EFEITOS FISIOLÓGICOS ELETROTERAPIA DERMATOFUNCIONAL Professora Ana Paula C. Segura Eletroterapia de alta frequência ONDAS CURTAS MICROONDAS Eletroterapia de média frequência INTERFERÊNCIAIS CORRENTE RUSSA Eletroterapia de baixa frequência (G –F) CORRENTES ELETROTERAPIA DE BAIXA FREQUÊNCIA CORRENTES UNIDIRECIONAIS DIRETA (GALVÂNICA) DIADINÂMICA CORRENTES BIDIRECIONAIS FARÁDICA Eletroanalgesia (T.E.N.S/V.I.F) E.E.N.M (F.E.S/ECOR) CORRENTE GALVÂNICA CORRENTE DIÂDINAMICAS Princípios Biotérmicos Princípios Bioquímicos Princípios Biofísicos Princípios Biotérmicos Enquanto a indução eletromagnética causa uma agitação dos elétrons das últimas camadas do átomo, provocando “choque de maneira aleatória e produzindo calor como resultado desta agitação, a indução elétrica de força eletromotriz (Volt) orienta essa agitação de maneira uniforme, produzindo movimento elétrico em direção da força aplicada (corrente elétrica). Princípios Biotérmicos Na Galvanoterapia a temperatura se eleva geralmente de 2o a 3oC durante a aplicação Dentro da Fisioterapia o conhecimento deste principio se resume em saber que haverá liberação de calor nas correntes unidirecionais, promovendo efeitos fisiológicos importantes Princípios Bioquímicos ANAFORESE CATAFORESE V pH pH COAGULAÇÃO LIQUEFAÇÃO Ânodo ++++++ OH [ H+] ACIDOSE LOCAL ÂNIONS ( - ) alto PM Cátodo -------I H+ [OH -] ALCALOSE LOCAL CÁTIONS ( + ) baixo PM Eletroendesmose desenvolvida pela aplicação da voltagem(V) contínua Princípios Biofísicos Limiar sensitivo Limiar motor Limiar nocivo Princípio de Acomodação Contração muscular = despolarização da Fibra Nervosa Motora Tetanização Corrente Galvânica / Direta É uma corrente de um fluxo eletrônico que circula em uma só direção, sempre do polo negativo para o positivo, ou seja é uma corrente elétrica unidirecional de baixa voltagem e média amperagem. CORRENTE GALVÂNICA PROPRIAMENTE DITA IONIZAÇÃO (IONTOFORESE) EFEITOS A) B) C) A Sobre os nervos sensitivos: a sensação da corrente inicialmente é de cócegas, conforme aumenta-se a intensidade a sensação passa para formigamento, ao persistir o aumento da intensidade verifica-se agulhadas, ardências e dor, produzindo rapidamente destruição tecidual. B Físico Térmico: é produzido no tecido quando administramos a corrente, levando a um leve aquecimento do tecido. C Físico iônico: a corrente ao passar pelo tecido provoca uma dissociação eletrolítica ou decomposição eletroquímica. D Fisiológico: (hiperemia) são determinados pela ação da corrente sobre os nervos vasomotores, provocando assim uma hiperemia ativa. E Analgésico: aumento do limiar de excitabilidade das fibras nervosas sensitiva. F Eletroosmose: é a transferência de líquido de um polo para outro, isso se dá do positivo para o negativo. Efeitos Polares Dissociação Iônica Excitabilidade Nervosa Alteração Vasomotora Eletrosmose CARACTERÍSTICAS DOS POLOS Repele íons + Repele íons – Atrai íons – Atrai íons + Vasoconstritor Vasodilatador Analgésico Amolece tecidos Endurece tecidos Hidrata os tecidos Provoca coagulação Fluidifica Anti-inflamatório IONTOFORESE É a introdução de íons medicamentosos no tecido com auxílio da corrente galvânica. Os íons penetram no tecido pela repulsão do polo de mesmo sinal e por atração do polo oposto. Produto Polaridade Solução Ação Salicilato - 2% analgésico,descongestionante Cloreto de cálcio + 2% antiespasmódico Iodo - 4% esclerolítico, espasmolítico Cloreto de sódio - 2% esclerolítico Citrato de potássio - 2% antiinflamatório Hialuronidase + antiedematosa Thiomucase - despolimerizante Sulfato de cobre + 2% fungicida, adstringente Sulfato de magnésio + 2% antiespasmódico, vasodilatador Cloreto de magnésio + 2% esclerolítico Cloreto de lítio + 2% tratamento de gota Óxido de zinco + 2% cicatrizante Corrente galvânica Galvanização – efeitos eletroquímicos, osmóticos