1º Parte: O contexto do pavilhão de Portugal

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Faculdade de Arquitectura – UTL
Mestrado Integrado em Arquitectura
1.º Ano, ‘08/ 09
Cultura da Arquitectura da Cidade
Storyboard: O Pavilhão de Portugal
Docente: Jorge Nunes
Discentes: Joana Morais, N.º 7142
Marta Pires, Nº 7144
Tadeo Araújo, N.º 78231
Rafaela Gradvohl, N.º 4175
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Storyboard: O pavilhão de Portugal
Introdução do Filme Início com uma cena de entrada de carro em Lisboa pela ponte
Vasco da Gama, filmando em movimento a nova zona da Expo e focando depois o
edifício do Pavilhão de Portugal.
1ª Parte: O Contexto do Pavilhão de Portugal – Expo'98
Cena 1.1 – A Cidade de Lisboa: Mudanças na Zona Ribeirinha
A Cena desenvolve-se com vistas panorâmicas sobre a cidade de maneira a
demonstrar a cidade de Lisboa antes da Expo ‘ 98.
O Pavilhão de Portugal, do arquitecto Siza Vieira, foi construído no contexto
da exposição internacional de arquitectura em Lisboa no ano de 1998: Expo'98.
A Expo'98 faz parte de uma ideia global de voltar a cidade de Lisboa para o
rio, vista como uma viragem na forma de entender a relação da cidade com o rio e
oportunidade decisiva na consolidação das mudanças na zona ribeirinha da cidade.
Cena 1.2 – Requalificação da Zona Oriental da Cidade
Desenvolvimento da Cena com vistas panorâmicas sobre a zona Oriental da
cidade de Lisboa demonstrando a antiga zona industrial com fortes impactos no meio
ambiente. Imagens intercaladas com os novos planos urbanísticos apresentados para
a zona.
A decisão da localização da exposição na zona oriental da cidade – área
industrial atingida pela deslocalização – criou condições para uma reconversão
controlada de uma vasta área em degradação acelerada e com fortes impactos
ambientais negativos sobre a cidade e o rio.
A expo'98 era a possibilidade de revalorização da relação da cidade com o
rio, de recuperar o ambiente e a paisagem, de reconverter o uso e assegurar a
integração deste espaço com uma identidade própria no tecido da cidade, tendo para
isso como alicerce a concepção do espaço público e edificado.
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Era também a oportunidade de concretizar uma estratégia de renovação e
modernização com internacionalização da base económica de Lisboa.
Cena 1.3 – Exposição Internacional: Abrir a Nova Lisboa ao Mundo
Apresentação de imagens dos novos espaços públicos e edifícios da Expo
fazendo a comparação com outras exposições internacionais desenvolvidas noutras
Cidades.
Uma exposição internacional como ponto de encontro e de avaliação dos
conhecimentos e das capacidades humanas pode introduzir sonhos efémeros que se
tornam em pavilhões vazios e de difícil custo de manutenção. O seu carácter
internacional aliada à sua efemeridade e à carência de condicionantes podem tornar
estas zonas de intervenção em “não cidades” – cidades dentro de cidades, sem
integração, sem especificidade nem permanência.
Para combater o surgimento desse fenómeno em Lisboa depois da EXPO, nasce
no local dos antigos edifícios industriais uma exposição em contexto com a cidade
existente, conferindo-lhe uma imagem não tão espectacular (comparativamente a
exposições realizadas noutras cidades), e mais real.
As estruturas menos extraordinárias orientam a consolidar e a potenciar o
existente em detrimento de construir o novo.
Cena 1.4 – O Tema da Exposição – O Tema do Pavilhão
Demonstração das explorações sistemáticas dos recursos marinhos com
imagens de barcos de pesca habitares marinhos.
O tema da EXPO'98 – “Os Oceanos. Um Património para o Futuro”, assume
uma problemática central dos nossos dias: optimizar e assegurar um uso razoável dos
recursos marinhos, essenciais ao equilíbrio do planeta. O tema desenvolve-se tendo
como pano de fundo a consciência dos problemas levantados pelas explorações
sistemáticas dos recursos oceânicos e a necessidade de se encontrar rapidamente
soluções para manter o equilíbrio global do planeta.
