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Manual internacional
de fertilidade do solo
(Parte 1)
Tradução e adaptação do original
em inglês do
International Soil Fertility Manual, PPI, EUA, 1995,
por Alfredo Scheid Lopes
Professor Emérito da UFLA, Lavras, MG,
Consultor Técnico da ANDA, São Paulo, SP.
Publicado no Brasil pela Potafos, Piracicaba, SP.
Conteúdo:
(Parte 1)
Capítulo 1. Conceitos sobre fertilidade do solo e produtividade
Capítulo 2. Reação do solo e calagem
Capítulo 3. Nitrogênio
Capítulo 4. Fósforo
Capítulo 5. Potássio
(Parte 2)
Capítulo 6. Os nutrientes secundários
Capítulo 7. Os micronutrientes
(Parte 3)
Capítulo 8. Análise do solo, análise foliar e técnicas de diagnose
Capítulo 9. Aspectos econômicos e outros benefícios da adubação
Capítulo 10 Nutrientes de plantas e o ambiente
Conceitos de
Fertilidade de Solo
e
Produtividade
Um solo fértil não é
necessariamente um solo
produtivo
• Outros problemas: seca, doenças ou
insetos, ervas daninhas, má drenagem, outros
1-2
C
H
O
17
Nutrientes
Essenciais
N
P
Ca
Mg
K
S
B
Cl
Cu
Fe
Mn
Mo
Ni
Zn
Co
Si
1-3
Argiloso
Argilo Arenoso
Areno
Siltoso
Areia
Franco
Argilo Arenoso
Argilo Siltoso
Franco
Argiloso
Franco Franco Franco
Siltoso
Arenoso
% Areia
Franco Argilo
Siltoso
Silte
1-4
mm água/30 cm de solo
Relação Entre Textura do Solo
e Disponibilidade de Água
125
Capacidade de Campo
100
75
50
Ponto de Murcha
Permanente
25
0
Areia
Franco Franco Franco Argila
Arenoso Siltoso Argiloso
1-5
Relação entre textura do solo e
capacidade de retenção de água
• Solos arenosos (textura grosseira) tem
grandes espaços porosos permitindo,
portanto, a drenagem livre da água
• Solos argilosos (textura fina) tem
pequenos espaços porosos e retêm água
fortemente (exceções...)
1-6
A maior parte da reatividade química
dos solos é devida aos colóides. Algumas
de suas propriedades são:
• Eles são extremamente pequenos e não
podem ser vistos a olho nú.
• Eles têm estrutura semelhante a placas.
• Eles provêm da argila e da matéria orgânica.
• Eles tem cargas negativas e/ou positivas.
1-7
Cátions são íons com cargas positivas (+)
Cátion
Forma de íon
Potássio
K+
Sódio
Na+
Hidrogênio
H+
Cálcio
Ca2+
Magnésio
Mg2+
1-8
Os colóides do solo tem cargas negativas (-)
e, portanto, atraem os cátions.
Mg++
Al+++ _
_
_
_
_
_
_
++
Ca
H+
_ _
_ Ca++
_ Na+
_
K+
_
H+
1-9
Ânions são íons com cargas negativas (-)
Ânion
Forma de íon
Cloreto
Cl-
Nitrato
NO3-
Borato
BO43-
Sulfato
SO42-
Fosfato
PO43-
1-10
O número total de cátions que
um solo pode reter ( a quantidade de sua
carga negativa) é chamada de
Capacidade de Troca de Cátions ou CTC.
Quanto maior a CTC do solo, mais cátions
ele pode reter.
1-11
Percentagem ótima de saturação de bases
(cátions) para a maioria dos solos:
Cátion
Percentagem de saturação
de bases
Cálcio
60 - 70
Magnésio
10 - 20
Potássio
2-5
Hidrogênio
Outros
10 - 15
2-4
1-12
• Não há um mecanismo definido para a retenção
de ânions como nitrato (NO3-) ou sulfato (SO42-)
pelo solo.
• Os nitratos tendem a mover livremente com a água
do solo.
• O fosfato (PO43+ ), ao contrário de outros ânions,
tende a permanecer onde é colocado.
1-13
A matéria orgânica contribui para a
produtividade do solo de muitas maneiras:
• Melhora as condições físicas.
