Doenças Sexualmente Transmissíveis Cancro mole O que é?

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Doenças Sexualmente
Transmissíveis
Cancro mole

O que é?
O cancro mole pode ser chamado de cancro venéreo, mas seu nome mais popular é
“cavalo”. Provocado pela bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente nas regiões
tropicais, como o Brasil.

Formas de contágio
A transmissão ocorre pela relação sexual com uma pessoa infectada, sendo o uso da
camisinha a melhor forma de prevenção.

Sinais e sintomas
Os primeiros sintomas – dor de cabeça, febre e fraqueza – aparecem de 2 a 15 dias
após o contágio. Depois, surgem pequenas e dolorosas feridas com pus nos órgãos
genitais, que aumentam progressivamente de tamanho e profundidade. A seguir,
aparecem outras lesões em volta das primeiras. Após 2 semanas do início da doença,
pode parecer um caroço doloroso e avermelhado na virilha (íngua), que pode
modificar os movimentos da perna ao andar. Esse caroço pode drenar uma secreção
purulenta esverdeada ou misturada com sangue. Nos homens, as feridas aparecem na
cabeça do pênis (glande). Na mulher, ficam na vagina e/ou no ânus. Nem sempre a
ferida é visível, mas provoca dor na relação sexual e ao evacuar.

Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado
procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação
do tratamento com antibiótico adequado.
Clamídia e Gonorréia

O que são?
Clamídia e gonorréia são infecções causadas por bactérias que podem atingir os
órgãos genitais masculinos e femininos. A clamídia é muito comum entre os
adolescentes e adultos jovens, podendo causar graves problemas à saúde.
A gonorréia pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto (canal anal), a garganta e os
olhos. Quando não tratadas, essas doenças podem causar infertilidade (dificuldade
para ter filhos), dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros
danos à saúde.

Sinais e sintomas
Nas mulheres, pode haver dor ao urinar ou no baixo ventre (pé da barriga), aumento
de corrimento, sangramento fora da época da menstruação, dor ou sangramento
durante a relação sexual. Entretanto, é muito comum estar doente e não ter sintoma
algum. Por isso, é recomendável procurar um serviço de saúde periodicamente, em
especial se houve sexo sem camisinha.
Nos homens, normalmente há uma sensação de ardor e esquentamento ao urinar,
podendo causar corrimento ou pus, além de dor nos testículos. É possível que não
haja sintomas e o homem transmita a doença sem saber. Para evitar, é necessário
o uso da camisinha em todas as relações sexuais.

Diagnóstico
Por meio da consulta com um profissional de saúde, exame clínico específico e coleta
de secreções genitais.

Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessas DST, é recomendado procurar um
profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento
adequado, com o uso de antibióticos específicos.

Oftalmia Neonatal
É uma conjuntivite do recém-nascido após contaminação durante o nascimento, com
secreções genitais da mãe infectada por clamídia e gonorréia, que não foram
tratadas. Surge no primeiro mês de vida e pode levar à cegueira, se não prevenida ou
tratada adequadamente.

Sinais e sintomas - Vermelhidão e inchaço das pálpebras e/ou presença de secreção
(pus) nos olhos.

Prevenção - Deve ser feita a prevenção em todos os recém-nascidos com um colírio,
aplicado na primeira hora após o nascimento ainda na maternidade.

Tratamento - Toda oftalmia neonatal deve receber tratamento imediato para as
principais bactérias causadoras (gonococo, causador da gonorréia e clamídia), a fim
de prevenir consequências graves, como a cegueira. A mãe e seu(s) parceiro(s)
sexuais devem sempre ser avaliados e tratados.
Uretrite por clamídia (no homem)
Uretrite Gonocócica (no homem)
Vaginite Gonocócica
Condiloma acuminado (HPV)

O que é?
O condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo,
figueira ou cavalo de crista, é uma DST causada pelo Papilomavírus humano (HPV).
Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer,
principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito
comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer
ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e
deve ser feito de rotina por todas as mulheres.
Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são
os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é
recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.

Sinais e Sintomas
A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. No homem,
é mais comum na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus. Na mulher, os
sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As
lesões também podem aparecer na boca e na garganta. Tanto o homem quanto a
mulher podem estar infectados pelo vírus sem apresentar sintomas.

Formas de contágio
A principal forma de transmissão desse vírus é pela via sexual. Para ocorrer o
contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga
é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação
sexual geralmente impede a transmissão do vírus, que também pode ser transmitido
para o bebê durante o parto.

Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um
profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento
adequado.
Codiloma peniano
Codiloma vaginal
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)

O que é?
A doença inflamatória pélvica (DIP) pode ser causada por várias bactérias que
atingem os órgãos sexuais internos da mulher, como útero, trompas e ovários,
causando inflamações.

Formas de contágio
Essa infecção pode ocorrer por meio de contato com as bactérias após a relação
sexual desprotegida. A maioria dos casos ocorre em mulheres que tem outra DST,
principalmente gonorréia e clamídia não tratadas. Entretanto também pode ocorrer
após algum procedimento médico local (inserção de DIU - Dispositivo Intra-Uterino,
biópsia na parte interna do útero, curetagem).

Sinais e sintomas
A DIP manifesta-se por dor na parte baixa do abdômen (no “pé da barriga” ou baixo
ventre). Também pode haver secreção vaginal (do colo do útero), dor durante a
relação sexual, febre, desconforto abdominal, fadiga, dor nas costas e vômitos. Pode
haver evolução para forma grave, com necessidade de internação hospitalar
tratamento com antibióticos por via venosa.

Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar
imediatamente um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do
tratamento adequado.
Donovanose ou Glanuloma Inguinal

O que é?
É uma infecção causada pela bactéria Klebsiella granulomatis, que
afeta a pele e mucosas das regiões da genitália, da virilha e do
ânus. Causa úlceras e destrói a pele infectada. É mais frequente no
Norte do Brasil e em pessoas com baixo nível socioeconômico e
higiênico.

Sinais e sintomas
Os sintomas incluem caroços e feridas vermelhas e sangramento
fácil. Após a infecção, surge uma lesão nos órgãos genitais que
lentamente se transforma em úlcera ou caroço vermelho. Essa
ferida pode atingir grandes áreas, danificar a pele em volta e
facilitar a infecção por outras bactérias. Como as feridas não
causam dor, a procura pelo tratamento pode ocorrer tardiamente,
aumentando o risco de complicações.

Tratamento
O tratamento, com uso de antibióticos, deve ser prescrito pelo profissional de saúde
após avaliação cuidadosa. Deve haver retorno após término do tratamento para
avaliação de cura da infecção. É necessário evitar contato sexual até que os sintomas
tenham desaparecidos e o tratamento finalizado.
Herpes

O que é?
É uma doença causada por um vírus que, apesar de não ter cura, tem
tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas
que se rompem e se transformam em feridas. Depois que a pessoa teve
contato com o vírus, os sintomas podem reaparecer dependendo de fatores
como estresse, cansaço, esforço exagerado, febre, exposição ao sol,
traumatismo, uso prolongado de antibióticos e menstruação. Em homens e
mulheres, os sintomas geralmente aparecem na região genital (pênis,
ânus, vagina, colo do útero).

Formas de contágio
O herpes genital é transmitido por meio de relação sexual (oral, anal ou
vaginal) sem camisinha com uma pessoa infectada. Em mulheres, durante
o parto, o vírus pode ser transmitido para o bebê se a gestante apresentar
lesões por herpes. Por ser muito contagiosa, a primeira orientação dada a
quem tem herpes é uma maior atenção aos cuidados de higiene: lavar bem
as mãos, evitar contato direto das bolhas e feridas com outras pessoas e
não furar as bolhas.

Sinais e sintomas
Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas na região
genital,
que
se
rompem
formando
feridas
e
desaparecem
espontaneamente. Antes do surgimento das bolhas, pode haver sintomas
como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e mal-estar. As
bolhas se localizam principalmente na parte externa da vagina e na ponta
do pênis. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo
local, com os mesmos sintomas.

Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado
procurar um profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação
do tratamento adequado. Não furar as bolhas e não aplicar pomadas no
local sem recomendação profissional.
Lesões no pênis (fase inicial)
Lesões no períneo feminino
Infecção pelo Vírus T-linfotrópico humano
(HTLV)

O que é?
A doença é causada por um vírus e possui duas formas: o tipo 1,
relacionado a doença neurológica e leucemia, e o tipo 2, mais raro. O vírus
T-linfotrópico humano (HTLV) infecta as células de defesa do organismo,
os linfócitos T, e surgiu em 1980, a partir de um paciente com um tipo raro
de leucemia de células T, tipo de câncer que ataca a medula óssea.