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Cena 1.5 – Enquadramento do Edifício na Área de Intervenção da EXPO
Imagem de uma planta ou esquema simples que demonstre a localização do
Pavilhão e dos edifícios que o rodeiam e acompanhado por esquiços realizados pelo
Arquitecto.
A
criação
de
Arquitecturas
de
referência
e
de
forte
simbolismo,
proporcionadas pela exposição mundial, constituiu o elemento central do plano de
urbanização,
pela
sua
contribuição
para
a
referenciação,
singularidade
e
consolidação do espaço urbano.
O Pavilhão de Portugal teve especial importância quanto à localização e
articulação com a estrutura urbana no conjunto com outros edifícios, tendo este a
função de praça coberta/tenda. A implantação deste edifício teria como espaço a
doca, onde o arquitecto escolheu colocá-lo não no seu eixo, mas numa posição de
assimetria, quase como um barco ancorado à doca. Assim, estabeleceu-se uma
relação de tensão e dinamismo com os edifícios próximos.
Cena 1.6 – A Escolha do Arquitecto
Imagens do Arquitecto e de alguma da sua Obra de maneira esquemática e
superficial. Imagens Históricas referentes ao tempo dos Descobrimentos.
Talvez a escolha do Arquitecto Siza Vieira para a elaboração do Pavilhão de
Portugal se justifique pelo facto de este ser uma referência nacional e internacional
da
arquitectura
contemporânea,
nunca
esquecendo
a
arquitectura
popular
Portuguesa, que aparece nas suas obras, imersa nos mais diversos pormenores. Assim
se tenta exaltar no Pavilhão de Portugal um país preocupado com presente e voltado
para o futuro, e não refugiado nas lembranças das glórias passadas.
2ª Parte: O Arquitecto
Cena 2.1 – O Arquitecto – Biografia
Apresentação das Obras do Arquitecto Siza Vieira recorrendo a uma passagem
de imagens através de uma fita de projecção cinematográfico acompanhado com som
de fundo da passagem de fitas no cinema antigo, com a intenção de demonstrar o
passado.
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Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira (Matosinhos, 25 de Junho de 1933) é o
arquitecto português de maior prestígio internacional, sendo simultaneamente o mais
consagrado arquitecto português.
Siza Vieira realizou obras emblemáticas como o Pavilhão de Portugal da
Expo'98, a Igreja de Santa Maria, no Marco de Canaveses ou o Museu de Arte
Contemporânea, no Porto. Sua obra, no entanto, pode ser encontrada em vários
pontos do mundo, além de Portugal, como no Brasil, Coreia do Sul, Espanha, Estados
Unidos da América, entre outros. Junto com Fernando Távora, é uma das grandes
referências da chamada Escola do Porto. Formou-se na Escola Superior de Belas Artes
do Porto, que frequentou de 1949 a 1955. Influenciado, numa primeira fase da sua
obra, por nomes internacionais da arquitectura como Adolf Loos e Frank Lloyd
Wright, cedo Siza conseguiu afastar-se dessas influências claras e traçou a sua
linguagem que nos remete tanto a influências clássicas como ao desenho claro e
limpo que definiu a obra de Mies van der Rohe, os planos horizontais, a clareza das
formas, o requinte do espaço.
Criando marcos arquitectónicos na história da arquitectura portuguesa como a
Casa de Chá, as Piscinas de Marés, o Museu de Serralves, a igreja de Marco de
Canaveses, ou mais recentemente, o museu para a Fundação Iberê Camargo, em
Porto Alegre, no Brasil, onde Álvaro Siza marca uma nova linguagem arquitectónica,
muito à semelhança de Le Corbusier que, na sua terceira fase, afasta a racionalidade
das villas, Siza consegue-se reinterpretar ou mesmo se redesenhar, procurando uma
linguagem que, até então, tinha vindo a mostrar em alguns apontamentos de obras
recentes complexidade formal aliada a uma aparente simplicidade do desenho.
Cena 2. 2 – Entrevista com Álvaro Siza
Imagem estática do Arquitecto no seu atelier de trabalho acompanhado com
a entrevista como som de fundo.
