TRANSTORNO DA PERSONALIDADE PASSIVO

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TRANSTORNO DA
PERSONALIDADE
PASSIVO-AGRESSIVA
Anamaria Farias
Carmen Lavigne
Flávia Leitão
Susy Rocha
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE
PASSIVO-AGRESSIVA
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Definição:
Se caracterizam por serem resistentes a
exigências externas, manifestadas por
comportamentos oposicionais e obstrutivos,
procrastinação, teimosia e ineficiência
Evitam ser assertivas, evitam o confronto por
entender este como forma de interferência e
controle por parte do outro
Ressentem-se por terem de se conformar a
padrões estipulados por outros
(FREEMAN, 1993)
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PERSPECTIVA HISTÓRIA (FREEMAN, 1993)
II Guerra Mundial – “Estresse militar rotineiro,
manifestada por impotência, ou respostas inadequadas,
passividade,
obstrucionismo
ou
explosões
de
agressividade”
DSM – manifesta agressão de maneira passiva (rancor,
obstinação, procrastinação, ineficiência, obstrucionismo)
Outros transtornos de personalidade compostos por
traços de caráter o TPAP se define pela resistência a
exigências externas
Psicopatologia - Kraepelin e Bleuler indivíduos que
consistentemente respondiam as coisas de maneira
negativa
Psicanalíticos - tipos de personalidade masoquista com
queixas e inclinações a agressão passiva, incapacidade
de tolerar sentimentos desagradáveis
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EPIDEMIOLOGIA
 Freeman, 1993 – Critérios para TPAP
duas vezes maiores em homens
Elevada proporção de depressão e
abuso de alcool
 Kaplan, 2007 – não há estudos
adequados em relação a taxas por
sexo,
padrões
familiares
e
prevalência
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CRITÉRIOS DIAGNOSTICOS
Transtorno
da
personalidade
sem
outra
especificação
“Categoria que serve para transtornos do
funcionamento da personalidade que não
satisfazem os critérios para qualquer transtorno de
personalidade específico” (DSM IV)
Presença de características de mais de um
transtorno de personalidade (“personalidade
mista”), mas que causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo em uma ou mais áreas
importantes do funcionamento
Usada para diagnosticar um transtorno de
personalidade
específico
não
incluído
na
classificação
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CRITÉRIOS DE PESQUISA (DSM IV)
A – Um padrão global de atitudes negativistas e
resistência passiva às exigências de um
desempenho adequado, que se manifesta no inicio
da idade adulta e está presente em uma variedade
de contextos, indicado por quatro (ou mais) dos
seguintes critérios:
1- Resistência passiva à realização de tarefas sociais e
ocupacionais rotineiras
2- Queixas de ser incompreendido e desconsiderado
pelos outros
3 – mau humor e propensão a discussões
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CRITÉRIOS DE PESQUISA (DSM IV)
4- Criticas irracionais e desprezo pela autoridade
5- Inveja e ressentimento para com aqueles que
aparentemente são mais afortunados
6- Queixas exageradas e persistentes de
infortúnio pessoal
7- Alternância entre o desafio hostil e o
arrependimento
B – Não ocorre exclusivamente durante episódios
depressivos maiores, nem é melhor explicado
por transtorno distímico
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CARACTERISTICAS CLÍNICAS (FREEMAN, 2007)
Tendência a procrastinar, resistem a solicitações de
desempenho adequado
Acham desculpas para demoras e referem falhas
naqueles de quem depende
Recusam a se desvencilhar de relacionamentos
dependentes
Falta-lhes asserção, não sendo diretos sobre suas
próprias necessidades e desejos
Não fazem as perguntas necessárias sobre o que é
esperado deles
Ficam ansiosos quando forçados a serem bemsucedidos ou quando seu mecanismo de defesa de
dirigir raiva contra si próprios é removido
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CARACTERISTICAS CLÍNICAS (FREEMAN, 2007)
Tentam se colocar em posição de dependência
Esperam que os outros façam suas tarefas e
realizem suas responsabilidades de rotina
Falta-lhes auto-confiança e otimismo quanto ao futuro
Tendem a ser mais ligados a seus ressentimentos do
