Bancos de Dados Orientados a Objetos Claudionor dos Santos Diego Mota Collaço Estefania Borm Milleni Maya Pettená Ronaldo José Abel Samuel Grüdtner Introdução • • • • • • Visão Geral Conceitos de um BDOO Padrão ODMG Principais diferenças entre BDR e BDOO BDOO no mercado Exemplo-Db4o Visão Geral • Necessidade de armazenar tipos de dados cada vez mais complexos • BD implementado respeitando os três pilares da OO: herança, polimorfismo e encapsulamento. • Modelagem intimamente ligada aos diagramas de classes gerados para a aplicação OO • Servem ao mesmo propósito dos BDRs (armazenamento; recuperabilidade ...) Visão Geral • A dificuldade dos Banco de Dados Relacionais , em implementar em algumas aplicações complexas – como por exemplo, banco de dados para projetos de engenharia e manufatura (CAD/CAM e CIM), experimentos científicos, telecomunicações, sistemas de informações geográficas e multimídia. • Uso crescente de linguagens de programação orientadas a objetos no desenvolvimento de aplicações de software. • A necessidade de características adicionais na modelagem de dados também tem sido reconhecida por fornecedores de SGDBs relacionais, e as recentes versões de sistemas relacionais estão incorporando muitas das características que foram propostas para banco de dados orientados a objetos, o que resultou em sistemas conhecidos SGBDs objetorelacionais ou relacionais estendidos. • A última versão do padrão SQL para banco de dados relacionais inclui algumas dessas características. Conceitos • Orientado a Objetos remonta das LPOO. • Hoje os conceitos OO são aplicados a diversas áreas de Banco de Dados, engenharia de software, bases de conhecimento, inteligência artificial ... • Um objeto possui tipicamente dois componentes: ESTADO (VALOR) e COMPORTAMENTO (OPERAÇÕES). Conceitos de um BDOO • Um BDOO armazena os objetos persistentes permanentemente,em memória secundária, permitindo o compartilhamento desses objetos entre vários programas, e aplicações. • Isso exige incorporar outras características bem conhecidas de SGBDs, como mecanismos de indexação, controle de concorrência e recuperação. • O OID (identificador de objeto) é fornecido pelo sistema banco de dados, é único, com intuito de manter a integridade e identidade do objeto para garantir a correspondência direta entre Objeto Conceitos • Objetos complexos são formados por construtores (conjuntos, listas, tuplas, registros, coleções, arrays) aplicados a objetos simples (inteiros, booleanos, strings). • Um objeto encapsulado tem seu estado oculto ao usuário e só pode ser consultado/modificado por meio das operações a ele associadas. • Classes são um conjunto de objetos que possui os mesmos atributos, relacionamentos, operações • Herança corresponde a transferência de propriedades estruturais e de comportamento de uma classe para suas subclasses. Conceitos • Estrutura de Objeto – normalmente os objetos são representados pela tripla (i,c,v) onde : i é o OID, c é um construtor de tipo (uma indicação como o estado do objeto é construído) e v é o estado do objeto; • Construtores de tipo basicos : atom, tuple e set outros exemplos são o list, bag e array. Conceitos • • • • • O1=(i1,atom,’florianópolis’) O2=(i2,atom,’trindade’) O3=(i3,atom,5) 04=(i4,set,{i1,i2,i3) O5=(i5,tuple,<DNOME:i7,DNUM:i9,GER:i9,PROJ:i23>) Conceitos • Overriding é a redefinição da implementação da operação e overloading é a associação do resultado da redefinição a um único nome. Late binding é resolver o nome das operações em tempo de execução • Extensibilidade é estender os tipos já definidos pelo sistema de modo transparente para a aplicação e para o desenvolvedor da aplicação • Completude computacional é expressar qualquer função computável no modelo de dados usando a linguagem de manipulação do SGBD ODMG – Object Database Management Group • Consórcio de pesquisadores e fabricantes concebido para trabalhar na criação de padrões para SGBDOOs a fim de garantir a portabilidade • Componentes principais: Framework - modelo de objetos - linguagem de definição de objetos (ODL) - linguagem de consulta de objetos (OQL) Bindings - mapeamento das construções do padrão para as linguagens de programação (C++, Smalltalk, Java) Modelo de Objetos ODMG • Modelo de Objetos - fornece os tipos de dados, de construtores e outros conceitos que podem ser usados na ODL para especificar esquemas de BDOO - construção básica: objeto (identificador único) ou literal (valor único) - objeto possui quatro características: 1 - identificador (OID) único 2 - nome opcional 3 - tempo