Sobre o Pavilhão de Portugal, concebido especialmente para a EXPO 98, qual foi a
principal ideia a ser transmitida na concepção do edifício?
Dar ao público a ideia de um país com um passado que sabe preparar o futuro.
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Desde o princípio houve esta necessidade de representar a passagem para o futuro?
No princípio o futuro era apenas um esquema. Havia a necessidade de atacar o
edifício como um barco, mas houve uma certa dificuldade na ancoragem desta ideia
por conta do oceanário.
Fala-se no livro o “Pavilhão de Portugal” sobre a “Inevitabilidade dos caprichos” por
conta dos arquitectos. Estão os arquitectos a considerar que um edifício obedeça e
possua certos caprichos particulares?
Um capricho não é uma coisa alheia a um processo de reflexo e consenso. O
capricho é um compromisso. Não pode haver racionalidade sem capricho.
Você considerou a ideia da pala como algo que correria o risco de não ser
devidamente concebida?
A pala é de betão e tem 20 centímetros. Sólida. A forma física da pala
obedece ao cálculo do cair natural de uma tela. Se a curva não fosse calculada
devidamente haveria pressão e partia. Tenho a ideia da pala e pergunto aos
engenheiros se é um disparate. Não é a pala que vai diferenciar o Pavilhão de
Portugal dos outros, é antes o contraste entre a pala, que é pouco usual, associada a
um edifício com janelas iguais. É isso que lhe dá carácter.
Acha que o edifício é a representação de uma passagem brusca para o futuro?
A passagem para o futuro nunca é uma ruptura, é sempre gradual.
O que é preciso para que os erros de um edifício expositivo sejam sobrepostos pelos
seus acertos? Existe algum tipo de relação directa com o exterior?
É preciso que o projecto não seja estanque e que não se faça tudo de
imediato. Mais do que o habitual há um certo inacabado no recinto de uma
exposição. Isto não se prende com atrasos, antes sim com necessidades, as formas de
viver com e no edifício. A relação com o exterior é indissociável do projecto.
Houve uma certa preocupação declarada em exprimir características da cultura
Portuguesa no edifício?
Ao nível do estilo não me preocupei com os elementos marcadamente
portugueses. No Estado Novo, por exemplo, fez-se um grande esforço para reflectir
uma identidade. Aqui há coisas portuguesas que surgem de uma forma não óbvia.
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Ser Português e desenhar um edifício em Portugal implica fatalmente alguma
coisa de Português.
Há um discurso com o rio que não tem a ver com o facto de ser português,
mas com a posição geográfica. Há marcas que nos ultrapassam, não vale a pena fazer
esforços especiais para explicar.
Existe um final para a obra de um arquitecto?
O trabalho do arquitecto nunca termina. Um edifício, mesmo que não mude
de mãos, vai variando.
Você é hoje considerado um arquitecto conhecido em escala mundial, para você o
que vem a ser um bom arquitecto?
Um bom arquitecto, competente dentro do seu campo de responsabilidade, é
aquele que dá uma resposta eficaz. Circunstâncias várias, entre as quais empenho, a
convicção e a resistência podem facilitar um salto qualitativo, traduzindo-se num
edifício brilhante que se destaca ou que se torna invisível. É, muitas vezes, mais
difícil de conceber um edifício que se apaga. Um bom arquitecto não é apenas
aquele que faz o edifício brilhante. O arquitecto tem de falar com pessoas, fazer de
psicólogo, de relações públicas, fazer cedências, contrapor...não é um ditador.
3ª Parte: Conceitos Acerca da Elaboração do Edifício
Cena 3.1 – Inspirações – A Cultura Portuguesa
Nesta passagem apresenta-se imagens de elementos da cultura lusitana
(exemplos
de
Arquitectura,
vestuário
e
outros
objectos)
na
época
dos
Descobrimentos, passando pelo período do domínio Português, quando a suas
influências se difundiram por todo o mundo até aos dias de hoje.
A concepção arquitectónica do Pavilhão de Portugal nasce da evocação da
cultura portuguesa, tanto das suas glórias passadas – os grandes feitos das
navegações e das explorações em todos os cantos do mundo – como os anseios para o
futuro, lançando um olhar para aquilo que se espera. Contudo, não é por isso que o
edifício se torna uma mimese de arquétipos clássicos da arquitectura lusitana, antes
mostra-se como um novo referencial para esta arquitectura.
