Governo do Estado do Acre
Secretaria de Estado de Saúde
Departamento de Vigilância em Saúde
Divisão de Vigilância Epidemiológica
Av. Antônio da Rocha Viana, nº 1294, Bairro Vila Ivonete
E-mail: [email protected] / 3223-2320/3223-8007
NOTA TÉCNICA DVS/DVE/SESACRE Nº 001/2009
Diante da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII)
desencadeada pela circulação, entre seres humanos, de um novo vírus da influenza
A(H1N1) o Ministério da Saúde emitiu protocolo com o objetivo de adaptar, destacar,
complementar e padronizar as principais ações que constam no Plano Brasileiro de
Preparação para uma Pandemia de Influenza (PBPPI), adequando essas medidas à
ESPII de Influenza A(H1N1).
OBJETIVOS
1. Reduzir o risco de transmissão da infecção pelo novo vírus A (H1N1) nos
serviços de saúde e na comunidade;
2. Prover assistência adequada e oportuna aos casos, evitando ou reduzindo a
ocorrência de formas graves e fatais;
3. Aprimorar o monitoramento da situação epidemiológica da influenza no país,
visando detectar alterações no padrão de transmissão e gravidade da doença.
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO:
Indivíduo que apresentar doença aguda de início súbito, com febre* - ainda
que referida** - acompanhada de tosse ou dor de garganta, na ausência de outros
diagnósticos, podendo ou não estar acompanhada de outros sinais e sintomas como
cefaléia, mialgia, artralgia ou dispnéia, vinculados aos itens A e ou B abaixo:
A. Ter retornado, nos últimos 10 dias, de países com casos confirmados de
infecção pelo novo vírus A (H1N1); OU
B. Ter tido contato próximo, nos últimos 10 dias, com uma pessoa classificada
como caso suspeito ou confirmado de infecção humana pelo novo vírus influenza A
(H1N1).
* Considera-se febre como a elevação da temperatura corporal acima de 37,5º C.
** Significa que o próprio indivíduo mediu a temperatura, verificou que estava acima do valor de referência e
informou ao profissional de saúde.
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO ACRE
1. Em 19 de junho de 2009 foi notificado à Divisão da Vigilância Epidemiológica
Estadual/DVE), através do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NUVEH) do
H.U.E.R.B, o primeiro caso suspeito de Influenza A (H1N1) em Rio Branco. Tratava-se
de indivíduo de 43 anos, do sexo Masculino, residente no município de Rio Branco.
2. Em 14 de junho viajou para Inhanpari - Peru, e retornou (19/06/2009) manifestando os
seguintes sinais e sintomas: febre, tosse, calafrio, dor na garganta, artralgia, mialgia,
coriza, ardência nos olhos e diarréia.
3. Segundo o mesmo, não manteve contato com casos semelhantes nos últimos 10 dias.
4. A DVE iniciou juntamente com N.V.E.H a investigação do Caso, solicitando isolamento do
paciente, início do tratamento e preenchimento da ficha de investigação epidemiológica.
5. Foi coletada amostra de secreção de nasofaringe para realização de diagnóstico
laboratorial no mesmo dia. No dia seguinte o caso foi descartado clinicamente.
6. O resultado do exame laboratorial foi emitido em 23/06/2009 pelo Instituto Adolfo Lutz –
São Paulo, sendo negativo. Portanto, o caso foi descartado e suspenso o monitoramento
domiciliar.
7. Em 23 de junho de 2009 foram notificados outros dois casos suspeitos da doença, sendo
o primeiro, uma pessoa de 38 anos, sexo feminino, estudante vindo de Santa Cruz de La
Sierra – Bolívia; e o segundo caso uma pessoa também do sexo feminino, 27 anos, que
realizou viagem a Cobija.
O segundo caso deverá ser descartado epidemiologicamente por apresentar os sintomas
no mesmo dia da chegada a Cobija, portanto não se enquadrando nos critérios
epidemiológicos de suspeição de caso de Influenza A(H1N1). Realizado coleta de ambas as
paciente. A coleta da segunda paciente foi por precaução para descarte laboratorial por já
ter sido notificado. Ambas apresentaram os seguintes sintomas Influenza A (H1N1): Febre,
dor de garganta e tosse.
As pacientes encontram-se em monitoramento domiciliar que dura 7 dias ou até o
resultado negativo do exame.
8. Foi iniciada a investigação epidemiológica pela Vigilância Epidemiológica Estadual e
Municipal e tratamento conforme protocolo do Ministério da Saúde.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Medidas gerais
1. As medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas, baseadas em
intervenções não farmacológicas, para reduzir o risco de adquirir ou transmitir
doenças agudas de transmissão respiratória, incluindo o novo vírus influenza
A(H1N1), são:
2. Higienizar as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar os
olhos, boca e nariz e após tossir, espirrar ou usar o banheiro
3. Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
4. Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou
espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
5. Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem evitar entrar em
contato com outras pessoas suscetíveis. Caso não seja possível, usar máscaras
cirúrgicas;
6. Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem evitar
aglomerações e ambientes fechados
7. Manter os ambientes ventilados;
8. Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem ficar em repouso,
utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.
Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
As medidas de precaução padrão e precauções para gotícula (partículas de
secreção respiratória) são recomendadas na assistência aos casos suspeitos ou
confirmados. No entanto, medidas adicionais devem ser utilizadas por profissionais de
saúde na assistência a esses casos. Isto envolve a inclusão de medidas de precaução
de contato e para aerossóis.
Rio Branco-AC 24 de Junho de 2009.