estilos e práticas parentais e determinantes para o

Propaganda
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
NÚCLEO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
ESTILOS E PRÁTICAS PARENTAIS E DETERMINANTES PARA
O DESENVOLVIMENTO E SOCIALIZAÇÃO DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
Lidia Weber e colabores
Apresenta-se o resumo de diferentes pesquisas sobre “estilos parentais”, realizadas a
partir de 2002 pela equipe do Núcleo de Análise do Comportamento (www.nac.ufpr.br),
coordenado pela Profa. Dra. Lidia Weber. Ao todo, mais de 3000 crianças e adolescentes
responderam as pesquisas, com idades entre 8 e 17 anos. Os resultados das pesquisas
mostram claramente aspectos determinantes para uma relação saudável e práticas
educativas parentais essenciais para o bom desenvolvimento e socialização de crianças e
adolescentes, e levou ao projeto de extensão da UFPR (gratuito) - QUALIDADE NA
INTERAÇÃO FAMILIAR – orientação e treinamento para pais da UFPR e, em seguida,
Lidia escreveu e lançou em junho de 2005, o livro EDUQUE COM CARINHO:
EQUILÍBRIO ENTRE AMOR E LIMITES (Editora Juruá, 2005 www.jurua.com.br ), que
apresenta os 12 princípios da Disciplina Positiva para uma interação afetiva e saudável
entre pais e filhos. Maiores informações em [email protected]
O QUE É ESTILO PARENTAL
É o conjunto de atitudes dos pais que cria um clima psicológico-emocional em que se
expressam os comportamentos dos pais; mães e pais podem se comportar de maneira
diferente; os estilos parentais incluem as práticas parentais (elogios, gritos, punições etc.)
e outros aspectos da interação pais-filhos, tais como: tom de voz, linguagem corporal,
descuido, atenção, mudanças de humor etc. Atualmente os estudos psicológicos mostram
que família é essencial na vida de todos, mas ela pode determinar aspectos de
PROTEÇÃO envolvimento, afeto, regras claras, responsividade etc.) quanto de RISCO
(punição física, negligência, regras inconsistentes ou ausência de regras etc). Cada estilo
de pai/mãe contribui para determinar o desenvolvimento e socialização de crianças e
adolescentes que formarão um repertório comportamental que levam para o resto da vida.
O estudo dos estilos parentais divide as relações entre pais e filhos (de qualquer idade)
em 4 tipos básicos: participativo (centrado na relação e socialização do filho); negligente
(pais ausentes); autoritário (centrado nos pais); permissivo (centrado no filho). As
pesquisas internacionais e longitudinais revelam que as influências começam muito cedo
e continuam na adolescência e que o estilo parental não muda no decorrer dos anos.
Para medir os estilos parentais foram utilizadas as Escalas de Exigência e
Responsividade (Lamborn e cols) e para medir práticas educativas foram utilizadas as
Escalas de Qualidade na Interação Familiar (Weber e cols). Descrição de estilos
parentais:
1. PAIS PARTICIPATIVOS – também chamados de autoritativos ou participativodemocráticos (tanto exigentes quanto responsivos. São pais centrados tanto na relação
quanto na socialização e desenvolvimento do filho. Apresentam muitas regras e limites e
UFPR – Praça Santos Andrade, 50, 1º. Andar – Fone: (41) 3310-2669 www.nac.ufpr.br E-mail: [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
NÚCLEO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
também muito afeto e envolvimento, “dão bastante, mas também pedem muito”: são
aqueles que educam dando muito apoio, atenção emocional, estrutura positiva e direção
para os filhos. Conseqüências para os filhos: estas crianças definem-se e são
classificadas como mais competentes em todos os níveis, ou seja, boa auto-estima,
habilidades sociais, estilo de atribuição otimista, bom desempenho acadêmico e
desenvolvimento de resiliência.
