Autores: Ildisnei Medeiros Stéfano Alves Suame Medeiros Orientador: Prof. Dr. José Sávio Oliveira de Araújo PIBID-TEATRO / UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) Departamento de Artes – DEART Estudo da Realidade (PERNAMBUCO, 2005) Um ensino escolar relacionado com a realidade dos alunos, pautado no conhecimento significativo para o corpo discente, pensando no papel de formação de cidadãos. (LIBÂNEO, 1994) A necessidade de ampliar o planejamento curricular, tendo em vista o caráter instrucionista dos parâmetros vigentes. (SOUSA, 2010) A superação do senso comum pedagógico no Ensino de Teatro: professor/artista; abordagens etnocêntricas; encenação/direção; visão fragmentada dos elementos que compõem o fenômeno teatral; visão monocêntrica do processo de criação. (ARAÚJO, 2005) Apresentar a possibilidade de construção de uma programação pedagógica do Ensino de Teatro, que englobe as diversas áreas do fazer teatral, e que em sua elaboração esse ensino seja pensado em consonância com o estudo da realidade e práticas pedagógicas que atendam aos objetivos a serem alcançados pelo processo, fortalecendo a formação cidadã. Elaborar uma proposta curricular do Ensino de Teatro no Ensino Fundamental I, para a Escola Municipal Professor Laércio Fernandes Monteiro, em Natal-RN. A Escola Municipal Professor Laércio Fernandes Monteiro está localizada na Rua Compositor Luíz Heronides de França, nº 556 – Nossa Senhora da Apresentação –, conjunto Vale Dourado, Zona Norte da Cidade do Natal. A escola de nível básico do Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) atende alunos na faixa etária de 6 a 15 anos. Tendo apresentado em 2012 o total de 706 matriculados, sendo 19 desses possuidores de algum tipo de deficiência. Os matriculados na escola são moradores do próprio bairro e de bairros circunvizinhos; todos considerados bairros periféricos. O Ensino de Teatro acontece apenas nas turmas dos 4º anos, atendendo a uma faixa etária de 9 a 12 anos. Nos demais anos letivos os alunos tem contato com outras linguagens, como Artes Visuais, Dança e Música. Compreensão da sala de aula como laboratório de pesquisa. (BITTENCOURT, 2005) Problematização do ensino enquanto objeto de pesquisa. (CASTRO, 2002) Pesquisa exploratória: através de levantamento bibliográfico, análise de referenciais e PPP, entrevistas, coleta e análise de dados quantitativos e qualitativos. (SEVERINO, 2000) Pesquisa participante: Observação e caracterização do ambiente escolar, observação de sala de aula, participação em reuniões de planejamento pedagógico, elaboração da proposta curricular. (SEVERINO, 2000) Pensando... Perceber verdadeiramente a necessidade de ampliar a visão de currículo; Realizar o estudo da realidade e relacionar os equipamentos escolares com a prática docente da disciplina; Avaliar o que pode ser agregado ou não dos referenciais existentes a essa nova proposta; Refletir acerca de aspectos ideológicos que possibilitem uma postura crítica do aluno frente à proposta a ser criada. Estabelecer os objetivos pedagógicos a serem alcançados pelo processo e as dimensões relativas a avaliação de aprendizagem ao longo de cada ano letivo; Pensar procedimentos metodológicos individualizantes, socializantes socioindividualizantes que auxiliem a alcançar os objetivos; (HAYDT, 2006) Seleção de conteúdos condizentes com os objetivos e as metodologias; Relacionar práticas educativas e equipamentos presentes na escola com a proposta que se pretende trabalhar, fazendo as alterações necessárias de acordo com o quadro percebido. e 2º BIMESTRE (de maio a junho) CONTEÚDOS: 2.0 – Cenografia: 2.1 - Arquitetura e Tecnologia Teatral: - Os diferentes edifícios teatrais e suas principais tecnologias ao longo do tempo. 2.2 - Introdução à Maquiagem: - O uso da maquiagem no Teatro; As referências de maquiagem da Cultura de Massa; Croqui de maquiagem; Como fazer a maquiagem. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO 2º BIMESTRE: Operar sistemas simbólicos de linguagem, sendo capaz de pensar sobre si e o espaço que o rodeia de formas variadas, compreendendo-o e analisando-o. Identificar as mudanças e permanências no edifício teatral e suas tecnologias ao longo do tempo. Compreender a partir do edifício teatral e das tecnologias destes a relação entre o teatro e seu contexto histórico vigente; Reconhecer a maquiagem como parte integrante do fazer teatral e quais suas funções; METODOLOGIA: Aulas expositivo-dialogadas. Apreciação de vídeos (filmes e espetáculos teatrais gravados). Aula de campo (visita ao Teatro). Oficinas práticas de desenho de croqui e maquiagem individual (fazendo uso de maquiagem comum, maquiagem para teatro, lápis de cor e tintas). AVALIAÇÃO DO 2º BIMESTRE: Participação dos alunos nas aulas, compreensão e aplicação nas aulas práticas dos princípios estudados, e resolução do exercício de retomada de conteúdos sobre o Edifício Teatral e suas Tecnologias. A pesquisa nos proporcionou resultados em três vertentes: No processo de formação para o exercício da licenciatura em Teatro; Ampliação da percepção sobre a escola para os sujeitos da instituição; Problematização da nossa visão acerca do Ensino de Teatro. ARAÚJO, José Sávio de Oliveira. A Cena Ensina: uma proposta pedagógica para formação de professores de teatro. Tese [Doutorado em Educação] – Programa de Pós – graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2005. BITTENCOURT, Circe (org.) O saber histórico em sala de aula. São Paulo - SP: Contexto, 2005. CASTRO, Amédia Domingues de; CARVALHO, Ana Maria Pessoa (org.) Ensinar a ensinar: didática para escola fundamental e média. São Paulo: Pioneira Thompson, 2002. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo – SP: Cortez Editora, 1994. PERNAMBUCO, Marta Maria e PAIVA, Irene A. Realidade Social: afinal o que é isto? In: Caderno Didático 1: pesquisando as expressões da linguagem corporal; (Artes e Educação Física). Natal, Paidéia/UFRN, 2005. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2000. SOUSA, Regina Lucia Maciel de, SOUZA, Maria Socorro Queiroz de. Currículo. Natal: EdUnP, 2010.