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FUNÇÕES SINTÁTICAS
Frase, oração e período
 Frase - todo enunciado de sentido
completo capaz de
estabelecer
comunicação. Pode ser nominal ou verbal.
Ex.: Silêncio! / Sejam solidários.
 Oração - enunciado que se estrutura em
torno de um verbo ou locução verbal.
Ex.: Não vou viajar, porque choveu muito.
Período - constitui-se de uma ou mais
orações. Pode ser simples ou composto.
Ex.: Tinha dormido cedo, / por isso não vi
a enxurrada.
Observação:
Haverá num período tantas orações
quantos forem os verbos, considerando

locuções verbais e tempos compostos como
um só verbo.
Sujeito
Tipos de sujeito

simples - possui um núcleo.
Ex.: Dilma é a presidente do Brasil.
Ex.: Alguém me viu. / Duas vieram.

composto - possui mais de um núcleo,
independente de sua ordem na frase.
Ex.: João e eu já visitamos Petrópolis. / Jessé ou
José fará a reportagem? / Estão aqui o seu
dinheiro e sua bolsa!

sujeito desinencial - determinado, mas implícito na
desinência verbal (DNP) ou subentendido através de
uma frase anterior. Ex.: "Antes de iniciar este livro,
imaginei (eu) construí-lo pela divisão do trabalho." - G.
Ramos ///// Suba (você) nesse bote, menino!

indeterminado - quando não se pode (ou não se
quer) precisar que elemento é o sujeito. Ocorre de duas
maneiras:
 verbo na 3ª pessoa do plural, sem sujeito explícito;
Ex.: Nunca lhe ofereceram ajuda.
 3ª pessoa do singular (VTI ou VI) + SE (IIS).
Ex.: Precisa-se de doações para Friburgo. / Morre-se de
frio aqui.

Observação:
A oração de sujeito indeterminado com a
partícula SE não pode ser transformada em
voz passiva analítica. Havendo essa
possibilidade, a palavra SE será interpretada
como PRONOME APASSIVADOR.
Ex.:Celebrou-se o ano de 2011. (O ano de 2011
foi celebrado.)
(sujeito)
(sujeito)
oração sem sujeito
O processo verbal encerra-se em si mesmo, sem
atribuição a nenhum ser. Ocorre sempre com
verbos impessoais que exprimem fenômenos
da natureza; verbos fazer, ser, ir e estar
indicando tempo cronológico ou clima (no caso
do ser, também distância); verbo haver =
existir ou em referência a tempo
decorrido.
Ex.: Choveu demais. / Havia muitos voluntários
em Friburgo./ Há muitos anos ocorrem
deslizamentos no Brasil. / Vai para muitos anos
de espera.

Observação: os verbos impessoais
não apresentam sujeito e devem
permanecer na 3ª pessoa do singular.
Quando um verbo auxiliar se junta a um
verbo impessoal, a impessoalidade é
transmitida a ele.
Ex.: Há muitos casos de AIDS entre jovens.
Ex.: Deve haver muitos casos de AIDS entre
jovens.
Predicado
Para se classificar o predicado, torna-se indispensável
o estudo dos tipos de verbos (transitivos, intransitivos e
de ligação).
ligação - expressam estado permanente ou transitório,
mudança ou continuidade de estado, aparência de
estado (ser, estar, permanecer, ficar, continuar,
parecer, andar = estar, etc.). Esses verbos não
serão mais de ligação se não estabelecerem
relação entre sujeito e seu predicativo. Ex.: Ando
preocupado com a chuva. / Andei cem metros até o
acidente. Fiquei triste. / Fiquei na sala.

intransitivo - quando a significação verbal está
inteiramente contida no verbo, não necessitando
de complementação.
Ex.: Não gostei de minhas férias.

transitivo - pedem complementos verbais para
completarem a sua significação. Podem ser
transitivos diretos, indiretos e diretos e
indiretos, dependendo do complemento.
Ex.: Quero paz. / Preciso de respeito.
Ex.: Enviei-lhe ajuda.

Predicado verbal
É formado por um verbo transitivo ou
intransitivo, isto é, um verbo que não seja de
ligação. Neste caso, o verbo será sempre
significativo, constituindo o núcleo do predicado
verbal.
Ex .: Os moradores desceram rapidamente.(VI)
Ex.:Comprei o meu ingresso.(VTD) / Compreilhe vários presentes. (VTDI)
Predicado nominal
É formado por um verbo de ligação acrescido de
um nome ( substantivo, adjetivo ou
pronome), dito predicativo do sujeito.
O
núcleo deste predicado é o predicativo, uma vez
que o verbo somente estabelece ligação.
Ex.: O rapaz estava apreensivo com as chuvas.
Ex.: Ela caiu de cama.
Ex.:A mãe virou leoa naquele episódio.
Predicado verbo-nominal
Encerra em si mesmo uma união de
predicados. Apresenta um
verbo
significativo (núcleo do predicado verbal) e
um predicativo (núcleo do predicado
nominal), portanto dois núcleos.
Ex.: Ela entrou esperançosa na turma.
Ex.: Lia abaixou os olhos pensativa.
Ex.: Considero excelente o projeto
exposto.
Predicativo
Expressa um estado ou qualidade do sujeito
ou do objeto.
Ex.: Os filhos são eternos. / Os próximos seremos
nós. Todos eram um. / O difícil era que
entendêssemos aquela tragédia.
O predicativo pode referir-se ao sujeito, ao objeto
DIRETO ou INDIRETO. Exprime, às vezes, a
consequência do fato indicado pelo predicado
verbal.
Ex.: Elegeram Sérgio Cabral governador. / Todos lhe
chamavam ladrão.
(POD)
(POI)
Objeto direto