de vida persistente ou transiente 4 - estrutura construção do objeto (atômico ou coleção) Modelo de Objetos ODMG • O modelo de dados inclui normalmente vários construtures de tipo: - atom <valor>: inteiros, reais, strings, booleanos - set <coleção_objeto>: elementos distintos - bag <coleção_objeto>: elementos duplicados - list [i1, i2,...,in]: lista ordenada (mesmo tipo) - array [i1, i2,...,in]: vetor com tamanho máximo - tuple <a1:i1, a2:i2,...,an:in>: cada par a:i corresponde a nome_atributo:OID - dictionary <k,v>: criação de índices sobre coleção de objetos Modelo de Objetos ODMG • No modelo de objetos, um literal é um valor que não possui OID • Existem três tipos de literais: - atômicos: long, short, double, chart, string, boolean, etc - literais estruturados: Date, Interval, Time, Timestamp - literais coleção: set, list, array, bag Modelo de Objetos ODMG • Herança - todos herdam a interface básica Object Modelo de Objetos ODMG • Herança - de comportamento (somente operações) entre interfaces entre interface e classe é permitida herança múltipla - extends (comportamento (operações) e estado (atributos e relacionamentos)) somente entre classes não é permitida herança múltipla Modelo de Objetos ODMG • Interfaces - não são instanciáveis - especificam o comportamento de um objeto - podem possuir atributos e relacionamentos, mas estes não são herdados interface Time : Object { ... unsigned short hour(); unsigned short minute(); unsigned short second(); unsigned short milisecond(); ... boolean is_equal (in Time another_time); boolean is_greater (in Time another_time); ... Time add_interval (in Interval some_interval); ... }; Modelo de Objetos ODMG • Objetos Atômicos (definidos pelo usuário) - na grande maioria são objetos estruturados - possuem: atributos valores literais estruturas simples ou complexas métodos para manipular o valor do atributo relacionamentos unidirecionais atributo de um objeto A é um outro objeto B bidirecionais atributo de um objeto A é um outro objeto B, e o atributo de um objeto B é um objeto A operações métodos nome do método, argumentos, retorno, especificação de exceções Modelo de Objetos ODMG • Extensões - projetista pode declarar uma extensão (extent) para qualquer tipo de objeto que esteja definido por meio de uma declaração de classe (class) - contém todos os objetos persistentes dessa classe - pode possuir uma ou mais chaves valores restritos a serem únicos para cada objeto na extensão Modelo de Objetos ODMG • Objetos Fábrica - utilizados para criar novos objetos - modelo ODMG possui a interface ObjectFactory, com a operação new( ), que retorna um objeto novo com um OID ODL – Object Definition Language • Não é uma linguagem de programação completa - função: dar suporte aos construtores semânticos do MO-ODMG especificar interfaces e classes definir o esquema do BDOO - implementação do BDOO: usuário utiliza um binding específico com LPs como C++, Smalltalk e Java para mapear componentes - nem todas as LPs implementam todas as especificações ODL OQL Object Query Language • Linguagem de consulta proposta para o modelo de objetos ODMG • É projetada para trabalhar acoplada com as linguagens de programação com as quais o modelo ODMG define um binding(C++, Smalltalk, Java) • Uma consulta OQL embutida em uma dessas linguagens pode retornar objetos compatíveis com o sistema de tipos dessa linguagem OQL Linguagem de Consulta de Objetos • Sintaxe semelhante a sintaxe SQL, porém com suporte ao tratamento de - objetos complexos - junções por valor ou OID - invocação de métodos - herança SELECT d.dnome FROM d in departamentos WHERE d.faculdade = 'Engenharia‘; • Em geral é necessário um ponto de entrada para o BDOO nas consultas OQL Linguagem de Consulta de Objetos • Não precisa seguir necessariamente a estrutura SELECT...FROM...WHERE qualquer objeto nomeado persistente por si mesmo é uma consulta departamentos; retorna uma coleção de referências de todos os objetos persistentes de Departamento cujo tipo seja set<Departamento> expressão de caminho (".") departamentosin.coordenador; retorna um objeto do tipo Professor, pois é o tipo do atributo coordenador da classe departamento OQL Linguagem de Consulta de Objetos Retorno de estrutura complexa SELECT STRUCT (nome: STRUCT (ultimo_nome: s.nome.unome, primeiro_nome: s.nome.pnome), graus: (SELECT STRUCT (grau: d.grau, ano: d.ano, Faculdade: d.faculdade) FROM d IN s.graus) FROM s IN departamentosin.coordenador.orienta; OQL Linguagem de Consulta de Objetos Visões como consultas nomeadas DEFINE possui_alunos (nomedepto) AS SELECT s FROM s IN alunos WHERE s.estuda_em.dnome = nomedepto; Possui_alunos ('Sistemas de Informacao'); OQL • Q1:departamentos • Q2:departamentocc.coordenador.classificacao • Q3a:select f.classificacao from f in departamentocc.possui_professores • V1:define possui_alunos(nomedepto) as select s from s in alunos where s.estuda_em.dnome=nomedepto; Exemplo de Esquema BDOO Exemplo de Esquema BDOO class Pessoa (extent pessoas key ssn){ attribute struct Pnome {string pnome, string mnome, string unome} nome ; attribute string ssn; attribute date datanascimento; attribute enum Genero{M,F} sexo; attribute struct Endereco{string rua, short nro, short nroapto, string cidade, string estado, short CEP} endereco; short idade(); } Exemplo de Esquema BDOO class Professor extends Pessoa (extent professores) { attribute string classificacao; attribute string salario; attribute string sala; attribute string telefone; relationship Departamento trabalha_em inverse Departamento::possui_professor; relationship set<Grad_Aluno> orienta inverse Grad_Aluno::orientado_por; relationship set<Grad_Aluno> na_banca_de inverse Grad_Aluno::banca; void dar_aumento(in float aumento); void promover(in string nova_classificacao); }; Exemplo de Esquema BDOO class Departamento (extent departamentos key dnome){ attribute string dnome; attribute string dtelefone; attribute string dsala; attribute string faculdade; attribute Professor coordenador; relationship set<Professor> possui_professores inverse Professor::trabalha_em; relationship set<Aluno> forma_especialistas inverse Aluno::especializa_em; relationship set<Curso> oferece inverse Curso::oferecido_em; }; Exemplo de Esquema BDOO Projeto conceitual de BDOO BDOO x BDR – Principais Diferenças Banco de Dados Relacional (BDR) Banco de Orientado à Objetos (BDOO) Coleção de tabelas, todas com nomes únicos, compõem a base de dados, podendo estar relacionada a uma ou mais tabelas. Não tem relação direta com as classes das aplicações. Coleção de objetos que encapsulam tanto as informações quanto as operações das classes de origem. Chaves primárias identificam unicamente uma tupla em uma relação. Identificadores de objetos (OID) identificam unicamente um objeto na base de dados inteira Relacionamentos entre tuplas são Relacionamentos são tratados pela definição especificados por chaves estrangeiras, de atributo de referência, que inclui o OID do sendo representados em tabela adicional objeto relacionado BDOO x BDR – Principais Diferenças Banco de Dados Relacional (BDR) Banco de Orientado à Objetos (BDOO) Atributos são limitados à valores simples Atributos multivalorados são comuns Não há estrutura pré-definida para herança Estruturas de herança estão imbutidas no modelo Definição de operações pode ser postergada Operações devem ser especificadas antecipadamente, pois fazem parte das especificações das classes. BDOO x BDR – Principais Diferenças Modelagem de dados para BDR BDOO x BDR – Principais Diferenças Modelagem de dados para BDOO BDOO no mercado • • • • Db4o; Oracle; ONTOS; Objectivy; Exemplo– db4objects(db4o) • Permitir que você faça suas consultas de forma orientada a objetos, como se estivesse pesquisando em uma Array, List ou qualquer outro container de objetos. Performace • a) Não tenho problemas de performance? Db4o na prática. • Instalação; ▫ http://www.db4o.com/community/ ▫ Dlls, docs, e codigos de exemplo. • Utilização; ▫ Referenciar a respectiva dll e adicionar um "using com.db4o“; • Criando um database ▫ O arquivo de dados do db4o tem normalmente a extensão .yap; Db4o - Métodos Set: grava objetos na base Get: recupera um objeto da base procurando-o através de um template Delete: apaga um objeto Query: faz uma pesquisa na base retornando uma lista do tipo ObjectSet Query<T>: faz uma pesquisa retornando uma lista tipada Commit e Rollback: confirma/anula uma transação (semelhante ao commit/rollback dos RDBMs) Bibliografia • Elmasri – Navathe ,Sistemas de Banco de Dados 4ª Edição • Bertino, E.; Martino, L. (1993). Object-Oriented Database Systems: Concepts and Architectures. Addison-Wesley, 1993. • Blaha, M.; Premerli, W. Object-Oriented Modeling and Design for Database Applications. Prentice-Hall, 1998. • Cattel, R.G.G. Object-Oriented and Extended Relational Database Systems. Addison-Wesley, 1994. • http://www.linhadecodigo.com.br/Artigo.aspx?id=2212; • http://pt.wikipedia.org/wiki/Object_database#Ado.C3.A7.C3.A 3o_de_Banco_de_Dados_Orientado_a_Objetos • http://www.ime.usp.br/~andrers/aulas/bd2005-1/aula3.html • http://www.db4o.com/