Deputado Décio Lima Senhor Presidente, senhores Deputados e senhoras Deputadas. É com total pavor, que a população brasileira acompanha as notícias assustadoras da propagação da Gripe A (H1N1). O número alarmante de pessoas infectadas assusta a população e deixa nas mãos do governo uma tarefa árdua. A Organização Mundial da Saúde – OMS, já informou que a vacina contra gripe passa por testes clínicos desde julho e deve começar a ser utilizada em alguns países na primeira metade de setembro. O Ministro José Gomes Temporão, diz que o Governo Federal, compreendendo a situação, destacou a liberação de R$ 123 milhões para Unidades de Pronto Atendimento que serão construídas até o final de 2010, e a Medida Provisória publicada no Diário Oficial da União do dia 21 de maio abriu crédito extraordinário para ações de prevenção, preparação e enfrentamento da pandemia pandemia de influenza A (H1N1)em seis órgãos. Quanto os estabelecimentos de ensino, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação recomendaram em conjunto, que alunos com sintomas da gripe ficassem em casa. Sendo que uma das principais diferenças da gripe comum e da gripe A, se manifesta logo no início da doença, pois o paciente que contraiu o vírus da gripe A apresentará febre alta logo no começo acompanhada de tosse seca e dificuldade respiratória, devendo então procurar um posto de saúde, principalmente se a febre estiver acima de 39°, e passará então por uma triagem. O MS juntamente com a OMS estabeleceu um protocolo e expressou que neste determinado momento, milhares de pesquisadores estão trabalhando para achar a cura do vírus e deixou claro que o Ministério não trabalhará em cima de suposições. Apenas os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicados com o Tamiflu. Os demais, terão os sintomas tratados, de acordo com indicação médica. O objetivo é evitar o uso desnecessário e uma possível resistência ao medicamento, assim como já foi registrado no Reino Unido, Japão e Hong Kong. É importante lembrar, também, que todas as pessoas que compõem o grupo de risco para complicações de influenza requerem avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico, para indicação ou não de tratamento com o Tamiflu. Esse grupo de risco é composto por: idosos acima de 60 anos, crianças menores de dois anos, gestantes, pessoas com diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, deficiência imunológica (como pacientes com câncer, em tratamento para AIDS), e também pessoas com doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme. O uso irracional do medicamento pode levar à pessoa ao desenvolvimento de outras doenças ou o vírus poderá sofrer mutações, adquirindo assim, resistência ao medicamento caso seja necessário seu uso posteriormente. O comentário que corre é que o uso indiscriminado do Tamiflu, como tábua de salvação dos infectados, somente reforçou a saúde financeira da Roche, laboratório que produz o medicamento. Não podemos deixar de lembrar que é o médico que atende esse paciente, que interpreta, dentro do protocolo dado pelo MS, o uso do medicamento para que não haja o uso indiscriminado e a não ser em raras exceções e não poderão haver flexibilizações. Reforçar hábitos de higiene, como lavar mãos com frequência, continua a ser o mais recomendável no combate à gripe. Atualmente o País possui 68 hospitais de referência para tratamentos de pacientes graves infectados pelo novo vírus. O Ministro Temporão garante que não há o menor risco de falta do medicamento, pois o Ministério possui suficiente estoque do medicamento para o tratamento dos casos indicados e além de comprimidos, têm matéria-prima para produção de mais de nove milhões de tratamentos. O Governo pretende vacinar 18 milhões de pessoas até o fim do primeiro semestre de 2010, tendo prioridade os profissionais da saúde, grávidas e cardíacos. No estado de Santa Catarina, foram confirmados até o dia 14 de agosto 519 casos suspeitos de contração do vírus e 74 casos de pessoas infectadas realmente com o vírus H1N1, foram os dados recebidos pela Secretaria de Estado da Saúde, do Governo de Santa Catarina. Cabe destacar que, a taxa de mortalidade dos casos confirmados pelo novo vírus influenza A (H1N1) é de 0,05/100.000 habitantes e que a mediana de tempo entre o início dos sintomas e o óbito é de 7 dias. Mesmo assim, não podemos deixar de nos precaver, erradicando assim este vírus letal com a maior celeridade possível. Deixo aqui o meu apoio ao Ministro Temporão, desejando que o problema que estamos enfrentando, seja solucionado o mais breve possível. Era o que tinha a dizer. Muito Origado.