Tectônica de Placas Mecânica das Placas • Movimentos instantâneos relativos e absolutos • Contatos construtivos, destrutivos e conservativos • Esforços atuantes: Porque as placas se movem? Leis da Tectônica de placas 1) A superficie da terra esta dividida em placas rígidas (segmentos esféricos da ordem de 100 Km de espessura) que formam a litosfera (placas litosféricas) 2) As placas se criam nas dorsais oceânicas (zonas construtivas), zonas de acreção. 3) As placas se movem sem deformação sobre um meio viscoso: zona de baixa velocidade 4) As placas se destroem nas zonas de subducção 5) A parte continental da placa não submerge 6) Os limites das placas são definidos por sismologia. 7) A energia interna da terra é decipada nas margens das placas por: terremotos (mecânico) e vulcanismo (térmico). 8) Os movimentos das placas rígidas seguem leis matemáticas conforme movimentos de uma esfera. O movimento entre as placas tem polo de rotação (polo de Euler) e velocidade angular relativa As Direção dos movimentos relativos • são obtidas a partir: a) direções falhas transformantes das cadeias meso-oceânicas // vetor do movimento relativo das placas que o limitam. As falhas transformantes são marcantes em cartas batimétricas dos oceanos. a) envergamento dos focos sísmicos que fornece informações dos movimentos relativos. O vetor deslocamento da direção e sentido movimento. Taxas de movimentos relativos (velocidades relativas) • são dadas pela distribuição de anomalias magnéticas simétricas nas cadeias mesooceânicas. As velocidades são medidas num período de 3 Ma (cinemática instantânea- período mais curto para medições confiáveis da velocidade), necessitando-se de uma determinada quantidade de anomalias. • Hoje é possível medir os deslocamentos de placas por meio de satélites geodésicos. Fornecem medidas precisas do deslocamento sobre uma dezena de anos. Tipos de Contatos entre Placas • O contato entre placas é definida por um plano que pode ter formas irregulares. O contato máximo entre placas é triplo: Estável ou instável. • Contato estável: Quando o ângulo entre os limites de placa é de 120º. • Contato instável: quando o ângulo não é de 120º, não se mantem a relação angular. Existem 3 tipos de limites de placa ( ou margens) : 1. 2. 3. Convergente -- (compressão) Divergente -- (extensão) Transformante -- (movimento strike-slip) Tipos de limites de Placa: Divergente Convergente Transformante Os limites da placa ocorre nos continentes, oceanos, ou ambos ao mesmo tempo. O movimento convergente da placa se associa a: a. Compressão b. Falhamento inverso c. Criação de uma zona de subducção. d. Processos de criação de cinturões montanhosos e. Colisões de placas: limites divergentes oceânicos se associam a: a. Tração ou extensão (separação) b. Falhamento normal. c. Rifting (como nas dorsais meso-oceânicas) d. Criação de magma dentro da zona de rift As Falhas transformantes se associam ao: a. Movimento horizontal b. Falhas de escorregamento c. Compensação lateral das unidades da rocha O ciclo de Wilson: 1. Formacao de um rift Depressoes alongadas onde a espessura completa da litosfera se deformou sob influência de forças de extensão. 1. Constituem zonas de fluxo térmico anomalamente alto e podem estar associados a vulcanismo alcalino 2. Esta comumente associado espacialmente a regiões de levantamento domico 3. A litosfera no rift é anomalamente fina e e invadida por baixa velocidade, baixa densidade e material de alta temperatura 4. Presença de anomalia gravimétrica Bouguer negativa 5. Sua embricação é as vezes controlada por zonas preexistentes de fraqueza crustal 6. São geralmente menores de 50 km, 7. Estão constituídos por grandes conjuntos echelon de falhas normais em 8. Estão associados com sismos rasos (aprox. 15 km) com solução de mecanismos focais de plano de falha normal. Rift ativo. • Sucessão de eventos: doming, vulcanismo, rifting. Rift passivo • Sucessão de eventos: Rift, vulcanismo. Este mecanismo também requer uma fraqueza para localizar a deformação. A extensão posorogênica • Em alguns casos, a fonte de tensões extensionais que leva ao estiramento litosférico pode originar-se na propria litosfera 2. Extensão, Formação de rift valleys • os sedimentos continentais sao depositados em grabens ou em hemi- grabens • a sedimentacao continental inicial e substituida por sedimentação marinha • comunicação restrita com águas oceânicas • afundamento lento, pouco aporte terrestre. 