4. Análise do Mercado de Trabalho

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Análise CEPLAN
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Recife, 28 de julho de 2010.
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1. Contexto Mundial
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1. Contexto Mundial
• Recuperação econômica diferenciada entre países e
regiões;
•
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Crescimento e recuperação intensa dos países
emergentes;
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• Expansão e recuperação menor das economias
desenvolvidas;
• Controvérsia sobre políticas a adotar: recuperação
econômica versus aperto fiscal.
1. Contexto Mundial
Crescimento observado e projeções do PIB (2006-2011)
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Fonte:FMI
1. Contexto Mundial
Crescimento observado e projeções do PIB (2006-2011)
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Fonte:FMI
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2. Contexto Nacional
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2. Contexto Nacional
• Recuperação significativa, em 2010, da economia
nacional;
• Sinais de alteração da tendência e acomodação do
crescimento;
• Importância da demanda interna como base da
expansão ocorrida;
• Expansão do mercado de trabalho: emprego,
rendimento do trabalho e formalização;
• Déficit em transações correntes: poupança externa.
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2. Contexto Nacional
• Crescimento do PIB nacional:
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• Crescimento do investimento:
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3. Análise CEPLAN: conjuntura
econômica
regional
e estadual
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3. Análise Conjuntural
Estados do NE se recuperam da crise com expressivas taxas de crescimento. PE
cresceu com força mas ainda ficou abaixo do CE e da BA, embora este último
tenha crescido sobre uma base negativa em 2009.
Crescimento (%) do PIB trimestral – 1º trimestre/2009 e 1º trimestre/2010
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Fonte: IBGE - SEI - SEPLAG/IPECE - CONDEPE/FIDEM - Elaboração CEPLAN.
Nota: a taxa de crescimento se refere à comparação do PIB do trimestre com o PIB do mesmo período do ano anterior.
3. Análise Conjuntural
No país e nos três principais estados da região, a indústria puxou o crescimento e
os serviços também ajudaram. O crescimento da agropecuária se destacou na
Bahia.
Crescimento (%) do PIB trimestral – 1º trimestre/2010
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3. Análise Conjuntural
A indústria consolida-se como o setor que puxa a recuperação, com destaque
para PE que cresceu acima da média brasileira, embora BA e CE não fiquem
muito atrás, mas abaixo da média nacional.
Crescimento (%) da produção industrial – janeiro a maio/2010
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Fonte: PIMES - IBGE. Elaboração CEPLAN.
Nota: crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior
3. Análise Conjuntural
O crescimento do emprego industrial também foi expressivo, embora muito abaixo
do aumento da produção. Destaque para o CE, que apresenta um perfil industrial
mais intensivo em emprego (tecidos, confecções, calçados).
Crescimento (%) do emprego industrial – janeiro a maio/2010
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3. Análise Conjuntural
Puxado pelo crescimento das vendas de veículos, material de construção,
produtos de informática e linha branca, o comércio varejista apresenta taxas
expressivas de crescimento, embora com significativas diferenças intra-regionais.
Crescimento (%) do comércio varejista ampliado – janeiro a maio/2010
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3. Análise Conjuntural
O crescimento do nível de atividade, especialmente nos setores de maior
incidência do ICMS, determinou um crescimento real de arrecadação muito
expressivo, melhorando o caixa dos estados da região.
Crescimento (%) da arrecadação de ICMS – janeiro a maio/2010
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3. Análise Conjuntural
A taxa de desemprego aberto apresenta discretas variações sazonais, mas o
destaque fica para a RM de Fortaleza com taxas abaixo das demais áreas.
Evolução da taxa de desemprego aberto (%) – RM’s selecionadas e Distrito Federal
Janeiro a maio/2010
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3. Análise Conjuntural
O Nordeste respondeu por 7,8% dos empregos gerados no país. BA e CE lideram
na Região e PE e AL tiveram seu desempenho afetado pelo final da moagem da
cana.
Criação de empregos formais – 1º semestre/2010
Clique para editar o estilo do
título mestre80%
3. Análise Conjuntural
Recife lidera a geração líquida de empregos formais secundada por Petrolina,
Ipojuca e Caruaru. Vitória explica-se pela sazonalidade da indústria de alimentos,
bebidas e álcool.