• Aumenta a infiltração de água.
• Melhora as condições de cultivo.
• Diminui as perdas por erosão.
• Fornece nutrientes para as plantas.
1-14
Outros fatores que afetam a
produtividade do solo:
• Profundidade do solo.
• Declive da superfície.
• Organismos do solo.
• Balanço de nutrientes.
• Controle de água
2-1
Reação do Solo
e
Calagem
pH do Solo
… é um termo usado para descrever a acidez
ou alcalinidade relativa deste
Valor do pH define a acidez ou
alcalinidade relativa
9,0
Forte
8,0
Média
Fraca
7,0
6,0
Moderada
Forte
Muito forte
4,0
Neutralidade
Fraca
Média
5,0
Alcalinidade
Acidez
2-2
2-3
O pH do solo é função da atividade do íon H+
que é expressa em termos logarítmicos
pH do solo
9,0
Acidez/alcalinidade
comparada a pH 7,0
Alcalinidade
100
8,0
10
7,0
Neutro
6,0
10
5,0
4,0
Acidez
100
1000
2-4
O pH do Solo é Afetado
por Diversos Fatores:
•
•
•
•
Material de origem
Precipitação
Decomposição da
matéria orgânica
Vegetação nativa
•
•
•
Espécie cultivada
Fertilização nitrogenada
Inundação
Quantidades de Cálcio e Magnésio
Removidas por Algumas Culturas
Cultivo
Rendimento
t/ha
Alfafa
Banana
Milho
Algodão
Soja
8 (feno)
60 (fruta)
9 (grão)
1 (fibra)
3 (grão)
kg/ha removidos
Ca
Mg
196
23
2
2
7
45
25
15
3
15
Acidez geralmente
aumenta com a
profundidade do solo
2-5
Fertilização,
particularmente NH4-N,
aumenta a taxa de acidificação
dos solos
Matéria orgânica,
esterco, etc.
2NH3 + 3O2
Fertilizantes
com NH4-N
2NO3- + 6H+
(acidez)
2-6
Como Medir o pH do Solo?
Indicadores de cor:
Usados em diagnósticos de campo
Medidores eletrônicos de pH:
Método mais preciso, usado em
laboratórios
Determinação da necessidade
de calagem no Brasil
• Neutralização do Al e elevação do Ca e Mg
• Solução tampão SMP
• Elevação da saturação por bases
pH DO SOLO E DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES
Grau de disponibilidade
Ferro, Cobre,
Manganês e Zinco
Molibdênio
e Cloro
Fósforo
Nitrogênio,
Enxofre
e Boro
Potássio,
Cálcio e
Magnésio
Alumínio
4,5
5
5,5
6
6,5
pH
7
7,5
8
8,5
9
Fonte: Malavolta, 1979.
O requerimento de calcário depende do
pH do solo, da CTC e da cultura.
Maior quantidade de argila e matéria
orgânica, maior a capacidade tampão do
solo: maior resistência à mudança de pH.
Efeito da Calagem Sobre Características
Químicas de um Solo Podzólico
Tratamento
pH
Ca
Mg
K
Al
CTC Efetiva
---------------------cmolc/dm3------------------------
Sem calcário 4,9 1,79 1,12 0,11 2,15
Com calcário
(4 t/ha)
5,8 7,90 6,73 0,14 0,09
5,17
14,86
Acidez do Solo Afeta o Crescimento e
Produção das Plantas
• Alumínio, Fe e Mn podem chegar a níveis tóxicos
devido à maior solubilidade alcançada em solos
ácidos
• Reduz a atividade de organismos responsáveis
pela decomposição (mineralização) da matéria
orgânica
• Possível deficiência de Ca . . . e mais
provavelmente, deficiência de Mg ….
2-9
Vantagens da calagem em solos ácidos
• Diminui níveis tóxicos de Al e Mn.
• Aumenta a atividade microbiana – decomposição.
• Elimina a possibilidade de deficiências de Ca e Mg.
• Aumenta a fixação simbiótica em leguminosas.
• Aumenta a disponibilidade de P e Mo.