2. Extensão, Formação de rift valleys • condicoes anaeróbicas + sedimentos sapropelíticos boas fontes de rochas para petróleo • potencias armadilhas estruturais (falhas, domos salinos) boas armadilhas • magmas continentais toleíticos chegam a superfície como diques e fluxos • Eventualmente podemos ter crosta oceânica • Rifting: pode ser simétrico o assimétrico O Vale de Marineris, corresponde a um acidente importante do hemisferio em Marte. Situado a S do equador. Apresenta cerca de 5000 Km. de comprimento e 400 Km. de largura. Sua semelhança com os rifts da Terra é considerada como uma prova de atividade tectônica. Divergencia • As forcas tensionais adelgaçam a litosfera • novos materiais são formados entre as placas e material mantélico ascendente 3. Etapa Proto-oceânica • a crosta oceânica começa a se formar (sea-floor spreading). • as linhas magnéticas comecam a se desenvolver. • a parte central divide o oceano ao meio com histórias deposicionais diferentes. • generalmente o início e bastante simétrico. • A cunha terrígena basal na periferia reflete subsidência termotectônica rápida. • a separação acelerada pode conduzir a uma transgressão global. 3. Etapa Proto-oceânica Litofacies • Fase 1: – Evaporitos e depósitos salinos profundos – Basaltos toleíticos – Arrecifes de corais • Fase 2: – negras: sapropelitos e barras carbonatadas. – Salmoras hidrotermais enriquecidas em Cu, Pb e Zn 2) O Mar Vermelho • Fases diferentes de evolução no sudeste: – Golfo de Suez : RIFT – Setor norte: últimos estágios de Rifting – Setor central: Transição Zabargaad: peridoditos precambrianos – Setor Sul: PROTO_OCEANO • 300 x 2000 Km., sistema de diques alcalinos • complexos anelares de diques eocênicos • gabros, tonalitos e riolitos 1) O triangulo de Afar • As series estratoides (stratoid-series): basaltos e riolitos alcalinos. • Vulcanismo continental: central e marginal contaminados • Vulcanismo oceanico: axial e fissural (toleítico + alcalino) 4. Bacia oceanica Madura • • • • • • Continua produção de crosta oceânica " margens passivas " existem em ambos os lados Não são limites de placa São em geral assimétricos Subsidência por flexura devido ao peso sedimentar As taxas de subsidência são muito mais lentas que em etapas anteriores; podem desenvolver plataformas carbonáticas (e.g., Bahamas). Subsidência de uma margem continental passiva ( Steckler e Watts 1978, Sclatter e Christie 1980, Bond e Kominz 1988, Boillot 1990). • Uma margem continental passiva e a borda de um rift cuja evolução terminou na criação de um oceano. Esta situação tem três consequências principais que controlam a subsidência da margem. Evolução de uma margem continental passiva ( Ingersoll 1988) Controles da subsidência • primeiras etapas: térmica • últimas etapas: por carga sedimentar • falhas normais indo ate ao centro da bacia • blocos basculados ate o setor externo definidos como hemi-graben • estiramento plástico da crosta inferior • interface dúctil-rúptil (nível de descolamento) Litofácies • facies grosseira de sedimentos aluviais (relevo abrupto) • facies fluviais proximais (volcanicas básicas) • facies fluviais distais (destruicao do relevo) • com os mares rasos (facies litorânea e evaporítica) • facies regressiva e lacustre (máxima expansão da subsidência) Sedimentação •Facies de plataforma •Facies de Talude •Facies de margem continental ou Prominência •Progradação de margem No limite entre o continente e o oceano aparece coberto por sedimentos da margen continental, para distinguí-lo se recorre a gravimetria ou magnetometria o que da uma idéia aproximada do limite. Parâmetros para a definição de uma Margem Passiva 1) Gravimetria • Margens atuais: tem uma anomalia de ar livre continua em uma posição próxima ao talude continental. Excesso de massa. • Margens antigas: tem uma anomalia de Bouguer positiva, da ordem de 20 ou mais miligals entre o craton e a seção oceânica obliterada. • Gravidade: pode servir para detectar antigas zonas de colisão, por ex. O mar Iapetus e a colisão dos Apalaches. (clinotemas confirmados pela sísmica de reflexão profunda. 2) Magnetometria • Magnetic quiet zone: influência do corpo sedimentar da margem continental • Anomalia magnética "E" (embasamento oceânico anomalo ?; outras alternativas) 3) Sísmica • Clinoformas e plataformas • Sísmica de reflexao • Sismoestratigrafia • Clinoformas por debaixo do precambriano (Apalaches) 4) Magmatismo • De natureza passiva • Rochas máficas características de etapas previas ao rift e proto-oceanicas • Underplating em alguns modelos • Magmatismo extensional • Magmatismo: não existe na margem passiva, em algumas vezes temos a interseção com falhas transformantes com magmatismo localizado 5. Fechamento da Bacia oceânica • A nova produção de crosta oceânica esta balanceada pelo consumo de crosta oceânica por subducção (arco de ilhas) • Plato de fundo marinho envelhece, se esfria, chegando a ser eventualmente bastante denso (frío) , ex., Pacífico W. • Se a taxa de subducção excede a taxa de crescimento do fundo oceânico (sea-floor spreading ), o oceano comeca a fechar-se • Materiais como ilhas oceânicas, sedimentos, etc., não podem subductar-se, gerando cunhas acrecionárias. Os Orógenos Classificação de Dewey & Bird (1969) – Orógenos simples – Orógenos complexos – Orógenos colisionais Os Orógenos • Classificacção de Uyeda (1982), segundo