que à sua satisfação, por isso podem nem mesmo
formular objetivos para encontrar alegria na vida
Suas relações podem ser prejudicadas por as outras
pessoas experimentarem esse comportamento
passivo e auto-prejudicial com o punitivo e
manipulador
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8.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Atitudes Negativistas
Resistência Passiva à realização de tarefas
sociais e ocupacionais rotineiras
Queixa de ser Incompreendido e
desconsiderado pelos outros
Mau humor
Propenso a discussões (polêmico)
Desdenha da Autoridade
Expressa inveja e ressentimento (quando
inferior)
Verbaliza queixas exageradas e persistentes de
infortúnio pessoal
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Ocorre na fase adulta (DSM-IV)
Esses traços de personalidade constituem
um transtorno apenas quando o individuo
apresenta características de
inflexibilidade, mau-adaptativos causando
prejuízo funcional clínico significativo ou
sofrimento subjetivo (KAPLAN,2007)
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PENSAMENTOS E CRENÇAS
DISFUNCIONAIS
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Refletem negativismo, autonomia e
procura menor resistência;
Pensamento negativo: depressivo X
passivo-agressivo;
Raiva, intolerância a frustração;
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PENSAMENTOS E CRENÇAS
DISFUNCIONAIS
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“Como se atreve a me dizer o que fazer!”
“Eu vou fazer o que tiver vontade.”
“Ninguém reconhece o trabalho que eu faço.”
“As pessoas tiram vantagem de mim.”
“Comigo nada dá certo.”
“As pessoas deveriam me tratar com mais respeito.”
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PENSAMENTOS E CRENÇAS
DISFUNCIONAIS
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Não se dispõem a orientações;
Regras vistas como forma de obstruí-las;
Pensamento pessimista: “A vida é ruim.”
Supõem ser vítimas do destino
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PENSAMENTOS E CRENÇAS
DISFUNCIONAIS
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“Ninguém me compreende.”
“A vida é ruim-comigo nada dá certo.”
Se deixar, as pessoas tiram vantagem de você.”
Não importa o que você faça – nada dará certo do
mesmo jeito.”
Ser direto com as pessoas pode ser perigoso.”
Regras são arbitrárias e me sufocam.”
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ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
Há dificuldades para se obter informações completas
durante as entrevistas (respostas incompletas e
breves). O paciente mostra-se irritado por ter de
responder a uma pergunta. Outros pacientes, com
outros diagnósticos respondem com mais facilidade à
mesma pergunta, por exemplo:
Mesmo mostrando-se ativos esses pacientes podem
evitar completamente a pergunta ou fornecerem
detalhes irrelevantes
As cognições possivelmente incluem: “Eu não deveria
ter de responder a isto” ou “ O entrevistador está
tentando me controlar”
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ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
Ao descreverem suas vidas sempre apresentam
atitude negativista, não demonstrando nenhum insight
de como poderiam estar contribuindo para sua própria
dificuldade - culpam os outros
Os pacientes paranóides também podem referir
motivos discriminatórios ou abusivos da parte dos
outros, mas serão mais cautelosos do que os passivoagressivos
Depois de feito o diagnóstico é importante uma
avaliação das habilidades sócias para planejar o
tratamento
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ESTRATÉGIAS CLÍNICAS AMPLAS
Pacientes com Transtorno de Personalidade,
normalmente, não estão interessados em modificar
padrões antigos de comportamento. Chegam ao
consultório devido a algum diagnóstico tipo eixo I
como: depressão, ou pressão de outras pessoas
Uma primeira abordagem com pacientes passivoagressivos consiste em focalizar um empirismo
cooperativo. Eles precisam sentir que não estão sendo
dirigidos, mas sim fazendo escolhas no tratamento, já
que desafiam figuras de autoridade
O terapeuta deverá encorajar o paciente a escolher
entre várias tarefas de casa, por exemplo, ou tópicos a