Toxidez de Mn em soja
Acidez do Solo Afeta o
Crescimento das Plantas
• Pode afetar negativamente a ação de
alguns herbicidas aplicados ao solo
• Reduz a atividade simbiótica das
bactérias fixadoras de N
• Solos argilosos ácidos perdem parte de
sua agregação e estrutura
• Diminui a disponibilidade de nutrientes
como P, K, Mg, Ca e Mo
• Tendência a aumentar a lixiviação de K e
de todas as bases (cátions) em geral
Milho Responde à Calagem em
Condição de Baixa e Alta Umidade
2
Calagem
4
Calagem
6
Ácido
8
Ácido
Rendimento, t/ha
10
0
Seco
Úmido
2-10
Faixas de pH ideal para algumas culturas
5,0-6,0
6,0-6,5
6,5-7,0
Batata
Batata doce
Melancia
Grama bermuda
Milho
Algodão
Sorgo
Amendoim
Soja
Trigo
Alfafa
Alguns trevos
Como a Calagem Reduz a Acidez
do Solo ?
• O íon CO3= do CaCO3 reage com 2H+
formando H2CO3
• O H2CO3 se ioniza na solução aquosa do
solo formando H2O e CO2 . Assim se
neutralizam os íons H+ do complexo de troca
catiônico
• A acidez do solo diminui porque se reduz a
fonte de acidez (H+)
2-11
Como o calcário reduz a acidez do solo?
Argila
_
_ H+
_ K+
+ CaCO3
(Calcário)
H+
H2CO3
_
_ Ca2+
Argila
+ H2CO3
_
K+
H2O + CO2
2-12
Analise o solo para determinar
a necessidade de calagem
2-13
Outros Fatores que Afetam a
Frequência da Calagem
•
•
•
•
•
Textura do solo
Dose e fonte de fertilização nitrogenada
Taxa de remoção de Ca e Mg pelas culturas
Quantidade de calcário aplicada
Faixa de pH desejada
2-16
Fatores que Determinam a Efetividade
do Calcário
• Tamanho das partículas
• Valor neutralizante e de reatividade
• Teor de umidade
2-15
Reação do calcário
em 1 a 3 anos, %
O Tamanho da Partícula
Determina a Reatividade do Calcário
100
80
60
40
20
0
4-8
8-20
20-50
Maior Finura de Partícula
(escala logarítmica em meshs)
50-100
2-14
Valor Relativo de Neutralização (VR) de
Alguns Corretivos Comuns
Material
Corretivo
Carbonato de Cálcio
Calcário dolomítico
Calcário calcítico
Conchas calcinadas
Margas
Cal viva
VR
(%)
100
95-108
85-100
80-90
50-90
150-175
Material
Corretivo
VR
(%)
Cal hidratada
120-135
Escórias
50-70
Cinzas de madeira 40-80
Gesso
Nenhum
Sub-produtos
Variável
Localização
É outro fator importante que
determina a efetividade da calagem
Nitrogênio
Nitrogênio:
O Superstar
As Culturas Têm
Alto Requerimento de Nitrogênio
Cultura
Alfafa*
Milho
Algodão (fibra)
Laranja
Soja*
Arroz (várzea)
Produção
Total de N
t
absorvido, kg
18,0
10,0
1,7
60,0
3,1
4,3
500
240
200
300
182
109
* Leguminosas obtém a maior parte do N do ar
Culturas agrícolas usam ambas
formas de N, NO3- e NH4+
Nitrogênio é essencial
para:
Clorofila
Fotossíntese
Amino ácidos
Vitaminas
Síntese
protéica
Proteínas
Absorção
de nutrientes
Sistemas
enzimáticos
Deficiência de N em arroz
e milho causa clorose nas
folhas devido à menor
produção de clorofila
Deficiência de N em milho
Deficiência de N em milho
Sintomas de Deficiência de
Nitrogênio Incluem...