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O projecto vale-se do primeiramente sítio, fazendo da implantação e dos
elementos que compõem o lugar elementos indissociáveis do seu conceito. Enquanto
o jardim plantado de oliveiras relembra o carácter tradicional e meridional da
paisagem portuguesa, o emolduramento gerado pela composição do edifício nos faz
vislumbrar um futuro de possibilidades, tornando o espaço aberto – a praça coberta –
reflexivo e inspirador.
Cena 3.2 – Inspirações – Referências Externas
Passagem das Obras que influenciaram o Arquitecto na composição do
edifício.
Sensivelmente inspirado pelo traço moderno, valendo-se das atribuições da
estética racional-funcionalista, e da estética da escola moderna brasileira e os
projectos de Oscar Niemeyer – da introdução das curvas na composição volumétrica
das edificações, o Pavilhão consegue inserir-se com ares de atemporalidade, com a
conotação de reunir em si os diversos estágios da história portuguesa.
O Mar tem um carácter simbólico determinante, por fazer relembrar o
passado de um povo de conquistas e desbravamentos, lançando-se corajosamente ao
mar em busca do novo, e ao mesmo é paradigmático por apresentar-se ainda como a
porta de novos e inesperados acontecimentos. Traz em si, portanto, referências de
todos aqueles que conheceram um dia a face de Portugal através dos navegadores.
Cena 3.3 – Carácter
Continuação da cena anterior, porém abordando os desdobramentos que
levaram à formulação urbanística da zona Oriental da cidade, bem como os edifícios
lá presentes, mostrando agora obras externas (nacionais e internacionais) e suas
semelhanças com os projectos para a Expo.
A concepção da intervenção que se pretendia com este projecto também é
bastante particular. Apesar de ter sido originalmente pensado para um uso
temporário – por ocasião da Exposição Internacional de 1998 em Lisboa – desde sua
concepção já se havia adoptado um partido permanente, que sobreviveria a exibição
e se implantaria como monumento perene da nova arquitectura lisboeta.
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Assim como outros edifícios implantados na zona da EXPO’98, o Pavilhão se
erigiu como instrumento de abertura da cultura e da cidade portuguesa para mundo,
tornando-se um novo marco referencial para a maneira como Lisboa olha para si
mesma, bem como a maneira todo o mundo a vê.
Cena 3.4 – Composições
Apresentação de como os elementos da Arquitectura tradicional Portuguesa
foram utilizados – de maneira indirecta – na volumetria do edifício, como azulejos, a
calçada Portuguesa, revestimentos entre outros.
Desde os elementos escolhidos, conta-se de maneira lúdica a história lusitana.
O ímpeto das Navegações é citado com os perfis de pilares que remetem aos Biombos
de Namban, referencia aos nipónicos, os primeiros que sentiram a expansão
portuguesa.
A tradição dos azulejos à portuguesa também se mostra, numa releitura,
revestindo as paredes magistrais.
Há ainda a marca daquilo que se tornou elemento fundamental nas cidades da
expansão portuguesa: as calçadas portuguesas (de pedra calcária).
A estética do edifício ainda consegue dar um tom solene ao espaço. Mesmo
não havendo uma unidade no conjunto do Pavilhão, por se tratar na verdade de dois
edifícios conjugados – um para as exposições propriamente ditas, outro com um
carácter mais cívico e cerimonial – sua composição consegue inserir-se de forma
solene e imponente, conferindo-lhe ares mais monumentais. Este tom solene é
conquistado não só em nível de volume, mas em cada detalhe. As paredes brancas e
cinzentas, quase ofuscantes, também conquistam o olhar quando emprestam o seu
espaço à cerâmica escura contrastante. A leveza da laje (pala) em betão armado
ainda inspira o usuário a navegar. Sua forma implanta-se de maneira peremptória na
praça coberta de função ora lúdica, ora cívica. Desde a escolha do material – o
betão, que mesmo rígido, pesado consegue ser moldado de maneira a parecer flutuar
– ainda mais por esta afastado dos pilares por esteios – nos leva a crer que estamos
mesmo ao sabor dos ventos – sendo guiados tanto ao passado quanto ao desconhecido
de maneira despropositada.
