Era Napoleônica

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Era Napoleônica
Antecedentes
• Os girondinos retomam o
poder na França, afastando os
jacobinos e instituindo o
Diretório.
• Incapaz
de
conter
as
insatisfações
populares
o
governo do Diretório entra em
declínio.
• A burguesia e o exército
franceses apóiam a ascensão
de um jovem general ao poder.
• O Golpe de Estado de 18
brumário (10 de novembro de
1799) marca o final do
processo revolucionário na
França e o início de um novo
período: a Era Napoleônica.
Consulado (1799-1804)
• Derrubado o Diretório, instalou-se o Consulado,
constituído por três cônsules: Napoleão, Roger Ducos e
Sieyés. Porém, em dezembro de 1799, foi votada uma
Constituição, que elegeu Napoleão como primeirocônsul da República e atribuiu-lhe amplos poderes.
• Como havia instituições de caráter democrático
(Senado, Tribunal, conselho de Estado), o Consulado
tinha aparência democrática, mas, na verdade, não
passava de um governo autoritário que reprimiu os
ideais da Revolução e sufocou o projeto de
emancipação das classes populares.
• O grupo social mais favorecido por Napoleão foi a alta
burguesia que se consolidou como classe dirigente do
Estado francês.
Principais obras Napoleônicas
• Administração – centralização administrativa com
nomeação de funcionários de sua confiança;
• Economia – criação do Banco da França, que controlava
a emissão de moedas, diminuindo o processo
inflacionário.
• Educação – reorganização do ensino francês, que
passou a ter como principal missão a formação de
cidadãos capazes de servir ao Estado.
• Direito – elaboração de novos códigos jurídicos, como o
Código Civil, também conhecido como Código
Napoleônico. Esse código consagrava as aspirações da
burguesia como: liberdade individual, igualdade de
todos perante a lei, respeito à propriedade privada e
matrimônio civil separado do religioso.
Principais obras Napoleônicas
• Igreja – elaboração de um acordo (Concordata) entre a
Igreja católica e o Estado francês, tendo como objetivo
fazer da religião um instrumento de poder político. O
Papa reconhecia o confisco das propriedades da Igreja,
em troca do amparo do Estado ao clero. Por sua vez,
Napoleão reconhecia o catolicismo como religião oficial,
mas preservava para si o direito de designar bispos,
cujos nomes seriam, posteriormente, aprovados pelo
Papa.
• Os sucessos de Napoleão entusiasmavam as classes
dominantes. Como prêmio, em 1802, Napoleão foi
aclamado cônsul vitalício, com direito a indicar seu
sucessor. Na prática, essa medida representava a
instituição de um regime monárquico.
Império (1804-1815)
• Em 1804 foi realizado um plebiscito, pelo qual
quase 60% dos votantes confirmaram o
estabelecimento da monarquia e a indicação de
Napoleão para imperador.
Império (1804-1815)
• Napoleão
conferiu
títulos de nobreza a
seus
familiares,
nomeando-os para os
mais altos cargos da
administração. Como
símbolo de seu poder,
construiu-se o Arco
do Triunfo.
Império – Expansão Militar
•
•
•
•
Napoleão promoveu uma série de
guerras para expandir o domínio da
França. O exército francês foi
fortalecido em armas e em soldados,
tornando-se o mais poderoso da
Europa.
Os
países
europeus
formaram
coligações
para
resistir
ao
expansionismo napoleônico, como,
por exemplo, Áustria, Prússia e
Rússia, lideradas pela Inglaterra.
Em outubro de 1805, Napoleão tentou
invadir a Inglaterra, mas a marinha
francesa foi derrotada pelos ingleses
na Batalha de Trafalgar.
Recuperando-se rapidamente dessa
derrota marítima, Napoleão conseguiu
brilhantes vitórias sobre a Áustria, na
Batalha de Austerlitz e sobre os
exércitos prussianos e russos.
Bloqueio Continental
• Inconformado com a derrota para os ingleses, Napoleão
procurou outros meios para enfraquecer a Inglaterra. Em
1806, decretou o Bloqueio Continental, determinando
que todos os países do continente europeu fechassem
seus portos ao comércio inglês. A ordem napoleônica,
de modo geral, foi acatada, pois boa parte da Europa
estava sob o domínio da França.