2. PAIS NEGLIGENTES (pouco responsivos e pouco exigente; apresentam pouco afeto e
envolvimento e poucas regras e limites). São considerados pais ausentes. Ainda,
esperam, às vezes, que o filho responda a suas necessidades e formam famílias instáveis
(separações e conciliações freqüentes); são pais pouco presentes na vida dos filhos, sem
tolerâncias e aborrecem-se facilmente, seja com o choro natural de um bebê, seja com os
pedidos de uma crianças ou adolescentes, então deixam a criança fazer o que bem
quiser; quando os filhos chegam ao limite ou quando sentem culpa de sua ausência
podem controlar exageradamente ou punir. Conseqüências para os filhos: são as que
apresentam pior performance em todos as áreas; podem ter um desenvolvimento
atrasado, problemas afetivos e comportamentais; este estilo parental correlaciona-se com
uso de drogas e álcool, com doenças sexualmente transmissíveis, com início precoce da
vida sexual, baixa auto-estima e auto-eficácia, com probabilidade maior de depressão,
estresse, estilo explicativo pessimista, baixo desempenho acadêmico e baixas habilidades
sociais e futuro comportamento anti-sociais (mentir, roubar, agredir, machucar, xingar...).
3. PAIS AUTORITÁRIOS (muito mais exigentes do que responsivos; apresentam muitas
regras e limites, mas são pouco afetivos e envolvem-se pouco). São pais centrados em si
próprios, portanto desejam somente a obediência dos filhos. Caracterizam-se por nível
baixo de apoio e atenção emocional, mas alto de estrutura positiva e direção; são
demasiadamente exigentes, tendo como resposta comum “Porque eu disse assim”,
querem que o filho faça o que eles desejam, comandam a vida dos filhos e não deixam
que ele próprio se expresse. Conseqüências para os filhos: tendem a apresentar
performance moderada na escola, mas se a coerção for muito forte podem ter ansiedade
e, com isso, abaixar o desempenho escolar; não apresentam problemas de
comportamento, geralmente são crianças e adolescentes quietos e passivos, mas se a
coerção dos pais for muito forte, podem mostrar hostilidade e agressividade contra figuras
de autoridade (professores, por exemplo); apresentam piores desempenhos em
habilidades sociais, humor instável, pouco amigáveis, baixa auto-estima e altos níveis de
depressão, situações que podem levar para a vida futura.
4. PAIS PERMISSIVOS – também chamados de indulgentes (muito mais responsivos do
que exigentes; apresentam muito afeto e envolvimento e poucas regras e limite. São pais
centrados no filho. Dão muito apoio e atenção emocional, mas pouca estrutura positiva e
direção aos filhos; às vezes são pais que tem receio de serem rejeitados e não serem
amados pelos filhos, então permitem em demasia, ou sentem culpa pela ausência no
trabalho e permitem tudo ou são inconsistentes; a pouca resistência acaba levando a
crianças mimadas e falta de resistência à frustração. Conseqüências para os filhos:
estão mais propensas a envolver-se em problemas de comportamento e têm pior
UFPR – Praça Santos Andrade, 50, 1º. Andar – Fone: (41) 3310-2669 www.nac.ufpr.br E-mail: [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
NÚCLEO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
desempenho na escola, mas podem ter boa auto-estima e boas habilidades sociais e
baixos níveis de depressão, mas há um alto risco de envolvimento com drogas no futuro,
pois não aprenderam que existem regras e limites no mundo, acham que podem e devem
experimentar tudo e testar todos; geralmente são crianças (e até adultos) mimados, sem
limites, que depois de um tempo de convivência torna-se chato, pois pensa somente em si
próprio e não aprendeu como o mundo funciona nem as suas regras de convivência.
RESUMO DE ALGUNS DADOS DE PESQUISAS (WEBER & COLS.)
COMO SE DISTRIBUEM OS ESTILOS PARENTAIS NA POPULAÇÃO?
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
45
33
negligente
12
10
autoritário
participativo
permissivo
participativo
autoritário
negligente
permissivo
Crosstabulation estilos parentais e DEPRESSÃO DOS FILHOS
Estilos Parentais
Crianças sem sintomas
Crianças com sintomas
de depressão
de depressão
PARTICIPATIVO
40,6%
14,0%
AUTORITARIO
17,5%
26,3%
NEGLIGENTE
25,9%
56,1%
PERMISSIVO
16,1%
3,5%
100,0%
100,0%
Nas respostas encontradas na questão aberta “O que mais me deixa triste é...”
foram encontrados indicativos que ilustram esses dados, como: “Quando eu tiro nota alta
ele nem liga.”, “Ele nunca me deixa fazer nada”, “Que ele faz tudo e não pergunta a minha
opinião ou de meus irmãos, ou de minha mãe também. Minha mãe tenta ajudar o meu pai
e ele quer fazer tudo sozinho.”; “se eu tiro 9,o, ele pergunta se não poderia ter sido 10,0;
se tiro dez, ele diz que não fiz nada além de obrigação.... parece que nunca sou bom o
suficiente”. Tais respostas evidenciam a falta de responsividade e excesso de exigência.