e modificações vasomotoras. Ionização – enzimas mucopolissacaridases que visam promover a despolimerização da SFA. TEMPO DE APLICAÇÃO Não se deve ultrapassar dos 20 minutos. Não há justificativa para inversão da polaridade no decorrer da terapia (Guirro,2004). Intensidade deve ser calculada pelo tamanho do eletrodo. Concentração do produto deve ser baixa, entre 1 a 4%. TOMAR CUIDADO COM AS QUEIMADURAS INTENSIDADE Sensações subjetivas: Cócegas Formigamento Agulhada Queimação Dor Cuidados e Observações Evitar contato direto metal / pele Evitar eletrodos sobre implantes metálicos Testar a sensibilidade térmica e dolorosa Lavar as esponjas em água corrente após o uso Explicações às sensações ao pacientes Evitar o contato direto do jacaré de fixação com a pele DEFINIÇÃO As correntes diadinâmicas são correntes galvanofarádicas alternadas, retificadas em semiondas ou ondas completas e moduladas em composição dupla ou tripla. ONDAS GALVANOFARÁDICAS Corrente monofásica frequência de 50 Hz com duração de pulsos e intervalos iguais. Corrente bifásica ( difásica ) frequência de 100 Hz e os seguem um aos outros sem interrupção. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS HIPEREMIA ANALGESIA FORMAS DE ONDAS DF Paciente experimenta uma fraca sensação de formigamento e contrações com intensidade alta. Tem um forte efeito analgésico e espasmolítico, porém, é de curta duração. A DF é de modo semelhante a outras formas de onda afetando o sistema nervoso autônomo. MF Paciente experimenta uma sensação de vibração e aumenta a intensidade de contrações. Causa contrações musculares e tem um efeito estimulante sobre o tecido muscular. Esta forma de onda estimula diretamente a circulação, o que pode ter um efeito benéfico em áreas pouco vascularizadas. LP Paciente percebe, com clareza, a troca lenta das sensações descritas por DF e MF, sendo que a durante a fase MF, sente-se contrações. Forte efeito análgésico e espasmolítico, é mais duradouro com DF. O estímulo é mais vigoroso na DF CP Paciente percebe uma alternância rápida entre as fases DF e MF. Sobre a fase MF pode-se produzir contrações. Efeito estimulante forte, especialmente quando deve melhorar a circulação sanguínea – em condições como edema originado por contusões. Proporciona uma diminuição da dor. RS É o mesmo que CP, entretanto, a intensidade da corrente é sentida com mais clareza, durante a fase DF. Tem uma ação similar a modulação CP pois, devido ao aumento de 10% da intensidade durante a fase de 100 Hz é mais vigorosa. FORMA DE ONDA Difásica Fixa Monofásica Longo Período Curto Período EFEITOS Estimulante da circulação periférica, Analgésico Estimulação do tônus algias não espasmódicas Analgésico persistente Analgésico, estimulante do trofismo Ritmo Sincopado ↑ do tônus e trofismo, melhora do retorno venoso e metabolismo Correntes Diadinâmicas DF, MF, CP, RS DF – sensibilidade dolorosa presente. MF – atenua a tonicidade vascular simpático e estimula o metabolismo do tecido conjuntivo. CP – aumento da circulação local ou segmentar. RS – contração muscular. LOCAL DE APLICAÇÃO Trajeto Circulatório Trajeto Muscular Trajeto Nervoso Ponto Doloroso Trajeto Doloroso DURAÇÃO DO TRATAMENTO A duração total do tratamento não é estabelecida, devido à variação das patologias e tipo de tecido. OBS: O tratamento deve terminar se um impulso experimentado for doloroso ou se a aplicação exceder 10 minutos. ( 3’ por forma de onda ) CONTRA INDICAÇÃO Estado febril Fraturas recentes Paralisia espástica Zona pré cordial Perda de sensibilidade Degeneração nervosa Idade ELETROLIPOFORESE Não se pode confundir com a eletroforese, que é uma forma de utilização da corrente galvânica, com adição de princípios ativos. Princípios de ação da Eletrolipoforese A Eletrolipoforese é uma forma de eletroterapia que utiliza corrente