Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública Adriano Oliveira Catarina Borges Carlos Eduardo Gustavo Barreto Leda Di Gregorio Maria Luíza Aguiar Macelly Amorim Paulo Lima Sérgio Barreto Salvador, 03 de setembro de 2009 Causa de 12% de todas as mortes. 2000 – 10 milhões de novos casos no mundo. Em 20 anos se prevê aumento de 50% na incidência. No Brasil estima-se 466 730 novos casos em 2009. • Bahia e Salvador • Bahia e Salvador Identificação: IAL, 63 anos, branco, químico, natural de Caetité, e procedente de Salvador. HMA: Paciente com história de IAM há 3 anos, foi atendido em consulta de rotina. Relata fraqueza e fadiga aos pequenos esforços e dor precordial anginosa. Funcionário do polo petroquímico de Camaçari, relata exposição a benzeno e derivados. Os exames cardiológicos encontravam-se normais. O hemograma mostrava hemoglobina de 11 mg/dl e leucocitose de 35.000, às custas de aumento de neutrófilos, bastonetes, metamielócitos, além de eosinófilos e basófilos. Plaquetas em 450.000. • 2008 - 9540 novos casos de leucemias no Brasil • 5220 - sexo masculino, 4320 – sexo feminino Bahia - 410 novos casos, sexto estado em incidência, 120 apenas em Salvador. • Região sul - maiores taxas de incidência com 7,36 e 5,34/100.000 hab, para homens e mulheres respectivamente. • A região é seguida pela região sudeste com taxas de 6,16 e 5,20 para homens e mulheres respectivamente. • O Rio Grande do Sul tem a maior taxa de mortalidade masculina no Brasil 4,28/100.000 hab. • A Bahia é o 22 na classificação com 1,43/100.000 hab de mortalidade • O Rio Grande do Sul continua com a maior taxa feminina 3,58/100.000 hab. • • Na Bahia esta taxa é de 1,26/100.000 hab. Grupo de doenças heterogêneas que se caracterizam pela infiltração do sangue, médula óssea e outros tecidos por células neoplásicas do sistema hematopoiético. Cerca de 16430 novos casos de leucemias mielóides nos EUA em 2006. • A incidência de LMA geral é de 3,7/100.000 hab, sendo de 4,6 para homens e 3 para mulheres. • A incidência é muito mais elevada em indivíduos com mais de 65 anos. • • Fatores de Risco a) Hereditariedade: aneuplodias, doenças no reparo do DNA como anemia de Fanconi, síndromes mieloproliferativas. b) Radiação c) Exposição a substâncis químicas: benzeno, derivados do petróleo, tintas, líquidos conservantes, herbicidas, pesticidas e tabagismo. d) Fármacos: terapia anti-câncer, agentes alquilantes, inibidores da topoisomerase II (Teniposido). Incidência de 1,5/100.000 hab por ano, sendo de 2,0 homens e 1,2 mulheres. • Aumenta lentamente até os 45 anos e rapidamente a partir daí. Média de idade de 55 anos no mundo e 45 anos no Brasil. • 15 a 20 % das leucemias em adultos • Os principais fatores de risco são: • a) A exposição a radiação ionizante em altas doses parece ser o fator de risco mais associado. b) Não há associação genética ou com agentes químicos. • Incidência de 3/100.000 hab nos EUA por ano. • A idade média de diagnóstico varia de 65 a 75 anos. Cerca de 75 % tem mais de 60 anos no momento do diagnóstico. • Acomete aproximadamente duas vezes mais o sexo masculino. • Originam-se de células do sistema imune em diferentes estágios de diferenciação, com ampla variedade de achados morfológicos, imunológicos e clínicos. Forma de leucemia mais prevalente nos países ocidentais. 22 a 30% de todas as leucemias do adulto. Rara na Ásia. 3,7/100.000 hab nos EUA. • Ocorre mais frequentemente em adultos idosos, rara em crianças. Média de idade de 64 a 70 anos. • • Mais comum em homens que em mulheres • Brancos são mais afetados que negros • Fatores de Risco a) Parece estar associada a hereditariedade. b) Também associada a tabagismo, exposição a solventes e derivados de petróleo. Acometem predominantemente crianças e adultos jovens. Representam 85 % dos casos de leucemias em crianças. • • Na Bahia representa 82,1 % das leucemias infantis. LLA infantil ocorre em subgrupos com maior nível