M A R

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MOTE POESIA ON LINE para 08/01/2.010
Proposto por:
SoLuNaMaRoSa
M A R
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Mar e Lua
Composição: Chico Buarque
Amaram o amor urgente
As bocas salgadas pela maresia
As costas lanhadas pela tempestade
Naquela cidade
Distante do mar
Amaram o amor serenado
Das noturnas praias
Levantavam as saias
E se enluaravam de felicidade
Naquela cidade
Que não tem luar
Amavam o amor proibido
Pois hoje é sabido
Todo mundo conta
Que uma andava tonta
Grávida de lua
E outra andava nua
Ávida de mar
E foram ficando marcadas
Ouvindo risadas, sentindo
arrepio
Olhando pro rio tão cheio de
lua
E que continua
Correndo pro mar
E foram correnteza abaixo
Rolando no leito
Engolindo água
Rolando com as algas
Arrastando folhas
Carregando flores
E a se desmanchar
E foram virando peixes
Virando conchas
Virando seixos
Virando areia
Prateada areia
Com lua cheia
E à beira-mar
SONS DE MAR
Nas adjacencias de mim
Retumbam ecos de vozes esquecidas.
Sons de mar eclodem
De um casulo escondido
No ventre medonho do oceano.
Crisálidas desabrocham em profusões de vida
Alegria, amor e a tal felicidade...
Sentimentos buscados em vivências mil
Sons de mar trazendo até nós
Uma metamorfose ilusória
De pranto à luz!
Sons de mar, ritmos alucinados...
Sensação de bem-estar.
Ondas espumantes
Destroçadas ante os rochedos
Penas cruéis vividas em nossa existência.
Sons de mar, utopia irreal...
Como marisco que luta
Entre o rochedo e o mar
Nós buscamos o nirvana alcançar
Utopia do irreal...
Mas os sons de mar
Ainda nos permitem sonhar!
Denise de Souza Severgnini
O MAR
Berço do sol, eis que o mar
Namora por igual a lua
Encantado com o seu luar.
Ela bem sensual e bela
Ele feliz a agitar
Suas ondas só para ela.
Amam-se assim, tão serenos,
Ele muito mais do que ela
Distraída em seu brilho ameno.
Mas, se ele ousasse vê-la
Em noites toda enlevada
Porque lhe piscam as estrelas,
Quiçá deixasse a malvada...
São Luís, 10.01.2010
Valenciana
10-01-10
O MAR
Ondas suaves, às vezes, revoltadas,
clamam ou choram, cantam e assobiam
ante o vento suave em noites enluaradas...
Espumas brancas, das ondas do mar,
vem beijar a areia e nos abraçar...
trazem consigo muita inspiração
para escrever meu simples versejar
O mar traz também, lembranças passadas
de certos afagos em meu coração...
Valenciana
ALMA EM CONCHAS
A TARDINHA, LÁ NO HORIZONTE.
...OS ÚLTIMOS RAIOS
DE SOL SE DESPEDEM.
PRAIA QUASE DESERTA...
EM SILÊNCIO, OUÇO O BARULHO DO MAR!
CAMINHANDO NA AREIA,
COM A ALMA EM CONCHAS DO MAR...
NA PELE SINTO A BRISA FRESCA.
DESVIANDO O OLHAR,
APRECIO COM SAUDADE,
GAIVOTAS EM VOOS RAZANTES QUE
SE AGITAM SOBRE AS ONDAS...
ENQUANTO NA AREIA,AS ONDAS EM ESPUMAS
BRANCAS, PARECEM SE ESPREGUIÇAR...
NA MORNA AREIA, EM VENTO SUL.
CONTINUO ARRASTANDO MINHA SAUDADE.
ANNA RIBEIRO
Amar a si na costa do mar
costa do mar...
solidão na imensidão
contemplação,
interior de si
profanação do vazio
na ansiedade de querer
amar a si, depois do adeus
saudade de antes do fim
aqui e ali; lá e acolá
em qualquer lugar
sobra sem luz
além dum olhar
sem amor, a costa do mar
seduz a lágrima escondida
não vertida, na despedida
e agora, parida...
água volta à areia
encanta canto de sereia
amor renasce outro dia
esperar e olhar o mar!
Denise de Souza Severgnini
O MAR
Pasmo ao fitar o mar!
Constato que ele, dia e noite,
Detém-se a esperar, pacientemente,
Pelo Sol para aquecer-lhe as águas,
Pela Lua para iluminar-lhe os caminhos.
