Micorrizas

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Micorrizas
Grupo: Ana Paula Pacheco
Anna Carolina Spelta
Ariel da Cruz
Bárbara Ávila
Bruna Araújo
Camila Ribeiro
Letícia Santos
Rafael Almeida
O que é micorriza?
 Associação simbiótica entre fungos e raízes
das plantas;
 Planta: aumento da capacidade de absorção
de água e nutrientes essenciais e proteção
contra fungos patogênicos;
 Fungo: Recebe carboidratos e vitaminas
essenciais para o desenvolvimento;
 Ocorre na maioria das plantas vasculares.
Tipos de micorrizas
 Existem dois tipos principais de micorriza:
 Endomicorrizas
(arbusculares):
caracterizam-se
pela
penetração das hifas nas células da raiz, formando arbúsculos
e alguns casos formam vesículas. É o tipo mais abundante;
 Ectomicorriza: o fungo desenvolve-se em volta da raiz
formando um envólucro (manto) e as hifas mais internas
crescem envolvendo as células epidérmicas da raiz, formando
uma rede bastante ramificada (rede de hartig).
Tipos de micorrizas
 Outros tipos de micorriza:
 Ectendomicorrizas: Possuem muitas das características das
ectomicorrizas e das endomicorrizas, apresentando rede de
Hartig grossa e alto grau de penetração intracelular,
especialmente nas partes mais velhas da raiz;
 Ericóides: Ocorre nas raizes das Ericaceae, onde as hifas
formam uma rede extensa, frouxamente organizada sobre a
superfície da raiz. O fungo tem um papel importante na quebra
de certos compostos;
 Orquidoídes: Ocorre nas Orquídeas, onde as sementes só
germinam na presença do fungo adequado. O fungo, que
nesta associação é interno, também supre seu hospedeiro
com compostos de carbono.
Micorriza e evolução das
plantas
 Fósseis revelam que as associações
endomicorrizicas eram bastante freqüentes
nas plantas primitivas;
 Essas associações podem ter representado
um passo crítico na conquista do ambiente
terrestre;
 Relação similar tem sido demonstrada entre
plantas
atuais
colonizando
solos
extremamente pobres em nutrientes.
Micorrizas e
Agricultura
Agricultura Convencional
 Maximização da produção e do lucro.
 Degradação dos recursos naturais.
Agricultura Sustentável
 Crescimento associado à conservação.
 Utilização de micorrizas em plantações.
 O grupo que tem maior interesse
agronômico dentro dos fungos micorrízicos,
são os Fungos Micorrízicos Arbusculares
(FMAs).
 Além
de
ser
predominantes
nos
ecossistemas tropicais, eles são capazes
de formar micorrizas com 95% das
espécies de plantas, inclusive a maioria das
espécies cultivadas.
Importância Econômica
 Aumentam a capacidade de absorção de
água e nutrientes;
 Reduzem a
radiculares;
ocorrência
de
patógenos
 Provocam mudanças hormonais favoráveis.
ABSORÇÃO DE NUTRIENTES
 Fosfato: Utilizam fósforo da fração solúvel
do solo assim como as raízes.
 Nitrogênio: Através de relação com
sistemas fixadores as micorrizas são
capazes de aumentar a fixação.
REDUÇÃO DE PATÓGENOS
(exemplo: Nematódios e Podridão da
raiz)
 Produção de aminoácidos e açucares
redutores;
 Alteração fisiológica da raiz;
 Aumento das paredes celulares cortical;
 Competição física por espaço e nutrientes;
 Aumento da lignificação da raiz
As árvores frutíferas são
grupo de destaque no estudo
da interação:
 Foram as primeiras a serem estudas;
 Tem grande importância econômica na
fruticultura;
 A maioria dessas árvores tem
condição de dependência micorrízica
uma
Efeito de micorrizas na
formação de mudas
 Estudos feitos com mudas de pimenteirado-reino evidenciaram a alta dependência
desta planta com os fungos micorrízicos e
as mudas não cresceram na ausência de
fungos micorrízicos mesmo adubando.
