amazonia-Prof Janete

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SEMANA DA AMAZÔNIA
A devastação da Floresta
Profª Janete T. S. Zanuzzo
Floresta Amazônica
A floresta Amazônica continua a ser
uma das maiores do planeta. Quanto à
biodiversidade, não há floresta no mundo
comparável a ela, com uma flora riquíssima
- mais de 30 mil espécies de plantas -, que
inclui um terço de toda a madeira tropical
disponível no mundo. A Amazônia brasileira
já perdeu 12,5% da mata original, o
equivalente ao território da França.
Foco de atenção do mundo todo, o
desmatamento das florestas da Amazônia é
um dos agentes responsáveis pelas grandes
mudanças da paisagem da região. Segundo
dados do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (INPA), até o fim da II Guerra
Mundial, a presença humana no meio
ambiente quase não trouxe modificações à
cobertura vegetal natural da Amazônia. Um
novo período foi iniciado, contudo, com as
políticas - principalmente no Brasil - visando
a expansão das fronteiras agrícolas e o
assentamento de imigrantes, oriundos de
regiões
densamente
povoadas
e/ou
carentes.
OS
CAMINHOS
DA
DEVASTAÇÃO
Derrubada de árvores, fogo, construção de
rodovias, projetos agropecuários, minerais e
de colonização ameaçam o patrimônio natural
da Amazônia. Estima-se que cerca de 80% da
madeira amazônica é extraída ilegalmente e em
grande parte exportada para o Japão e a
Europa. Os dados, porém, não são precisos: a
devastação é medida a partir de imagens de
satélite de baixa resolução, que só acusam
áreas onde houve corte total de árvores e não
detectam o desmatamento seletivo ou a
substituição
da
mata
original
por
monoculturas.
Os assentamentos para Reforma Agrária
na Amazônia são responsáveis por mais
de 50% do desmatamento. Nos últimos
30 anos, 88% das terras destinadas à
reforma agrária estavam na Amazônia.
A razão é simples: trata-se de uma área
com menos resistência política e
empresarial ás desapropriações, além de
ser a que possui mais terras devolutas.
Impactos Ambientais
•A perda da cobertura vegetal causa a
degradação do solo e em decorrência a
desertificação.
•O extermínio das florestas também
afeta o clima, pois elas regulam a
temperatura, o regime de vento e de
chuva.
•A redução da camada vegetal e a
conseqüente diminuição da chuva
levam ainda ao aquecimento da Terra.
Permitir
a
continuidade
do
desmatamento significa condenar a
Amazônia ao atraso econômico, à crise
social e ao desastre ambiental.
Até hoje, aproximadamente dois terços
da Amazônia permanecem como floresta
virgem e ainda podem ser preservados.
O grande desafio é conseguir equilibrar
a exploração de recursos, o avanço
econômico da região e a conservação
de suas riquezas naturais - o chamado
desenvolvimento sustentável.
"Nos últimos 25 anos, já foi derrubada
uma área equivalente a mais de duas
vezes o estado de São Paulo", diz Aziz
Ab’Sáber, geógrafo da Universidade de
São Paulo (USP)
Queimadas
Os grandes inimigos das florestas
são os incêndios sejam de origem
natural
ou
provocados.
Eles
comprometem a preservação da vida
florestal.
Grandes áreas são devastadas pela
ação do fogo, provocando a fuga dos
animais ou a morte da fauna local,
causando prejuízos irreparáveis á
natureza e as atividades econômicas
humanas.
O objetivo das queimadas é fazer
uma limpeza no terreno a baixo custo,
eliminando a vegetação natural para a
implantação de pasto ou de culturas
agrícolas.
O
fogo
destrói
os
microorganismos benéficos ao solo e a
fauna existente no local. Em geral,
plantios realizados após uma queimada
esgotam os poucos nutrientes que restam
no solo. A terra descoberta tem seus
nutrientes levados pela chuva (lixiviação)
tornando-se rapidamente improdutiva.
ASSOREAMENTO
As queimadas e desmatamentos
deixam o solo desprotegido,
facilitando a erosão, provocando a
perda de nutrientes, diminuindo a
fertilidade.
O solo sem cobertura causa o
assoreamento dos rios, o que produz
inundações.
As represas recebem grande
quantidade
de
terra,
sofrendo
continuo processo de assoreamento
e prejudicando a vida aquática.
