Períodos da Grécia

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Períodos da Grécia
Trabalho a ser apresentado ao profº Arthur
de história e profº Ailton de Geografia
Talita Carvalho n° 28
Sumário
Período Pré-Homérico
 Período Homérico
 Período Arcaico
 Período Clássico

Período Pré-Homérico
O Período Pré-Homérico representa o período no qual
ocorreram as invasões dos povos indo-europeus na ilha
de Creta e na região da Hélade. A miscigenação com a
cultura da Civilização Minóica denota a fase
relativamente pacífica da invasão dos novos povos e
mais tarde uma violenta invasão geraria a Primeira
Diáspora Grega.
Durante muitos anos se estabeleceu na ilha de Creta a
civilização minóica, caracterizada pelo comércio em
grande quantidade que realizava no Mar Egeu.
Período Pré-Homérico
Entretanto três momentos de invasão ocorreram na ilha
e na região continental da Grécia, mudando os
hábitos, a cultura em geral e principalmente o povo
dominante. Todo este período de invasões e
constituição de uma nova cultura marca uma fase
prematura da história da Grécia Antiga chamada de
Período Pré-Homérico.
O primeiro povo a invadir a ilha de Creta neste período
foram os aqueus.
Período Pré-Homérico
Em torno de 1400 a.C. os aqueus dominaram a cidade de
Knossos, a mais importante da civilização minóica,
desarticularam a cultura existente e fundaram a
cidade de Micenas. Entretanto a cultura cretense não
foi extinta, foi incorporada em grande parte. A novo
civilização que se estabelecia na ilha de Creta
carregava uma cultura creto-micênica. Os aqueus se
aproveitaram da hegemonia dos cretenses no Mar
Egeu para conquistar um grande comércio e as
colônias criadas anteriormente pelos minóicos.
Período Pré-Homérico
A cidade de Micenas se tornou o principal centro
político, econômico e cultural dos aqueus. Estes
se desenvolveram e fundaram, através da
sedentarização, os núcleos urbanos de Tirinto e
Argos. O poderio externo aumentou quando
conquistaram a cidade de Tróia em 1150 a.C.,
possibilitando o acesso às terras do litoral do
Mar Negro.
Período Pré-Homérico
O segundo grupo que ocupou as terras da Antiga Grécia
era formado por jônios e eólios, os quais se integraram
pacificamente aos aqueus. Todos os grupos interagiam
e se expandiam pela Ásia através da sociedade
Micênica que estava estabelecida na ilha de Creta. O
último grupo ocupou a Grécia foi o dos dórios, os
quais invadiram com extrema violência. Durante o
século XII a.C. os dórios invadiram e destruíram os
centros urbanos da Hélade.
Período Pré-Homérico
O novo grupo estava habituado com o manuseio de
armamentos feitos com metal e tinha uma tradição
ligada à militarização, o ataque desses indo-europeus
recém chegados forçou a população da Grécia
Continental a migrar para sobreviver, os fugitivos se
dirigiram para o interior do continente, a Ásia Menor
e outras regiões do Mar Mediterrâneo. Este processo
praticamente encerrou a cultura micênica, mas acabou
favorecendo na formação de colônias gregas em outros
territórios. A dispersão populacional e a colonização
ocorrida nessa fase é chamada de Primeira Diáspora
Grega.
Período Pré-Homérico
A nova circunstância criou uma nova realidade no
mundo grego, todo o grande comércio que havia se
estabelecido nos séculos anteriores e a estruturação
dos núcleos urbanos foram alterados. A população
começou a viver baseando-se em pequenos grupos
familiares que viviam da agricultura de subsistência,
o sofisticado artesanato que havia sido desenvolvido
cedeu espaço para peças mais simples e funcionais.
Consequentemente a política deixou de ser
centralizada como outrora e passou a ser exercida
localmente pelos chefes familiares. No âmbito
cultural, a consequência foi a simplificação dos ritos
funerários.
Período Homérico
O termo período homérico ou Idade das Trevas (c. 1200
a.C.-800 a.C.) refere-se ao período da história da
Grécia Antiga cujo início tem lugar a partir da
suposta invasão dórica e do final da Civilização
Micênica no século XI a.C. e cujo fim é marcado pela
ascensão das primeiras cidades-estados gregas no
século IX a.C., pela literatura épica de Homero e pelos
primeiros registros escritos a utilizarem o alfabeto
grego, no século VIII a.C..
Período Arcaico
Período Arcaico é o nome que se dá ao período da Grécia
Antiga em que ocorreu o desenvolvimento cultural,
político e social, situado entre c. 800 a.C. e 500 a.C.,
posterior à Idade das Trevas e antecessor o Período
clássico. Nesta altura dão-se os primeiros avanços
significativos para a ascensão da democracia e
observa-se também uma revitalização da linguagem
escrita.