bidirecional, com alternância de polaridade a cada segundo. Trata a gordura localizada e a celulite em seus diversos graus através de uma estimulação da pele. ETAPAS: Onda A – dupla aplicação. Utiliza-se uma frequência de 50Hz, que superficializará seu efeito, dando uma diminuição na resistência intrínseca da pele e uma diminuição de sensibilidade de dor que possa ser referida pela paciente. ETAPAS: Onda B – Possui uma frequência mais baixa, em torno de 30Hz, destinada uma ação preferencial na derme, com o objetivo de estimular as células, principalmente o fibroblasto que justifica a ação de melhora na tonicidade, e sobretudo a sua ação de drenagem intersticial visando uma diminuição do edema instalado. ETAPAS: Efeito de vasodilatação pela ativação da microcirculação e ação anti inflamatória pela reabsorção dos metabólitos. Freqüências em torno de 25 hz são eficazes para tratar alterações circulatórias (Soriano et al.,2000). ETAPAS: Onda C – Esta forma de onda tem frequência de 10Hz, atua diretamente sobre o adipócito pela estimulação elétrica das terminações do sistema neurovegetativo simpático. Desencadeará uma liberação do AMP cíclico intra adipocitário. ETAPAS: Onda D – Esta onda tem a característica de estimulação direta muscular, sendo que a frequência de trabalho deve ser direta para o músculo, ou seja, 5Hz e pode ser usada no final do tratamento. MÉTODO DE APLICAÇÃO: Com agulhas – Colocação de agulhas de aço inoxidável, com 0,3mm de diâmetro e, em geral, 7 a 15cm de comprimento distribuídas aos pares, com distância entre elas de 5cm. Sem agulhas – Aplicação feita por eletrodos de silicone condutivo, de baixíssima resistência intrínseca. Colocados aos pares na mesma distância entre 5 a 6cm. Usa-se gel condutivo, sem princípios ativos. Sem agulhas Com agulhas É uma corrente alternada com freqüência de 2.500 Hz com modulação em Burst de 50Hz com um ciclo de trabalho de 50% que permite a aplicação de uma amperagem alta em torno de 100 mA, com período refratário absoluto que varia de 0,2 ms à 0,5 ms dependendo do tipo de fibra nervosa a ser estimulada. A corrente russa polariza e despolariza constantemente a fibra muscular, pois os pulsos possuem espaços – período refratário. Para usar a corrente russa devemos saber a composição do músculo que estamos estimulando. Modifica a tipagem da fibra muscular – recrutamento das fibras (Plasticidade). Profª Erika Zemuner ATUAÇÃO MODIFICAÇÕES NA COMPOSIÇÃO DA FIBRA MUSCULAR FORÇA DE CONTRAÇÃO Aspectos Eletro-Fisiológicos Aumento da força muscular Estímulo elétrico mais eficiente Objetivos deste estímulos - manter a quantidade e a qualidade do tecido - recuperar a sensação da contração muscular - aumentar e manter a força muscular - estimular a circulação sangüínea Aumenta a força muscular; Modifica o tecido muscular; Melhora a estabilidade articular; Melhora o rendimento físico em esporte de alto nível; Manutenção da qualidade e quantidade do tecido muscular; Recuperar a sensação da contração nos casos de sinestesia; Recuperar a sensação da tensão muscular; Aumentar a circulação sanguínea no músculo. CONTRA INDICAÇÕES Lesões musculares, tendíneas e musculares; Processos inflamatórios em fase aguda; Tecidos não consolidados; Variantes de espasticidade; Miopatias que impeçam a contração muscular fisiológicas. ASPECTOS FÍSICOS DO ULTRA - SOM Freqüências inferiores a 20 Hz são infra-sônicas (Vibrador) Freqüências terapêuticas oscilam entre 0,7 e 3,0 MHz. Finalidade diagnóstica a frequência varia de 5,0 a 20 MHz. ASPECTOS FÍSICOS DO ULTRA - SOM PRODUÇÃO DE ONDAS Originalmente eram produzidas através de um cristal de quartzo que submetido a corrente de alta frequência produzia vibração das partículas do meio produzindo ondas por compressão e descompressão. TIPOS DE ONDAS ULTRA SÔNICAS LONGITUDINAIS: velocidade e aceleração