Aulas 9 a 12: Grécia Clássica

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Aulas 9 a 12: Grécia Clássica
A civilização greco-romana serviu de modelo para o desenvolvimento da sociedade
européia e ocidental, por isso o adjetivo clássico, dado pelos europeus nos séculos XIV
e XV.
I- Localização: Península Balcânica, a mais oriental do sul da Europa.
II- Condições naturais: região pouco fértil (solo pobre), com poucas planícies,
montanhosa (dificuldade de comunicação entre as regiões), costa mediterrânea bastante
recortada e numerosas ilhas (facilitou a navegação marítima, o comércio e a formação
de colônias e cidades-estados)
III- Periodização da História da Grécia Antiga:
a) Período pré-homérico (2.000 - 1.200 a.C):
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Formação do homem grego, como os povos cretenses (ou minóicos) e
micênicos (povo aqueu).
Homem grego foi o resultado da miscigenação dos palasgos (ocupação
Neolítica) com os indo-europeus (arianos): aqueus, eólios, jônios e dórios.
1.200 a.C: invasão dos Dórios, encerrando o domínio Micênico.
b) Período Homérico (séculos XII - VIII a.C.):
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1.200 a.C (século XII a.C.): invasão dos Dórios, de modo violenta, causa a
“Primeira Diáspora Grega” (fuga da população para o interior balcânico, para a
Ásia Menor ou para a as ilhas do mar Egeu, base da colonização grega).
• Formação dos GENOS, pequenos agrupamentos humanos isolados (nos cantões,
áreas montanhosas) e com as seguintes características:
• Crença de que todos os seus membros descendiam de Heleno, filho de
Deucalião (que escapou do Dilúvio);
• Sociedade igualitária (com distinções tradicionais e hierarquia segundo a
proximidade familiar com o pater) e patriarcal;
• Século VIII a.C.: crescimento demográfico, limitações naturais, modo de
produção e técnicas agrícolas atrasadas causam o colapso dos Genos.
• A população (de modo espontâneo ou compulsório) acabou fazendo a “Segunda
Diáspora Grega”, em busca de novas terras e, com isso, fundando colônias
(Penínsulas Itálica e Ibérica).
• Patterfamilias divide as terras, favorecendo seus parentes mais próximos:
origem às desigualdades sociais e às pólis (cidades-estados).
c) Período Arcaico (séculos VIII - VI a.C.):
• Os genos perderam força, o que provocou a segunda diáspora e, depois, a
formação das Pólis (cidades estados com autonomia total), como Esparta e
Atenas.
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Esparta:
Localização: Península do Peloponeso (planície fértil da Lacônia - exceção)
Origem: dórica (expulsão dos aqueus).
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Características:
• propriedade estatal;
• economia agrícola (solos férteis);
• servidão (hilotas, antigos aqueus);
• política oligárquica (predomínio da minoria espartana), diárquia hereditária
(dois reis) e existência da Gerúsia (Senado), da Ápela (Assembléia espartana) e
dos Éforos (magistrados eleitos anualmente e detentores do poder);
• Sociedade estratificada, militarizada e xenofóbica. Dividida em:
* Espartanos: latifundiários “nobres” (eram os cidadãos / descendentes dos
dórios).
* Periecos: homens livres que viviam do comércio, artesanato, exército etc (não
tinham direitos políticos).
* Hilotas: espécie de “servos” (pertenciam ao estado, não eram vendidos e eram
controlados através da Kripitia – eliminação sumária pelos jovens espartanos).
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Atenas:
Localidade: Península Ática (região montanhosa, mas com litoral com portos
naturais, facilitando o comércio marítimo).
Origem: jônica.
Economia: agricultura, artesanato e, principalmente, o comércio.
Sociedade dividida em três grupos:
Cidadãos: descendentes dos fundadores da cidade, possuidores de terras
(Eupátridas - melhores -, Georgóis - piores - e Thetas - sem terras) e com
direitos políticos (“bem nascidos”);
Metecos: estrangeiros (sem direitos políticos, não podiam comprar terras
em Atenas e pagavam impostos);
Escravos: por dívidas ou capturados em guerra.