o esforço – Tipo andino (CO-CC) alta compressão Vrb > 0 – Tipo Marianas (CO-CO) baixa compressão Vrb < 0 – Extensão em subducção – A diferença fundamental esta no antearco, a trincheira avança ate o arco – Tipo Guatemala, (COCC) Regime tracional margens convergentes em extensão A fossa da América central possue margens convergentes em extensão. Demets et al. (1990) sugeriram que a convergência entre a placa de Cocos e as placas NAM e do Caribe tem o mesmo valor -8 cm/ano e um azimute ao longo da fossa da América central. Os Orógenos • Clasificação de Barazangi & Isacks (1976), em função do magmatismo – Subduccao fría – Subduccao quente • Clasificação em função do grau de encurtamento – Tipo Chileno: • com FPC – Tipo Oregon: • sem FPC Os Orógenos • Classificação em função de sua mobilidade Elementos atrás do arco magmático F P e C sintéticas e antitéticas Classificação geral de uma FPC segundo sua posição no orógeno. • Roeder (1973) classificou as FPeC em sintéticas (S) e antitéticas (A) segundo sua relação geométrica com a zona de subducção S A Obducção • Processo tectônico pelo qual as rochas ofiolíticas são emplaçadas em superfície: a crosta oceânica cavalga sobre a continental (oposto a subducção). • Comumente reconhecida em zonas colisionais. • Alguns ofiólitos são de fundo oceânico (e.g. Papua) Coleman (1971) descreveu os mecanismos básicos de obducção: a) Obducção sem colisão por incremento da velocidade de convergência (Pouco provável) • Para que uma porção da crosta oceânica seja obductada por este mecanismo devem suceder vários fenômenos que são pouco prováveis que ocorram juntos: – crosta oceânica com alta temperatura e portanto de alta flotabilidade – crosta oceânica muito fragmentada – alta velocidade de convergência – aceleração da convergência b) Obducção por troca da polaridade em uma colisão (Mais provável) • É o caso mais comum de alojamento de ofiolitos • Quando a subducção da crosta oceânica - crosta oceânica esta longe do continente, em determinado momento a crosta oceanica do lado do continente e totalmente subductada, assim o continente chega ao complexo de subducção. Nessa situação o mais frequente e que a crosta oceanica cavalgue sobre a continental. • Como o arco de ilha é menos denso que a crosta oceanica e mais comum que a obducção de arcos de ilha. • No sentido estrito os arcos de ilha obductados não são ofiolitos e se distinguem dos ofiolitos s.s. por sua química. Processos de obducção: • Normalmente e mais frequente que se produza em uma crosta oceânica quente • Alojamento por descolamento completo da subducção (scrapping off) Ex. Madre de Dios • Suturacao entre os blocos continentais Ex . A Puna ofioliticas • Fechamento da bacia marginal Ex. Ofiolitos do Canal de Beagle. • Fechamento da bacia de antepaís com crosta atenuada Ej. Bacia de Tepuel gabros toleíticos • Delaminação crustal (subducção do tipo A) por colisao Ex , Fiambalá ultramaficas e gabros de raízes de arcos magmáticos, anfiboliticas e gneisses Obducção Papua Australia New Britain 6a. Colisao Arco-Continente • Na colisão Arco-Continente ocorre: encurtamento crustal, dobramento, estiramento, metamorfismo, intrusao • Cunha acrecionária e fragmentos de fundo oceânico podem ser empurrados até a margem continental • A litosfera oceânica continua sendo subductada por debaixo do continente • A litosfera oceânica subducta sempre. ex., Andes 6b. Colisao Continente-Continente Orógenos Colisionais: COLISÃO • Fenômeno ligado diretamente ao fechamento de um oceano. • Ciclo de Wilson completo • Colisão e acreção tectônica: não deve associar-se a um mesmo mecanismo geotectônico 6b. Colisão Continente-Continente • Os ofiólitos podem preservar ao longo da sutura, ou estar estirada e preservada como klippes • O soerguimento resulta em desgaste pela ação atmosférica e erosão • Se formam molassas (depositadas no continente ou águas rasas) e flysch (depositado em águas profundas, geralmente mais longes) • A restrição geográfica das bacias oceânicas dão lugar comumente a bacias isoladas (ej., Mar Cáspio) • Se continuar a colisão pode produzir-se um processo denominado indentação tectônica Morfologia e Geología • As montanhas do Himalaya constituem uma cadeia que tem uma longitude de 3.000 km desde Afeganistão até Burma, sua largura varia de 250 a 350 km e está constituída por uma série de unidades litológicas e tectônicas que correm paralelas ao cinturão de montanhas por grandes distâncias Mapa geológico dos Himalaias, mostrando os mecanismos focais (Molnar, 1984) 7. Nova Ruptura • Se eventualmente termina a colisão, os movimentos da placa se ajustam, e um novo continente maior se forma. • o calor se acumula debaixo, do manto ascendente. • o rifting começa. • onde ocorre o rifting?. – podería imbricar-se na região onde o manto ascende – podería estar ao longo de uma linha de fraqueza (sutura anterior). e.g., oceano de Iapetus, oceano Atlântico.