estimulando a cooperação entre os
países membros. Embora seja uma das principais zonas industriais do mundo, a
UE ainda enfrenta problemas de falta de modernização e menor
desenvolvimento em alguns setores em comparação aos Estados Unidos e ao
Japão, seus concorrentes diretos. A política industrial adotada visa assegurar
competitividade às suas indústrias. Também existe uma política energética
comum, com o objetivo de diversificar as fontes de energia e reduzir as
importações de petróleo.
Geografia, 9º Ano, Os processos históricos e econômicos que levaram
a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
 POLÍTICA DE TRANSPORTES – Por essa política, a UE tem favorecido a
ampliação e modernização dos principais eixos de comunicação do continente
europeu e, ao mesmo tempo, fomentado a criação de novas infraestruturas para
conexão dos centros econômicos mais importantes da Europa com as regiões
tradicionalmente isoladas;
 POLÍTICA AMBIENTAL – Visa criar uma legislação ambiental única dos
países-membros. O princípio do desenvolvimento sustentável constitui um dos
principais objetivos da UE, baseando-se na ação preventiva e na correção de
danos causados ao ambiente. Exemplos: a proibição da gasolina com chumbo, a
reciclagem de resíduos sólidos urbanos e a proibição da fabricação e uso de CFC
(cloroflurcarboneto) – uma gás que provoca a diminuição da camada de ozônio);
 POLÍTICA COMERCIAL – Por essa política, os produtos comercializados nos
países-membros são taxados com um mesmo imposto, o IVA. Principal potência
comercial do mundo, a UE vende produtos agrícolas e industriais e compra
matérias-primas em geral e manufaturas de alta tecnologia.
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(25)
Crise Econômica na UE
No plano econômico mundial, os últimos anos foi marcado pela crise econômica
na União Europeia. Em função da globalização econômica que vivemos na
atualidade, a crise se espalhou pelos quatro cantos do mundo, derrubando índices
das bolsas de valores e criando um clima de pessimismo na esfera econômica
mundial.
CAUSAS PRINCIPAIS DA CRISE:
 Endividamento público elevado, principalmente de países como a Portugal,
Itália, Irlanda, Grécia e Espanha; Esses países são representados pela sigla
PIIGS.
 Falta de coordenação política da União Europeia para resolver questões de
endividamento público das nações do bloco.
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
CONSEQUÊNCIAS DA CRISE:




Fuga de capitais de investidores;
Escassez de crédito;
Aumento do desemprego;
Descontentamento popular com medidas de redução de gastos adotadas pelos
países como forma de conter a crise;
 Diminuição dos ratings (notas dadas por agências de risco) das nações e
bancos dos países mais envolvidos na crise;
 Queda ou baixo crescimento do PIB dos países da União Europeia em função
do desaquecimento da economia dos países do bloco.
 Contaminação da crise para países, fora do bloco, que mantém relações
comerciais com a União Europeia, inclusive o Brasil. A crise pode, de acordo
com alguns economistas, causar recessão econômica mundial.
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
AÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA PARA ENFRENTAR A
CRISE:
 Implementação de um pacote econômico anticrise (lançado em 27/10/2011);
 Maior participação do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco
Central Europeu nas ações de enfrentamento da crise;
 Ajuda financeira aos países com mais dificuldades econômicas como, por
exemplo, a Grécia.
 Definição de um Pacto Fiscal, ratificado em 2012, cujos objetivos são: garantir
o equilíbrio das contas públicas das nações da União Europeia e criar sistemas
de punição aos países que desrespeitarem o pacto. Vale destacar que o Reino
Unido não aceitou o pacto, fato que aumentou a crise política na região.
As ações de combate à crise são coordenadas, principalmente,
por França e Alemanha.
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Sugestões de
Atividades
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a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
► GEORNAL
Atividade 1
(26)
Juntem-se a dois ou três colegas e pesquisem, em jornais e revistas informações atuais sobre a UE, como
a situação do euro em relação ao dólar ou a adesão de um novo país ao bloco e, ainda, se o bloco passa
por alguma crise. Incluam no trabalho, por meio de recortes ou fotocópias, imagens (fotografias,
gráficos, mapas, etc.) que ilustrem os acontecimentos ou os dados citados.
Apresentem a pesquisa na forma de um jornalzinho.