socioeconômico. • A infecção é a principal causa de morte (imunossupressão) seguida de hemorragias (trombocitopenia). • • Fatores de Risco a) Tabagismo, substâncias químicas industriais. b) Exposição a substâncias químicas agrícolas. Identificação: AHS, sexo feminino, 58 anos, negra, aposentada (trabalhava como auxiliar de enfermagem), natural e procedente de Salvador. QP: “Cansaço há 2 meses” HMA: Paciente admitida no hospital com história de paresia em MID há 9 meses. Há 5 meses, a paciente notou o aparecimento de alguns nódulos indolores, com aproximadamente 2 cm cada, de consistência emborrachada, em região cervical e axilar, bilateralmente, que começaram a surgir de forma independente e se multiplicaram (SIC). Há 2 meses, a paciente apresentou quadro de dispnéia aos esforços extra-habituais que evoluiu, durante o período, e, atualmente, consiste em episódios de dispnéia às atividades habituais. Há 2 semanas, a paciente estava assistindo à televisão e, subitamente notou um embassamento no olho esquerdo. Após diversas tentativas frustradas de melhorar o episódio, olhou-se no espelho e notou queda de sua pálpebra esquerda. Refere episódios de febre com sudorese importante, principalmente à noite. Afirma perda ponderal de 6 kg. Procurou ortopedista, há 8 meses, que lhe indicou tratamento para hérnia de disco. Adenomegalias cervicais Redução da mortalidade X Manutenção da incidência Estimativa do INCA para 2009: 1600 novos casos em homens; 1270 novos casos em mulheres Padrão de apresentação bimodal (1° pico: 20-30 anos/ 2° pico: 50-60 anos) Incidência aumentada em mulheres Sistema imune comprometido e quadro da doença na família são considerados fatores de risco para esse tipo de linfoma. A Doença de Hodgkin pode surgir em qualquer parte do corpo, e os sintomas da doença dependem da sua localização. Em linfonodos próximos à pele, no pescoço, axilas e virilhas: detecção de linfonodos aumentados e indolores nestes locais. Em linfonodos torácicos: tosse, "falta de ar" (dispnéia) e dor torácica. Em linfonodos pélvicos e abdominais: plenitude e distensão abdominal. Outros sintomas da Doença de Hodgkin incluem febre, fadiga, sudorese noturna, perda de peso, e prurido ("coceira na pele") Dor após a ingesta de álcool À microscopia, células de Reed-Sternberg Alteração nas células B Tumor sólido de áreas extranodais O trato gastrintestinal é o sítio mais acometido. Demais sítios extranodais: glândulas salivares, tireóide, pulmões, anexos oculares, pele. No trato gastrintestinal Relação com H. pylori Igualmente distribuído entre os sexos Maior incidência na sexta década Dispepsia inespecífica e dor epigástrica À endoscopia, achados de gastrite não-específica ou de úlcera péptica; o achado de massa tumoral é incomum. A doença é localizada no antro ou é multifocal • Nenhuma translocação cromossômica ou lesão genética caracteriza essa neoplasia Alteração nas células T; indistinguível das neoplasias linfoblásticas de células B 15% de todas as leucemias linfoblásticas Mais comum da infância; acomete adolescentes e adultos jovens; segundo pico de incidência na quinta década; maior incidência no sexo masculino Massa mediastinal de crescimento rápido e compressiva (Sínd da VCS, derrame pleural e pericárdico). Pode apresentar linfonodomegalia cervical, supraclavicular ou axilar (50%) e febre, sudorese noturna e perda ponderal (50%). Metástase para o SNC. Alteração nas células B Translocação do c-myc [ t(8,14), t(8,22)] 2° linfoma mais incidente na infância Aproximadamente 40% dos linfomas nessa faixa etária Forma endêmica (africanos) Tumoração nos ossos da face (mandíbula) Forma não endêmica Apresentação abdominal (íleo terminal, ceco e linfonodos Mesentéricos) Relação com o VEB (EBV) Maioria dos casos africanos 25-40% SIDA 25% C. Esporádicos • • • 10% de todas as neoplasias hematológicas Alteração nas células B. Idade média ao diagnóstico: 65 anos Fatores de risco: exposição ao