•
•
•
•
•
•
Clorose inicialmente nas folhas velhas
Redução do crescimento, plantas “atarracadas”
Menor perfilhamento em cereais e forrageiras
Baixos níveis de proteínas; poucas folhas
Maturação precoce, limitando produção
Maior teor de umidade nos grãos de milho e trigo
Deficiência de N em cana
Deficiência de N em algodão
Deficiência de N em café
Desequilíbrio de nutrientes é, em
geral, a causa do atraso da
maturação
Desequilíbrio
nutrientes
Equilíbrio
nutrientes
Incremento da Produção de Milho
em Climas Seco e Úmido
Dose de N
(kg/ha)
Produção
(t/ha)
Seco
0
Seco
Úmido
6,0
4,82
4,68
7,2
9,5
7,48
6,98
Resposta ao N 2,4
3,5
-
-
168
4,7
Úmido
Eficiência no Uso de
Água (kg/mm H2O)
Maior parte do N usado pelas
culturas vêm da atmosfera
Nitrogênio Ocorre no Solo em Três
Formas Principais
•
•
•
N Orgânico - parte da matéria orgânica do solo,
indisponível para o crescimento das plantas
N Amoniacal - fixado por certos minerais
argilosos, muito lentamente disponível
Íons de amônio e nitrato - (NH4+ e NO3- solúveis),
as formas que as plantas usam
Mineralização:
Decomposição microbiológica da
matéria orgânica do solo,
liberando energia e nutrientes
inorgânicos prontamente
disponíveis para as plantas
Reserva de N orgânico
(proteínas, etc.)
97-98% do total
Imobilização
Mineralização
Reserva de N inorgânico
(NH4+, NO3-)
2-3% do total
Mineralização ou Imobilização depende
da relação C/N do material orgânico:
Relação C/N > 30/1  Imobilização
Relação C/N < 20/1  Mineralização
Relação C/N de 20 a 30/1: os dois processos ocorrem
Relação Carbono:Nitrogênio (C:N)
de Alguns Produtos Orgânicos
Material
Relação C:N
Camada superficial do solo
10:1
Alfafa
13:1
Esterco de curral curtido
20:1
Colmos de milho
60:1
Colmos de culturas de pequenos grãos 80:1
Carvão e óleo mineral
124:1
Carvalho
200:1
Abeto vermelho
1000:1
Período de Depressão de Nitrato
Imobilização >>> Mineralização 
Baixa disponibilidade de N para a cultura
•
•
•
•
Duração da Depressão de Nitrato Depende:
Da relação C:N do material em decomposição
Da quantidade de resíduo da cultura
adicionado ao solo
Das condições ambientes do solo
Da quantidade de N aplicado
Proteínas,
aminoácidos,
etc.
Amonificação
+
NH
4
NH4+
Oxigênio
NO-3
bactéria
Nitrificação
Anaerobiose
NO3-
bactéria
N2O, N2
Desnitrificação
Fatores que Afetam a
Nitrificação
• pH do solo: pH 4,5 a 10,0, ótimo pH 8,5
• Teor de umidade: bactérias nitrificadoras ativas sob
condições muito secas  inativas em solos inundados
• Temperatura:  do congelamento até 30oC; acima de 30oC 
• Aeração: requer O2; solos bem aerados
Desnitrificação Ocorre:
• Solos com alto teor de matéria orgânica
• Sob alagamento prolongado
• Com elevação da temperatura
Melhorando a Eficiência do Uso de
Fertilizantes Nitrogenados
•
•
•
Uso de fontes e doses adequadas - melhor
localização e época de aplicação
-
Inibidores de nitrificação - bloqueiam a
conversão de NH4+ para NO3Fertilizantes de lenta liberação de N - liberam N
durante o ciclo da cultura, disponibilizando-o
segundo necessidade das plantas
Fixação de Nitrogênio
• Biológica - (simbiótica - Rhizobium e não
•
•
simbiótica)
Oxidação natural - relâmpagos  calor 
N2 + O2  N-NO3Industrial - o mais importante processo;
calor e pressão
N2 + 3H2
2 NH3
catalizador
Estimativa da Fixação Anual de N
por Várias Leguminosas (Simbiótica)
Leguminosa
Alfafa
Trevo ladino
Feijão
Soja
Feijão de corda
Amendoim
N fixado
kg/ha/ano
220
200
75
110
100
45
Fósforo e Potássio Aumentam a Produção
de Soja e a Fixação de N
P2O5
kg/ha
K2O
kg/ha
Média de
2 anos,
t/ha
Nódulos Peso dos nódulos
mg/cm3
No/planta
0
0
1,7
35
0,860
134
0
1,8
59
0,343
0
134
3,1
79
0,487
134
134
3,7
114
0,919
Deficiência de N em soja
Nitrogênio Pode Ser Perdido
do Solo de Várias Maneiras
Remoção das culturas
Volatilização
Desnitrificação