Formas de contágio
A transmissão desse vírus se dá pelo sexo sem camisinha com uma pessoa
infectada, uso em comum de seringas e agulhas durante o uso de drogas e
da mãe infectada para o recém-nascido (principalmente pelo aleitamento
materno). Por isso, é indicado usar camisinha sempre. Mulheres grávidas
também precisam fazer acompanhamento médico.

Sinais e sintomas
Os sintomas mais comuns são dor nas pernas e na região lombar (parte
inferior da coluna lombar) e dificuldade para defecar ou urinar. Porém,
99% dos portadores do HTLV-I nunca desenvolverão qualquer problema
de saúde relacionado a esse vírus.

Tratamento
Como o risco do desenvolvimento da doença associado ao HTLV-I é muito baixo, não
existe indicação de tratamento nos casos assintomáticos. Na presença de qualquer
sinal ou sintoma de possível DST, é recomendado procurar um profissional de saúde,
para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.
Linfogranuloma venéreo

O que é?
É uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que atinge os
genitais e os gânglios da virilha.

Formas de contágio
A transmissão do linfogranuloma venéreo ocorre pelo sexo desprotegido com uma
pessoa infectada. Por isso, é preciso usar camisinha sempre e cuidar da higiene
íntima após a relação sexual.

Sinais e sintomas
Os primeiros sintomas aparecem de 7 a 30 dias após a exposição à bactéria. Primeiro,
surge uma ferida ou caroço muito pequeno na pele dos locais que estiveram em
contato com essa bactéria (pênis, vagina, boca, colo do útero e ânus) que dura, em
média, de 3 a 5 dias. É preciso estar atento às mudanças do corpo, pois essa lesão,
além de passageira, não é facilmente identificada.
Entre 2 a 6 semanas após a ferida, surge um inchaço doloroso dos gânglios da virilha.
Se esse inchaço não for tratado rápido, pode piorar e formar feridas com saída de
secreção purulenta, além de deformidade local. Podem haver, também, sintomas
gerais como dor nas articulações, febre e mal estar.

Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um
profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento
adequado, que consiste em uso de antibióticos por tempo determinado.
Sífilis

O que é?
É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se
manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases,
período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar
sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a
sífilis, principalmente as gestantes no 1º trimestre da gestação, pois a sífilis
congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O cuidado
também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como
cegueira, surdez e deficiência mental.

Formas de contágio
A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem
camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe
infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as
relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples,
confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis.

Sinais e sintomas
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços
nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com
alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não
apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem
deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar
um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e
pés) e queda dos cabelos.
Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas também
desaparecem, dando a idéia de melhora. A doença pode ficar estacionada por meses
ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira,
paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.

Tratamento
Recomenda-se procurar um profissional de saúde, pois só ele pode fazer o
diagnóstico correto e indicar o tratamento mais adequado, dependendo de cada
estágio. É importante seguir as orientações médicas para curar a doença.

Sífilis congênita
É a transmissão da doença de mãe para filho. A infecção é grave e pode causar máformação do feto, aborto ou morte do bebê, quando este nasce gravemente doente.
Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e,
quando o resultado é positivo, tratar corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim
se consegue evitar a transmissão da doença.
Sinais e sintomas
A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os
primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas
estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental.
Em alguns casos, a sífilis pode ser fatal. O diagnóstico dá-se por meio do exame de
sangue e deve ser pedido no primeiro trimestre da gravidez. O recomendado é fazer
o teste duas vezes durante a gravidez e repeti-lo logo antes do parto, já na
maternidade. Quem não fez pré-natal, deve realizar o teste antes do parto. O maior
problema da sífilis é que, na maioria das vezes, as mulheres não sentem nada e só
vão descobrir a doença após o exame.

Tratamento
Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve ser indicado por um profissional da
saúde e iniciado o mais rápido possível. Os parceiros também precisam fazer o teste e
ser tratados, para evitar uma nova infecção da mulher. No caso das gestantes, é
muito importante que o tratamento seja feito com a penicilina, pois é o único
medicamento capaz de tratar a mãe e o bebê. Com qualquer outro remédio, o bebê
não estará sendo tratado. Se ele tiver sífilis congênita, necessita ficar internado para
tratamento por 10 dias. O parceiro também deverá receber tratamento para evitar a
reinfecção da gestante e a internação do bebê.
Cuidados com o recém-nascido
Todos os bebês devem realizar exame para sífilis independentemente dos exames
da mãe. Os bebês que tiverem suspeita de sífilis congênita precisam fazer uma
série de exames antes de receber alta.
Trocomoníase

O que é?
É uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Nas mulheres, ataca
o colo do útero, a vagina e a uretra, e nos homens, o pênis.