benzeno, inseticidas, herbicidas ou radiação; fatores genéticos; translocação cromossômica; HVSK (KSHV). Desregulação na relação osteoblasto/osteoclasto: dor óssea, lesões líticas, fratura, hipercalcemia. Compressão medular. Infecções (pneumonia, pielonefrites): hipogamaglobulinemia. Insuficiência renal: Hipercalcemia (nefrocalcinose), infecções, lesão tubular. Homem, 22 anos, natural e procedente de Salvador, foi admitido com história de um ano de febre, perda de peso e tumores cutâneos de crescimento acelerado nos últimos três meses. O exame físico revelou um marcado e difuso adensamento da pele, principalmente, em face e pescoço, assumindo, em algumas áreas, padrão tumoral. Adicionalmente, foram observadas massas axilares bilaterais, medindo 8 cm cada. Observou-se, pele descamativa com máculas e pápulas por todo o tronco e MMSS. Foi-se detectado, também, aumento dos linfonodos cervicais e axilares. O restante do exame físico estava dentro da normalidade. Bittencourt. AL. et al, Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeir, Vol. 89(1): 59-61, jan./mar. 1994 Elevada incidênca na Bahia, em Salvador e no ADAB Adultos infectados pelo HTLV-1 Subtipos: formas aguda, linfomatosa, crônica e smoldering Rápido curso clínico; frequentemente com hepatoesplenomegalia, adenomegalia, hipercalcemia, lesões ósseas líticas e linfocitose com células leucêmicas atípicas “flowers cells” (núcleos pleomórficos e multilobulados) (-) Linfonodomegalia sem quadro leucêmico (-) Leucocitose menos intensa, geralmente, sem hipercalcemia e hepatoesplenomegalia (+) Células atípicas no sangue periférico (+) Envolvimento do sangue periférico é observado na maioria dos pacientes Demais órgãos acometidos: linfonodos, medula óssea, pele, baço e pulmões Infecções oportunistas frequentes Imunidade celular deficiente Tratamento: Interferon-alfa + zidovudina parece ser a melhor opção terapêutica até o momento NENHUMA FORMA DE TRATAMENTO É SATISFATÓRIA Bittencourt. AL. et al, Mem. Inst. Oswaldo Cruz, Rio de Janeir, Vol. 89(1): 59-61, jan./mar. 1994 “Os linfomas não representam um espectro contínuo de uma mesma doença, variando no grau histológico e na agressividade clínica, mas representam, de fato, muitas doenças agrupadas sob uma denominação genérica comum.” Chiattone, CS. Identificação: A.J.S., 44 anos, sexo feminino, cor branca, advogada, natural e procedente de Salvador-Ba. QP:”lesão estranha” de tempo indeterminado. HMA: Paciente refere a descoberta de lesão enegrecida no dorso entremeada por áreas vermelhas, de contornos bem irregulares. Esta foi, primeiramente, vista pelo seu marido e diz que não a havia percebido nem com um tamanho menor ou com outra coloração, pois não costuma visualizar seu dorso. Afirma, apenas, centenas de lesões na superfície corporal, mas ao que atribui ser uma peculiaridade da sua família. IS:N.D.N. AP:Menarca aos 13 anos, ciclo regulares, 30 d/4d//2+/4, G2P2A0. Nega doenças dermatológicas prévias. AF: Refere antecedente de câncer de pele na sua irmã, mas não sabe qual especificamente. HV: Não é etilista, nem tabagista. Não usa drogas ilícitas. Pratica cooper todos os dias, pelo menos 1 hora/dia, sem um horário específico. HPS: Tem uma boa condição sócio-econômica. Mostra-se ansiosa, pois sabe que a sua lesão pode não ter cura. Ex. Dermatológico:Placa hiperpigmentada de cerca de 8 mm de diâmetro, com coloração variando de negro azulado a vermelho. Contornos irregulares. No Brasil, o câncer de pele continua sendo o mais incidente em ambos os sexos. Considera-se que haja um sub-registro de casos, o que interfere na sua estimativa. O carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular são os mais freqüentes, enquanto o melanoma cutâneo é o mais letal. 