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4ª Parte: Descrição
Cena 4.1 – Apresentação do Pavilhão
Apresentação com uma imagem geral do edifício que mostra o eixo central
Norte – Sul que separa a zona do edifício da envolvente. Passagem de imagens
começando do exterior para o interior do pavilhão focando pormenores relevantes.
O pavilhão desenvolve-se segundo um eixo Norte – Sul localizado junto do
Tejo, é constituído por dois corpos, sendo um destes composto por uma praça
cerimonial (corpo - praça) e outra sendo o próprio pavilhão (corpo - pavilhão).
O corpo – praça encontra-se coberto por uma fina laje de betão reforçada por
tirantes de aço inoxidável que se mantém parcialmente visíveis. A luz que os
atravessa acrescenta ainda mais à sensação de leveza. Suspensa por dois pórticos e
apoiada por largos pilares revestidos a pedra, compõe assim num espaço amplo e
aberto para o rio Tejo. É neste espaço que estabelece a ligação entre os dois corpos
do edifício e onde decorrem acontecimentos públicos.
No lado Norte, o espaço do piso inferior em forma de U é prolongado por
muros que limitam a área ajardinada, que evoca o carácter particular da paisagem
Portuguesa.
O corpo – pavilhão é composto por dois pisos e cave, este corpo desenvolve-se
em torno de um pátio central, cuja estrutura se organiza em duas malhas com um
simples módulo e presta para várias utilizações.
No alçado Noroeste surge um corpo separado do edifício principal que tem
igualmente dois pisos.
O lado Oeste possui uma simples fachada clássica, composta por janelas
regulares. O edifício é caracterizado pela sua flexibilidade e localização simbólica,
existe um discurso com o rio Tejo, que está relacionado com a posição geográfica e
com os descobrimentos.
O interior é composto por espaços expositivos, restaurantes e anexos, as
paredes são em tosco para permitir uma utilização futura não estabelecida,
articulando com as exigências como a segurança, insonorização, instalação de
equipamentos e circulação nos espaços variados. Este corpo desenvolve-se em torno
de um pátio central, a intenção de colocar um pátio central foi apenas a pensar na
sua utilização futura, para que assim se a opção fosse de utilizar o espaço para
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escritórios era necessário distribuir o espaço por espaços mais pequenos e assim o
pátio daria a possibilidade a entrada de luz.
No corpo pavilhão optou–se por colocar apenas um piso para que fosse possível
mais tarde implantar no futuro um piso intermédio.
O pavilhão de Portugal constitui pela sua situação privilegiada junto do rio,
pela pureza da natureza das linhas um edifício marcadamente português.
5ª Parte: Funções do Edifício
Cena 5.1 – Passado
Sequência de imagens dos dias em que aconteceu a Exposição Internacional,
mostrando os diversos equipamentos, mas enfatizando o Pavilhão de Portugal.
Inicialmente concebido para receber as instalações da Exposição Internacional
de 1998, especificamente a mostra sobre a cultura portuguesa, desde as remotas
lembranças de uma tradição espalhada por todo o mundo.
O seu espaço externo, concebido como uma praça coberta e aspecto de
cerimonial, que teve como função estabelecer relações de convívio. É também nesse
sítio que a relação entre o usuário e o edifício torna este segundo monumental. O
aspecto simbólico que o Pavilhão adquire também é mais explícito no espaço
externo. É aqui onde os emblemas da história portuguesa convergem para a sua
composição. Internamente, o espaço é simples, dotado de um carácter de múltiplas
possibilidades. Apesar de utilizado para a exposição lusitana propriamente dita,
desde já se fomentou o aspecto de adaptabilidade do mesmo. Tanto os seus
elementos quanto a sua composição volumétrica restringe-se ao mínimo necessário,
possibilitando as futuras adaptações.
Cena 5.2 – Presente
Apresentação de imagens do exterior como o interior do edifício de eventos
recentes que tenham ocorrido nas instalações do pavilhão.