• O objetivo de Napoleão era arruinar economicamente a
Inglaterra, provocando uma crise em seu comércio e sua
indústria. O Bloqueio também beneficiava a burguesia
francesa que, sem a concorrência da Inglaterra, podia
ampliar a venda de seus produtos na Europa.
Extensão do Império Napoleônico
Decadência do Império
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•
•
A partir de 1810 a política militarista de Napoleão começou a receber forte
contestação. Na França, a população lamentava os milhares de soldados
sacrificados nos campos de batalha. Acrescente-se a isso a reação
nacionalista dos povos conquistados que, como ocorreu na Espanha,
resistiram à dominação francesa.
No plano econômico, o Bloqueio Continental não surtiu todos os efeitos
desejados. A indústria francesa não estava em condições de abastecer
todos os mercados da Europa. Grande parte dos países europeus tinha
economia predominantemente agrária e necessitava do produtos
industrializados ingleses. A falta desses produtos estimulava o contrabando
com a Inglaterra.
Outro fator que diminuiu a popularidade de Napoleão foi a derrota para a
Rússia. A Rússia havia aderido ao Bloqueio, no entanto, por ser uma país
predominantemente agrário, foi obrigada a abandoná-lo. Em represália
Napoleão invadiu a Rússia em 1812. Acostumado às grandes vitórias,
Napoleão conduzia seu exército pelo imenso território russo, enquanto as
tropas czaristas aplicavam a tática da “terra arrasada”.
Decadência do Império
• Apenas 5% do exército francês
sobreviveu à guerra na
Rússia.
Essa
desastrosa
campanha militar estimulou
outros países europeus a
reagirem contra a dominação
francesa. Assim, em 6 de abril
de 1814 um exército aliado de
ingleses, russos, austríacos e
prussianos invadiu Paris e
derrubou Napoleão, que foi
condenado ao exílio na ilha de
Elba.
• O Trono francês foi entregue a
Luís XVIII, irmão do rei
guilhotinado
durante
a
Revolução Francesa.
Governo dos Cem Dias
•
•
•
•
Em março de 1815, Napoleão fugiu da ilha
de Elba e regressou à França na intenção
de retomar o poder. Como o rei era
impopular, os soldados enviados para
prender Napoleão acabaram unindo-se a
ele.
Chegando a Paris como herói, Napoleão
instalou-se no poder, forçando a fuga da
família real.
Entretanto, seu governo só durou cem dias.
A coligação das forças internacionais
rapidamente se reorganizou e marchou
contra a França, conseguindo derrotar
definitivamente Napoleão, na Batalha de
Waterloo, em 18 de junho de 1815. Nesse
mesmo ano, Luís XVIII foi reconduzido ao
trono.
Napoleão foi novamente condenado ao
exílio, dessa vez na ilha de Santa Helena,
no Oceano Atlântico, onde morreu em 1821.
Congresso de Viena (1814-1815)
•
•
Após as primeiras derrotas de Napoleão Bonaparte, os dirigentes dos
países vencedores organizaram o Congresso de Viena com o objetivo de
propor medidas para restabelecer o equilíbrio político do continente
europeu, tendo em vista os interesses das monarquias conservadoras.
Participaram do Congresso Áustria, Prússia, Rússia, Inglaterra e a própria
França, que por ter saído derrotada, teve de se submeter a uma série de
imposições como o pagamento de pesadas indenizações de guerra.
Congresso de Viena - Objetivos
• Restauração – retorno à situação política europeia que
prevalecia no Antigo Regime.
• Legitimidade – devolução do governo de cada país aos
herdeiros das antigas monarquias absolutistas.
• Solidariedade – aliança político militar entre as tradicionais
monarquias europeias, com o objetivo de reprimir a onda
liberal democrática lançada pela Revolução Francesa. Com
essa medida criou-se a Santa Aliança, uma aliança militar
com objetivo de defesa mútua e combate aos movimentos
nacionalistas
na
Europa
e
aos
movimentos
emancipacionistas na América. Participavam desse grupo
Áustria, Prússia e Rússia. A Inglaterra preferiu ficar de fora,
pois apoiava a emancipação das colônias americanas,
visando a ampliação do seu mercado consumidor.
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