Dedicado àqueles da minha geração que sabem o significado real da expressão HAL9000 FILOSOFIA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Por Ricardo Holmer Hodara O Humano Entendido Como Robot Processador Geral de Símbolos DERROTAS E VITÓRIAS 1. Final do século XX: A derrocada do dualismo e do racionalismo Cartesiano e Kantiano nas ciências naturais parece conduzir à vitória de um tipo de empirismo científico (pós-skinneriano). 2. A vitória do empiricismo conduz à derrocada do dilema ontológico fundamental – materialismo x idealismo – a partir da evolução da Física, cosmologia, biologia evolucionária, genética molecular e antropologia, dentre outras ciências “consilientes” (E.Wilson). 3. Esta vitória conduz à derrota progressiva do Kantismo e do estruturalismo nas demais ciências, incluindo as Humanidades, Teoria da Mente, Teoria da Linguagem e Filosofia (como Teoria do Conhecimento). 4. Como conseqüência, enfraquece-se drasticamente o dilema clássico Realismo x Nominalismo, versão moderna do dilema fundamental (a partir de Kant) e que originou todas as respostas não-empiricistas. 5. O pragmatismo americano aparece justificado em seus fundamentos filosóficos e sob uma nova ótica. NA BATALHA DOS ISMOS DERROTAS E VITÓRIAS II 9. Emerge desse processo histórico uma visão unificadora, justificável à luz do empiricismo, de um “realismo de compromisso”, de um realismo possível, minimalista, não-estruturado e não-racionalista, ou seja, um realismo Darwiniano fisicalista, fortemente empírico e não dedutivista na sua fundamentação. 10. Aquele possui como único compromisso, “a priori”, o Evolucionismo como Teoria Geral da Aprendizagem, pelos meios da Seleção Natural da Informação em diferentes mídias e contextos, assumindo algumas formas imprevisíveis na prática, e remetendo, assim, em direção à Física de Processos mais básicos ainda – a Física quântica digital. 11. Um dos resultados da mudança nas Humanidades, é a decadência total do Interpretativismo nas Ciências Cognitivas e Psicologia, o que conduz à decadência da Hermenêutica e da ciência como mero estudo de símbolos da linguagem. Ao fim, a mudança parece apontar a decadência do próprio Representacionismo. NA BATALHA DOS ISMOS CPU de propósito geral? Nas Neurociências e áreas relacionadas, os módulos passam a ser entendidos como unidades de origem inata e evolucionária, definidas pelo observador cognitivo. Até certo ponto, tais estruturas são neuroplásticas e capazes de aprendizado desenvolvimental (também um resultado darwiniano!). Mas, o mais importante aqui, é dizer que os módulos passam a ser entendidos como vetores de probabilidades à semelhança de um simples neurônio qualquer, capaz, ele mesmo, de portar informação. Assim, não há módulo central, nem geral, nem uma Teoria Geral da Aprendizagem. Os módulos são construtos darwinianos, especializados, e nem mesmo o “neurônio padrão” pode ser considerado um processador geral. Somente a informação é geral, sendo delimitada pelas leis da física das probabilidades. Teoria Geral do Aprendizado? A busca por uma teoria geral do aprendizado conduz ao estudo cada vez mais básico da memória. Uma das idéias que temos é que a formação de memória, base de toda experiência de aprendizado, decorre de arranjos de neurônios, mais ou menos especializados, que se agrupam em redes, formando módulos ainda mais especializados. No entanto, cada rede, ou mesmo cada neurônio, é composto por estruturas ainda menores (canais), também capazes de portar informação. Essa informação é organizada e também especializada, em termos seletivos e adaptativos, desde a neurogenética do DNA, passando pelo desenvolvimento da vida, até o dia da morte do indivíduo. Tal ciclo ocorre sempre com plasticidade cada vez menor, o que confirma as teses do darwinismo neural. Além disso, cada unidade de processamento (mesmo ideal, como ilustrado acima) é dependente do contexto em qualquer caso, pois não há diferença entre um input externo ou interno, do ponto de vista do processamento. Uma das características da dependência de contexto, é, justamente, a inexistência de uma Teoria Geral do Aprendizado, enfraquecendo-se de forma radical as teses populares de Walon, Vygotsky, Piaget, Skinner, e Freud. Informação, portanto, é uma propriedade da matéria e não se resume a símbolos, módulos ou neurônios, e pode existir mesmo na ausência de estrutura ou relação, estando embutida nas entidades físicas mais básicas. O Avanço da Física e da Biologia permite elaborar o Humano como “Representação” Material ou Sub-Simbólica pela primeira vez. Mecânica Matricial Final: O Homem pode ser, enfim, não apenas representado simbolicamente, mas entendido matemática e materialmente. Fim das suposições e da rede de símbolos! Ligue sua Caixa de som E ponha o volume No máximo!!! Surge o esboço fundamental de uma Teoria-M ou “Ciência de Todas as Coisas”. A diferença exata entre Mito e Não-Mito é estabelecida. As noções de Causalidade, Tempo e Espaço deixam de ser conceitos científicos fundamentais. O princípio Antrópico Forte pode, enfim, ser eliminado em definitivo. A Inteligência Artificial atinge seu ápice. A VIDA E MUITO ALÉM... fim CURRICULUM VITAE SIMPLIFICADO Ricardo Holmer Hodara FONE: 99747736 SUPERIOR BÁSICO UFRGS: Licenciatura Plena em Psicologia UFRGS: Bacharelado Clínico em Psicologia UFRGS: Especialização Clínica e formação em Genética de Transtornos Mentais PUC/RS: Mestrado em Lingüística Análise Cognitiva da Linguagem UFRGS: Doutorando em Informática Educacional Concentração em Ciências Cognitivas