A Zona do Oriente é hoje um marco referencial para a Cidade de Lisboa, com
forte apelo turístico e comercial, encontrando-se no Pavilhão de Portugal e estigma
mais imponente. Do ponto de vista arquitectónico e urbanístico, rompe com a
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tradição medieval dos bairros sobreviventes ao terramoto de 1755, e ainda difere das
propostas iluministas da urbanização pombalina, projectada para reerguer uma
cidade em escombros através de um ponto de vista completamente novo.
Apesar de forte influência racionalista, sua concepção formal/estrutural é de
carácter essencialmente contemporâneo, trazendo ao visitante - usuário uma
sensação de Europa Moderna, de cidade cosmopolita, com o objectivo explicito da
inserção de Lisboa no roteiro turístico internacional, com equipamentos de grande
porte. O Pavilhão, portanto, reúne em si esse carácter simbólico de atrair e
encantar, agindo como gerador dessa nova sensação citadina para Lisboa
Cena 5.3 – Futuro
Encerramento do vídeo com uma cena que começa por enquadrar o edifício
de frente (visto da cidade para o rio) deslocando-se a vista para o rio dando a ideia
de um Portugal voltado para o Futuro.
Primeiramente é preciso romper com a ideia de evasão e desuso que por
vezes persiste em instalar-se. As instalações da EXPO’98 têm sido utilizadas de
maneira contínua devido ao bom nível de adaptação que tiveram os edifícios.
Os diversos pavilhões receberam outras atribuições e foram devidamente
adequados a novas funções que lhe tem garantido certo ritmo no seu uso.
O Pavilhão tem sido palco de diversos seminários que encontros que dentro
outros aspectos, agem de forma reflexiva, reflectindo sobre a própria condição
urbana de Lisboa, numa tentativa de estabelecer critérios e possíveis soluções a nível
urbanístico para a cidade.
Talvez ainda exista uma necessidade de uma divulgação turística mais
contundente, mais apelativa, uma vez que a ideia que se tem daquele sítio ainda
esteja muito ligada exposição. As actividades turísticas podem sempre ser
potencializadas através de equipamentos no entorno do edifício que despertem
interesse no usuário, bem como seu carácter primordial, o abrigo de exposições
temporárias, pode sempre ser renovado, através de uma programação estabelecida
de maneira sucessiva (feiras, congressos a nível nacional e internacional, grandes
espectáculos...). Mas se essas são apenas soluções em curto prazo, a não resolução
do problema incutido da pouca utilização do sítio (assim como os Portugueses se
lançavam ao mar em busca do desconhecido) mais uma vez é preciso esperar o
porvir.
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Imagens Ilustrativas das Cenas
1ª Cena
Cena 1.1
Fig. 1.1.1. Vista geral do pavilhão
Fig. 1.1.2 Vista geral da cidade de Lisboa
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Fig. 1.1.3. Zona Ribeirinha
Cena 1.2
Fig. 1.2.1. Zona Oriental da cidade antes da Epo ‘98
Fig. 1.2.2. Novos planos para a zona Oriental
14
Cena 1.3
Fig. 1.3.1 Novos edifícios e espaços públicos
15
Cena 1.4
Fig. 1.4.1 Tema das exposições sobre o oceano, oceanário
Cena 1.5
Fig.1.5.1 A doca e os edifícios que rodeiam o pavilhão
16
Fig.1.5.1 Edifícios que rodeiam o pavilhão
Cena 1.6
Fig.1.6.1 O arquitecto Álvaro Siza
2ª Cena
Cena 2.1
Fig.2.1.1 Fita Cinematográfica
17
3ª Parte
Cena 3.1
Fig. 3.1.1 Alusão às Descobertas passadas
Cena 3.2
3.2.1. Edifício da autoria de Niemeyer
18
Cena 3.4
3.4.1
Ilustr
ações
dos
Biombos de Namban
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4ª Parte
Cena 4.1
Fig. 4.1.1 Vista geral do edifício
~
Fig. 4.1.2 Vista Este do Edifício
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Fig. 4.1.3. Pátio Interior
Fig. 4.1.4. Jardim
21
5ª Parte
Cena 5.1
Fig. 5.1.1 Pavilhão de Portugal no Passado
Cena 5.2
22
Fig. 5.2.1 Praça cerimonial
Cena 5.3
Fig. 5.3.1. Vista para Norte
23
Bibliografia – Texto:

VIEIRA, Álvaro Siza. MOURA, Eduardo Souto de. Pavilhão de Portugal. Critério
Produção Gráfica. Lisboa.