estão na direção da onda (mais comum). TRANSVERSAIS: movimentação perpendicular na direção de propagação das ondas. ESTACIONÁRIAS: ocorre pela superposição de ondas incidentes e refletidas. FREQUÊNCIA DO ULTRA SOM 3 MHz Menor profundidade de penetração Aumento de temperatura tissular Maior taxa de absorção Maior atenuação TIPOS DE ULTRA - SOM CONTÍNUO Ondas sônicas contínuas Sem modulação Efeitos térmicos Micro-massagem PULSADO Ondas sônicas pulsadas Modulação em amplitudes c/ freqüências de 16 a 100 Hz Ef. Térmicos (não-térmicos) CARACTERÍSTICAS DO ULTRA - SOM REFLEXÃO REFRAÇÃO TRANSMISSÃO ABSORÇÃO ATENUAÇÃO ULTRA SOM Comportamento Físico da Onda EFEITO NÃO-TÉRMICO Micro agitação a nível celular. Mudança na permeabilidade da membrana da célula. Aumenta a taxa de difusão celular e aumenta a troca de fluídos. EFEITOS TÉRMICOS Conseqüência da reflexão nos tecidos que causa maior agitação e fricção molecular. A temperatura terapêutica útil é de 40 ºC a 45 ºC. EFEITOS BIOLÓGICOS DO ULTRA SOM (nãotérmico) permeabilidade da membrana. transporte de íons cálcio. Degranulação de mastócitos. síntese e elasticidade de colágeno. taxa de síntese de proteína. atividade elétrica tecidos atividade enzimática celular Movimentação de fluidos e oscilação de tecidos. EFEITOS TERAPÊUTICOS (não térmicos) Regeneração tissular e reparação tecidual. Síntese de proteína. Estimulação do calo ósseo. Diminuição de espasmo muscular. Normalização do pH. Ativação do ciclo do cálcio. Estimulação de fibras aferentes. EFEITOS FISOLÓGICOS DO ULTRA SOM (térmicos) Aumento do metabolismo. Vasodilatação Fluxo sanguíneo extensibilidade do colágeno. sensibilidade neuronal ( limiar) taxa de atividade enzimática. permeabilidade capilar taxa de difusão. EFEITOS TERAPÊUTICOS DO ULTRA SOM (térmicos) Aumento da ADM. Aumento da circulação sanguínea. Analgesia. Diminuição do espasmo muscular. Aumenta a velocidade do processo de reparação/cicatrização. Resolução do processo inflamatório TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE ULTRA SOM Transferência de energia sob três formas: Contato direto, indireto ou submersão. Manipulação do cabeçote transdutor: Movimentos curtos. Movimentos circulares. Formas de Aplicação DOSIMETRIA Modo Contínuo Efeitos Térmicos Modo Pulsado Efeitos Mecânicos Áreas não superiores às do tamanho do cabeçote devem ser tratadas por poucos minutos (3 a 5 min.). Duração máxima de 15 minutos para uma área de 75 a 100 cm2. Depende sempre do tamanho da área s ser tratada E.R.A MHz Tratamento de camadas mais profundas. 1 3 MHz Tratamento de camadas mais superficiais INDICAÇÕES DO ULTRA SOM Patologias do Sistema Músculo Esquelético. Cicatrizes hipertrófica e quelóides. Fibro-edema-gelóide (Celulite). Pós cirurgias plásticas. Queimaduras. INDICAÇÕES DO ULTRA SOM PARA FEG Despolimerização dos mucopolissacarídeos da SFA. Aumento da permeabilidade capilar melhorando a irrigação sanguínea e linfática. (Efeito físico) Capacidade de veiculação de substâncias (difusão de íons). Neovascularização com conseqüente aumento da circulação. Aumento da extensibilidade das fibras colágenas. FONOFORESE • • Passagem de fármacos para dentro do tecido através das ondas sonoras emitidas pelo ultra-som. Efeito térmico aumenta a penetração de fármacos ( aumenta a força de radiação, cavitação estável e microfluxo acústico) (GUIRRO,2004). Mucopolissacaridase ou hialuronidase entre outros a centella asiática e cafeína. FONOFORESE Desnaturação das enzimas em temperaturas de 40ºC. • Intensidades baixas – 0,1 a 0,3w/cm2. • 2 minutos para 10cm2 (GUIRRO,2004). Mesoterapia sem agulhas É o movimento de drogas através da pele, para dentro dos tecidos cutâneos pelo US. Mesoterapia sem agulhas Utiliza-se das ondas sonoras do ultrasom (fonoforese) Corrente de baixa freqüência – corrente galvânica (iontoforese).