Período Clássico
O Período Clássico da história da Grécia Antiga é
repleto de conflitos. Logo no início do período houve
uma série de enfrentamentos entre os gregos e os
persas. Em 490 a.C. o rei persa, Dario I, declarou
guerra contra os gregos por causa da revolta gerada na
Jônia em consequência da conquista dos persas. A
atitude de Dario I foi uma tentativa de punição ao
comportamento de suas novas colônias, para isso
invadiu a Hélade. Entretanto os gregos derrotaram os
persas.
Período Clássico
Dez anos depois o filho de Dario I, Xerxes I, lidera os
persas para mais uma ataque aos gregos, mas acabam
derrotados novamente. Insistentes, os persas tentam a
vitória através de uma terceira guerra em 468 a.C. e
tornam a sair derrotados. Esta última derrota fez com
que os persas assinassem um tratado reconhecendo a
superioridade dos gregos no Mar Egeu. Todos esses
momentos são capítulos das chamadas Guerras
Médicas.
Período Clássico
Entre a segunda guerra médica e a terceira os atenienses
lançam a pedra fundamental de sua hegemonia por
muitos anos, trata-se da criação da Liga de Delos. A
Liga de Delos foi capitaneada por Atenas com o
propósito de reunir as cidades gregas e se organizaram
para o caso de uma nova invasão dos persas. As
cidades que integravam a Liga ou Confederação de
Delos comprometiam-se a pagar tributos anuais e a
ceder homens e barcos em caso de conflitos.
Período Clássico
Mesmo com os persas totalmente derrotados na terceira
tentativa de invasão, a Liga de Delos permaneceu e
com o tempo a cidade-estado de Atenas começou a
utilizá-la em benefício próprio. Com isso Atenas se
enriqueceu e modernizou, espalhando sua
superioridade sobre as cidades gregas e as colônias na
Ásia Menor.
É durante o período de hegemonia de Atenas que se
destaca um dos mais ilustres atenienses, Péricles.
Período Clássico
O governo de Péricles foi responsável por ampla
modernização, ampliação dos vínculos comerciais,
enriquecimento e disseminação dos padrões políticos
de Atenas. Tamanho foi o impacto do governante que
o século V a.C. ficou conhecido como “Século de
Péricles”.
O imperialismo ateniense já estava consolidado,
especialmente em consequência do governo de Péricles.
Período Clássico
Atenas decide então transformar as contribuições anuais
que eram feitas pelas cidades integrantes da Liga de
Delos em impostos e ainda proíbe que as mesmas
abandonem a Confederação. Tal posicionamento gerou
a insatisfação de algumas cidades, em especial
Esparta. As cidades inconformadas se uniram sob a
liderança de Esparta para contestar o imperialismo
ateniense e fundaram a Liga do Peloponeso.
Período Clássico
Não tardou para que as duas ligas, a Liga de Delos e a
Liga do Peloponeso, se confrontassem. A Guerra do
Peloponeso (431 a.C. – 417 a.C.) colocou em choque o
modelo político democrático de Atenas e o modelo
político oligárquico militarista de Esparta. A tradição
militar desta foi decisiva no tocante dos conflitos e foi
responsável por colocar fim à hegemonia ateniense,
inaugurava-se então a fase de imperialismo espartano
na Grécia.
Período Clássico
A fase de superioridade de Esparta no mundo grego não
durou muito tempo, já encontrava em expansão o
Império Macedônico na mesma época. Os gregos
consideravam os macedônicos bárbaros por não
falarem a língua clássica, mas mesmo assim muitos
nobres da Macedônia assimilaram costumes gregos. O
Império Macedônico e as cidades gregas, lideradas por
Esparta, entram em guerra e mesmo com toda a
tradição militar espartana não foi possível evitar a
derrota para os macedônicos em Queroneia.
Período Clássico
Filipe e Alexandre, seu filho, conquistaram a Grécia
continental e encerraram o Período Clássico da Grécia.
Alexandre, o Grande, assumiu o Império da
Macedônia quando seu pai morreu assassinado e dá
continuidade ao projeto de expansão que visava
conquistar todo o mundo persa. Carregando a
incorporação de costumes gregos, surgiu a cultura
helenística que associava a cultura grega com a
macedônica.
Atenas
Por ser uma cidade bem sucedida e comercial, Atenas
despertou a cobiça de muitas cidades gregas. Esparta
se uniu a outras cidades gregas para atacar Atenas. A
Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.) durou 27 anos
e Esparta venceu, tomando a capital grega para si,
que, a propósito, continuou riquíssima
culturalmente.