Formam-se
novas
ilhas
nos
estuários dos rios, impedindo a
subida dos peixes e dificultando o
transporte fluvial.
Além da imensa perda de biodiversidade e
da ameaça a povos e culturas tradicionais, o
desmatamento e a queimada afeta o ciclo das
águas e adiciona, segundo o Instituto de
Pesquisa da Amazônia (Ipam), 200 milhões de
toneladas de carbono à atmosfera anualmente,
transformando o Brasil num dos 10 maiores
vilões responsáveis pelo aquecimento global.
O desmatamento e as queimadas da região
Amazônica constituíram as mais sérias
preocupações dos ambientalistas nas últimas
décadas,
por
acarretar
desequilíbrios
imprevisíveis ao ambiente, com conseqüências
desconhecidas.
Garimpo e extração mineral
na Amazônia
Além de todos os impactos e agressões ao
ambiente causados pelas atividades ligadas à
agropecuária e à exploração madeireira, o
extrativismo mineral também representa uma fonte de
degradação ambiental. Atualmente, na Amazônia,
existem cerca de 20 regiões de alta concentração de
garimpos de ouro. São famosas as histórias do
Projeto Carajás e do Projeto Jari nas décadas de 70 e
80.
A Amazônia possui ainda uma série de riquezas
minerais mal exploradas economicamente. Metais
como ferro, zinco, alumínio, e ouro estão presentes
no subsolo amazônico em quantidades variáveis.
Porém, é no garimpo de ouro na Amazônia
que toda a sorte de conflitos econômicos e
sociais se manifestam. O Brasil não possui
uma política mineral explícita, sendo a
exploração
do
ouro
organizada
regionalmente, pelas populações locais,
movidas por aspirações de ascensão e fuga
da eterna exclusão social. Freqüentemente os
garimpos funcionam com infra-estrutura
precária, agredindo o ambiente e liberando
grandes quantidades de mercúrio nos rios, no
ar e no solo.
O mercúrio é usado como auxílio na
purificação do ouro, pelo processo conhecido
como "amalgamação". Este metal adere ao
ouro metálico formando o amálgama.
Posteriormente, o amálgama é aquecido e o
mercúrio é vaporizado, restando o ouro puro.
Esta forma de garimpo de ouro é
extremamente poluidora, uma vez que o
mercúrio se acumula no ambiente sob
diversas formas. O mercúrio acumula-se
facilmente em peixes e outros animais
silvestres. No homem é absorvido por via
digestiva, provocando uma intoxicação
crônica com complicações renais e nervosas.
O mercúrio metálico é absorvido por via
respiratória
quando
vaporiza-se,
na
purificação do ouro. Provoca, além dos
mesmos problemas renais e nervosos,
intoxicações pulmonares. Desta forma, o
consumo de peixes, em áreas de garimpo,
representa um perigo para homens e
principalmente, para mulheres gestantes.
Fetos podem sofrer mal-formações e
deficiências de desenvolvimento nervoso e
motor, quando as mães alimentam-se destes
peixes.
Apesar de todas as contra-indicações e efeitos
lesivos do uso de mercúrio nos garimpos, a
pressão da necessidade econômica ainda dita
o avanço desta atividade. Os garimpos
produzem a subsistência de grupos humanos
em condições precárias, em meio a toda sorte
de doenças como malária, leishmaniose,
doenças
sexualmente
transmissíveis,
hanseníase e os males produzidos pelo
mercúrio. Só quem lucra neste sistema são os
donos de garimpo, mas a riqueza não fica na
região, e nem serve ao desenvolvimento. Vai
embora junto com os homens.
Índices globais de destruição
80% das florestas nativas e originais
já foram destruídas;
Somente 20% das florestas nativas
permanecem intactas.
(The Rainforest Action Network)
É
possível
o
desenvolvimento
sustentável?
“UM
DESENVOLVIMENTO
QUE
NÃO
COMPROMETA AS GERAÇÕES FUTURAS".
Como explorar as riquezas da Amazônia
e
promover
seu
avanço
sócioeconômico
sem
comprometer
o
ecossistema local e global?
Bibliografia
www.suapesquisa.com
www.cienciahoje.uol.com.br
www.igc.usp.br/GEOLOGIA/geoeduambiental
www.tree4life.com
www.herbario.com.br
www.refloresta.com
http://portalamazonia.globo.com
http://360grausterra.com.br/extremos
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