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Política de Atenas foi dividida em 4 fases:
1ª) Monarquia: domínio dos Eupátridas (“bem nascidos”).
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2ª) Oligarquia:
• Domínio dos Eupátridas, através da Areópago (Conselho Legislativo).
• Descontentamento popular dos Georgóis (piores terras), dos Thetas (sem
terras) e dos ricos comerciantes.
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Mudanças:
Reforma de Drácon (621 a.C.): leis escritas.
Reforma de Sólon (594 a.C.): abolição da escravidão por dívida
e início da república censitária (para ocupação dos cargos
públicos
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3ª) Tirania (561 a 528 a.C. ): domínio de um general (“governo de um).
• Clístenes (“Pai da Democracia”): revolução democrática.
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4ª) Democracia:
• Fundada por Clístenes em 510 a.C.
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Características:
- voto e democracia direta;
- isonomia (“igualdade” de direitos);
- Somente homens cidadãos podiam votar (+ de 18 anos);
- Exclusão: mulheres, metecos e escravos;
- Ostracismo (perda dos direitos políticos e expulsão da polis por
dez anos, garantindo a cidadania contra tiranos).
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Século V a.C. (“Século de Péricles”): auge do sistema democrático e
cultural ateniense (e grego), com prosperidade econômica e fim dos
conflitos internos.
d) Período Clássico (séculos V - IV a.C.):
• Auge e declínio da civilização grega.
• Predomínio de Atenas e Esparta, com lutas entre as polis gregas e contra os
estrangeiros.
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Guerras médicas (499 - 475 a.C): conflito entre as polis gregas e os persas
(chamados de medos). Choque imperialista (Atenas X Persas).
União helena (gregos) contra os persas.
Vitórias gregas comandadas por Atenas, que cria a Liga de Delos (aliança
militar com a hegemonia ateniense sobre as outras polis, inclusive com a
cobrança de impostos).
Reação de Esparta: criação da Liga do Peloponeso.
Guerra do Peloponeso (431 - 404 a.C): conflito entre a Liga de Delos
(comandada por Atenas) e a Liga do Peloponeso (comanda por Esparta) pela
domínio da região (imperialismo).
Conflitos entre: Atenas X Esparta; Atenas X Esparta e Tebas; Atenas e Esparta
X Tebas.
Resultado: fim da democracia ateniense (fortalecimento da aristocracia) e
enfraquecimento das polis gregas (conflitos internos), causando a invasão
macedônica (338 a.C.).
e) Período Helenístico (séculos IV - II a.C.):
• Felipe II, rei da Macedônia, domina a Grécia (Batalha de Queroneia em 338
a.C. causa o fim da independência grega).
• Surgimento do Império Macedônico (Felipe II e, depois, seu filho Alexandre
Magno, “o Grande”).
• Alexandre “o Grande” (educado pelo grego Aristóteles) conquista diversas
partes da Europa, Ásia e África e difundi a cultura grega, o que passa a se
chamar Helenismo (fusão da cultura grega com a oriental e herança para os
romanos).
IV- A cultura grega e a cultura helenística:
• Base: razão humana (antropocentrismo).
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Religião: politeísmo antropomórfico (deuses semelhantes aos homens).
Artes: teatro (comédias e tragédias), escultura, arquitetura e literatura.
História: Heródoto (“pai da História”).
Filosofia (“amor a sabedoria”): explicações racionais para compreender o
universo, a vida e o homem (Escola de Mileto).
Educação: Escola Sofista (dúvida em relação as verdades absolutas e crença em
interpretações) e Escola Socrática (felicidade e sabedoria estavam na virtude,
com Platão - “teórico da idéias” - e Aristóteles – “teórico do mundo material”).
Matemática: Pitágoras.
Esporte: criação dos Jogos Olímpicos.
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