Lixiviação
Volatilização
• NH4+  solos alcalinos e calcários ou com
calagem recente  NH3
• Uréia  NH3
Recomendações:
• Incorporação do fertilizante a 5cm
• Aplicar com baixas temperaturas
• Irrigação imediata 10cm
Condições que Favorecem
Perdas por Volatilização em
Aplicações de Uréia
• Superfície de
aplicação
• Presença da
enzima urease
• Altas temperaturas
Nitrificação e Lixiviação de Nitrogênio
Aumentam Acidez do Solo
Nitrificação - H+ é liberado durante
a conversão de NH4+ a NO3Lixiviação - NO3- carrega bases com
ele. Elas são trocadas por H+
Fertilizantes nitrogenados
são essenciais para
o manejo racional das
culturas e do ambiente
Processos de fabricação de fertilizantes
nitrogenados a partir da amônia
+ Fosfatos de rocha
+ O2
HNO3
+ NH3
+ Na2CO3
+ H2SO4
NH3
+ CO2
+ H 2O
+ NH4NO3 + Uréia + H2O
+ H3PO4
Nitrofosfatos
Nitrato de amônio (NH4NO3)
Nitrato de sódio (NaNO3)
Sulfato de amônio [(NH4)2SO4]
Uréia [CO(NH2)2]
Aqua amônia (NH4OH)
Soluções com N
Fosfatos de amônio (MAP e DAP)
(NH4H2PO4) e [(NH4)2HPO4]
Amônia
Anidra, 82% N
Aqua Amônia, 10% N
Nitrato de Amônio, 32% N,
½ nitrico e ½ amoniacal
Uréia, 44% N,
forma amídica
Sulfato de Amônio:
Um excelente fertilizante,
fonte de nitrogênio e
enxofre
(NH4)2SO4
F
o
n
t
e
20% N
d
e
23% S
Outros Fertilizantes Nitrogenados
Material
Conteúdo de N
%
Sulfonitrato e amônio
26
Cloreto de amônio
26
Fosfato monoamônio (MAP)
10-12
Fosfato diamônio (DAP)
18
Nitrato de potássio
13
Uréia revestida com S
39
4-1
Fósforo
4-2
As Culturas Absorvem Grandes
Quantidades de Fósforo
Cultura
Banana
Café
Milho
Algodão (fibra)
Arroz
Soja
Trigo
Produção
t
55,0
2,1
9,1
1,1
5,4
3,1
4,0
P2O5 absorvido
kg
52
12
89
57
59
110
46
Fósforo é Absorvido
pelas Plantas como:
• Íon ortofosfato primário (H2PO4-)
• Íon ortofosfato secundário (HPO42-)
Sementes Contém Mais Fósforo
do que Outras Partes da Planta
Cultura
Milho
Algodão
Arroz
Soja
Trigo
Parte
da planta
Produção
t/ha
Teor de P
%
Grão
Cana
Semente
Ramos
Grão
Palhada
Grão
Palhada
Grão
Palhada
9,4
8,4
2,2
2,8
6,7
7,8
3,4
7,8
4,0
6,1
0,22
0,17
0,66
0,24
0,28
0,09
0,42
0,18
0,42
0,12
4-3
Algumas Funções do Fósforo no
Crescimento das Plantas
•
•
•
•
Fotossíntese e respiração
Reserva e transferência de energia
Divisão e crescimento celular
Crescimento e desenvolvimento de
raízes
• Aumento na qualidade
• Vital para formação das sementes
• Transferência dos genes
4-5
As culturas necessitam de P para:
• Crescimento rápido da muda
• Tolerância ao inverno
• Resistência a doenças
• Uso eficiente de água
• Maturidade precoce
• Produções máximas
Fósforo Beneficia a Produção de
Milho e Reduz a Umidade
dos Grãos à Colheita
Dose P2O5
kg/ha
Produção
t/ha
Umidade do
grão, %
0
45
90
6,2
8,2
8,8
31,8
27,8
27,0
Solo de baixo teor de P
P absorvido (g/kg de raízes)
Nível de P no Solo Afeta Absorção de P
pelo Milho Durante Períodos de
Stress Hídrico
25
20
15
Alto P
10
Médio P
5
Baixo P
0
0
5
10
Tensão de umidade do solo (x 102 kPa)
4-7
Mais fósforo: menos água por tonelada de
feno de alfafa
P2O5
(kg/ha)
Água
(mm/ha/t de feno)
112
361
448
229
895
198
4-9
Alguns sintomas de deficiência de P:
• Pouco desenvolvimento das plantas
• Áreas mortas nas folhas, ramos e frutos
• Coloração púrpura nas folhas de algumas culturas
• Nenhum sintoma visual em algumas culturas
• Baixa produção
4-12
A disponibilidade de P no solo
é afetada por:
• Teor e tipo de argila
• Época e modo de aplicação
• Aeração, compactação e umidade
• Nível de P no solo e outros nutrientes
• Temperatura
• pH do solo
4-13
Aplicação de P2O5 em faixa:
Fatores positivos:
- Retorno máximo por kg de P2O5 em solos pobres
- Menor fixação no 1º ano
Fatores negativos:
- Maior problema de aplicação
- Limita as doses de aplicação
4-14
Aplicação de P2O5 a lanço:
Fatores positivos:
- Altas doses podem ser aplicadas.