serem discutidos na sessão. Em seguida, o paciente,
deverá ser encorajado a desenvolver suas próprias
estratégias de abordagem de problemas
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ESTRATÉGIAS CLÍNICAS AMPLAS
Outra estratégia importante, consiste em ajuda-lo a fazer
contato com seus pensamentos automáticos
É importante também a coerência no tratamento.Por
exemplo: O paciente pode chegar atrasado na sessão e o
terapeuta deverá terminar a sessão no tempo usual. O
pensamento automático do paciente pode ser: “Eu não
tenho que chegar lá a tempo - Ninguém vai me dizer o
que fazer”
Neste caso o terapeuta poderá ajudar o paciente a
aprender meios de expressão mais diretivos: O paciente
poderá dizer ao terapeuta que o horário da sessão não é
conveniente e pedir outro horário específico
É importante, também, ajudar o paciente com TPAP a
examinar seus métodos do cobrar-se das pessoas. As
vantagens e desvantagens dessa estratégia, devem ser
exploradas, gerando-se estratégias alternativas
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TÉCNICAS ESPECÍFICAS
A partir das estratégias gerais, uma série de
estratégias específicas podem ser utilizadas para
modificar cognições, afetos e comportamentos nos
pacientes passivo-agressivos
Para ajudá-los a identificar pensamentos pode-se:
- Identificar pensamentos automáticos que ocorrem
entre as sessões. Por exemplo se o paciente fica
irritado durante a sessão e relata estar pensando : “Eu
não tenho de fazer nada. Você está tentando me
dominar.” O terapeuta e paciente podem tentar
identificar quais cognições podem estar interferindo na
realização da tarefa
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TÉCNICAS ESPECÍFICAS
Existem dois tipos de cognições que podem estar
interferindo: o primeiro contribui para o afeto negativo
( Ex: depressão e irritabilidade); o segundo consiste
em cognições quanto à responder a exigências ( Ex:
“Eu preciso fazer as coisas à minha maneira”)
Os pacientes passivo-agressivos podem também não
responder à perguntas referentes às evidencias
disponíveis a partir de um raciocínio emocional:
“Porque é assim que eu sinto”
Poderá ser útil a esses pacientes, por exemplo,
carregar um cartão dizendo: “Sentimentos não são
fatos”, para lembrá-los de que seu estado emocional
baseia-se em sua interpretação da situação - não
necessariamente na realidade
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TÉCNICAS ESPECÍFICAS
Quanto às tarefas de casa é
importante levar em conta, também, o
fato do paciente não as cumprir, pois
as cognições que interferem na
realização da tarefa podem ser
identificadas.
É importante, com freqüência, fazer
uma análise de custo-benefício do
comportamento do paciente
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PREVENÇÃO E RECAÍDA
Uma das melhores estratégias para a
prevenção de recaídas é
representada pelas sessões de
reforço. Durante essas sessões,
pode-se rever estratégias exitosas,
discutir áreas problemáticas e
completar a previsão de potenciais
problemas
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Do Contra (1994)- O
personagem Do Contra, a
exemplo de outros personagens
da Turma, é baseado em um
filho de Maurício, homônimo ao
pai. O personagem possui uma
"aura" de contradição que,
aparentemente funciona com
animais, diz amar a Mônica mas
o Cebolinha já conseguiu fazêlo participar de um plano
infalível, indiretamente.Nas
histórinhas ele é irmão de
Ninbus, que também é baseado
em um dos filhos do Mauricio,
Mauro.Na Infância, o
Mauricinho costumava ter
alguns hábitos estranhos, como
mostra o "Mônica 40 anos", ele
comia arroz com melancia e
não torcia para o Brasil nas
copas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREEMAN, Arthur ; BECK, Aaron. Terapia cognitiva
dos transtornos de personalidade.2ed. Porto Alegre.
Artes Médicas, 1993.
DSM-IV TR: Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais, 4 ed. Porto Alegre. Artmed, 2002.
KAPLAN, Harold I ; SADOCK, Benjamin James ;
GREBB, Jack a. Compêndio de psiquiatria : ciência do
comportamento e psiquiatria clínica. 7ed. Porto alegre –
RS. Artes médicas, 2007.
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