PORTUGUÊS 5ºANO Gramática Sintaxe Ano letivo 2014/2015 Profª. Ana Fonseca Sintaxe - Domínio da Gramática que estuda a forma como as palavras se combinam para formar unidades maiores. A maior unidade é a frase. O Grupo Nominal e o Grupo Verbal Cada frase simples ( tem apenas um verbo) é composta, normalmente, por duas partes: A rapariga leu aquele livro. Grupo Nominal A rapariga Função de SUJEITO Grupo Verbal leu aquele livro Função de PREDICADO O Sujeito indica-nos a pessoa, animal ou coisa de quem se fala. O Predicado indica o que faz o sujeito, ou como é, ou como está. O verbo é a primeira palavra a identificar. Encontra-se destacado na frase seguinte. “ Os pássaros adoram a Sementinha” Ao perguntar ao verbo: Quem (adora a Sementinha?) Obtemos o Sujeito Os pássaros – é o Sujeito O Sujeito é aquele que: pode ser substituído por um pronome - ele, ela, eles, elas, isso. Controla a concordância verbal. Repara: Chegaram os músicos./Chegaram eles. Quem chegou? Os músicos. Sujeito Sujeito Simples – é o que contém apenas um grupo nominal. Ex. O Miguel chegou às 20h. Sujeito Composto – é o que contém dois ou mais grupos nominais, geralmente ligados por “e”. Ex. A Luísa e o João chegaram às 21h. O vocativo É a função sintática que corresponde a uma invocação ou um chamamento. Muitas vezes vem acompanhada por uma entoação exclamativa ou apelativa. Geralmente é separado por vírgulas, mas pode aparecer também com um sinal de exclamação, interrogação, etc. O vocativo ocorre no discurso direto, geralmente em frases imperativas, interrogativas ou exclamativas, e permite a identificação do interlocutor. Exemplos: - Maria, apaga o quadro. - Apaga o quadro, Maria. - Levanta-te, Maria, e apaga o quadro. - João! Volta já aqui! - Mamã? A senhora já acordou!!! Tudo o que se diz a respeito do sujeito. A forma verbal constitui o núcleo do predicado. O predicado é composto pela forma verbal e seus complementos. A Sónia comeu um gelado de morango. O que se diz da Sónia? ou O que fez a Sónia? Comeu um gelado de morango Predicado O predicado pode ser constituído só por um verbo, pois há verbos que não precisam de nenhum outro termo para os acompanhar, para os completar. Por si só, têm toda a informação necessária. Exemplo: O cão acordou. No entanto, na maior parte dos casos, os verbos precisam de um termo para que a ideia que se pretende transmitir com eles fique completa. Exemplo: O Francisco perdeu a carteira. O que é que o Francisco perdeu? A carteira. Na maior parte dos casos, os verbos precisam de um termo que complete a ideia que eles querem transmitir: precisam de um complemento. Um complemento é, pois, um termo que pertence ao predicado e que serve para completar o sentido do verbo. Se ele lá não estiver, a frase não fica compreensível. Exemplos: a) A Isabel comprou um relógio de pulso. b) O relojoeiro consertou o relógio. O complemento acima sublinhado chama-se complemento direto. O complemento direto é o termo sobre o qual direta e imediatamente recai a ação significada pelo verbo. Exemplos: a) O Miguel abriu – Frase Incompleta; ideia incompleta. Abriu o quê? O Miguel abriu a janela. – Frase completa; ideia compreensível. b) O Rui recebeu – Frase incompleta; ideia incompleta. Recebeu o quê? O Rui recebeu o teste de Português. – Frase completa; ideia compreensível. Muitas vezes descobre-se o complemento direto com a seguinte pergunta: O que é que + sujeito e verbo? Exemplos: a) A menina perdeu um anel. O que é que a menina perdeu? O que é que a menina (sujeito) perdeu (verbo) ? Um anel. (complemento direto) b) O Vítor escreveu uma bela história. O que é que o Vítor escreveu? O que é que o Vítor (sujeito) escreveu (verbo)? Uma bela história. (complemento direto) No entanto, se o complemento direto se referir a uma pessoa, a pergunta muda e deverá ser a seguinte: Quem é que + sujeito e verbo? Exemplos: a) O André ama a Paula. Quem é que o André ama? Quem é que o André (sujeito) ama (verbo)? A Paula. (complemento direto) b) O meu pai encontrou um amigo de infância. Quem é que o meu pai encontrou? Quem é que o meu pai (sujeito) encontrou (verbo)? Um amigo de infância. (complemento direto) O complemento direto pode ser substituído pelo correspondente pronome pessoal o, a, os, as. Exemplos: a) A mãe comprou um colar. = A mãe comprou-o. b) A princesa come a maçã. = A princesa come-a. c) O príncipe encontrou os anéis. = O príncipe encontrou-os. d) O jardineiro podou as árvores de fruto. = O jardineiro podou-as. Podem, ainda, desempenhar a função de complemento direto os pronomes pessoais: me, te, nos, vos. Exemplo, usando sempre o mesmo sujeito e o mesmo verbo: A minha mãe abraçou-me. A minha mãe abraçou-te. A minha mãe abraçou-o. A minha mãe abraçou-a. A minha mãe abraçou-nos. A minha mãe abraçou-vos. A minha mãe abraçou-os. A minha mãe abraçou-as. Há verbos que precisam de outro tipo de complemento para completar a sua ideia. Exemplo: O João telefonou à Rita. O complemento acima sublinhado chama-se complemento indireto. O complemento indireto é o termo que indica o destinatário da ação expressa pelo verbo. Exemplos: a) O Miguel ofereceu uma flor. – ideia incompleta. Ofereceu a quem? O Miguel ofereceu uma flor à mãe.–ideia compreensível. O complemento indireto liga-se ao verbo através da preposição a que se pode contrair com artigos (ex. à, ao, às, aos) Muitas vezes descobre-se o complemento indireto com a seguinte pergunta: A quem? Exemplos: a) A professora falou aos alunos. A quem é que a professora (sujeito) falou (verbo)? Aos alunos (complemento indireto) O complemento indireto pode ser substituído pelo correspondente pronome pessoal me, te, lhe, nos, vos, lhes Exemplos: a) A mãe deu um beijo ao filho. = A mãe deu-lhe um beijo. b) A Sara telefonou à Rita e ao João. = A Sara telefonou- lhes.