Slide 1 - Universidade Federal do Ceará

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Universidade Federal do Ceará
Programa de Pós-graduação em Zootecnia
Tópicos Avançados de Fisiologia da Reprodução e Lactação
RECEPTOR DE ANDRÓGENOS
Erika Bezerra de Menezes
Arlindo de A. A. Moura
INTRODUÇÃO
Testoterona
(T4)
Diidrotestosterona
(DHT)
Receptor de andrógenos
(AR)
Modular as
funções fisiológicas
Desenvolvimento
dos órgãos reprodutivos
Manutenção
sexual do macho
Espermatogênese
INTRODUÇÃO
Receptores
Andrógenos
Ativação de genes
responsivos
Receptores nucleares
Fatores de transcrição
Expressão de genes
Complexo
Receptor-andrógeno
REVISÃO DE LITERATURA
Estrutura do receptor de andrógenos
Bases moleculares da ação dos andrógenos
ESTRUTURA DO RECEPTOR
DE ANDRÓGENOS
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
 Receptor de Andrógenos
 NR3C4 (Sub-família de receptores nuclear 3, grupo
C, membro 4)
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
 Proteína monomérica modular - Fosfoproteína
 919 aminoácidos
 100-110 KDa

Codificado  gene de 901 kb localizado na
região Xq 11-12 do cromossomo X

8 Exóns – separados por introns (0,7-26 kb)

Região codificantes (cDNA)  ~ 2757 pb
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
 04 domínios funcionais

Região N-terminal  codificada pelo exon A

Ativação da regulação transcricional

Mais ativo co-regulador da superfície de
interação
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
 Região N-terminal
 555 aa (Prolina, Glutamina e Glicina)
 Corresponde a metade da proteína do AR
 Humanos

Repetições de glutaminas (11-31 resíduos) e
glicinas (16-27 resíduos)

Expansão dos resíduos - 40-65 resíduos

Doença de Kennedy - Atrofia muscular
espinhal e bulbar
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
 04 domínios funcionais
 Ligação ao DNA - Região central

Rica em cisteína
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
 Ligação ao DNA - Região central
 70 aa
 Seqüência de aminoácidos

56 – 79% similar entre os diferentes receptores
de esteróides
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
 04 domínios funcionais
 Hinge

Dobradiça
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
 04 domínios funcionais
 Hinge

Contém um sinal de localização nuclear
necessário para a translocação do complexo
andrógeno/receptor do citoplasma para o seu
sítio de ação nuclear
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
 04 domínios funcionais

C-terminal - Ligação ao andrógeno
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
 C-terminal

Codificada pelos exons D, E, F, G, H



290 aa
Representa 30% da proteína do AR
Porção 5’ do exon D

Responsável
dobradiça
por
codificar
a
região
da
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
 C-terminal

Ativação da transcrição

Dimerização do receptor

Interagir com proteínas inibitórias

HSP
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
Cromossomo X
5’
3’
Intron
A
B
C
D
E
F
G
H
Exon
Ligação ao DNA
NH2 Regulação da transcrição
Aa
Ligação ao
hormônio
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
N-terminal
C-terminal
ESTRUTURA DO RECEPTOR DE ANDROGENOS
 Duas isoformas
 AR-A (87KDa)
 AR-B (110 KDa)
BASES MOLECULARES DA AÇÃO
DO RECEPTOR DE ANDRÓGENOS
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDROGENOS
 Efeito sobre o desenvolvimento
 Andrógenos

Células  Difusão
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Testosterona
 Ativação dos receptores nos Ductos de Wolff

Características sexuais primárias
 Diidrotestosterona
 Seio urogenital
 Folículos capilares

Características sexuais secundárias
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
Mecanismo de Ação
Gênica
Não- Gênica
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Mecanismos de ação – Gênica (Direta)
 Função primária - Regula a expressão de genes

Fator transcriptacional de ligação ao DNA
 Passos

Ligação

Receptor  Andrógeno

Mudanças conformação do receptor

N-terminal
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Transformação no receptor
  Tamanho do receptor
  Sua afinidade pelo DNA
 Mecanismo – não é conhecido
 1ª compactação (Maior)
 2ª Compactação
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Dissociação de um complexo multi-protéico
 Proteínas “Heat-shock”
 Outras proteínas do citoesqueleto
 Transportar do citosol até o núcleo
 Proteínas “Heat-shock”  Hsp90 e Hsp70
 Manutenção dos receptores no plasma
 Prevenção e estabilidade de sua forma nativa
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS

Dois Dedos de zinco “zinc-fingers” que se
ligam ao DNA, codificada pelos exons B e C

1º Dedo de zinco – media o reconhecimento
do DNA entre interações, com especificas
pares de base, facilitando a ligação entre
receptor e o principal encaixe com o DNA

2º Dedo de zinco – Estabiliza o complexo
receptor/DNA e media a dimerização no
receptor de andrógenos.
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Ligação ao DNA
 1º Dedo de zinco

Tem a informação primária para reconhecer
áreas específicas – DNA (AREs)

Mediar o reconhecimento do DNA entre
interações, com especificas pares de base,
facilitando a ligação entre receptor e o
principal encaixe com o DNA
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Ligação ao DNA
 Especificidade – Base do dedo de zinco
Glicina
Serina
Valina
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Ligação ao DNA
 2º Dedo de zinco

Estabiliza a ligação do complexo receptor/DNA e
media a dimerização no receptor de andrógenos.
 Especificidade – região terminal do dedo de zinco