FERREIRA, Mega. GASPAR, Jorge et al. Lisbon World Expo 98. Projects.
Editorial Blau. Lisboa. 1996

ESCOLANO, Victor Pérez. BOTHMER, Humbertus von et al. Exposição Mundial
de Lisboa. Editorial Blau. Lisboa. 1998

ROSA, Vassalo. TOUSSAINT, Michel. Lisbon World Expo 98. Projects. Editorial
Blau. Lisboa. 1996
Bibliografia - Imagens:
1ªParte
Cena 1.1.
http://www.lpmcom.pt/cms/insidelisboa/imagens/items/2007-02-27-904.jpg;
http://img.photobucket.com/albums/v26/Marco77/Projectos_maquetes/UPDATES/E
xpo_antes.jpg;
http://incoming.portugaltours.pt/emportugal/emPT_lisboa.html;
Cena 1.2.
http://micrografico.micrograf.pt/images/m18/28_01.jpg;
Cena 1.3.
http://www.risco.org/pt/projectos/desurbano/recinto_expo/index.html;
http://www.leme.pt/imagens/portugal/lisboa/zonas-de-lazer/parque-dasnacoes/0001.jpg
Cena 1.4.
http://blog.terramater.pt/uploaded_images/file-762611.jpg;
Cena 1.5.
http://www.math.ist.utl.pt/~jpnunes/AMIII/whyam3/pavilhaoatlantico.jpg;
http://i2.photobucket.com/albums/y37/gutooo/portugal/port171.jpg;
Cena 1.6.
http://www.homesgofast.com/architect-designed-homes/images/Alvaro-sizavieira.gif
3.ª Parte
Cena 3.1.
http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=31687.0
http://www.dightonrock.com/caravela2.jpg
24
Cena 3.2.1
http://architectook.net/wp-content/gallery/oscar-niemeyermuseum/Oscar%20Niemeyer%20Museum1.jpg
oriente
Cena 3.4.
http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://bp1.blogger.com/_kNYc62pxRI/SGM1DNdYUuI/AAAAAAAABjg/9dI7bzbzeDk/s400/bm1.jpg&imgrefurl=http://bor
dadodemurmurios.blogspot.com/2008/06/biombos-namban.html&usg=__LTxmcgOfInl4Qm7oOFL3fNc5yw=&h=400&w=392&sz=65&hl=ptBR&start=6&um=1&tbnid=Du2RcSrSw813gM:&tbnh=124&tbnw=122&prev=/images%3F
q%3DBiombos%2Bde%2BNamban%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DX
http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://tv.rtp.pt/antena2/images/articles/11
8/0cc1c3573866cab593674c2a3ca7c09c.jpg&imgrefurl=http://tv.rtp.pt/antena2/inde
x.php%3Farticle%3D118&usg=__1TbxnWb1YLdyjUxCo6QdYaCOMTU=&h=330&w=589&sz
=180&hl=ptBR&start=2&um=1&tbnid=00EZZdknwfPT8M:&tbnh=76&tbnw=135&prev=/images%3Fq
%3DBiombos%2Bde%2BNamban%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DX
4ª Parte
Cena 4.1.
http://lrm.isr.ist.utl.pt/jsgm/albuns/expo98/pavportugal1_pq.jpg;
http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/Images%5Cpavilhão_portugal_parque_nac
oes.jpg
http://www.oasrs.org/trienal/test/imgs/slide4.jpg
5ª Parte
Cena 5.1.
http://img249.imageshack.us/img249/7808/expo14gw8.jpg
http://lh6.ggpht.com/jfreitas.soares/SIEzTOgYXtI/AAAAAAAAFms/646cTHanihs/P716
0410.JPG?imgmax=800
Cena 5.2.
Imagens captadas pelos alunos no local.
Cena 5.3. http://aspirinalight.com/wp-content/uploads/b089829.jpg
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