Algumas das respostas dadas na mesma questão aberta, sobre as mães, foram: “Ela
sempre tem um pensamento ruim. Me julga sem saber de nada”. “Minha mãe não me
UFPR – Praça Santos Andrade, 50, 1º. Andar – Fone: (41) 3310-2669 www.nac.ufpr.br E-mail: [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
NÚCLEO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
entende. Só me trata mal e vive dizendo que não gosta de mim” ou ainda “saber que
minha mãe não me procura”.
ESTILOS PARENTAIS E AUTO-EFICÁCIA DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
Crianças com baixa auto-eficácia apresentaram pais com piores índices de interações
positivas e índices altos de interações negativas
A Auto-eficácia refere-se ao juízo pessoal que os indivíduos fazem acerca de quanto são
capazes de organizar e implementar atividades, em situações desconhecidas, passíveis
de conter efeitos ambíguos, imprevisíveis e geradores de stress. A percepção de eficácia
pode ter efeitos diversos no comportamento, nos padrões de pensamento, e nos aspectos
emocionais; a percepção de eficácia influencia a escolha das atividades e dos ambientes
ou situações e vai determinar em relação diretamente proporcional o quanto a pessoa
persistirá em um determinado desafio.
Crosstabulation estilos parentais e PERCEPÇÃO DE AUTO-EFICACIA DOS FILHOS
BOA AUTO-EFICÁCIA
PARTICIPATIVO
75%
AUTORITARIO
4%
NEGLIGENTE
4%
PERMISSIVO
21%
100,0%
ESTILOS PARENTAIS E HABILIDADES SOCIAIS DE ADOLESCENTES
Crianças com baixo nível de habilidades sociais apresentaram pais com piores índices de
interações positivas e índices altos de interações negativas
Habilidades sociais são classes de comportamento do repertório do indivíduo, que podem
ser desempenhadas ou não, adequadamente ou não, configurando a sua competência
social. As relações entre pais e filhos estão vinculadas com o desenvolvimento de
habilidades sociais nos últimos, visto que a criança é confrontada com regras e padrões
morais da sociedade através das práticas educativas parentais e há fortes correlações
entre os estilos parentais e as habilidades sociais e a auto-estima, condutas pró-sociais,
empatia, autocontrole e agressividade. As pessoas socialmente competentes apresentam
relações pessoais e profissionais mais produtivas, satisfatórias e duradouras, além de
melhor saúde física e mental. Por outro lado, os déficits e comprometimentos de
habilidades sociais estão geralmente associados a dificuldades e conflitos nas relações
interpessoais e uma pior qualidade de vida. Uma pessoa socialmente eficaz tem a
capacidade de maximizar os benefícios e minimizar perdas para si e para outras pessoas
de seu interesse. Para que os filhos possam desenvolver essas habilidades, o repertório
comportamental dos pais em relação às práticas educativas deve estar fundamentado
nessas mesmas habilidades indicadoras de competência social, entre elas, o
comportamento assertivo (nem passivo, nem agressivo, mas assertivo), elogiar e saber
UFPR – Praça Santos Andrade, 50, 1º. Andar – Fone: (41) 3310-2669 www.nac.ufpr.br E-mail: [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
NÚCLEO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
receber elogios, regras de convivência, autocontrole, apresentar e receber críticas
construtivas, modelos morais e afetividade positiva, entre outros.
Crosstabulation estilos parentais e HABILIDADES SOCIAIS DOS FILHOS
BOAS HABILIDADES SOCIAIS
PARTICIPATIVO
62%
AUTORITARIO
7%
NEGLIGENTE
6%
PERMISSIVO
25%
100,0%
ESTILOS PARENTAIS E ESTRESSE EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Crianças estressadas apresentaram pais com piores índices de interações positivas e
índices altos de interações negativas
Em relação ao estresse infantil, este envolve reações físicas e psicológicas, as quais
surgem como respostas a situações aversivas. Quando a criança percebe exatamente
quais são os estímulos que se apresentam a ela como estressores, torna-se capaz de
desenvolver e incluir em seu repertório comportamentos de enfrentamento, evitando um
adensamento da situação. Mas, antes que a criança adquira essa capacidade de
discriminação, a cada situação aversiva que tiver que enfrentar, conforme sua
constituição apresentará sinais de stress, prejudicando o seu desenvolvimento.