4 a 5% de todas as neoplasias de pele Principal causa de morte entre os tumores cutâneos A idade média do diagnóstico é de 50 anos. \Sexo N. casos novos Masculino Novos casos 2950 Feminino 2970 Fonte: Ministério da Saúde e INCA(Estimativa-2008) Fatores de risco A exposição ao sol, principalmente aos raios ultravioleta. As pessoas de pele clara, olhos azuis e sardas apresentam maiores taxas de melanoma. Queimaduras com surgimento de bolhas, na infância e juventude. Um grande número de nevos melanocíticos. Fatores hereditários Aproximadamente, 10% dos pacientes portadores de melanoma têm uma história familiar de melanoma. Maior suscetibilidade se há mutações no locus cromossomial p16/CDKN2A do gene 9p21. Grupo de maior incidência dos cânceres de pele I. Carcinoma basocelular 70% dos casos II. Carcinoma epidermóide 25% dos casos Altas taxas de cura, principalmente, pela facilidade de obtenção do diagnóstico. Mais comuns em adultos. Pico de incidência por volta dos 40 anos. Fatores de risco Exposição direta ao sol Pessoas de pele clara Doenças cutâneas prévias Fatores irritadiços crônicos (úlcera angiodérmica e cicatriz de queimadura) Exposição a agentes químicos, como o arsênico. A taxa de prevalência de câncer bucal (CB) no Brasil aponta este tumor como o oitavo mais freqüente entre os homens e o décimo entre as mulheres, de acordo com estimativa realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA-2008). O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra. Fatores de Risco: - idade superior a 40 anos - vício de fumar cachimbos e cigarros - consumo de álcool - má higiene bucal - uso de próteses dentárias mal-ajustadas. Principais sintomas aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal dificuldade para falar, mastigar e engolir emagrecimento acentuado dor presença de linfadenomegalia cervical Paciente, M.C.S., 52 anos, sexo masculino, casado, agricultor, natural e procedente de Livramento-BA, refere que vem cursando com disfagia progressiva há 8 meses, ingerindo apenas líquidos e alimentos pastosos atualmente. AM: DRGE há 20 anos, sem realização de tratamento adequado. HV: Tabagista, 2 maços de cigarro/dia há 30 anos. Etilismo, fazendo uso de 2 doses de cachaça/dia e 10 garrafas de cerveja por fim de semana. IS: Perda ponderal de 3 Kg no período. Exame Físico: Regular estado geral, afebril, mucosas coradas, escleras anictéricas. PR=82bpm, rítmico e amplitude regular. FR=12ipm. PA= 130/85mmHg. IMC= 20,3 Kg/m2. Demais segmentos do exame sem alterações. Pouco comum, mas muito letal. Mais comum em homens que em mulheres (3:1). Brasil: 6ª causa de CA em homens e 7ª em mulheres. Mais comum em negros. Ocorre mais depois dos 50 anos. Outras manifestações clínicas ◦ ◦ ◦ ◦ Halitose Tosse Rouquidão Hematêmese Consumo de álcool Tabagismo Estreitamentos induzidos por soda cáustica Acalásia inadequadamente tratada DRGE Identificação: M.S. – 65 anos, masculino, procedente de São Paulo. QP: Dor no estômago há meses. Vômitos há 1 mês. HMA: Até há 3 meses nada sentia. Alimentação rica em enlatados e defumados e levava vida normal. Há 3 meses começou a sentir peso no estômago, principalmente após as refeições. Essa dor não tinha irradiação e não melhorava com coisa alguma. Com o tempo foi perdendo o apetite e comia muito pouco. Há 1 mês começou a ter náuseas e vômitos logo após alimentar-se. Sente muita fraqueza, emagreceu 15 quilos em 3 meses. Carcinoma gástrico (90%) Câncer de estômago está em quinto lugar no ranking de incidência de câncer nos brasileiros e é o segundo em mortalidade. (ministério da saúde ) Cerca de 60% dos pacientes tem mais de 50 anos. (pico de incidência aos 70 anos). Relação homem mulher de cerca de 2:1 Dieta: alimentação pobre em vitamina A e C, carnes e peixes, ou ainda com uma alto consumo de nitrato, alimentos defumados, enlatados, com corantes e mau conservados. Infecção pelo helicobacter pylori (inflamaçao cronica e metaplasia intestinal) Gastrite crônica Tabagismo e ingesta de alcool Baixo nível socioeconômico História familiar Dor abdominal Pirose Vômito Enjôo Tumor palpável Além de anorexia, Sintomatologia inespécifica. Sendo os sintomas muitas