desenvolvimento do olho: cálice óptico, retina, cristalino, córnea, pálpebras O campo morfogenético do olho na placa neural, e o início da formação da vesícula óptica, durante fechamento do tubo neural diencéfalo (2o ves. cerebral / 3o ventriculo ) epífise (pineal) haste óptica vesícula óptica ventrículo do diencéfalo hipófise olho, embrião 32 d haste óptica cálice óptico espaço intra-retiniano vaso hialóide haste óptica resulta do estreitamento da parte proximal da vesícula óptica, ambas derivadas da parede encefálica fosseta do cristalino placóide do cristalino ectoderma mesênquima da cabeça encontro com placóide do cristalino (ectoderme): desdobramento do processo óptico e formação do cálice cálice óptico de duas camadas: retina pigmentar (externa) retina nervosa (interna) cristalino induzido entre bordas do cálice artéria e veia hialóide na fissura retiniana olho, embrião 44 d retinas pigmentar e nervosa nervo óptico: axônios das células ganglionares passando na fissura retiniana diferenciação do cristalino e da córnea artéria hialóide coróide e esclera olho, embrião 56 d olho “invertido”: fotoreceptores (bastonetes e cones) direcionados para retina pigmentar, camada neural para dentro do olho corpo vítreo, córnea e iris processos de pálpebras diferenciação da retina neural - mitoses na camada interna do cálice óptico (rétina neural) - separação gradual de neuroblastos em camada externa e interna - diferenciação da Müller glia - diferenciação das células ganglionares, seguidas pelas demais camadas - diferenciação dos fotoreceptores e formação das conexões neurais http://webvision.umh.es/webvision/Wong.html injeção de marcador viral (ou expressão GFP) em neuroblastos de embrião comprova que todos tipos celulares da retina neural podem ser gerados por um único neuroblasto desenvolvimento do nervo óptico e fechamento da fissura retiniana axônios das células ganglionares crescem dentro da parede da haste óptica, fechando a fissura retiniana posicionamento central dos vasos hialóides fechamento da fissura completa-se durante 6a semana mielinização incompleta ao nascimento, completa-se somente após exposição à luz por 10 semanas projeção do nervo óptico formação da projeção dos nervos óptico projeção bilateral (contra- e ipsilateral) do nervo óptico para estrutura intermediária (núcleos geniculado lateral/colículos superiores) e desta para cortex visual é estabelecida durante embriogênese (projeção retino-tectal em aves) manutenção das projeções depende de estímulo visual pós-embrionário (seleção positiva) Projeção retina – colículo geniculado lateral – cortex visual em camundongo contralateral ipsilateral sobreposição de posições contra- e ipsilaterais 1-6 cone de crescimento de axônio exploração das características moleculares das trilhas de migrãção reestruturação local do citoesqueleto axonal a interação efrina/receptor de efrina como sistema guia do crescimento axonal e da posição alvo ephrin A / EphA ephrin B / EphB atração e repulsão 14 receptores de efrina (Eph) e 8 efrinas em mamíferos a artéria hialóide supre o desenvolvimento da retina neural e do cristalino o ramo central degenera no período fetal - canal hialóide no corpo vítreo Desenvolvimento do cristalino no cálice óptico: - formação de esfera com polaridade interna - após separação do ectoderma, epitélio sobre lente participa na formação da córnea lente (cristalino) - atividade mitótica no epitélio anterior - migração de células para região lateral e diferenciação em fibra expressão de cristalinas na formação de fibras, e perda de núcleo epitélio anterior mantem capacidade proliferativa até adulto olho, embrião 56 d túnica vascular do cristalino corpo vitreo: humor vítreo primário é produto de céls. crista neural humor vítreo secundário composto de hialócitos, colágeno e ácido hialurônico epitélio anterior (epitélio subcapsular) fibras primárias da parede posterior, núcleos na zona equatorial do cristalino síntese proteíca (cristalinas) Córnea formado sob influência da lente espessamento do epitélio corneal e secreção do estroma primário (colágeno) invasão do estroma prim. por céls. endoteliais: formam camada basal da câmara anterior e secretam ác. hialurónico. imigração de células da crista neural e mesenquimais (estroma secundário) da região lateral secreção de hialuronidases inicia desidratação do estroma; finalizado sob ação de T3 - córnea transparente papel do cristalino na diferenciação das células da crista neural formadoras da córnea – fatores moleculares Sema3A (semaforina 3A) Npn1 (neuropilina-1) ve (VEGF) Semaforina 3A inibe migração de crista neural para o estroma corneal, apenas crista neural que expressa neuropilina-1, mas não ve consegue migrar; ve é inibitório Lwigale & Bronner-Fraser, Dev Biol 2009 inervação da córnea de embrião da galinha por ramos do nervo trigêmio Lwigale & Bronner-Fraser, Dev Biol 2007 Formação das câmaras anterior e posterior do olho processo ciliar iris (borda do cálice óptico) processo da pálpebra córnea prolongamento anterior não neural da retina neural câmara anterior e câmara posterior comunicam pelo seio venoso da esclera (canal de Schlemm) iris: composto pelas 2 camadas do cálice óptico e tecido conjuntivo derivado da crista neural, músculos esfincter e dilatador derivam do neuroectoderma; cor da iris depende do número e posicionamento de cromatóforos da crista neural (interação genética - desenvolvimento) corpo ciliar: processos ciliares derivados do neuroectoderma do cálice óptico; músculo ciliar (controla foco do cristalina) deriva da mesênquima da esclera anterior malformações congênitas do olho mais comuns descolamento congênito da retina: separação da retina neural da pigmentar (colada à coróide); explicada pela formação das camadas do cálice óptico colobomas da retina e coloboma da iris: falhas na retina e iris, geralmente na parte inferior, devido fechamento defeituoso da fissura retiniana glaucoma e catarata congênito: córnea e/ou cristalino opaca, causado por elevação anormal da pressão intra-ocular devido drenagem insuficiente do humor aquosa ou por teratogênicos, principalmente virus da rubéola malformações congênitas do olho, mais raras e graves anoftalmia: ausência total do globo ocular (pálpebras se formam), devido suprimento do desenvolvimento do prosencéfalo ou falta da formação da vesícula óptica na 4a semana malformação geralmente acompanhado por outras anomalias craniocerebrais uma das causas genéticas: mutação no gene retinal homeobox (rx) microftalmia: olho miniaturizado, resultado da interrupção do desenvolvimento da vesícula óptica na 4a semana (geralmente sem cristalino) até 8a semana e período fetal (olho pequeno) agentes causadores: virus de rubéola e herpes simplex, Toxosplasma gondii malformações congênitas do olho mais raras e graves ciclopia (um único olho) e sinoftalmia (fusão dos olhos), associados a outros defeitos craniofaciais na linha média do prosencéfalo (holoprosencefalia) herança genética recessiva, afetando sinalização Shh camundongo controle + jervina expressão de Sonic hedgehog no notocorda e na mêsênquima da placa précordal expressão induzida na linha média do prosencéfalo separação dos campos morfogenéticos dos olhos e nariz/bulbo olfatório separação dos campos de expressão de Pax6 Pax 6 Pax6: fator de transcrição altamente conservado com ortólogos em todos os Bilateria expressão ectópica de Pax6 de camundongo induz formação de olhos ectópicos em Drosophila Pax6 (marcado em vermelho) expresso em todos os elementos do olho injeção unilateral de RNA antisense Pax6 em campo morfogenético do olho causa malformação/ perda total do olho no lado experimental