Sinais e Sintomas
Os sintomas mais comuns são dor durante a relação sexual, ardência e dificuldade
para urinar, coceira nos órgãos sexuais, porém a maioria das pessoas infectadas não
sente alterações no organismo.

Formas de contágio
A doença pode ser transmitida pelo sexo sem camisinha com uma pessoa infectada.
Para evitá-la, é necessário usar camisinha em todas as relações sexuais (vaginais,
orais ou anais). É a forma mais simples e eficaz de evitar uma doença sexualmente
transmissível.

Tratamento
Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é recomendado procurar um
profissional de saúde, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento
adequado. Os parceiros também precisam de tratamento, para que não haja nova
contaminação da doença.
Vaginite por Trichomonas
Trichomonas vaginalis
Hepatite A

A hepatite A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (VHA) e também
conhecida como “hepatite infecciosa”. Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre
indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Geralmente,
não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjôo
e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes
claras. Esses sinais costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção.
O diagnóstico da doença é realizado por exame de sangue, no qual se procura por
anticorpos anti-HAV. Após a confirmação, o profissional de saúde indicará o
tratamento mais adequado, de acordo com a saúde do paciente. A doença é
totalmente curável quando o portador segue corretamente todas as recomendações
médicas. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno. Causa
insuficiência hepática aguda grave em menos de 1% dos casos - esse percentual é
maior
em
pessoas
acima
de
65
anos.
Previna-se
A melhor forma de se evitar a doença é melhorando as condições de higiene e de
saneamento básico. Atualmente, o Sistema Único de Saúde disponibiliza uma vacina
específica contra o vírus causador da hepatite A. Mas esta vacina só é recomendada
em situações especiais, como em pessoas com outras doenças crônicas no fígado ou
que
fizeram
transplante
de
medula
óssea,
por
exemplo.
Hepatite B



Causada pelo vírus B (HBV), a hepatite do tipo B é uma doença infecciosa também
chamada de soro-homóloga. Como o VHB está presente no sangue, no esperma e no
leite materno, sua transmissão ocorre por relações sexuais sem camisinha com uma
pessoa infectada, ao compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de
unha ou outros objetos que furam ou cortam, de mãe infectada para o filho durante a
gestação, o parto ou a amamentação. Por suas formas de transmissão, a hepatite B é
considerada uma doença sexualmente transmissível.
A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas. Mas, os mais frequentes
são cansaço, tontura, enjôo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos
amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de 1 a 6
meses após a infecção. A hepatite B pode se desenvolver de duas formas, aguda e
crônica. A aguda é quando a infecção tem curta duração. Os profissionais de saúde
consideram a forma crônica quando a doença dura mais de 6 meses. Geralmente, a
hepatite aguda evolui para a crônica em 5 a 10% dos adultos infectados.
O diagnóstico da hepatite B é feito por meio de exame de sangue específico. Após o
resultado positivo, o médico indicará o tratamento adequado. Além dos
medicamentos (quando necessários), é indicada uma dieta de fácil digestão (para não
sobrecarregar o fígado), corte no consumo de bebidas alcoólicas pelo período mínimo
de seis meses, e remédios para aliviar sintomas como vômito e febre. Em pessoas
adultas infectadas com o VHB, 90 a 95% se curam; 5 a 10% permanecem com o vírus
por mais de seis meses, evoluindo para a forma crônica da doença.
Previna-se
Evitar a doença é muito fácil. Basta tomar as três doses da vacina, usar camisinha em
todas as relações sexuais e não compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante
com outras pessoas.