Sintomatologia inespécifica. vezes subestimados pelos Sendo os sintomas muitas pacientes Diagnóstico vezes subestimados pelos tardio pacientes Diagnóstico tar fadiga e perda de peso I.M.S.P, 66 anos, sexo masculino, aposentado, natural de Jequié, procedente de Salvador. QP: anemia detectada por hemograma há 3 meses. HMA: há 3 meses fez um hemograma, solicitado após consulta com cardiologista, o qual detectou anemia microcítica hipocrômica. AM: hipertenso e dislipiêmico há 15 anos.Em uso de Losartan,HCTZ e sinvastatina. Cateterismo há 4 anos. AF: irmão mais velho falecido há 5 anos em decorrência de CA retal. HV: Tabagista, abstêmio há 10 anos, tendo fumado por 30 anos cerca de 1maço/dia.Sedentário. Refere dieta hipossódica e hipocalórica. Adenocarcinoma (98%). 3ª causa mais comum de câncer no mundo; 2ª causa nos países desenvolvidos Estimativas para 2008 (Brasil), 12.490 casos em homens e de 14.500 em mulheres Incidência similar entre os sexos; câncer de reto => cerca de 20 a 50% maior em homens na maioria das populações Pico de incidência => entre 60 e 79 anos. Menos que 20 % dos casos ocorrem antes dos 50 anos Fatores de risco Adenomas e FAP (via APC/b-catenina; adenomacarcinoma) CCNPH (instabilidade microssatélite) História familiar de câncer colorretal Obesidade Sedentarismo Etilismo Tabagismo Fatores de risco Relacionados à dieta: 1) Excesso de ingestão calórica 2) Baixo conteúdo de fibras vegetais nãoabsorvíveis 3) Alto conteúdo de carboidratos refinados 4) Ingestão de carne vermelha 5) Reduzida ingestão de micronutrientes protetores (Vit. A, C e E) Fatores de proteção Dietas pobres em gordura e ricas em fibras Suspensão do tabaco e consumo moderado de álcool Prática regular de exercícios físicos Uso de AINEs (controverso) Sinais de alerta: anemia ferropriva em homens mais velhos; fraqueza, mal-estar e perda de peso => indicativos de doença extensa Diagnóstico: suspeita clínica, sangue oculto nas fezes e colonoscopia Prognóstico: depende estadiamento tumoral no momento do diagnóstico Sobrevida é considerada boa se a doença for diagnosticada em estádio inicial; sobrevida média global em 5 anos = 40 a 50% J.L.S., sexo masculino, 46 anos, negro, solteiro, funcionário de escritório, natural de Rio Pomba - MG. Há 12 meses iniciou com tosse, predominantemente seca, eventualmente com expectoração mucóide em pequena quantidade, acompanhada de dispnéia progressiva. Na ocasião a dispnéia encontrava-se aos mínimos esforços. Ocasionalmente apresentava dor torácica ventilatório-dependente em hemitórax esquerdo. Sem febre nesse período. Emagrecimento de 7 kg. No início do quadro esteve internado em outro serviço e tratado por pneumonia. Ex-tabagista 25 anos/maço, tendo parado há 2 anos. Ex-etilista, tendo parado há 1 ano (quando iniciaram-se os sintomas). Ao exame encontrava-se descorado (+/4), acianótico, anictérico, afebril. Sem alterações em cavidade oral, sem linfonodomegalias, FC=84 bpm, PA=120x80 mmHg, FR=30 irpm, estertores crepitantes em 1/3 médios e inferiores, bilateralmente. Abdome e extremidades sem alterações. •É a causa de morte por câncer mais freqüente (30%). •Aumento por ano de 2% na sua incidência mundial. •Brasil: é a primeira causa de morte por câncer em homens e a segunda em mulheres. •Bahia: homens 7,26/100.000; mulheres 4,12/100.000 •Carcinoma broncogênico 90 a 95% TABAGISMO: Cigarro, Cachimbo, Charuto. idade de início do tabagismo há quanto tempo é fumante quantos cigarros fuma por dia quão profundo a fumaça é inalada deixar de ser fumante reduz drasticamente o risco de desenvolver câncer de pulmão ◦ Fumo Ambiental (fumante passivo) ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ EXPOSIÇÃO A : Arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, níquel, cádmio e cloreto de vinila ◦ encontrados principalmente no ambiente ocupacional FATORES DIETÉTICOS:baixo consumo de frutas e verduras DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA:enfisema