Criação de empregos formais nas dez maiores economias de Pernambuco
1º semestre/2010
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3. Análise Conjuntural
Os serviços e a construção civil puxaram a geração de empregos em PE. O saldo
da indústria foi afetado pela sazonalidade na produção de açúcar e álcool.
Criação de empregos formais em Pernambuco, por setor – 1º semestre/2010
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3. Análise Conjuntural
Recife apresenta-se como a RM de menor rendimento médio dentre as áreas
pesquisadas pelo IBGE.
Rendimento médio real (em R$) das pessoas ocupadas – RM’s selecionadas
1º semestre/2010 e 1º semestre/2009
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3. Análise Conjuntural
Mas foi a RM que apresentou maior crescimento médio em comparação com
outras áreas pesquisadas no primeiro semestre de 2010.
Variação (%) do rendimento médio real das pessoas ocupadas – RM’s selecionadas
1º semestre 2010 / 1º semestre 2009
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Fonte: PME – IBGE. Elaboração CEPLAN.
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4. Análise
mercado
de
trabalho do Nordeste e de
título
mestre
Pernambuco
4. Análise do Mercado de Trabalho
O NE responde por 17,4% do estoque de postos de trabalho formais, acima da
contribuição da Região para o PIB do Brasil. O mercado de trabalho das três
maiores economias – BA, PE e CE – gera, conjuntamente, 63,0% dos postos de
trabalho formais no Nordeste, percentual semelhante a seu peso no PIB (64%).
Volume de empregos formais – junho/2010
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4. Análise do Mercado de Trabalho
A composição setorial do emprego revela predominância do terciário: em quase
todos os Estados – Sergipe é exceção, em linha com o País – o terciário se
aproxima ou supera 80% dos postos de trabalho formais, proporção superior à da
economia brasileira.
Composição do emprego por setor (%) – 2008
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4. Análise do Mercado de Trabalho
A redução, entre 2002 e 2008, do peso relativo da RMR no estoque de postos de
trabalho formais (quase 5,0 pontos percentuais) é compensada, principalmente,
pela crescente importância relativa do Agreste (Central, Setentrional e Meridional)
e da região de São Francisco.
Distribuição regional dos empregos formais (%) – 2002 e 2008
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4. Análise do Mercado de Trabalho
A perda de importância relativa do Recife no estoque de postos de trabalho
formais, entre 2002 e 2008, é compensada pelo aumento de importância relativa
da parte sul da RMR (Jaboatão, Cabo de Sto. Agostinho e Ipojuca) e de Olinda.
Clara dicotomia Norte-Sul da dinâmica de geração de empregos formais.
Distribuição dos empregos formais na RMR (%) – 2002 e 2008
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4. Análise do Mercado de Trabalho
A dinâmica recente do mercado de trabalho formal revela importante aumento
das oportunidades de primeiro emprego (portanto, de absorção de estratos jovens
da FT). No NE, mais que no País. Na Região, destacam-se MA, PE, PI , CE e RN.
Taxa de crescimento das admissões por primeiro emprego (%) – 2009/2002
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Fonte: MTE – CAGED. Elaboração CEPLAN.
Nota: corresponde às admissões de pessoas entre 18 e 24 anos.
4. Análise do Mercado de Trabalho
O quadro de desemprego metropolitano, espelhando um fenômeno mundial,
revela a adversidade do alto nível de desocupação entre jovens: cerca de duas
vezes a taxa média global de desemprego aberto. Salvador e Recife lideram a
elevada taxa de desemprego na faixa 18-24, além de revelar maiores taxas na
faixa de 25-39 anos.
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Taxa de desemprego aberto, por faixa etária (%) – maio/2010
4. Análise do Mercado de Trabalho
As áreas metropolitanas das maiores economias do NE (BA, PE, CE) revelam a
conhecida mazela do mercado de trabalho que gera maior taxa de desemprego
entre mulheres, comparativamente à FT masculina.
Taxa de desemprego aberto, por gênero (%) – maio/2010
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Fonte: PED - DIEESE. Elaboração CEPLAN.