Completa um verbo transitivo direto sem
se ligar a ele por preposição necessária.
Ex.: A chuva castigou a terra.
Ex.: Não direi nada.
Ex.: A enxurrada deixou centenas de
desabrigados.
Ex.: Use aquele i.
Ex.: Deixei-o em casa.
Objeto indireto

Complemento ligado a um verbo transitivo
indireto, ligado a ele por meio de uma
preposição necessária (a, de, com, em,
para, etc.), regida pelo verbo.
Ex.: Ele lembrou-se da bela paisagem.
Ex.: A moça apresentou-o a elas.
Ex.: A mãe gostava de ambos.
Ex.: Insistiu em que ele enviasse o socorro.
Agente da passiva

Nas orações de voz passiva analítica, é o
elemento que pratica a ação verbal, daí seu
nome de agente, uma vez que o sujeito é
paciente. Seu emprego na forma analítica não
é obrigatório. O agente da passiva vem
precedido de preposição (de, per, por).
Ex.: A casa foi construída com esforço. (Por
quem?) - sem agente da passiva
Ex.: Vários populares foram vencidos pelas
águas. (agente da passiva)
Complemento nominal
Tanto o CN como o OI vêm precedidos de
preposição obrigatória, mas a palavra que
rege esta preposição é diferente nos dois
casos: nome (substantivo, adjetivo ) ou
advérbio no CN e verbo no OI.
Ex.: Emy não tem boa compreensão de si
mesma. Ex.: Isso foi ofensivo à honra.
Ex.:Tudo saiu contrariamente ao esperado.
Observação: Se os substantivos perderem
o caráter abstrato, deixarão de reger CN.
Adjunto adnominal
Acompanha um substantivo (núcleo de uma
função
sintática qualquer), procurando
caracterizá-lo, determiná-lo ou individualizálo.
Ex.: Naquele dia não dormi bem. (Aquele é
adj. adnominal, mas “em” não possui função
sintática.)
Quando é representado por um locução adjetiva,
é comum confundir o adjunto adnominal com
o CN, por causa da preposição.
CN X Adj. adnominal

Adj. adnominal qualifica, especifica, enquanto
CN integra a significação antecedente e
nunca indica posse.
 CN pode referir-se a um substantivo
abstrato, adjetivo ou advérbio, mas o adjunto
adnominal só se refere ao substantivo.
 CN são exigidos pela transitividade do nome
a que se ligam. Um grande número de
nomes que pedem complemento são
substantivos abstratos derivados de verbos
significativos.
 Ex.: Matou os moradores (matança de moradores),
"de moradores" é CN.

CN é paciente ou alvo da noção expressa
pelo nome (sentido passivo).

Adj. adnominal indica agente ou o possuidor
da noção expressa pelo substantivo (sentido
ativo), além de também poder expressar
especificação.
Ex.: Pegue essa cesta de mantimentos. (especificação)
Ex.: A ajuda de Fábio comoveu as pessoas.
(sentido ativo)
Em qualquer análise sintática, deve-se considerar o
contexto frasal. Um mesmo substantivo pode aparecer
em uma frase com CN e em outra com adjunto adnominal.
Ex.: A invenção de palavras caracteriza a obra de
Guimarães Rosa. (CN - “de palavras" é paciente da ação
contida no substantivo "invenção“.)
Ex.: A invenção de Santos Dummont abriu caminho para
o futuro. (Adj. adnominal - “de Santos Dummont" é o
agente da ação expressa pelo substantivo "invenção”.)
Adjunto adverbial

Apesar de poder se referir ao verbo, o adj.
adverbial não é complemento verbal, mas um
termo acessório que acrescenta determinada
circunstância ao que se refere.
 Pode ser representado por um advérbio ou uma
locução adverbial, indicando alguma circunstância.
Quando expresso por um advérbio, pode
modificar um adjetivo,verbo ou outro advérbio.
Ex.: Costumava falar em altos brados. (modo),
Ex.:Aonde você vai? (lugar)
Ex.:Ele é muito bom bombeiro. (intensidade),
Ex.:Retirou a terra com a pá. (instrumento)
Aposto
Termo ou expressão de caráter individualizador ou
de esclarecimento, que acompanha um
elemento da oração, qualquer que seja a
função desse. Conforme o sentido que empresta
a seu referente, pode ser analisado como:
 explicativo - Rita, minha prima, esteve aqui.
 enumerativo - Eis os três municípios
atingidos: Petrópolis, Teresópolis e Friburgo.
 recapitulativo ou resumidor - Os pais, os netos
e as primas, todos estavam salvos.

especificativo - O poeta Olavo Bilac representou a
terceira fase do Romantismo
Ex.: O estado de Tocantins pertence à região CentroOeste.
Ex.:A serra de Teresópolis é bastante perigosa.

Observação:
O aposto especificativo não se confunde com adj.
Adnominal; pois, no caso do aposto, ambos os termos
designam o mesmo ser.
Ex.: A cidade de Londres é capital da Inglaterra.
(mesmo ser)
Ex.: O anel de Ana é cravejado de brilhante
(seres diferentes)
Vocativo

Termo ou expressão de natureza exclamativa
que tem função de invocar ou destacar
alguém ou ente personificado. Não mantém
relação sintática com qualquer outro
elemento da oração, por isso não faz parte do
sujeito ou do predicado.
 Virá sempre marcado por pontuação e admite
a anteposição de interjeição de chamamento.
Ex.: Ei!, amigo, espere por mim.
Ex.: "Pai, afasta de mim esse cálice."
Ex.: "Gosto muito de você, leãozinho!"
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