pulmonar e bronquite crônica FATORES GENÉTICOS:predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos de asbesto e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos HISTÓRIA FAMILIAR de câncer de pulmão. CASO CLINICO A.M.S, sexo feminino, 41 anos, negra, casada, natural e procedente de Salvador-BA QP: nódulo da mama esquerda há 8 meses. HMA: paciente refere que há 8 meses notou pequena nodulação em mama esquerda indolor e pouco móvel. AP: menarca aos 13 anos, ciclos irregulares com períodos de amenorréia, duração de 3 dias/++/IV. Nunca fez mamografia. AF: pais hipertensos.Tia materna com história de CA de mama aos 45 anos. Nega DM. HV: nega tabagismo e etilismo. USG mama: Bi-rads 3. EXAME FÍSICO: presença de abaulamento em quadrante súpero externo de mama esquerda no exame estático e dinâmico. Presença de nódulo pouco móvel de 2,5 cm em QSE de mama esquerda de limites imprecisos e indolor. No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres. Bahia: 24,92/100.000 Aumento de sua freqüência tantos nos países desenvolvidos e em desenvolvimento (OMS) 90% de ductos ou lobos (75% deles se inicia na camada de células dos ductos lactíferos) Idade História pessoal ou familiar de câncer de mama. Longa história menstrual. Menarca antes dos 12 anos ou menopausa após os 55 anos. Não ter engravidado ou ter engravidado tardiamente. Obesidade. Mutações genéticas: BRCA1 ou BRCA2 Doença benigna da mama. A hiperplasia atípica Uso de hormônios exógenos (anticoncepcionais e reposição hormonal) O segundo tipo de tumor mais frequente entre mulheres Câncer ginecológico de maior incidência – 20 mil casos/ano (2008) Bahia:13,55/100.000 responsável pelo óbito de aproximadamente 230 mil pacientes por ano no Brasil incidência predomina na faixa etária de 20 a 29 anos risco aumenta rapidamente até atingir um pico geralmente na faixa etária entre 45 e 49 anos 75 a 90% carcinoma epidermóide 10 a 20% adenocarcinoma baixo nível sócio-econômico precocidade na primeira relação sexual promiscuidade sexual parceiro sexual de risco multiparidade primeira gestação precoce tabagismo radiação prévia infecção por HPV (presente em 90% dos casos - tipos 16 e 18) herpes vírus higiene íntima inadequada uso prolongado de contraceptivos orais Câncer mais prevalente no sexo masculino. Estima-se que 400 mil brasileiros, com idades entre 45 e 75 anos, apresentem a doença atualmente, mas muitos ainda não sabem (dados da secretaria de saúde de 2006) Fatores de riscos variáveis - adquiridos - passíveis de modificações - exemplos: vida sedentária, hábitos alimentares, obesidade, tabagismo e alcoolismo. Fatores de riscos permanentes - constitucionais, por enquanto não modificáveis ou parcialmente modificáveis - exemplos: Idade: incomum em homens com menos de 50 anos. Porém, depois dessa idade torna-se mais comum a cada década que passa, de forma linear. Raça: mais comum em homens negros. Hereditariedade: história familiar de pai ou irmão com câncer da próstata antes dos 60 anos de idade pode aumentar o risco de câncer em 3 a 10 vezes em relação à população em geral. Sintomas mais comuns para o câncer de próstata: Jato urinário que pára e recomeça. Dor ao urinar. Perda da força do jato urinário. Varias micções noturnas. Retenção de urina Dores na coluna, fêmur e bacia. Sangue na urina. Insuficiência renal Perda de peso. CÂNCER DE PÊNIS O câncer de pênis é um tumor raro Maior incidência a partir dos 50 anos de idade, embora possa ser encontrado em indivíduos jovens Relacionado a baixas condições sócioeconômicas – baixo grau de instrução e má higiene Representa 2% de todos os casos de câncer no homem Mais freqüente nas regiões Norte e Nordeste que Sul e Sudeste Caracterizada por uma ferida ou úlcera persistente Tumoração localizada na glande, prepúcio ou corpo do pênis Presença de gânglios inguinais Má higiene íntima Fimose não operada Promiscuidade e atividade sexual desprotegida – infecção por HPV