Eritânia Brunoro
Trilogia poética sol lua mar
Voz que não se cala
Mansa inquieta alvoroçada cavernosa
Mar de sustos e de prantos
Mar de beijos e de desejos
mar luas de marés cheias.
e sol que o esquenta
Mar de epopeias
De homens de corpo forte amantes sôfregos
Sequiosos em cada porto um beijo
em cada tempestade uma oração
Como poemas embalados
Esperançados em seu coração
Mar que esconde a verdadeira voz
Mar de heroísmos de lutas cansadas
De medos desses silêncios de marasmos
quietos
Aquele mar de assustar
Em que a aragem era a ansia
Sem uma brisa que o fizesse agitar
Que os marinheiros amoleciam
Que os fazia desesperar
Mas esses segredos de medos pertencem
Ao dono do mar
E não os vai divulgar
Mar sussurros de segredos mudos de salvados
de destroços que o vento vai arrastar
nesse encrespado mar
Porque ele é cioso não gosta de intrusos
Arremessa-os espraiando-os com as suas
defesas
as ondas alterosas de bravias
seu exercito de vanguarda
Mar de vozes que do fundo desse mar
ecoam e fazem chorar
Musas e sereias ilusões das solidões
desse mar de sonhos com naufrados
fantasmas
e criaturas de espantos se sons de vida e de
morte
Mar oh! mar
Meu canto meu pranto minha saudade
Miragem que de ilusão me enganou
Verdade que meu corpo tomou
Mar que me arrancou ecos de admiração
Mar que se tornou chama de minhas ânsias
Sopro alento de exalação
Mar que desvirginava donzelas
Por tanto as adular
Mar que me tornou poeta e que me faz
versejar
esta trilogia brilhante lua sol e mar.
De tta
Entrego-me
Mar...
Ah, este mar que abriga-me
Que confortá-me, que sacia minhas tantas outras vontades
Meu olhar vai longe contigo, entrego-me
a estas águas tão azuís, tão minhas
Brinco com elas e vejo botos por todo canto
a saudar-me
As ondas batem nas pedras,acariciam meu rosto
fazem carícias no dia
Entrego-me a este prazer que me domina
A calma vem neste doce balanço de suas águas
Neste conforto, nesta outra forma de amar
Quisera ser tal qual um surfista
e bailar nestas ondas, dançar com o mar
Mar, minha inspiração maior, em ti sinto-me eu...
Isabel Nocetti
Organzas*
Amo as ondas que se anunciam vagarosas
Desenroladas cetim nos meus lençóis
Suspendida a vida por um instante varal
Sorvo na pele o dia raio de sol
Amo o tépido acariciar das mantas
Crespas e espumosas franjas
Crista verde jade, uma esmeralda
Incontáveis incertezas das marés
- roçar das organzas num baléAmo o mar que tu me desvendas
Celebração avarenta do ensejo
Marulham sede, fome e beijo
Amo o mar que te ofereço
Foz desperta do meu corpo
Vem amor, banha-te em mim
E todas as manhãs serão porto.
Karinna*
O Sal do Porto
Soaroir 10/1/10
("mar")
ó mar, que salgas os peixes
a tarrafa e a alma dos pescadores
represados entre penhas
conformados rendeiros
sem sonhos
de outros ninhos
voar e tarrafear
em oceanos
e te deixar...Jamais!
(***)
Mar dá de acometer
em praia pura...
Textura que o poeta não sentiu.
Abriu seu coração por não saber
que o ser nem era fato, mas criança...
Mar dá de me banhar os restos tão mortais quanto o foram outras partes...
Ronaldo Rhusso
Mar...
É motivo de inspiração
Motiva-nos à reflexão
Embora quando está revolto, mar cheio...
Traz-nos calma atinge-nos bem no meio
Alegre quando nasce o dia
Fornece a muitos o alimento de cada dia
Prateia quando a noite chega
Dourado quando se põe como uma lua cheia
Mar... Sempre convivo perto de ti
Sinto tua falta, necessito do seu som, de
ondas a quebrar
Longe, apenas imagino... Envios beijos para ti
Mar... Desde pequena tu és minha energia e
alegria
Mergulho sempre com prazer de te
reencontrar!
Mariaw em 10/01/2010
Eu e o mar
E à noite quando chega o cheiro
Do mar grávido da lua cheia
O meu corpo arrepia inteiro
Eu faço um país cor de âmbar
Cinge-me uma alegria tonta
Ao ver que a maré me a_colhe
E lambe-me os pés em carícia.
Faço um prece alforria
Ao chão ajoelho-me e clamo:
Traga-me a noite e leva este pranto
Para o teu leito caudaloso e frio.
Ó mar salgado que tanto amo
Invade-me as entranhas e banha-me
No sal das tuas lágrimas, desafio.
Ousa, pois, saciar-me com a tua força
Faz-me companhia nesta dor queixume
Bem sei, a tua amada não terá ciúme
Se distraído ó mar apaixonado
Nesta hora colapso_agonia
Fizeres-me companhia
E me mostrares quanto das tuas lágrimas
São espumas que se alagam
Rendas brancas sem bilros
Que suaves os meus pés
Vem tocar-me como flor.
Fátima Mota
Oh
Sol
que abre
cedo o mar
E do arvoredo
A sombra vai guiar
Mais tarde cede seu lugar
À dama da noite,
Rainha a brilhar
Sem medo
Oh lua
Luar.
Auristela Fusinato Wilhelm
Música de fundo:Oceano, Djavan
Imagens retiradas do Google
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