- Promove enraizamento mais profundo.
- Única maneira de aplicar em pastagens.
Fatores negativos:
- Maior fixação no 1º ano.
- Pode não ser tão efetiva como a aplicação em
faixa em solos pobres em P.
Um sinal da deficiência de P
é a redução do
crescimento inicial das
plantas em toda a área
A cor púrpura-arroxeada vista
em folhas de milho e outras
culturas é, em geral, sintoma
de deficiência de P,
principalmente em períodos
de baixas temperaturas
Deficiência de P em milho
Fontes de P no Solo:
Minerais (apatita)
Matéria orgânica
Húmus
Microrganismos
Esterco
4-10
Fatores que Afetam Conteúdo de Fósforo
na Solução do Solo
Resíduos Culturais
e Esterco
Matéria Orgânica
do Solo
Fertilizantes
Comerciais
Minerais
Fósforo na
Solução do Solo
Microrganismos
e Insetos
Erosão e
Lixiviação
Remoção
pelas Culturas
4-11
Movimento Relativo
de N, P, K no Solo
N
P
K
Absorção de P2O5 pela Soja
Durante Estação de Crescimento
Estágio
P2O5
Dias kg/ha absorvido
(% do total)
Emergência até 6 folhas
6 folhas até plena floração
Floração até maturação
51
16
36
13,6
31,4
103,1
9,2
21,2
69,6
Total
103
148,1
100,0
Produção de Grãos = 5,7 t/ha
Fatores que Influenciam o Montante de P
Recuperado no Primeiro Ano de Cultivo
Após Fertilização Fosfatada
Teor de argila
Tipo de argila
Época de aplicação
Temperatura
pH do solo
Desenvolvimento da
cultura
Aeração
Umidade do solo
Compactação
Outros nutrientes
Teor de P no solo
Em solos onde predominam argilas
2:1, solubilidade de vários
compostos de P é determinada
principalmente pelo pH. Fosfatos
de Fe, Mn e Al, com baixa
solubilidade em água, predominam
em solos ácidos. Compostos
insolúveis de Ca e Mg existem
acima de pH 7,0.
Os mecanismos de fixação de P em
solos tropicais altamente
imtemperizados e solos derivados de
cinzas vulcânicas são diferentes. A
capacidade de fixação de P na
maioria desses solos está
relacionada à alta reatividade e
afinidade da superfície dos argilominerais com o P.