Foto: Maria de Lourdes Reis Duarte
Ac
Sh
Gm
Glm
NI
Desenvolvimento de plântulas de pimenteira-do-reino,
cultivar Singapura, inoculadas com espécies de FMA, em solo
com incorporação de nutrientes, desinfestado com brometo
de metila, aos cinco meses após a inoculação (NI = não
inoculado; Glm = Glomus macrocarpum; Gm = Gigaspora
margarita; Sh = Scutellospora heterogama; Ac = Acaulospora
sp.). (fonte: Oliveira et al., 1984)
Desenvolvimento das mudas de estacas de pimenteira, cultivar Guajarina, micorrizadas
(Scutellospora gilmorei) e não micorrizadas, 90 dias após a inoculação. (fonte: Chu et al., 2001)
Foto: Elizabeth Chu
Fig. 3. Quantidades de N, P e Ca absorvidos pela mudas de estacas de pimenteira-do-reino inoculadas com
espécies de FMA, 11 meses após a inoculação (Controle = não inoculado; Sg = Scutellospora gilmorei; Sh =
Scutellospora heterogama; Gsp. = Gigaspora sp.; Ac = Acaulospora sp.; Ec = Entrophospora colombiana).
Fonte: adaptada Chu et al, 2001
Efeito da inoculação no
controle da fusariose
 Essas plantas micorrizadas também podem
resistir ou tolerar melhor o ataque de
patógenos do solo.
 Para verificar o efeito da micorrização sobre
a podridão da raiz de pimenteira, causada
por Fusarium solani f. sp. piperis, foi
conduzido um experimento com plântula de
pimenteira-do-reino, cultivar Guajarina.
Foto: Maria de Lourdes Reis Duarte
Plantas de pimenteira-do-reino inoculadas
com Scutellospora gilmorei, quatro meses
após a inoculação de Fusarium solani
f.sp. piperis.
Foto: Maria de Lourdes Reis Duarte
Plantas de pimenteira-do-reino não
inoculadas, quatro meses após a
inoculação de Fusarium solani f. sp.
piperis.
A redução de 50 a 80% da incidência de fusariose foi obtido com a inoculação de FMA e
a espécie que promoveu maior crescimento da planta teve também maior redução de
fusariose
Micorrizas e
áreas
degradadas
FATORES DE DEGRADAÇÃO
CONSEQUÊNCIAS DA
DEGRADAÇÃO
 Perda da fauna e flora local;
 Perda da capacidade produtiva;
 Diminuição da fertilidade do solo;
Senna multijuga (cássia verrugosa)
Luehea grandiflora (açoita-cavalo)
Enterolobium contortisiliquum (tamboril)
Albizia lebbeck (albizia)
Senna macranthera (aleluia)
Figura 4. Relação entre massa
de matéria seca relativa à
máxima após 180 dias do
transplantio e teores
de Zn e Cd no solo no
transplantio, para plantas
inoculadas (•), e sem inoculação
(∆) com fungos micorrízicos
arbusculares.
Conclusão:
 O crescimento e a colonização micorrízica
são negativamente afetados, à medida que
aumenta a proporção de solo contaminado.
Solo
contaminado
Crescimento e
colonização
micorrízica das
mudas transplantadas
 Houve variação,de espécie para espécie,
em relação:
o À proporção do solo contaminado acima do qual não
se observou efeito da inoculação;
o Aos níveis críticos de toxidez dos metais no solo e na
matéria seca da planta.
 Efeitos adversos sobre o crescimento das
espécies de plantas estão diretamente
relacionados com a maior absorção de
metais, principalmente o Cádmio e o Zinco.
 Mutualismo:
Fungos
micorrízicos
Crescimento em solo
sem contaminação e
em solo pouco
contaminado
 Possível benefício da associação:
o Imobilização dos metais no micélio intra-radical
reduz sua transferência para a parte aérea.
 Solos com alta taxa de contaminação:
Grau de
estresse da
planta
hospedeira
Disfunção da
simbiose e
eliminação do
caráter
mutualístico
 Importância do estudo das micorrizas
arbusculares:
o Crescimento de mudas de árvores
o Recuperação de áreas tropicais
contaminadas com metais pesados
Considerações finais
É inegável a relevância do
conhecimento de micorrizas.
No entanto...
Considerações finais
A diversidade de micorrizas não está
esclarecida:
Poucas espécies conhecidas de fungos micorrízicos
X
Registro fóssil de espécies há milhões de anos atrás;
Quantidade de espécies de plantas que se associam
a micorrizas é muito superior;
Evidências de preferência hospedeira;
Considerações finais
Se trata de uma interação ecológica
que surgiu por coevolução.
Considerações finais
A
pequena
quantidade
de
informações da diversidade diminui
as
possibilidades
de
estudo
aplicado.
Considerações finais
Doutor
Mestre
Graduados e
especialistas
Total
Angiospermas
140
72
34
246
Gimnospermas
2
0
1
3
Pteridófitas
13
6
5
24
Briófitas
7
8
2
17
Algas
84
33
44
161
Fungos
24
9
8
41
Total
270
128
94
492
Número de pesquisadores em taxonomia/sistemática de plantas e
fungos, ordenados por grupos de organismos e titulação
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