Além disso, toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar
hepatites, aids e sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe
para filho. Em caso positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas,
inclusive sobre o tipo de parto e a não amamentação até que a criança tome a
primeira dose da vacina contra esse tipo de hepatites.
Vacina
Atualmente, o Sistema Único de Saúde disponibiliza vacina contra a hepatite B. Todas
as pessoas podem, e devem, tomar a vacina contra hepatite B. Ela é de graça e pode
ser dada em qualquer posto de saúde. A imunização é realizada em três doses, com
intervalo de 1 mês entre a primeira e a segunda dose e de 6 meses entre a primeira e
a terceira dose.
Hepatite C

Essa hepatite é causada pelo vírus C (VHC), já tendo sido chamada de “hepatite não A
não B”. O vírus C, assim como o vírus causador da hepatite B, está presente no
sangue. Entre as causas de transmissão estão:
. Transfusão de sangue;
. Compartilhamento de seringas contaminadas ou outros objetos que furam ou
cortam, como alicates, giletes e instrumentos cirúrgicos, de tatuagens e de
acupuntura;
. Da mãe infectada para o filho durante a gravidez;
. Sexo sem camisinha com uma pessoa infectada (forma mais rara de infecção).

O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C aguda é muito raro.
Entretanto, os que mais aparecem são cansaço, tontura, enjôo e/ou vômitos, febre,
dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Por se tratar de
uma doença silenciosa, é importante consultar-se com um médico regularmente e
fazer os exames de rotina que detectam todas as formas de hepatite. O diagnóstico
precoce dos tipos B, C e D pode evitar doenças mais graves como cirrose ou câncer de
fígado.

Quando a reação inflamatória persiste sem melhora por mais de 6 meses, comum em
80% dos casos, os profissionais de saúde consideram que a infecção evoluiu para a
forma crônica. Quando necessário, o tratamento é complexo e dependerá da
realização de exames específicos, como biópsia hepática e exames de biologia
molecular. As chances de cura variam de 50 a 80% dos casos.
Previna-se
Evitar a doença é muito fácil. Basta não compartilhar seringa, agulha e objetos
cortantes com outras pessoas e usar camisinha em todas as relações sexuais.

Além disso, toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar
hepatites, aids e sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe
para filho. Em caso positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas,
bem como a não amamentação quando há fissuras no seio da mãe que permitam a
passagem de sangue.
Hepatite D



A hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse
vírus depende da presença do vírus do tipo B para contaminar uma pessoa. E sua
transmissão, assim como a do vírus B, ocorre: por relações sexuais sem camisinha
com uma pessoa infectada; ao compartilhar seringas, agulhas, lâminas de barbear,
alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam; da mãe infectada para o
filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. Por suas formas de transmissão,
é considerada uma doença sexualmente transmissível.
Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas
ou sinais discretos da doença. Os mais frequentes são cansaço, tontura, enjôo e/ou
vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Esses sinais costumam aparecer de 30 a 50 dias após a infecção.
A gravidade da doença depende do momento da infecção pelo vírus D. Pode ocorrer
ao mesmo tempo em que a contaminação pelo vírus B ou atacar portadores de
hepatite B crônica (quando a infecção persiste por mais de 6 meses).
Infecção simultânea dos vírus D e B
Na maioria das vezes, manifesta-se da mesma forma que a hepatite aguda B. Não há
tratamento específico e a recomendação médica consiste em repouso e alimentação
leve e proibição do consumo de bebidas alcoólicas por 1 ano. Apesar disso, a
coinfecção tem completa recuperação. A evolução para a forma crônica da doença
ocorre em 5% dos casos.

Infecção
pelo
vírus
D
em
portadores
do
vírus
B
Nesses casos, o fígado pode sofrer danos severos, como cirrose ou até mesmo formas
fulminantes de hepatite. Pelo caráter grave dessa forma de hepatite, o diagnóstico
deve ser feito o mais rápido possível e o tratamento só pode ser indicado por médico
especializado. É a principal causa de cirrose hepática em crianças e adultos jovens na
região amazônica do Brasil.
Previna-se
Como a hepatite D depende da presença do vírus B para se reproduzir, as formas de
evitá-la são as mesmas do tipo B da doença. Além de tomar as três doses da vacina
que previne contra a hepatite B, é recomendado:
. Não compartilhar alicates de unha, lâminas de barbear, escovas de dente, seringas
ou agulhas para uso de drogas injetáveis;
. Usar preservativo em todas as relações sexuais (vaginal, anal e oral);
. Além disso, toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar
hepatites, aids e sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe
para filho. Em caso positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas,
inclusive sobre o tipo de parto e a não amamentação, até que a criança tome a
primeira dose da vacina contra o tipo B.
Hepatite E

De ocorrência rara no Brasil e comum na Ásia e África, a hepatite do tipo E é uma
doença infecciosa viral causada pelo vírus VHE. Sua transmissão é fecal-oral, por
contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus.
Como as outras variações da doença, não apresenta sintomas. Porém, os mais
frequentes são cansaço, tontura, enjôo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e
olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de 15
a 60 dias após a infecção.