Alguns Fatores que Influenciam
na Localização do Fósforo
• Nível de fertilidade do solo
• Culturas usadas
• Equipamento, época e métodos de
calagem
• Capacidade de fixação de P do solo
A decisão de aplicar o P no
sulco ou à lanço depende da
filosofia de manejo
do produtor
Rocha Fosfática
Base para produção dos
fertilizantes fosfatados
Maioria do fertilizantes
fosfatados é obtida pelo
processo de fabricação
do ácido fosfórico via
úmida, onde faz-se a
acidulação da rocha
fosfórica com ácido
sulfúrico
Ácido Superfosfórico
• Contém 68-80% P2O5
• Comumente usado na
fabricação de
fertilizantes líquidos
cristalinos
P2O5
Superfosfato Simples
• Contém 18 a 20% P2O5
• Contém 12% S
P2O5
S
Superfosfato Concentrado
(Superfosfato triplo)
•
Contém 41% P2O5
P2O5
Fosfatos de Amônio São Produzidos
Pela Amonificação do Ácido Fosfórico
• MAP contém:
10-12% N
50-55% P2O5
• DAP contém:
18% N
46% P2O5
P2O5
N
Polifosfatos de Amônio São Produzidos
Pela Amonificação do Ácido
Superfosfórico
Análises de fertilizantes líquidos
a base de PFA em geral dão:
10-34-0 e 11-37-0
Nitrofosfatos
Feitos pela acidulação da rocha
fosfórica com ácido nítrico
Termofosfatos
• Contém:
14% P2O5
7% Mg
P2O5
Mg
Fatores que Influenciam a Solubilidade
em Água dos Fosfatos de Amônio
•
•
•
•
•
Fonte de P
Grau de amonificação
Teor de impurezas (outros sais)
Teor de umidade
Velocidade de secagem
Rocha fosfáticas de alta
reatividade podem ser
efetivas fontes de P em
solos tropicais ácidos
Segundo a pesquisa, fertilizantes
fosfatados com pelo menos 60%
de P solúvel em água são
agronomicamente iguais àqueles com
100% do P solúvel em água
Potássio
Potássio Absorvido Por
Algumas Culturas Agrícolas
Cultura
Banana
Côco (10.000)
Café (beneficiado)
Milho
Algodão (fibra)
Arroz
Soja
Tomate
Produção
t
40,0
---1,5
6,0
1,0
2,4
3,0
50,0
K2O absorvido
kg
1.000
200
130
120
95
72
150
286
Potássio
•
•
•
•
•
•
Absorvido pelas plantas como K+
Não forma compostos orgânicos na planta
É essencial à fotossíntese e síntese proteica
Melhora a qualidade das culturas
Reduz a incidência de doenças
Está relacionado a várias funções metabólicas
Potássio aumenta a eficiência no uso
da água e reduz os efeitos de períodos
secos
Potássio Aumenta a Produção do
Milho e Protege Contra a Falta de
Umidade no Solo
Produção, t/ha
15
Baixo K
Alto K
Aumento devido K
10
5
0
Indiana
180
450
653
230 Ohio 505
Chuva no período de crescimento, mm
“Mais doenças de plantas
são evitadas pelo uso de
K como fertilizante do
que qualquer outra
substância.”
Anuário da Agricultura do USDA, 1953
“Doenças de Plantas”
Incidência de Cercospora
Efeito da Aplicação de K na Incidência
de Cercospora kikuchii em Soja
1,8
Ano 6
Ano 7
1,65
Doença em
plantas de
soja
1,5
1,35
1,2
0
150
300
K2O, kg/ha
450
600
Sementes doentes e murchas, %
Potássio Melhora a Qualidade da Semente
da Soja Reduzindo a Incidência de Doenças
40
Sem K2O
168 kg/ha K2O
Ohio
Virginia
30
20
10
0
Carolina do Norte
Influência da Fertilização Potássica na
Incidência de Pragas, Doenças e na
Produção de Pimenta
Plantas infectadas, % Produção
K2O
kg/ha
0
35
70
105
Trips
Afídios
por folha
1,67
1,50
1,38
1,30
1,54
1,49
1,42
1,39
Podridão
do fruto
5,30
4,44
3,50
3,04
fruta seca
Mosaico
kg/ha
3,13
2,84
2,56
2,26
1.528
1.578
1.626
1.616
Efeito da Interação Entre o Nitrogênio e o
Potássio na Produção de Arroz Inundado
Dose, kg/ha
N
K2O
Produção,
Aumento
kg/ha
produção, %
60
60
60
0
56
112
3.370
4.834
5.226
-43,4
55,1
120
120
120
0
