MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS JOINVILLE DEPARTAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO COORDENAÇÃO ACADÊMICA EletroEletronica O Magnetismo e a Matéria Prof. Luis S. B. Marques Introdução • O primeiro imã que se tem notícia foi a magnetita . • Somente muito tempo depois desta descoberta é que foi desenvolvida a bússola. Aplicações • Dentre as muitas aplicações para os imãs permanentes cito: Aplicações O magnetismo da terra • A terra é um enorme imã permanente. • O que chamamos comumente de norte magnético é na realidade um pólo sul magnético. Introdução • As propriedades magnéticas dos imãs podem ser atribuídas aos elétrons. O elétron pode produzir campo magnético de três modos • Fluxo de elétrons em um condutor (ou no vácuo). O elétron pode produzir campo magnético de três modos • Momento Angular intrínsico ou SPIN. O magnetismo e o elétron • Associado ao momento angular do elétron existe o momento de dipolo magnético do spin. O elétron pode produzir campo magnético de três modos • Momento Orbital intrínsico. O magnetismo e o elétron • Os elétrons ligados aos átomos possuem um momento orbital intrínseco. Esse elétrons em órbita são equivalentes a pequenas espiras de corrente e possuem um momento de dipolo magnético orbital. O magnetismo e o elétron • Como todo e qualquer material possui elétrons, o fato destes materiais não possuírem magnetismo é que devido à enorme quantidade de elétrons, os momentos de dipolos se combinam de tal modo que se cancelam uns aos outros, de modo que o resultado é uma indução magnética resultante nula. Materiais diamagnéticos • Os materiais diamagnéticos apresentam um momento dipolar magnético oposto ao sentido do campo aplicado. Materiais paramagnéticos • Os materiais paramagnéticos apresentam um momento dipolar magnético no mesmo sentido do campo aplicado. Materiais ferromagnéticos • Os materiais ferromagnéticos adquirem um grande momento dipolar magnético na direção do campo aplicado quando na presença de um campo externo. Materiais diamagnéticos • são aqueles que quando na presença de um campo magnético externo, se magnetizam de forma a criar um campo magnético contrário ao aplicado. Materiais paramagnéticos • são aqueles que permitem apenas uma leve orientação dos dipolos magnéticos elementares na presença de um campo magnético externo. Materiais ferromagnéticos • Os materiais ferromagnéticos são compostos por uma grande quantidade de domínios magnéticos. Entende-se por domínios magnéticos como sendo pequenas regiões magnéticas cujos dipolos atômicos estão perfeitamente alinhados, produzindo momentos magnéticos não nulos que se encontram em paralelos. Materiais ferromagnéticos • Um material ferromagnético não-magnetizado possui seus domínios magnéticos orientados aleatoriamente, resultando em um fluxo magnético líquido igual a zero. Materiais ferromagnéticos • Ao aplicar um determinado campo magnético sobre este material ferromagnético, os domínios magnéticos tendem a se orientar na direção do campo magnético. Materiais ferromagnéticos • O resultado é que o efeito do momento de dipolo magnético se superpõe ao do campo magnético aplicado, resultando em uma densidade de fluxo superior àquela devido apenas à força magneto motriz. Materiais ferromagnéticos • Quando todos os momentos de dipolo magnético encontram-se alinhados com o campo magnético, não mais contribuindo para o aumento na densidade de fluxo B, o material é dito completamente saturado. Materiais ferromagnéticos • Na ausência de um campo magnético aplicado, os momentos de dipolo magnéticos dos domínios tendem a se alinharem de acordo com os eixos de fácil magnetização. Materiais ferromagnéticos • Como resultado, quando o campo magnético aplicado é reduzido a zero, os momentos de dipolo magnético não retomam uma orientação randômica. Eles irão se orientar de acordo com uma determinada direção, de acordo com o campo magnético aplicado. Este efeito é responsável por um fenômeno denominado histerese magnética. Anel de Rowland B d l i o Bo (2r ) oio N oio N Bo 2r Anel de Rowland • O campo efetivo B com o núcleo ferromagnético é muito maior, dado pela equação: B Bo BM • Onde BM é a contribuição do núcleo ferromagnético ao campo no toróide. Curva de magnetização • A curva de magnetização nos fornece o grau de influência que um campo magnético exerce sobre o alinhamento dos dipolos magnéticos. Curva de magnetização Curva de Histerese Densidade de fluxo x Intensidade de campo B H Nos materiais magnéticos B e H não se relacionam simplesmente por uma constante µ. A equação acima nos remete a uma relação linear. Entretanto, na realidade, B é uma função não-linear, multivalente de H. Embora a equação acima continue sendo válida, gráficos são utilizados para determinar o valor de B em função de H. Perdas por correntes parasitas Pe K e B 2 max f 2 Perdas por correntes parasitas • As perdas por correntes parasitas podem ser reduzidas: 1. Um material com elevada resistividade pode ser utilizado. 2. Um núcleo composto por lâminas. A laminação é feita no plano do fluxo magnético. As lâminas são isoladas umas das outras por uma camada de óxido e/ou por uma fina camada de verniz. Perdas por Histerese • Em geral as perdas por histerese dependem da metalurgia do material, assim como da freqüência e da densidade de fluxo. PH K H Bmax f n Perdas por Histerese Para reduzir as perdas por histerese, os materiais utilizados em máquinas elétricas empregam aços com grãos orientados, que possuem direções altamente favoráveis à magnetização. Perdas por Histerese