4. Análise do Mercado de Trabalho
1. Não há expressivas variações na TPFT correspondente ao estrato 20-59 anos.
2. As reduções da TPFT nos estratos 10-14 e 15-19 indicam maior retenção escolar. No
estrato de 60 anos ou mais, a redução reflete impactos de políticas sociais de
transferência de renda.
Pernambuco: taxa de participação na força de trabalho, por faixa etária (%)
2002 e 2008
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Fonte: PNAD - IBGE. Elaboração CEPLAN.
Nota: taxa de participação na força de trabalho (ou taxa de atividade) é igual a população economicamente ativa (PEA) como proporção da
população em idade ativa (PIA).
4. Análise do Mercado de Trabalho
Generalizado aumento do peso da mão de obra feminina na ocupação, refletindo a
crescente inserção da mulher no mercado de trabalho. O PI e o CE se destacam, o
que deve estar associado ao perfil setorial da economia desses estados. No CE, as
indústrias de calçados e confecções e de turismo estão entre os fatores explicativos.
Participação feminina na população ocupada (%) – 2002 e 2008
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Fonte: PNAD - IBGE. Elaboração CEPLAN.
4. Análise do Mercado de Trabalho
Redução do grau de informalidade (não contribuição para a previdência social) é
confirmada como tendência recente associada à recuperação do mercado de
trabalho, em linha com o maior dinamismo da economia. Mesmo assim, ainda são
altas as taxas de informalidade no NE, destacando-se CE, PI e MA.
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Grau de informalidade urbana (%) – 2002 e 2008
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Conclusões
título mestre
Tendências Importantes
• Os
•O
países ditos emergentes avançam em meio à crise.
Brasil continua se destacando posto que:
 passou bem
relevante);
pela
crise
(sem
impacto
fiscal
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 tem recuperação
consistente
(PIB e investimento);
título
mestre
 tem mercado de trabalho com tendências positivas:
cria empregos, formaliza a ocupação, aumenta a renda
do trabalho e reduz desemprego.
• Pernambuco acompanha tendência nacional e lidera
retomada no NE puxado pela indústria;
• Desconcentração do emprego formal da RMR em PE e
do Recife na RMR.
Mercado de Trabalho no Brasil
• Dinamismo do mercado de trabalho: mais empregos
formais;
•
A formalização é estimulada pelo (a):
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 aceleração do PIB - que aquece a demanda por
mão de obra título
(disputa mestre
no mercado favorece os
trabalhadores e tendência a aceleração dá confiança
aos empregadores);
 Lei Geral da MPE – barateia custo da contratação
formal;
 avanço do crédito ao consumo (trabalhadores
querem poder oferecer garantias).
Mercado de Trabalho: diferenciações no NE
• Em Pernambuco, apesar do ainda elevado nível de
desemprego dos jovens, a taxa de participação na força
de trabalho vem caindo;
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estilo
do
• Desemprego mais alto nas RMs de Recife e de Salvador
revela também gargalo
de qualificação;
título
mestre
• Atipicidade do mercado de trabalho cearense: mais
empregos formais e menos desemprego devido a uma
industrialização intensiva em mão de obra semiqualificada.
Aspectos preocupantes (ao olhar para o futuro)
• Apesar do bom desempenho, preocupa o futuro industrial
do Brasil (face ao acirramento da competitividade à escala
mundial);
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• Desafio de aumentar
o valor mestre
agregado das exportações;
título
• A valorização do Real aumenta a tensão entre a política
macroeconômica e a política de comércio exterior;
Aspectos preocupantes (ao olhar para o futuro)
• A dinâmica da economia enfrenta obstáculos estruturais,
com destaque para:
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título mestre
 a baixa escolaridade média e gargalos na qualificação
da força de trabalho (a exemplo da oferta de
engenheiros);
 estrangulamentos na logística e na infraestrutura
econômica;
 o baixo investimento em C,T&I.
(Brasil 1,1%; China 1,4%; EUA 2,8%; Coréia do Sul 3,2%; Japão 3,4%)
• O padrão de produção e consumo reproduz tendências
inviáveis: um país como o Brasil pode “fazer diferente”.
Obrigado!
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