56
112
3.084
4.986
5.598
-61,7
81,5
O Potássio Significou Menos Feijão Mofado
e Perdas Após 6 Meses de Armazenamento
em Ohio - USA
K2O
Produção
(t/ha)
Grãos
mofados
(%)
Perdas no
armazenamento
(US$/t)
(kg/ha)
0
2,6
31
22,30
135
3,2
12
8,46
Deficiência de K em aldodão
Um dos sintomas mais comuns
da deficiência de K é o
murchamento ou queima dos
bordos das folhas
Deficiência de K em soja
Plantas de milho deficientes em
K ficam raquíticas, com clorose
nas bordas e pontas das folhas,
podendo evoluir para queima
das folhas e tombamento de
plantas
Deficiência de K em milho
Potássio nos Solos
•
•
O solo pode conter 20.000 kg/ha de K, ou
mais
Somente uma pequena parte desse total
é disponível para as plantas durante o
seu ciclo
Existem Três Formas de K no Solo
•
•
•
Indisponível: parte das
rochas e minerais
Lentamente disponível:
preso ou “fixado” entre
as camadas de certas
argilas
Disponível: na solução
do solo ou trocável
K
K
Minerais do Solo
K
K
K+ K+ K+ K+ K +
Colóide do solo
K+ K+ K+ K+
Indisponível
Colóide do solo
K fixado
Colóide do solo
Fracamente disponível
K+
K+
Solução
K+ do solo
Prontamente Disponível
Dinâmica Entre as Várias
Formas de K no Solo
O Potássio Move-se para as
Raízes das Plantas por Difusão
Planta
K
K
Raiz da planta
K K K
K
K K K K
K K K
K K K
K
K K K K
K
K K K K K
K
Solução do
solo
K
K K K K K
K
K K K K
K K K K
Superfície
do solo
K
K K K K
K K K K
K K K K
K
As raízes alcançam apenas uma
pequena porcentagem dos nutrientes
disponíveis do solo
OK
em todas as
fontes de
fertilizantes é
o mesmo
O Destino do Fertilizante
de K no Solo
• Retido no complexo de troca
• Permanecer na solução do
solo
• Absorvido pelas plantas
• Lixiviado em solos arenosos
ou orgânicos
• Fixado (indisponível ou
fracamente disponível)
Fatores Que Reduzem a Difusão e
Restringem o Crescimento Radicular
Reduzem a Absorção de K
•
•
•
•
Aeração do Solo
Fixação de K
Capacidade de
Troca de Cátions
(CTC)
Compactação
•
•
•
Análise do Solo
Temperatura do
Solo
Umidade do
Solo
Método de aplicação depende da
cultura, do solo e de outras práticas
culturais adotadas
Aplicação de K em cova e faixas
(sulco)
Aplicação de K a lanço
Combinação de aplicação a lanço e no
sulco é, em geral, a melhor forma de
aplicação de K
Certos Problemas de Solo
Garantem a Manutenção do K na
Zona da Rizosfera
• Solos frios
• Solos compactados
• Solos secos
Dividir a adubação potássica
em geral é recomendável
Os Três Mais Importantes Minerais
Potássicos
•
•
•
Silvinita - composta principalmente por
cloreto de potássio e cloreto de sódio
Silvita - composta principalmente por
cloreto de potássio
Langbeinita - contém uma mistura de
sulfato de potássio e sulfato de magnésio
Cloreto de Potássio (KCl)
•
•
•
Também chamado muriato de K (MOP)
Contém 60-62% K2O, 47% Cl
O KCl fertilizante é disponível em
partículas de diferentes tamanhos
Sulfato de Potássio (K2SO4)
•
•
•
Contém 50% K2O, 18% S
Baixo teor de Cl
Ideal para usar em culturas sensíveis a Cl
Sulfato de Potássio e Magnésio
(K2SO4 2MgSO4)
•
•
•
Também chamado K-Mag and Sul-Po-Mag
Contém 22% K2O, 11% Mg, 22% S
Obtido da langbeinita
Nitrato de Potássio (KNO3)
•
•
•
Contém 44% K2O, 13% N
Contém baixo ou nulo Cl ou S
Pode ser aplicado via foliar ou pelo solo
Fontes Usuais de Potássio em
Fertilizantes
Porcentagem do Nutriente
Material
K2O
KCl
60-62
K2SO4
50
K2SO4 . 2MgSO4 22
KNO3
44
Mg
S
N
Cl
45-47
11
18
22
13
(Continua)
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