Crosstabulation estilos parentais e ESTRESSE DOS FILHOS
INDÍCIOS DE
ESTRESSE
PARTICIPATIVO
5%
AUTORITARIO
11%
NEGLIGENTE
73%
PERMISSIVO
11%
100,0%
ESTILOS PARENTAIS E OTIMISMO DE CRIANÇAS
Pais participativos têm filhos mais otimistas
As pessoas pessimistas são mais propensas ao desamparo e têm maior risco de
depressão. Já as pessoas otimistas resistem desamparo e não desistem diante de
problemas sem solução e problemas inevitáveis. Na verdade, a diferença entre o otimista
e o pessimista está na forma de eles explicarem a causa de eventos ruins ou bons que
lhe acontecem no cotidiano, ou seja, como é seu “estilo explicativo” (explanatory style).
“Nunca conseguirei”, “Consegui, mas só hoje”, “Sempre farei errado”, “Deu certo desta
vez porque tive sorte”, são frases típicas de crianças em risco de depressão. Elas
possuem um estilo pessimista: acreditam que eventos ruins são permanentes, vão
sempre se repetir, e que eventos bons são temporários, possuem causas específicas e
limitadas no tempo; essas crianças podem desistir mesmo quando são bem sucedidas,
UFPR – Praça Santos Andrade, 50, 1º. Andar – Fone: (41) 3310-2669 www.nac.ufpr.br E-mail: [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
NÚCLEO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
pois vêem o sucesso como coincidência. Já as crianças com estilo otimista tratam os
bons eventos em termos de “sempre” (permanente) e derrotas, falhas e rejeições em
termos de “às vezes” e “ultimamente” (de forma temporária), o que faz com que elas não
desistam e tentem de novo.
Crosstabulation estilos parentais e OTIMISMO DOS FILHOS
Otimistas
Pais e Mães Participativos
54%
Pais e Mães Autoritários
7%
Pais e Mães Negligentes
29%
Pais e Mães Permissivos
11%
Total
100,0%
ESTILOS PARENTAIS E AUTO-ESTIMA DE ADOLESCENTES
Melhores práticas parentais (estilo participativo), melhor auto-estima dos adolescentes
Auto-estima é uma orientação positiva ou negativa em direção a si, uma avaliação global
de seu próprio valor, capacidades, significados e sucesso. Ao lado da auto-estima, a autoeficácia ou autodomínio e a auto-identidade também são partes importantes do
autoconceito.
Crosstabulation estilos parentais e AUTO-ESTIMA DOS FILHOS
AUTO-ESTIMA
ELEVADA
PARTICIPATIVO
63%
AUTORITARIO
11%
NEGLIGENTE
5%
PERMISSIVO
21%
100,0%
USO DE PALMADAS E SURRAS COMO PRÁTICA EDUCATIVA
O modo de estabelecer limites ainda utiliza com alta freqüência as surras e palmadas, já
abolidas pela ciência psicológica como um método educativo eficaz.
Esta pesquisa identificou as práticas educativas parentais, com ênfase em castigos e
punições físicas, por meio do relato de estudantes. Responderam a um questionário com
61 questões, 472 crianças e adolescentes de ambos os sexos e com idade entre oito e 16
anos. A maioria dos participantes relatou que já recebera punições físicas (88,1%) e
castigos (64,8%). Sobre punições físicas, 86,1% apanharam da mãe e 58,6% apanharam
do pai, e 36,9% dos participantes relataram que já ficaram machucados. A maioria dos
participantes apanhou nas nádegas (64,7%), e os punidores utilizaram mais
freqüentemente as próprias mãos (62,3%), embora o cinto (43,0%) e chinelo (42,3%)
também tenham servido para punir. A avaliação que os participantes fizeram sobre os
métodos disciplinares revelou uma contradição: 75,2% concordaram que quando fazem
UFPR – Praça Santos Andrade, 50, 1º. Andar – Fone: (41) 3310-2669 www.nac.ufpr.br E-mail: [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
NÚCLEO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
coisas erradas, as crianças devem apanhar, mas somente 34,5% afirmaram que utilizarão
punições físicas em seus filhos, e um número considerável (27,1%) afirmou não sabê-lo.