O diagnóstico é realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos
anti-HEV. Na maioria dos casos, a doença não requer tratamento, sendo proibido o
consumo de bebidas alcoólicas, e recomendado repouso e dieta pobre em gorduras. A
internação só é indicada em pacientes com quadro clínico mais grave, principalmente
mulheres grávidas.
Previna-se
A melhor forma de se evitar a doença é melhorando as condições de saneamento
básico e medidas educacionais de higiene.
AIDS



HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca
o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células
mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV
faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de
outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem
anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o
vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas
contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é
sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Biologia – HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus
compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes
do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema
nervoso e supressão do sistema imune.
SINTOMAS E FASES DA AIDS
Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa
a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a
incubação do HIV - tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros
sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. E o organismo leva de 8 a 12
semanas após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas
são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria
dos casos passa despercebido.

A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as
constantes e rápidas mutações do vírus. Mas que não enfraquece o organismo o
suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma
equilibrada. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.

Com o freqüente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos
eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a
infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos
linfócitos T CD4 - glóbulos brancos do sistema imunológico - que chegam a ficar
abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia
entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns são: febre, diarréia, suores
noturnos e emagrecimento.

A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem
esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o
estágio mais avançado da doença, a aids. Quem chega a essa fase, por não saber ou
não seguir o tratamento indicado pelos médicos, pode sofrer de hepatites virais,
tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.
Direitos
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Pela Constituição brasileira, os portadores do HIV, assim como todo e qualquer
cidadão brasileiro, têm obrigações e direitos garantidos. Entre eles: dignidade
humana e acesso à saúde pública e, por isso, estão amparados pela lei. O Brasil
possui legislação específica dos grupos mais vulneráveis ao preconceito e à
discriminação, como homossexuais, mulheres, negros, crianças, idosos, portadores de
doenças crônicas infecciosas e de deficiência.
Em 1989, profissionais da saúde e membros da sociedade civil criaram, com o apoio
do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, a Declaração dos Direitos
Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da Aids. O documento foi aprovado no
Encontro Nacional de ONG que Trabalham com Aids (ENONG), em Porto Alegre (RS).
I - Todas as pessoas têm direito à informação clara, exata, sobre a aids.
II – Os portadores do vírus têm direito a informações específicas sobre sua condição.
III - Todo portador do vírus da aids tem direito à assistência e ao tratamento, dados sem
qualquer restrição, garantindo sua melhor qualidade de vida.
IV - Nenhum portador do vírus será submetido a isolamento, quarentena ou qualquer tipo
de discriminação.
V - Ninguém tem o direito de restringir a liberdade ou os direitos das pessoas pelo único
motivo de serem portadoras do HIV/aids, qualquer que seja sua raça, nacionalidade,
religião, sexo ou orientação sexual.
VI - Todo portador do vírus da aids tem direito à participação em todos os aspectos da
vida social. Toda ação que visar a recusar aos portadores do HIV/aids um emprego,
um alojamento, uma assistência ou a privá-los disso, ou que tenda a restringi-los à
participação em atividades coletivas, escolares e militares, deve ser considerada
discriminatória e ser punida por lei.
VII - Todas as pessoas têm direito de receber sangue e hemoderivados, órgãos ou tecidos
que tenham sido rigorosamente testados para o HIV.
VIII - Ninguém poderá fazer referência à doença de alguém, passada ou futura, ou ao
resultado de seus testes para o HIV/aids, sem o consentimento da pessoa envolvida.
A privacidade do portador do vírus deverá ser assegurada por todos os serviços
médicos e assistenciais.
IX - Ninguém será submetido aos testes de HIV/aids compulsoriamente, em caso algum.
Os testes de aids deverão ser usados exclusivamente para fins diagnósticos, controle
de transfusões e transplantes, estudos epidemiológicos e nunca qualquer tipo de
controle de pessoas ou populações. Em todos os casos de testes, os interessados
deverão ser informados. Os resultados deverão ser transmitidos por um profissional
competente.
X - Todo portador do vírus tem direito a comunicar apenas às pessoas que deseja seu
estado de saúde e o resultado dos seus testes.
XI - Toda pessoa com HIV/aids tem direito à continuação de sua vida civil, profissional,
sexual e afetiva. Nenhuma ação poderá restringir seus direitos completos à cidadania.
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