Síndrome de Mononucleose Dra. Sílvia Letícia Mullich R1 da Unidade de Pediatria do HRAS/SES/DF www.paulomargotto.com.br INTRODUÇÃO Adenomegalia generalizada Agudo ou subagudo Visceromegalias Alterações hematológicas Causas: – Epstein-Bar vírus – Citomegalovírus – Toxoplasma gondii – Tripanossoma cruzi – Vírus da rubéola e o HVH tipo 6 – Drogas: carbamazepina, difenilidantoína, isoniazida MONONUCLEOSE INFECCIOSA CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS ACHADOS CLÍNICOS ACHADOS HEMATOLÓGICOS ACHADOS SOROLÓGICOS EPIDEMIOLOGIA tipo 1 VÍRUS EPSTEIN – BAR CARACTERÍSTICAS LINFOTRÓPICAS tipo 2 Receptores nos linfócitos B Infectar, transformar e induzir novos antígenos de superfície Propriedades oncogênicas BAIXA INFECTIVIDADE EPIDEMIOLOGIA DISTRIBUIÇÃO UNIVERSAL 70 A 80% EM CRIANÇAS E ADULTOS JOVENS HOSPEDEIRO PERÍODO DE INCUBAÇÃO PORTA DE ENTRADA FISIOPATOGENIA CONTATO COM EBV VIREMIA SISTEMA LINFORRETICULAR LINFÓCITOS B FISIOPATOGENIA LINFOADENOPATIA GENERALIZADA HIPERPLASIA DO TECIDO LINFÓIDE DA NASOFARINGE ESPLENOMEGALIA HEPATOMEGALIA QUADRO CLÍNICO QUADRO CLÍNICO Pródromos: Febrícula, calafrios, mal-estar e sudorese Cefaléia, mialgias, náuseas e vômitos Febre de início insidioso, sem padrão regular Faringite dolorosa 50% com exsudato membranoso Presença de Strep. pyogenes não afasta diagnóstico Obstrução das vias aéreas AMIGDALITE COM EXSUDATO QUADRO CLÍNICO Adenopatia generalizada Cervical Pouco aumentados, dolorosos, individualizados, não aderidos e de consistência firme Esplenomegalia (50 a 75%) Hepatomegalia (15 a 20%) Petéquias no palato QUADRO CLÍNICO Sinal de Hoagland Exantema rubeoliforme Icterícia (5 a 11%) Curso atípico em menores de 5 anos Duração média dos sintomas DIAGNÓSTICO LABORATORIAL HEMOGRAMA Leucocitose Linfocitose Linfócitos atípicos (>10%) Anemia é rara Trombocitopenia (50%) TESTES DE FUNÇÃO HEPÁTICA SOROLOGIA Anticorpos heterófilos Anticorpos anit vírus Epstein Bar Isolamento do vírus DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Amigdalite estreptocóccica Difteria: pescoço taurino, pseudomembrana acinzentada Toxoplasmose adquirida forma linfoglandular Citomegalovirose TRATAMENTO REPOUSO FÍGADO E BAÇO CORTICOESTERÓIDE – Indicações: Anemia hemolítica e síndrome hemofagocítica Púrpura trombocitopênica rapidamente progressiva ou hemorrágica Obstrução das vas Miocardite Esplenomegalia maciça TRATAMENTO ADENOMEGALIA Obstrução das VAS ANTIBIÓTICOS DROGAS ANTIVIRAIS PROFILAXIA ISOLAMENTO DO PACIENTE VACINA ANTI-EBV COMPLICAÇÕES Neurológicas Encefalite Meningoencefalite Meningite Síndrome de Guillian-Barré Hemiplegia aguda Paralisia de nervos cranianos Convulsões Paresias Mielite transversa Meningoencefalite desmielinizante COMPLICAÇÕES Oculares Edema, fotofobia, celulite periorbitária, dacriocistite, dacrioadenite, glaucoma, hemorragias retinianas Hepáticas Raras Hepatite ictérica, insuficiência hepática e necrose hepática fulminante fatal Hepatite anictérica Respiratórias COMPLICAÇÕES Respiratórias 3 a 4 sem após o início Obstrução das VAS, pneumonite intersticial, alveolite, fibrose difusa aguda Cardíacas Miocardite e pericardite Dor abdominal no QSD → generaliza, irradia para ombro esquerdo a partir da 2ª sem → ruptura esplênica COMPLICAÇÕES Renais Glomerulonefrite Hematúria e proteinúria transitórias Hematológicas Anemia hemolítica Tombocitopenia moderada (1ª sem) Granulocitopenia (infecções graves) Anemia aplástica (rara e fatal) Eczema atópico e alergia alimentar SÍNDROMES ASSOCIADAS AO EBV Síndrome pós-perfusão Febre, esplenomegalia e linfócitos atípicos Hepatomegalia, testes de função hepática anormais, faringite e adenomegalias 3 a 7 sem após cirurgia a céu aberto, com transfusão de grandes quantidades de sangue a fresco Linfoma de Burkitt e Carcinoma Nasofaríngeo Síndrome de Reye Encefalopatia e degeneração gordurosa das vísceras