As implicações do uso da punição física foram discutidas.
Quantos participantes já apanharam?
Quantas crianças já apanharam e
receberam castigos?
36,60%
51,50%
60,2%
11,9%
nunca apanhou
28,0%
só uns tapas
tapas e surras
Quantos participantes já receberam
castigo?
7,2%
4,7%
64,80%
Já apanhou e já recebeu castigos
Somente apanhou
Somente recebeu castigo
Nunca apanhou nem recebeu castigo
35,20%
já recebeu castigo
nunca recebeu castigo
Gráfico1
O que foi utilizado para bater?
Em que lugar do corpo o
participante já apanhou?
62,3%
64,7%
43,0% 42,3%
36,5%
27,6%
19,5%
13,5%
Mãos
Cinto
Chinelo
Vara
Nádegas
Pernas
Braços
Costas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aunola, K; Stattin, H & Nurmi, J.E. (2000). Parenting styles and adolescents' achievement
strategies. Journal of Adolescence, 23(2):205-22.
Baumrind, D. & Black, A. (1967). Socialization practices associated with dimensions of
competence in preschool boys and girls. Child Development, 38, 291-327.
Baumrind, D. (1966). Effects of authoritative control on child behavior. Child Development, 37, 887907.
Baumrind, D. (1967). Child care practices anteceding three patterns of preschool behavior. Genetic
Psychology Monographs, 75 (1), 43-88.
Cohen, D.A. & Rice, J. (1997). Parenting styles, adolescent substance use, and academic
achievement. Journal of Drug Education, 27 (2), 199-211
UFPR – Praça Santos Andrade, 50, 1º. Andar – Fone: (41) 3310-2669 www.nac.ufpr.br E-mail: [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
NÚCLEO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
Costa, F. T., Teixeira, M. A. P. & Gomes, W. B. (2000). Responsividade e Exigência: Duas escalas
para avaliar estilos parentais. Psicologia: Reflexão e Crítica, 13 (3), 465-473.
Darling, N. & Steinberg, L. (1993). Parenting style as context: An integrative model. Psychological
Bulletin, 113, 487-496.
Darling, N. (1999). Parenting Style and Its Correlates. Parenting Style and Its Correlates.
ERIC/EECE Publications – Digests. Retirado em 12/02/2002, do ERIC/EECE no World Wide
Web http://ericeece.org/pubs/digests.html.
Dornbusch, S.M., Ritter, P.L., Leiderman, P.H., Roberts, D.F., & Fraleigh, M.J. (1987). The relation of
parenting style to adolescent school performance. Child Development, 58, 1244-1257.
Hair, J.F., Anderson, R.E., Tatham, R.L.L. & Black, W.C. (1995). Multivariate data analysis. New
York: Prentice Hall.
Lamborn, S.D., Mounts, N.S., Steinberg, L. & Dornbusch, S.M. (1991). Patterns of competence
and adjustment among adolescents from authoritative, authoritarian, indulgent, and
neglectful families. Child Development, 62, 1049-1065.
Maccoby, E. & Martin, J. (1983). Socialization in the context of the family: Parent-child interaction.
Em E.M. Hetherington (Org.), Handbook of child psychology, v. 4. Socialization, personality,
and social development (4ª ed., pp. 1-101). New York: Wiley.
Miller JM, DiIorio C, Dudley W. (2002) Parenting style and adolescent's reaction to conflict: is there
a relationship? Journal of Adolescent Health, 31 (6), 463-8.
Patock-Peckham, J.A., Cheong, J., Balhorn, M.E., Nagoshi, C.T. (2001). A social learning perspective:
a model of parenting styles, self-regulation, perceived drinking control, and alcohol use and
problems. Alcoholism: clinical and experimental research, 25 (9), 1284-92.
Paulson, S.E. & Sputa, C.L. (1996). Patterns of parenting during adolescence: perceptions of
adolescents and parents. Adolescence, 31 (122), 369-381.