Para isso, criem um nome para o jornal, ressaltem as manchetes dos artigos escolhidos e colem o texto e
a imagens, distribuindo-os de forma que facilite a leitura. Não se esqueça de incluir, em um cabeçalho,
as datas das notícias e o dia da finalização do trabalho.
Depois de concluídos os trabalhos em grupo, a classe pode reunir todos os jornaizinhos em um único
painel de notícias e expô-los no mural da escola.
► CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO DO EURO
As equipes devem se colocar no lugar da comissão Europeia e organizar uma campanha de divulgação
da moeda única do bloco. A campanha destina-se a gerar confiança popular no euro e explicar as
vantagens da troca das moedas nacionais pela moeda única. Sugere-se que as equipes elaborem planos
de campanha, definindo meios de divulgação e mensagens específicas, levando em conta as
características diferenciadas dos principais países envolvidos.
Geografia, 9º Ano, Os processos históricos e econômicos que levaram
a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
Atividade 2
(27)
O processo de unificação da Europa é relativamente antigo.
Para entender as principais etapas desse processo e verificar a situação desse continente no
presente, faça o seguinte:
Trace uma linha horizontal no caderno para reproduzir uma linha do tempo.
1950
2015
Com base na aula, suas anotações e o livro didático, complete a linha do tempo: anote as
principais etapas do processo de unificação da Europa nas respectivas datas.
AO FINAL, COMPARE A SUA COM A DOS COLEGAS E MOSTRE AO PROFESSOR(A).
Geografia, 9º Ano, Os processos históricos e econômicos que levaram
a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
REFERÊNCIAS
(1) - MOREIRA, Igor & AURICCHIO, Elizabeth. Geografia: Construindo o espaço mundial. 8ª série. p.111-112. São Paulo: Ática,
2006;
(2) - CARVALHO, Marcos & PEREIRA, Diamantino. Geografias do Mundo: Fronteiras. 8º ano. p. 149. São Paulo: FTD, 2009;
(3) - ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 107. São Paulo: Moderna, 2006;
(4) - EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 83. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
(5) - VESENTINI, William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. 8ª série. p. 27. São Paulo: Ática, 2007;
(6) - VESENTINI, William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. 8ª série. p. 28. São Paulo: Ática, 2007;
(7) - CARVALHO, Marcos & PEREIRA, Diamantino. Geografias do Mundo: Fronteiras. 8º ano. p. 151. São Paulo: FTD, 2009;
(8) - MOREIRA, Igor & AURICCHIO, Elizabeth. Geografia: Construindo o espaço mundial. 8ª série. p. 117. São Paulo: Ática,
2006;
(9) - MAGNOLI, Demétrio. Géia: Fundamentos da Geografia. 8ª série. p. 19. São Paulo: Editora Moderna, 2002;
(10)- MOREIRA, Igor & AURICCHIO, Elizabeth. Geografia: Construindo o espaço mundial. 8ª série. p.113. São Paulo: Ática,
2006;
(11)- MOREIRA, Igor & AURICCHIO, Elizabeth. Geografia: Construindo o espaço mundial. 8ª série. p.115-116. São Paulo:
Ática, 2006;
(12)- AD0AS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 85. São Paulo: Moderna, 2006;
(13)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 86. São Paulo: Moderna, 2006;
(14)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 87. São Paulo: Moderna, 2006;
(15)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 107. São Paulo: Moderna, 2006;
(16)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 94. São Paulo: Moderna, 2006;
(17)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 99. São Paulo: Moderna, 2006;
(18)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 95. São Paulo: Moderna, 2006;
(19)- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 83. São Paulo: Moderna, 2006;
(20)- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 85. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
Referências
(21)- MAGNOLI, Demétrio. Géia: Fundamentos da Geografia. 8ª série. p. 58. São Paulo: Editora Moderna, 2002;
(22)- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p.83. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
(23)- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 84. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
(24)- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 86-87. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
(25)- http://www.suapesquisa.com/uniaoeuropeia/crise.htm. Acesso em: 10/01/2013.
(26-VESENTINI, William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. 8ª série. p. 30. São Paulo: Ática, 2007.
(27)- BOLIGIAN, Levon; MARTINEZ, Rogério; GARCIA, Wanessa & ALVES, Andressa. Geografia: Espaço e vivência. 9º
ano. p. 133. São Paulo: Atual Editora, 2009.
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