Atenas
Alguns dos maiores nomes do mundo viveram nesta
região repleta de escritores, pensadores e escultores,
entre eles estão: os autores de peças de teatro Ésquilo,
Sófocles, Eurípedes e Aristófanes e também os
grandes filósofos Platão e Sócrates.
Atenas destacou-se muito pela preocupação com o
desenvolvimento artístico e cultural de seu povo,
desenvolvendo uma civilização de forte brilho
intelectual. Na arquitetura, destacam-se os lindos
templos erguidos em homenagens aos deuses,
principalmente a deusa Atena, protetora da cidade.
Atenas
A democracia ateniense privilegiava apenas seus
cidadãos (homens livres, nascidos em Atenas e maiores
de idade) com o direito de participar ativamente da
Assembléia e também de fazer a magistratura. No
caso dos estrangeiros, estes, além de não terem os
mesmos direitos, eram obrigados a pagar impostos e
prestar serviços militares.
Atenas
Hoje em dia, Atenas tem mais de dois milhões e meio de
habitantes, e, embora tenha inúmeras construções
modernas, continua com suas ruínas que remetem aos
memoráveis tempos antigos. A cidade é um dos
principais pontos turísticos da Europa.
Esparta
A cidade de Esparta foi fundada no século IX a C pelo povo
dório que penetrou pela península em busca de terras férteis.
Quatro aldeias da região da Lacônia uniram-se para formar a
cidade de Esparta. A cidade cresceu nos séculos seguintes e o
aumento populacional fez com que os espartanos buscassem a
ampliação de seu território através de guerras. No final do
século VIII AC, os espartanos conquistaram toda a planície
da Lacônia. Nos anos seguintes, Esparta organizou a
formação da Liga do Peloponeso, reunindo o poderio militar
de várias polis da região, exceto a rival Argos
Esparta
O poder militar de Esparta foi extremamente importante
nas Guerras Médicas (contra os persas). Uniu-se a
Atenas e outras cidades para impedir a invasão do
inimigo comum. O exército espartano foi fundamental
na defesa terrestre (Atenas fez a defesa marítima)
durante as batalhas. Após as Guerras Médicas, a luta
pela hegemonia no território grego colocou Atenas e
Esparta em posições contrárias. De 431 a 404,
ocorreu a Guerra do Peloponeso entre Atenas e
Esparta, que foi vencida pelos espartanos.
Sociedade Espartana
Em Esparta a sociedade era estamental, ou seja,
dividida em camadas sociais onde havia pouca
mobilidade. A sociedade estava composta da seguinte
forma:
Esparcíatas: eram os cidadãos de Esparta. Filhos de
mães e pais espartanos, haviam recebido a educação
espartana. Esta camada social era composta por
políticos, integrantes do exército e ricos proprietários
de terras. Só os esparcíatas tinham direitos políticos.
Sociedade Espartana
Periecos: eram pequenos comerciantes e artesãos.
Moravam na periferia da cidade e não possuíam
direitos políticos. Não recebiam educação, porém
tinham que combater no exército, quando
convocados. Eram obrigados a pagar impostos.
Hilotas: levavam uma vida miserável, pois eram
obrigados a trabalhar quase de graça nas terras dos
esparcíatas. Não tinham direitos políticos e eram
alvos de humilhações e massacres. Chegaram a
organizar várias revoltas sociais em Esparta,
combatidas com extrema violência pelo exército.
Educação Espartana
O princípio da educação espartana era formar bons
soldados para abastecer o exército da polis. Com sete
anos de idade o menino esparcíata era enviado pelos
pais ao exército. Começava a vida de preparação
militar com muitos exercícios físicos e treinamento.
Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os
direitos políticos. A menina espartana também
passava por treinamento militar e muita atividade
física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o
exército.
Política Espartana
Reis: a cidade era governada por dois reis que possuíam
funções militares e religiosas. Tinham vários
privilégios.
Assembléia: constituída pelos cidadãos, que se
reuniam na Apella (ao ar livre) uma vez por mês para
tomar decisões políticas como, por exemplo, aprovação
ou rejeição de leis.
Política Espartana
Gerúsia: formada por vinte e oito gerontes (cidadãos
com mais de 60 anos) e os dois reis. Elaboram as leis
da cidade que eram votadas pela Assembléia.
Éforos: formado por cinco cidadãos, tinham diversos
poderes administrativos, militares, judiciais e
políticos. Atuavam na política como se fossem
verdadeiros chefes de governo.
Religião Espartana
Assim como em outras cidades da Grécia Antiga, em
Esparta a religião era politeísta (acreditavam em
vários deuses). Arqueólogos encontraram diversos
templos nas ruínas de Esparta. Atena (deusa da
sabedoria) era a mais cultuada na cidade.
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