Quintin, P.E. (2001). Chamgements Familiaux à Long Terme à la suite d’une intervention
écosystémique. Em Torrente, J.(Org) La Maltraitance – Regars Pluridisciplinaires (pp. 191214). Revigny-sur-Ornain: Hommes et Perspectives.
Radziszewska, B., Richardson, J.L., Dent, C.W., Flay, B.R. (1996). Parenting style and adolescent
depressive symptoms, smoking, and academic achievement: ethnic, gender, and SES
differences. Journal of Behavior Medicine, 19 (3), 289-305.
Steinberg, L., Darling, N., & Fletcher, A.C. (1995). Authoritative parenting and adolescent adjustment:
An ecological journey. Em P. Moen, G. H. Elder, Jr., & K. Luscher (Eds.), Examining lives in
context: Perspectives on the ecology of human development (pp. 423-466).
Steinberg, L., Lamborn, S.D., Darling, N., Mounts, N.S., & Dornbusch, S.M. (1994). Over-time
changes in adjustment and competence among adolescents from authoritative, authoritarian,
indulgent, and neglectful families. Child Development, 65, 754-770.
Weber, L N.D. & Brandenburg, O.J. (2005). Uma revisão de literatura de 13 anos de pesquisa
sobre palmadas e surras. Interação em Psicologia, 9(1). (www.prppg.ufpr.br)
Weber, L N.D.; Prado, P.M.; Viezzer, A.P. & Brandenburg, O.J. (2004). Identificação de estilos
parentais: o ponto de vista dos pais e dos filhos. Psicologia: Reflexão e Crítica, 17(4), 323332.(www.scielo.br)
Weber, L. N. D., Viezzer, A.P., Brandenburg, O. J. & Zocche, C. R. E. (2002). Famílias que
maltratam: uma tentativa de socialização pela violência. Psico-USF, 7(2), 163-173.
(www.nac.ufpr.br)
Weber, L. N. D.; Viezzer, A. P. & Brandenburg, O. J. (11 set. 2002). Relacionamento entre pais e
filhos: entre tapas e beijos. Jornal Voz do Paraná, 1760, 6-7. Weber, L. N. D.; Viezzer, A. P.
& Brandenburg, O. J. (11 set. 2002). Relacionamento entre pais e filhos: entre tapas e
beijos. Jornal Voz do Paraná, 1760, 6-7. (www.nac.ufpr.br)
UFPR – Praça Santos Andrade, 50, 1º. Andar – Fone: (41) 3310-2669 www.nac.ufpr.br E-mail: [email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
NÚCLEO DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
Weber, L.N.D., Viezzer, .P. & Brandenburg, O. (2004). O uso de palmadas e surras como prática
educativa. Estudos de Psicologia (UFRN), 9(2), 227-238. (www.scielo.br)
Weber, L.N.D., Biscaia, P, Paivei, C.A., & Galvão, A. (2002). A Relação entre o estilo Parental e o
Stress infantil. [Resumo]. Em Conselho Regional de Psicologia do Paraná (Org.) Psicologia
em Conexão – 40 anos de Profissão, X Encontro Paranaense de Psicologia, Curitiba – PR:
CRP – 08.
Weber, L.N.D., Prado, P.M., Brandenburg, P.J. & Viezzer, A.P. (2003). Avaliação da validade do
questionário de estilo de atribuição para crianças (CASQ). Psicologia Escolar e Educacional,
7(2), 161-170. (www.nac.ufpr.br)
Weber, L.N.D., Stasiack, G.R. & Brandenburg, O.J. (2003). Percepção da Interação Familiar e
Auto-estima de Adolescentes. Aletheia, 17/18, 95-105. (www.nac.ufpr.br)
Weber, L.N.D.; Brandenburg, O.J. & Viezzer, A.P. (2003). A relação entre o estilo parental e o
otimismo da criança. PSICO-USF, 8(1), 71-79.
Weber, L. N. D.; Viezzer, A. P. & Brandenburg, O. J. (11 set. 2002). Relacionamento entre pais e
filhos: entre tapas e beijos. Jornal Voz do Paraná, 1760, 6-7. (www.nac.ufpr.br)
UFPR – Praça Santos Andrade, 50, 1º. Andar – Fone: (41) 3310-2669 www.nac.ufpr.br E-mail: [email protected]
Download