Aminoácidos que reconhece a região central da
sequência AREs
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
Representação de uma proteína (azul) contendo três dedos de
zinco em ligação ao DNA (laranja). Os íons de zinco (verde) estão
coordenados com resíduos de aminoácidos na proteína.
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 A ligação ocorre em seqüência especifica do DNA

Elemento responsável pela resposta
androgênica do DNA (Androgen Responsive
Elements – ARE)

Localizada em regiões regulatórias dos genes

Recrutamento de co-fatores que regula a
expressão de genes regulados por
andrógenos
AREs
Seqüência
Referências
Alta afinidade, Não especifica
GRE177
GTTACA AAC TGTTCT
Beato et al. 1989
C3(1) ARE
AGTACT TGA TGTTCT
Claessens et al. 1989
GRE2 TAT
TGTACA GGA TGTTCT
Beato et al. 1989
PSA ARE1
AGCACT TGC TGTTCT
Reigman et al. 1991
SLP-HRE-3
GAAACA GCC TGTTCT
Loreni et al. 1988
PB-ARE-2
GGTTCG TGG AGTACT
Rennie et al. 1993
SLP-HRE-2
TGGTCA GCC AGTTCT
Loreni et al. 1988
SC ARE 1, 2
GGCTCT TTC AGTTCT
Verrijdt et al. 1999
PB-ARE-1
ATAGCA TCT TGTTCT
Rennie et al. 1993
MVDP pARE
TGAAGT TCC TGTTCT
Darne et al. 1997
GPX5
ATCCTA TGT TGTTCT
Lareyre et al. 1997
CRP2
AGAAGA AAA TGTACA
Devos et al. 1997
AGCAGG CTG TGTCCC
Haelans et al. 1999
Alta afinidade, Especifica-RA
Baixa afinidade, Não especifica
Baixa afinidade, Especifica-RA
SC ARE
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 RA  ARE (homodímero)
 Cada monômero reconhece metade da região
palindrômica do ARE
 Estrutura palindrômica
 5’-AGAACA-3’ separadas por 3-bp (5’-
GAACANNNTGTTCT-3’)
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Núcleo – RA - H
 Interagir com outras proteínas no núcleo

 ou  trasncriptação de genes

Elevação  aumento da síntese de mRNA 
Síntese de proteínas especificas
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Atividade de transcrição
 Co-reguladores dos receptores de andrógenos

Influência sobre a seletividade

Capacidade do DNA em se ligar ao receptor
 Co-reguladores

Regular diretamente a atividade
transcriptacional por meio de interações físicas

Fatores transcriptacionais gerais

RNA polimerase II
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Co-reguladores


Modifica as histonas covalentemente;
Remodelagem da cromatina

Alto gasto de energia (ATP)
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Mecanismos de ação
 Receptores de andrógenos - Citoplasma

Interagir com andrógenos pode causar uma
rápida mudança na função da célula

Transporte de íons
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Mecanismos de ação
 Facilitada pelo recrutamento de outras proteínas
ligadas ao DNA

Fator de resposta do soro  ativar vários genes
 crescimento muscular
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Não-gênica (Indireta)
 Características

Estímulo rápido

Mediada pela membrana plasmática

Perda de etapas necessárias para a resposta
gênica
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Não-gênica (Indireta)
 Características

Estímulo rápido

Os efeitos tem ocorrer rapidamente
(Segundos/minutos)

Não suficiente longo para que ocorra permitir a
transcrição/traduação dos genes
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Não-gênica (Indireta)
 Características

Mediada pela membrana plasmática

A resposta pode envolver receptores
internalizados ou associados a proteínas

Induzida quando o andrógeno é conjugado a
grandes moléculas

T4 conjugada a albumina
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Não-gênica (Indireta)
 Características

Perda da maquinaria necessária para uma
resposta gênica
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Mecanismos de ação – Não-gênica (Indireta)
 Mecanismos regulatórios de cálcio intracelular
[Ca2+]i

Ocorre de segundos a minutos

[Ca2+]  IP3

Via canais de cálcio
Propagação

Reservas intracelulares
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
[Ca2+]
Proteína
G
Fosfolipase
C
Estimular a ativação de receptores de andrógenos
desde que os níveis de cálcio estimule
a ligação do andrógeno ao receptor
ERK ou Scr
Fosforilação
AR
 Atividade
transcriptacional
do AR
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Mecanismos regulatórios de cálcio intracelular
[Ca2+]i

Expressão gênica

Função na fisiologia celular
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
1
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Mudanças na fluidez da membrana plasmática
 Receptores
 Canais iônicos
Andrógenos
 Reações de 2º mensageiros
Membranas
Penetrar o complexo
lipídico/proteíco
ATP
ATP
ATP
Hidrolize de ATP
Cargas
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
2
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Ativação das reações de secundário mensageiros
 AR – demonstra ativar reações de 2º mensageiro
independente de sua clássica atividade
transcriptacional
Interage
Tirosina
Quinase c-SRc
Parede interna
da membrana
celular
Ativa
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
 Atividade da tirosina quinase c-Scr
 Inibida – interage com os domínios Scr-2 e Scr-3
 Estimulada – interage com outras proteínas
BASES MOLECULARES DA AÇÃO DOS ANDRÓGENOS
3
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elucidação da ação dos andrógenos mediada
pelos receptores permite uma melhor compreensão
dos
processos
fisiológicos,
particularmente
no
período da maturação e desenvolvimento sexual,
quanto para a fertilidade masculina. Além de auxiliar
no
esclarecimento
de
defeitos
associados
diferenciação sexual e/ou infertilidade.
a
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